One Less Lonely Girl escrita por Luíza Skywalker


Capítulo 16
Capítulo 16: o começo de algo bom


Notas iniciais do capítulo

Olááá! Pessoas que eu amo! Então, como vai a vida?

Bem... Vcs pediram tanto por esse POV, então, aqui está. Espero que gostem...

Não tenho muito para dizer hoje... :s

P.S: Esse capítulo foi meio inspirado na música Start Of Something Good, do Daughtry *--* acho essa música tão perfect.



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Todos mentem, não é? Claro! Às vezes bem lá no fundo, a mentira é a única verdade. Todos mentem, sim, mas... Sempre? Será que... Alguma vez é verdade? Talvez...

Chance. Todos merecem uma? Acho que não. Apenas quem vale à pena ter uma, mas como saber quem merece? Como acreditar que alguém merece, se todos nós mentimos? Como saber o que é verdade e o que é mentira? A mentira é algo que faz parte de nós, mentir é normal, mas nem sempre é necessário. Alguns mentem por pequenas coisas, bobagens pelas quais não valem à pena mentir.

Foi com o meu pai que eu aprendi a não confiar em ninguém, pois até mesmo aquelas pessoas mais próximas de você, podem ser as que mais irão mentir e te magoar. O meu pai foi a minha prova disso. Ele é a pessoa mais mentirosa que eu conheço. Ele mentiu para mim, ele mentiu para o meu irmão, ele mentiu para minha mãe, ele mente para todos.

Quando ainda estava casado com a minha mãe, mal estava em casa. Sempre chagava em casa com uma desculpa diferente. Quando vinha do trabalho era de madrugada, e dizia que tinha muito “trabalho”. Todos os dias eles brigavam, minha mãe dizia que ele tinha outra, mas ele sempre negava. Teve um dia que ela quis pedir o divorcio, mas ele pediu perdão e disse que mudaria. Ele até cumpriu o que disse por algum tempo, mas depois voltou a fazer tudo de novo. Então depois de pegar ele com a secretária, minha mãe resolveu que era hora do divorcio, dessa vez de verdade. Ele pediu desculpa de novo, mas ela não aceitou. Eu vi a minha mãe passar noites e noites em claro, por causa do canalha do meu pai. Eu não gostava de vê-la daquela forma. Depois dela não tê-lo aceitado de volta, ele casou-se com a tal secretária, Sarah, e mudou-se para São Francisco. Ela engravidou e teve Matt e Damon. O meu pai costuma vir buscar a mim e ao Malcolm para passar as férias lá, mas dava para perceber que ele gostava mais dos gêmeos, eu acho. Ele dizia que nada iria mudar que continuaríamos a ser uma família, no entanto, não o vejo há cinco anos.

Foi então que eu aprendi a não confiar nos homens por medo de passar o que aminha mãe passou, mas mesmo depois de tudo que o meu pai fez a minha mãe sofrer, acabei confiando em um idiota, que me deixou aos pedaços. Eu então conclui que realmente não prestam.

Então, acho que depois de tudo isso, vocês podem entender porquê eu não consigo confiar no Percy. Ele parece um cara legal, e todas as coisas que ele faz e diz. Talvez ele seja uma pessoa que não quer enganar ou iludir alguém, mas e se eu estiver errada de novo?

– Annie – chamou a minha mãe. Saí do meu quarto e fui até a sala. – vamos? Odeio quando o mercado está cheio.

Minha pegou a sua bolsa em cima do sofá e nós partimos para o mercado. Chegamos em 40 minutos, pegamos dois carrinhos. Passei pelos frios distraída, até escutar uma batida que me trouxe de volta.

– Olha por onde anda – disse a minha mãe. Ela havia batido o carrinho com o de um rapaz. Ele tinha os cabelos escuros e olhos incrivelmente verdes. – Eu não acredito! Eu só posso ter cometido muitos pecados na minha vida passada!

– Atheninha! – disse o rapaz. Espera... “Atheninha”? Olhando suas feições, ele me parecia familiar.

– Pai, eu não sei se era isso mesmo que você me mandou pegar. – disse um garoto aproximando-se do rapaz, que eu deduzi ser o seu pai. Ele estava usando uma blusa preta, calça jeans, e um boné. Não pude ver o seu rosto, pois ele estava de boné e com a cabeça baixa, tentando ler a embalagem em suas mãos. - pai, era isso... Annabeth?

