5 Maneiras De Irritar Seu Namorado escrita por Lih


Capítulo 3
Por favor, onde fica a rua...


Notas iniciais do capítulo

Bom dia pessoas!
Obrigada a vocês que deixaram um review, vocês estão dentro do meu coração agora. Leitores (lindos) fantasmas não fiquem com ciúmes, comentem e vocês também vão entrar na minha lista de pessoas amadas.
Uma pergunta pra vocês:
—Alguém sabe um meio de divulgação de fanfincs? Se souberem, por favor, me digam.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/409091/chapter/3

Eu falei pra vocês que eu e Percy viemos de carro? Pois é, dois semideuses hiperativos dentro de um carro, com oito horas de estrada pela frente. Essa iria ser uma viagem para contar aos meus netos.

Para vocês entenderem o resto desta historia, eu tenho de esclarecer três coisas:

1-Eu e Percy tínhamos feito um acordo. Ele dirigiria na ida e eu na volta.

2-Percy quebrou o acordo.

3-Eu nunca mais faria nenhum acordo com Percy.

Não posso dizer que estávamos berrando e lutando, mas o clima era sarcástico e venenoso.

-Onde você pensa que vai cabeça-de-algas?- Estranhei quando ele tomou a frente indo em direção ao banco do motorista.

-Vou dirigir. –Convencido me mostrou as chaves.

-Como? –fingi não ter entendido.

-Eu disse que vou dirigir. –Sarcástico, ele procurava sujeira inexistente em meu ouvido.

Eu agarrei seu queixo como se fosse beijá-lo e disse:

-Tem uma gotinha de imbecilidade escorrendo da sua boca, me deixa limpar.

-Haha... Não tem graça. –Ele fingiu uma risada.

-Cabeça-de-algas nós combinamos, eu vou dirigir agora. –Falei o mais suavemente possível, tomando as chaves de sua mão.

-PUFT! Mulheres no volante. Isso é engraçado. –Ele deu de ombros ao mesmo tempo em que colocava as bagagens no porta-malas.

-Ah não! Eu não acredito que tenho um namorado machista. –Eu sabia que ele não era machista só queria dirigir o carro, não importando os argumentos que teria que usar.

-Não é machismo, é segurança pública. - Realmente hoje meu peixinho estava com um humor que faria até Hades se borrar de rir.

-Todo mundo sabe que as mulheres dirigem melhor do que os homens. –Lhe mostrei as chaves em minha mão.

-Não é ao contrario? Você nunca ouviu aquele ditado? Mulher ao volante perigo constante. Faz pouco tempo que escapei da morte certa, não quero correr outro perigo assim tão cedo. –Ele fez referência a ultima grande profecia enquanto tentava fechar o porta-malas sem sucesso.

-Qual é cabeça-de-algas você nunca me viu dirigir. – O fechei o porta malas pra ele. Depois dizem que os homens são melhores com carros do que as mulheres.

Vocês devem pensar, “nossa que infantil, brigar por causa de um carro.” Eu também pensaria assim, se fosse um carro qualquer. Não sou muito ligada em automóveis, vocês sabem meu negócio é arquitetura, mas esse carro é o sonho de consumo de todo semideus adolescente.

“E o que esse carro tem de tão especial Annabeth? É o carro do sol, por acaso?” É o que qualquer desocupado perguntaria. Claro que não, deixe-me explicar. Os deuses ainda estão gratos por essa coisa toda de impedir a destruição do Olimpio, então de vez enquanto alguns deles nós fazem surpresas, algumas legais outras nem tanto. Uma vez Afrodite deu uma espécie nova de benção á Percy e ele ficou com o cabelo brilhando e cheirando a purpurina por uma semana. Acreditem, não é agradável ficar perto de alguém que tem uma cabeleira que parece mais um holofote.

