5 Maneiras De Irritar Seu Namorado escrita por Lih


Capítulo 1
Deixa que eu faço!


Notas iniciais do capítulo

OI GENTE!
Eu não lembro o que coloquei aqui da primeira vez então vou improvisar!
5 maneiras de irritar seu namorado vai ser uma fanfinc contendo 5 One-shots em dias diferentes, mas que juntas constituem uma historia só, mais ou menos isso U.U
Boa leitura!



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Eu caminhava por entre os chalés em direção ao campo de treinamento sem vontade, por isso meus pés se moviam automaticamente e da maneira mais devagar possível. Percy podia ser realmente irritante quando queria. Semana passada ele escondeu meu laptop do Dédalo, e enquanto eu o procurava, junto dos irmãos Stoll roubou toda a minha coleção de livros sobre arquitetura. É claro que o chalé seis os fez devolver, mas quando entregaram de volta estava tudo uma bagunça, totalmente fora de ordem. Levei uma semana para encontrar o laptop do Dédalo e organizar meus livros e ainda tive o trabalhinho extra de recolher todas as aranhas de plástico derrubadas “acidentalmente”, e vocês sabem da relação entre aranhas e filhos de Atena, foi um total desastre. Meus irmãos quiseram dar o troco no cabeça-de-algas e no final, eu acabei levando toda a culpa (longa historia). E é por isso que nós dois estamos encarregados da aula de equitação para os novos campistas, e cá estou caminhando sem a menor vontade.

Ao longe percebi que estava atrasada. Meu namorado já organizava nossos alunos em fileiras, um do lado do outro. Eram seis semideuses, três garotos, duas garotas e um ser que eu não consegui identificar se era homem ou mulher. Cheguei mais perto e cumprimentei a todos.

–começaram sem mim?  -Perguntei alegremente a meus novos alunos

 –Oi sabidinha, pode deixar comigo, essa vai ser fácil. –Interrompeu convencido, me jogando uma piscadela.

 Quando saí do meu chalé, queria arrancar sangue do Percy, enquanto subia a colina, já estava disposta a ter uma conversa mais civilizada, mas agora que vi seus lindos olhos verdes, minha ira se esvaiu por entre o suor de minha testa. Eu não podia deixar a brincadeirinha dele em pune, mas não conseguia ficar zangada com ele.

Enquanto fingia prestar atenção no que fazia, vi um par de garotas tendo um conversa um tanto, interessante.

 –Eu tive uma bela vingança. –Disse uma garota ruiva que eu nunca tinha visto antes.

–Como assim? O que você fez? –Perguntou outra.

–Digamos que irritar meu namorado é muito eficaz como forma de vingança, além de ser divertido. –Respondeu à primeira, indo embora com uma risada gostosa.

 Aquelas garotas ascenderam uma luz na minha cabeça. A aula com pegasus séria uma boa, e quando eu digo boa, quero dizer, perfeita oportunidade para uma vingança básica. Tive uma conversa de semideusa vingativa com Blackjack, e ele concordou em ajudar, com a condição de ter quantas guloseimas quisesse depois.

 Percy ensinava coisas básicas para os novatos, como montaria, postura, guiar corretamente, até que altura ir sem irritar Zeus, coisas do tipo. Ver o cabeça-de-algas bancar o sabe tudo era maçante, eu deveria fazer isso. Estava na hora de por o plano em pratica.

–Percy, já chega de aula teórica, vamos para a parte pratica. –Os alunos se animaram, mas meu namorado nem ligou, ele estava mais preocupado com o fato de eu tê-lo chamado de Percy.

 –O que aconteceu com o cabeça-de-algas, sabidinha? -Disse me agarrando por trás.

 –Nada só acho que quando estamos na frente dos alunos devemos nos chamar por nossos nomes próprios. –Falei para todos ouvirem e ele ficou desconcertado. –E também devemos preservar nosso espaço. –Sussurrei me desvencilhando dele. Coitadinho, ficou de cara no chão.

-Certo pessoal, todo mundo montando no seu pegasus. Você também. –Ordenei olhando para ele. –O cabeça-de... Quero dizer Percy, já os ensinou o bastante para voarem sozinhos, mas se precisarem de ajuda, não fiquem com vergonha, peçam. –Mal fechei a boca e todos eles levantaram a mão.

–É, vocês levam mesmo a sério esse negocio de ajuda. –Brincou ele com um risinho nos lábios, indo em direção a uma das mais belas filhas de Dionísio que eu já vi, ajudando-a a montar no cavalo-alado.