Mas dessa vez eles tinham acertado em cheio no presente. Quando eu e o meu filho de Poseidon preferido atravessamos as barreiras do acampamento encontramos essa maquina com um bilhete escrito:

“Aproveitem o presente do titio Apolo,

devolvam na quarta e cuidado com o

escapamento.”

Nós piramos com o presente, e agora eu pergunto aos desocupados, quem não brigaria para dirigir um carro emprestado pelo deus do sol? Tudo bem, não É o carro do sol, mas quem liga? É o carro de um Deus.

De um jeito ou de outro eu ganhei (como sempre) a discussão e estava feliz da vida sentada no banco do motorista com um namorado muito lindo e emburrado ao lado.

-Certo, está tudo Ok, vamos? –Perguntei ajustando os espelhos.

-Só precisamos agora de um seguro e um plano de saúde. –Balbuciou aborrecido.

-Nós fizemos um trato meu amor, eu iria dirigir na volta. –Coloquei a chave no contato

-Ótimo! Agora você tem que ligar o carro, destravar o freio de mão e impedir que o carro exploda. –Zombou sarcástico.

-Eu sei como dirigir. Sorri mortalmente. Liguei o carro, mas ele me impediu de dar a partida.

-Espere! –Alardeou ele.

-O que foi? Perguntei aborrecida.

-Você tem que reclinar o banco mais um pouco. –Eu lhe dei um olhar: você quer morrer hoje ou só amanhã mesmo? –Eu não quero namorar uma garota torta. –Disse simplesmente metendo as mãos no bolso.

As primeiras duas horas de viajem foram tranqüilas, o cabeça-de-algas ficou quieto, todo o tempo olhando pela janela. Pena que não foi por muito mais tempo. Ele começou a bater os pés no chão do carro freneticamente, em um ritmo irritante. Já é difícil pra eu manter a concentração, ainda mais com alguém batucando sem para ao lado.

-Você pode para com isso? –Pedi suavemente olhando de relance para ele.

-Uhm? Ah, claro, me desculpe não consigo ficar parado. –Ele ficou desconcertado por alguns minutos, até ter a brilhante idéia de ligar o som do carro.

Á princípio tocava uma melodia bem legal, mas ele mudou de estação com a desculpa de que ela o deixava com sono. Percy apertou alguns botões até chegar em uma música bem... Como eu posso dizer? Animada, daquelas que contem um duplo sentido, que só pessoas pervertidas entendem, a letra falava basicamente de uma garota que apanhou de um cara porque pegou no pirulito dele, nossa que vulgar.

-Nós não queremos ouvir isso. –Disse voltando para a estação anterior.

-Queremos sim. –Retaliou voltando para musica vulgar.

-Não queremos não. –insisti trocando de rádio.

-Queremos sim. –Ele fez o mesmo.

-Não queremos. –Troquei novamente.

-Queremos sim. –E assim nós iniciamos uma longa discussão pelo gosto musical de cada um. Depois de vários queremos e não queremos, ele desligou o rádio. -Chega de musica. –Percy deu aquele sorriso carinhoso que me deixava toda derretida. –Temos que achar algo para fazer, não consigo ficar assim. –começava a ficar agitado novamente.

-Vamos conversar. -Propus.

-Conversar? –Perguntou arqueando uma sobrancelha. Era impressão minha ou ele estava pálido?

-É conversar, uma pessoa fala e outra escuta. Conhece esse tipo relação? É fundamental. –Brinquei com certo sarcasmo na voz.

-Conversar sobre o quê? –Além de ter dislexia e DHT acho que Percy era bipolar, agora ele estava apreensivo.

-Sei lá... Coisas... Tipo a nossa relação. –Recomendei como quem não quer nada. Pra mim era uma ótima idéia, mas ele me olhou como se eu fosse louca.

-Você quer ter uma D.R dentro do carro? –Seu olhar alternava entre mim e a janela. Como se estivesse decidindo qual a melhor opção: Se jogar do carro ou continuar a conversa.

-Claro assim você não pode fugir. –Era divertido ver a cara de cachorrinho acuado dele.

-Tem certeza? –Provocativo perguntou.

-Absoluta. –Pressionei um botão no painel e se ouviu um “click”, as portas foram travadas. -Então por onde começamos? –Perguntei pensativa com um sorriso vencedor nos lábios.

-POSTO DE GASOLINA. –Gritou ele.

-O quê? –Quando chegássemos em casa eu iria levar Percy ao psicólogo, tadinho não estava dizendo coisa com coisa.

-Ali tem um posto de gasolina, vamos para pra reabastecer. -Os ombros dele caíram em puro alívio.

-Abastecer? Você está tentando fugir Percy Jackson. -Falei parando o carro em frente ao posto.

-N-Não é que você precisa abastecer e eu esvaziar. –Ele abriu a porta e saiu correndo em direção aos banheiros, eu acho.

Abasteci o carro e comprei água e conversava com um funcionário do lugar quando avistei meu peixinho.

-Trouxe pra você. –Sorriu e me entregou um sorvete de casquinha.

-Lavou as mãos. –Ele podia ser meu namorado, mas era homem e tinha acabado de sair de um banheiro de... Homens. UFT! Que nojo.

-Lavei. –Respondeu.

-Me dá! –Ele me entregou e eu provei.

-Hum... Que delicia. –Tentei falar de boca cheia e Percy riu.

-O meu é mais gostoso. –Se gabou enquanto eu provava o dele.

-É o mesmo sabor cabeça-de-algas. –Como era bobo o meu namorado.

-Fecha os olhos que eu provo. –Não contestei fiz o que ele mandou.

Percy me beijou suavemente com seus lábios gelados e macios, adocicados pelo sabor de chocolate que agora derretiam por entre nossos dedos.

-É... Realmente é mais gostoso. Agora prova o meu. –Dei uma mordida no meu sorvete e fiz o mesmo que ele.

-É como beijar um anjo, eu quero mais. –Nós trocamos mais dois beijos então eu disse.

-Você já beijou um anjo?

-Não, mas deve ser como beijar você, com um gostinho açucarado de chocolate. –Ele sorriu bobamente e eu lhe retribuo com um selinho.

-Beba, Perguntei a um frentista e ele me disse que a próxima cidade fica só daqui duas horas. –Lhe ofereci a garrafa d’água que havia comprado.

-Vamos chegar lá na hora do almoço. –Ele continuava a sorrir de orelha a orelha só que para o horizonte, ou melhor, para uma bela garota de cabelos negros.

-Precisamos ir. –Falei olhando para a garota que não parava de nós encarar. Ela era bonita com seus olhos castanhos e pele morena, bonita demais.

-Por quê? Eu queria esticar um pouco mais as pernas e nem terminei de beber minha água ainda. –Ele estava muito despreocupado, Percy sempre é muito lerdo para perceber as coisas.

-Precisamos ir. –Falei ríspida, o puxando pelo braço e ele pareceu entender.

Entramos no carro e eu pisei fundo.

-Monstro? –Perguntou quebrando o silêncio quando já estávamos á uma boa distancia do posto.

-Monstro. –Confirmei após alguns metros de estrada calada.

-Será que nos seguiu? –Ele constantemente olhava para trás com a mão no bolso.

-Espero que não. –Eu queria dizer que não, mas estaria mentindo, eu realmente não sabia.

-Era uma dracaene. – balbuciei após alguns minutos de um silêncio desconfortável.

-E daí? –Ele balbuciou.

-Você estava jogando charme para uma dracaene. –eu mantinha a atenção na estrada juntamente com um olhar travesso.

-E-Eu não estava jogando charme. –Meu peixinho estava nervoso eu o tinha pegado de surpresa.

-Você estava sorrindo. –Eu ainda não olhava para ele, mas o via ficando vermelho.