–Pode deixar que eu cuido dessa daqui, ela... Ele... Aquela pessoa ali necessita mais da sua ajuda, capitão eu sei tudo sobre pégasos. –Disse apontando para a criatura que eu não conseguia distinguir se era homem ou mulher.

 O cabeça-de-algas pareceu não gostar muito, porque fez uma careta estranha.

–Ela é filha de Ares? –Perguntou ele enquanto nós a observávamos tentar destruir uma cela com os pés.

–Não, acho que ainda é indeterminada. –Respondi. Fiquei com pena da cela a criatura realmente tinha força.

–com certeza ela é bem indeterminada. –Ele saiu meio receoso, com medo de que a próxima coisa a ser destruída fosse o rosto dele.

A verdade é que EU tinha medo dela desfigurar o rosto dele, mas pelo menos ajudando ela, ele não tinha chance de ficar assanhadinho.

Mas voltando a realidade. Eu ofereci educadamente (mentira) minha ajuda à filha do senhor D. e ela recusou, sob a justificativa de que não precisava mais de ajuda.

–N-nada não, eu só estava com problemas para subir mesmo. –Disse ela disfarçada, saindo de perto de mim com um grande pulo. Com um salto desses, ela já pode tornar-se atleta se quiser.

 Enquanto eu fulminava a garota com os olhos, Percy tinha problemas com o pé da garota-monstro em sua cara. Fui ajudá-lo, ta bom, ri da sua cara.

–Qual é o problema aqui? –Perguntei segurando a risada.

–Esse imbecil pegou na minha bunda. Resmungou a garota encaixando o cabeça-de-algas em uma chave de braço.

–Ai! Cuidado com meu pescoço, eu preciso dele embaixo da minha cabeça. E não, eu não peguei na sua bunda, eu só estava tentando te ajudar a subir no cavalo, mas você é muito pesada e a minha mão deslizou. –Retrucou, ele sem sucesso tentando fugir.

 –Você está me chamando de gorda? –Gritou a garota irada.

–NÃO! Não foi isso que eu quis dizer... Annabeth, você não vai me defender? Eu achei que sua mãe era a deusa da justiça. -Grunhiu ele, já que estava com a mão da garota em sua boca.

–Atena é realmente muito justa, meu amor. Mas assediar alunas já é ir longe demais. –Disse eu dando permissão para a garota indeterminada começar a bater.

Depois de um longo tempo esperando Percy servir de banquinho para a garota-monstro, que eu descobri ter o nome de Misty, subir no cavalo, todos já estavam em seus devidos lugares, prontos para decolar. Olhei para Blackjack esperando uma confirmação, e ele acenou positivamente para mim.

–Todos em suas posições, vamos decolar. -Percy insistiu em liderar o voo, com a desculpa de ser filho de Poseidon, o criador dos pégasos. –Vamos partir em três... Dois... Um... –Assim como nós tínhamos combinado, Blackjack empinou bruscamente, fazendo Percy cair de cara no chão.

–Acho que nós precisamos chamar um semideus de verdade para liderar o vôo. –Gritei eu dando uma rasante sobre ele e logo depois tomando a dianteira do grupo. Nós demos apenas uma pequena volta, mas meu namorado ficou muito frustrado por não ter (liderado) voado, já que seu cavalo não voltou para buscá-lo.

Se na hora de montar nós, ou melhor, Percy teve problemas, no momento de descer não seria diferente. Como (nunca) sempre o senhor sabe tudo sobre cavalos estava jogando charminho para as garotas. E como Atena é realmente muito justa, ele estava tão ocupado rindo das piadas (sem graça) das meninas que estapeou sem querer um dos cavalos-alados que ficou irado e saiu galopando, atropelando os campistas que estavam por perto, entre eles estava Misty, a garota-monstro que perdeu o equilíbrio e acabou caindo em uma poça de lama. Oh, oh, ele estava muito encrencado agora.

 Depois de levar uma bela lição, quando eu digo lição quero dizer surra, Percy já estava pronto para ajudar com a segunda lição.

–Preparar seu próprio cavalo. É a parte mais fácil do treinamento de vocês. A única coisa que temos que fazer é amarrar isso aqui, colocar isto, ali e apertar bem. –Explicava ele enquanto fazia os movimentos.

 Porém, alguma coisa saiu errado na parte de apertar bem. Definitivamente meu peixinho não era bom em dar nós. Ele fez tudo certo, tirando o fato de que ficou todo enrolado nas cordas.

 –I-isso não acontece sempre, só problemas técnicos. –Disse ele para a turma, fazendo uma cara do tipo: Me ajuda que eu te dou um beijo.

 –Luke era ótimo em dar nós. –Falei com um falso olhar apaixonado.