-Eu não estava sorrindo para ela, eu estava rindo da cara dela. –Improvisou rapidamente recuperando a sua cor normal.

O silêncio se instalou ali novamente, porém desta vez era descontraído. No relógio passaram-se 10 horas, 11 horas e nada da cidade, quando os ponteiros marcaram 11 e 40 entramos na avenida principal do lugar de arquitetura mais abonecado que eu já havia visto, parecia uma extensão do chalé de Afrodite.

-Vamos procurar um restaurante, eu estou com fome. –Pediu Percy olhando pela janela.

-Eu também. Vamos parar e pedir informação, aproveitamos e descobrimos qual é a melhor forma de chegar em... –Ele me interrompeu com a mão.

-Não vamos para pedir informação. –Eu revirei os olhos.

-Por quê? –Eu já sabia da resposta, mas queria testá-lo.

-Não quero arriscar topar em outra dracaene por ai, e já estamos atrasados. –Disse desviando o olhar.

-Você não quis dizer, “isso é demais para o meu orgulho de peixe, quero dizer, de homem”. -Zombei segurando a risada e ele fez uma careta engraçada.

-Haha, se um dia você desistir da arquitetura já pode ser comediante. –Ele se invoca muito fácil, não disse nada apenas lhe dei um tapinha no braço. –Não precisamos parar para pedir informação porque eu tenho um ótimo senso de direção. –estufou o peito para falar, aquela cena me lembrou um galo pronto para começa a brigar.

-Na água. –Não agüentei, desatinei a rir o deixando muito furioso.

Tenho que admitir que o senso de direção do cabeça-de-algas não era tão ruim assim, nós rodamos um bocado, mas achamos um restaurante até mais ou menos, comida tipicamente Americana, fritas com carne, não foi a refeição mais saudável que eu tive, mas deu pro gasto. O melhor foi Percy na loja de variedades do lugar, tentando bancar o modelo de rosto.

-O que acha desse? –Perguntou me mostrando um óculos todo azul.

-Não, é chamativo demais. – foi um eufemismo da minha parte, por causa do azul ser a cor preferida dele, mas aquilo era ridículo.

-Tenta esse. –Arranquei os óculos de cor azul da mão dele colocando em um lugar fora do alcance de visão do meu namorado.

-Não, parece coisa de mulher. –Ele colocou de volta pegando outro e eu desejei em pensamento que não fosse azul.

-Eu gosto desses. –Minha boca fez um perfeito O. UAU, eu achava meu namorado um gato, mas com aqueles óculos...

-É bem legal, que gato, ainda bem que já é meu. –elevei um pouco o tom de voz e o abracei, só mesmo para marcar território. O QUÊ? Eu não sou ciumenta, só cuido do que é MEU.

-Eu vou levar. –Quando ele foi pagar a conta, atendente (vadia) lhe devolveu a nota com um número de celular e um me liga rabiscado, não preciso nem dizer que o cabeça-de-algas estava se achando com aqueles óculos.

-Você não vai precisar disso. –Arranquei o papel de suas mãos assim que saímos da loja.

-Pode dizer, eu sou irresistível. –Aqueles óculos devem ter sido abençoados por Afrodite, onde está aquele garotinho todo desconfiado e tímido, que se enrolou todo com as palavras quando nós começamos a namorar? Eu gostava mais dele, porém esse daqui também é bem legal.

-É muito lindo... Mas convencido demais. O Taylor Lautner das atendentes. –Virei o rosto quando ele tentou me beijar. O cabeça-de-algas estava muito cheio de se hoje, já está na hora de baixar um pouco essa bola.

- Você esta sendo injusta sabidinha. Às vezes eu não entendo esse seu ciúme. –Ele sorriu maliciosamente me puxando para se.

-Não claro que não entende. Você nunca entende nada. Uma garota (levemente) atraente dá o número de celular para o meu namorado na minha frente e eu tenho que ficar de boa. Você entendeu ou quer que eu vá comprar uma folha para desenha? –Sarcasticamente explique.

-Annabeth eu adoro quando você é ciumenta. –Eu fiz uma cara de “WHAT?” e ele sorriu. –É por isso que fico assim, me achando, pois quando você tem ciúmes de uma pessoa é porque você gosta dela mesmo, e pra mim é só isso que importa. Você gostar de mim. Eu sou um lindo idiota convencido agora, mas é sua culpa. –Como eu poderia resistir a isso? Me digam!.

-“Meu”, eu gosto dessa palavra. –Lhe dei um beijo como agradecimento. –Será que MEU lindo idiota convencido quer dirigir?

-Dirigir. –Ele parou num pé e voltou no outro.

-Eu estou casada, não dormi bem ontem a noite e essa comida toda me deixou com sono. –Comentei.

-Você dormiria bem se me deixasse deitar na cama com você. –Eu me esqueci de contar, desde aquele dia Percy dormia no sofá e eu na cama.

-Nós já conversamos sobre isso cabeça-de-algas, você está de castigo eté a segunda ordem. –Ele me deu um sorriso desapontado.

-Não me lembro, meu cérebro entrou em colapso quando você disse greve e depois sexo, mas não custa tentar de vez em quando. –Ele me deu um beijo sedutor e eu sorri.

- Seja um bom motorista e quem sabe. – Lhe dei um beijo do tipo que deixa o sabor de quero mais.

Logo após partimos eu adormeci, pareceram minutos, mas pelo estado do meu pescoço foram horas. Abri meus olhos e pela claridade deveria ser duas da tarde, estávamos à uma hora do acampamento agora, ou pelos menos deveríamos estar.

-Annabeth, você já acordou. –sua expressão não era boa, ele parecia preocupado com alguma coisa.

-Percy que lugar é esse, não me lembro de ter passado por aqui antes. –Percebi, logo após recobrar os sentidos que estávamos em uma rodovia deserta com asfalto desgastado e nenhum sinal de que alguém já havia passado por aqui algum dia.

-Acho que pegamos algum caminho errado. Talvez quando... –Pela cara de medo do cabeça-de-algas ele preferia estar no tártaro do que comigo naquele carro.

-O que você fez cabeça-de-algas? –O chamei pelo apelido para ele se acalmar e ter certeza de que eu não iria matá-lo, ainda.

-Não fiz nada. –Ele olhava para os céus como em prece para que Zeus o atingisse com um raio.

Continuamos seguindo pela estrada por algum tempo mais, até avistarmos uma espécie de mini fazenda onde um senhorzinho de aparência rude cuidava de algumas vacas.

-Pergunte a ele onde estamos. –Percy implorava.

-Eu não! Olha a cara do homem, parece uma criatura do tártaro. Você errou o caminho, você acha o caminho.

-Isso faz parte dos conselhos sábios da sua mão ou é só uma frase de pára-choque que você viu enquanto dirigia? –Huuu... Ele estava estressado.

O senhor se aproximou e Percy relutante disse:

-Er... Bom dia senhor... É que... É que... –O velho já estava ficando impaciente então eu disse.

-Estamos perdidos. –Meu namorado já lutará com toda espécie estranha de monstro, mas  tinha medo de um homem de meia idade de aparência suspeita, só podia ser filho do Poseidon mesmo.

-E para onde vocês estão indo? –A olhar do senhorzinho era mais agradável que a aparência.

-Em direção a Long Island. –Respondeu incomodado.

O velho sorriu, mostrando seus dentes amarelos e falou.

-Não se preocupem isso sempre acontece. Vocês devem ter pegado a Avenida 96 em vez da 69, mas se continuarem a seguir reto vão encontrar uma cidade que os levara de volta ao caminho certo, a noite provavelmente  estarão de volta a Avenida meia nove. –Sua voz era pacifica e calma, do tipo que ecoa para dentro da sua cabeça e fica cantarolando lá por horas.