 Eu sei, eu sei, não precisa gritar comigo, falar do Luke é apelação, mas irritar Percy era tão doce quanto néctar de ambrosia e eu não conseguia resistir.

–Deixa que eu faço! –Ele resmungou algumas coisas em grego antigo e tomou a corda da minha mão bruscamente. O cabeça-de-algas apertou tão forte o laço que eu fiquei com pena do pobre cavalo.

 –Acho que todos entenderam como preparar seu cavalo, vamos dar mais uma volta e encerrar a aula. E sem galopes assassinos dessa vez, por favor. –Ordenou ele ríspido, assim como um general comanda seus soldados.

Legal, eu realmente tinha conseguido deixá-lo irritado. Objetivo cumprido, sem mais brincadeirinhas ou comentários sem graça. Mas o senhor destino tinha outros planos para essa tarde, um final espetacular para encerrar a historia.

Dessa vez a decolagem ocorreu normalmente, sem maiores problemas. Nós demos algumas voltas fizemos piruetas, nos divertimos um pouquinho voando sobre os filhos de Apolo. Foi só quando fomos aterrissar que tudo começou a dar errado. Vocês se lembram do nó apertado que Percy deu? Ele descobriu da pior maneira que apertado não significa seguro. Por acaso, o cavalo que ele usou como exemplo era o pégasos que a garota-monstro usava. Ai você já pode imaginar o que aconteceu. Quando ela foi puxar as rédeas para diminuir a velocidade o nó cedeu e a cela se desprendeu, fazendo-a cair de uma altura razoável, sorte que foi na água. Sorte nada, foi preciso reunir vários campistas para tirá-la de lá, já que a própria não parecia estar em sã consciência. Quando eles finalmente conseguiram puxá-la para a superfície, a cena que eu vi foi hilariante, a garota com toda a sua monstruosidade, completamente molhada e coberta de algas com os olhos fumegantes em vermelho vivo, parecia o monstro do lago nés (*é assim que se escreve isso?)

  -Você é um homem morto, Percy Jackson. –O grito dela ecoou por toda a colina meio-sangue. 

[...]

-Ai! Mais devagar Annabeth, esta doendo muito. –Resmungava Percy enquanto eu cuidava de seus machucados.

–Para de reclamar cabeça-de-algas, ela nem te bateu tanto assim. –Contestei colocando gelo em seu rosto.

 –Não bateu muito, mas bateu com força. Eu nunca vi uma garota tão selvagem em toda minha vida. Mais devagar, por favor. –Choramingava ele quando eu tentava ser gentil em seu tratamento.

–Veja o lado bom, Misty era uma indeterminada, mas depois daquela surra, ela foi reclamada por Ares. –Como resposta ele me deu um risinho cético.

-E além de servir de saco de pancadas para aquela garota, eu ainda ganhei mais duas semanas de castigo, por supostamente provocá-la. –Ele disse a ultima frase imitando a Voz de Quiron.

 Percy gemeu, eu tinha a mão tão leve quanto ele tinha habilidade em dar nós.

 –Tadinho do meu namorado, não se preocupe eu tenho uma surpresa pra você. –Falei enfaixando seu braço.

–Você vai me ajudar? –Perguntou ele festivamente, esquecendo da dor.

 –Não, não vou te ajudar, você mereceu. –Ele fez uma careta de aborrecida. –A sua surpresa está aqui mesmo neste quarto. –Ele olhou de um lado para o outro procurando.

–Onde? –Eu lhe dei um olhar sedutor em resposta e ele sacou qual era a surpresa. –Aqui? –Perguntou ele afagando meus cabelos e me puxando para mais perto dele.

 –Mais pra baixo. –Sussurrei sensualmente.

–Aqui?  -Agora ele alisava minhas pernas.

–Sobe mais. –Falei tirando suas mãos das minhas coxas.

 –Aqui? –Perguntou uma ultima vez antes de colar os lábios nos meus.

–Poder ser, mas a minha intenção era outro lugar. –Ele sorriu maliciosamente e deitou-me na cama, começamos a nos beijar ferozmente e rolar um por cima do outro. Eu já estava desconfiando que toda aquela dor do Percy, era só invenção, quando senti meu corpo ir para baixo. Nós estávamos tão ocupados trocando saliva, que nem percebemos que tínhamos rolado para a ponta da cama, e assim caímos os dois, é claro que Percy amorteceu minha queda com seu corpo.

 –Ah, ah, ah! Ai minha perna. –Ele urrou de dor. -Com certeza aquela dor não era teatrinho.                           


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Notas finais do capítulo

Vamos fazer assim, 5 reviews e eu posto o próximo capítulo.