-À noite? –Perguntou Percy desapontado.

-Eu queria poder ajudar mais, mas este é o único caminho. –Suor escorria de sua testa, o velho sorriu ao perceber que eu o olhava.

-Obrigado senhor. –O cabeça-de-algas arrancou de uma vez deixando a fazenda para trás.

Nós seguimos em linha reta como o senhor mandou até avistarmos uma grande e moderna cidade de arquitetura pomposa.

-Já esteve aqui? –Perguntei para descontrair.

-Não. –Respondeu carrancudo. Eu deveria estar zangada, por culpa dele nós teríamos três horas a mais de viajem.

-Nós não vamos ficar andando por ai atôa, dessa vez vamos para e pedir informação. -Falei autoritária da mesma forma que ele.

-Não vamos pedir informação, aquele senhor disse que é só seguir reto. –Ele me ignorou e permaneceu a acelerar.

-Percy Jackson você tem dois motivos para parar esse carro: para eu desce ou para pedir informações, qual você escolhe? –Que coisa chata, depois a orgulhosa é eu.

Ele diminuiu a velocidade e encostou ao lado de uma calçada de um condomínio de amarelo, todo cheio de flores e frescuras que lembrava o chalé de Afrodite. Ele olhou para mim com aqueles lindos olhos implorando.

-Nada de chantagem, você vai perguntar. –Seu sorriso caiu dando lugar aquela cara amarrada de antes, ele se arrastou para fora do carro abordando um homem careca de bigode. Percy falou algumas coisas e o bigodudo começou a apontar para todos os lados, ele falava rápido e meu namorado afirmava com a cabeça em sinal de concordância.

-O que ele disse? –Perguntei quando ele voltou.

-Um monte de coisas que eu não entendi. –Disse recolocando o cinto.

E assim, lá vamos nós dois parando a cada dois quarteirões para pedir informações, sempre de um jeito ou de outro errando o caminho. Como Percy estava dirigindo e a culpa por termos nos perdido fora dele, eu o obrigava a sair do carro e pedir informações como forma de castigo.

O cabeça-de-algas estava super estressado com aquilo, nada mais frustrante para um homem do que admitir que não sabe para onde ir. Finalmente ao enoitecer nós passamos pelo ultimo bairro da cidade pomposa.

-Eu não acredito que você pegou o caminho errado. –Aquele clima de arrogância e raiva havia passado a alguns bairros atrás.

-Não foi minha culpa, 96 é parecido com 69... Poxa, eu tenho dislexia e esses óculos tão escuros não ajudaram. –Ele podia perder o rumo, mas não perdia a razão(nossa que piada mais sem graça.).

-Cabeça-de-algas tira esses óculos, já está de noite. –Tentava tirar o acessório, mas ele sempre me impedia.

-Para Annabeth, eu quero ficar com eles... Você está é com inveja por não ter um óculos tão estilizo assim. –Brigava enquanto passava a mão no meu rosto de uma maneira extremamente irritante. Agora era guerra.

Nós iniciamos uma pequena luta dentro do carro. Ele dirigia enquanto tentava desviar das minhas investidas para pegar os óculos. Foi em um desses ataques que meu cotovelo sem querer se chocou contra um botão do painel. O carro começou a fazer “bip”, eu achei que ele iria explodir ou se transformar em um chaveiro conosco dentro, e talvez em uma suposição muito remota até em um autobot. Porém para a surpresa de todos, a única coisa que aconteceu foi que um aparelho moderno, até então escondido se revelou. Eu desatinei a rir e quem parecia que ia explodir agora era o cabeça-de-algas.

-MAS QUE DROGA, ESSA PORCARIA TINHA GPS O TEMPO TODO!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai pessoal gostaram?
Se gostaram deixem um review, se não gostaram deixem um review e me façam feliz.
Se alguém souber a resposta da pergunta que eu fiz nas notas inicias responda, pelo amor de Atena.