– Percy?! – eu agora estava muito confusa. Encarei a minha mãe e o suposto pai de Percy. – Vocês se conhecem?

– Infelizmente! – minha mãe respondeu fazendo uma careta.

– Uau! Quanto tempo Atheninha.

– Não me chame de Atheninha! – ela gritou muito irritada. Eu já via a hora dela tacar o carrinho nele.

Eles então começaram a discutir. Percy olhou para mim com cara de interrogação. Dei de ombros.

– Chega! – gritou Percy, fazendo com que finalmente calassem a boca. – Alguém pode me explicar o que está acontecendo? Pai, quem é essa? E por que vocês estão brigando?

– Athena Chase – ele respondeu a pergunta do filho. – nós estudamos juntos.

– Athena Chase? – Percy repetiu. Ele parou por um segundo, parecia estar pensando em algo. Ele então se virou para mim. – Espera... Ela é sua mãe?

Revirei os olhos.

– Lerdo que nem o pai – minha mãe murmurou. Suspirei e o respondi:

– Sim, Percy, ela é minha mãe.

– Ah... Esse é o meu pai, Poseidon.

Dessa vez, até mesmo o pai dele revirou os olhos. Sério, ele é primo da Thalia mesmo? Que criatura lerda, meus deuses!

– Sério? – perguntei ironicamente. Ele semicerrou os olhos.

– Então, como tem estado Atheninha – Poseidon começou. A minha mãe já estava ficando vermelha de raiva. Mais um pouco e ela explodiria, e ninguém que bata bem do juízo, quer brigar com uma Athena furiosa.

– Não é da sua conta! E se você me chamar de Atheninha de novo, juro que te mato.

– Agora eu sei porquê você tem esse espírito assassino. – Percy sussurrou para mim.

– E o Frederick? – ele quer morrer? Dava para ver a raiva dançar de um lado para o outro nos olhos dela.

– Nós nos separamos, mas isso também não é da sua conta.

– Ele caiu na real. Ninguém em sã consciência seria idiota o suficiente para ficar casado com uma louca.

– Louca? Quem você está chamando de louca?

– E lá vamos nós de novo – Percy disse.

– Desisto! – suspirei derrotada. – eu não vou ficar aqui os vendo discutir, vamos para outro lugar.

Puxei Percy e nós fomos andando e conversando sobre assuntos banais. Fomo s sem prestar para onde estávamos realmente indo, chagamos até o Times Square, na linha amarela, descemos as escadas para o metrô, ainda empolgados na conversa. Percy comprou os tickets e pegamos o metrô. Eram por volta das 14:00da tarde. Pretendíamos voltar para casa, mas um imprevisto...

– Ahn... Percy... Nós...Eu acho que nos pegamos o metrô errado. Pra que raios estamos indo?

– Eu não faço idéia! – ele então cutucou uma senhora que estava ao nosso lado. – a senhora pode me informa para onde este metrô está indo?

– Coney Island – ela respondeu. Percy esbugalhou os olhos.

– Co... Co... Coney Island? – ele então se voltou para mim outra vez. – eu tenho uma pequena sensação de que pegamos o metrô errado.

A bodega parou. Havíamos chegado a Coney Island.Descemos e... Sim, estávamos em Coney Island mesmo!

– Percy...

– Eu sou um idiota!

– Sim!O que você tem nessa cabeça? Alga? – Coloquei o cabelo atrás da orelha. A areia em meus pés. O sol parecia estar me chamando. – vamos voltar!

– O que?! Ah, já estamos aqui, que tal pegarmos uma praia, só um pouquinho. – ele então fez cara de cachorro que caiu do caminhão de mudança. - nós já viemos até aqui mesmo, vamos... Aproveitar então!

Relutante, acabei aceitando por fim. Percy tirou a camisa. Tentei disfarçar, mas... Nossa! Sentei-me na areia e fiquei observando ele entrar na água. Percy parecia que estava vendo o mar pela primeira vez, parecia uma criança. Era legal o ver assim, ele parece ter uma obsessão estranha por água, o que é meio estranho...

Coloquei uma pedra em sua camisa, para que não voasse. Não demorou muito e ele voltou todo molhado. Ele se jogou ao meu lado.

– Você não vai entrar na água? Está incrível!

– Ah... É eu não estou de biquíni, e eu não vou voltar toda molhada.

– Isso não é desculpa. – ele disse levantando-se. De primeira eu não havia entendido, mas ao ver o olhar de Percy, não gostei nada do que ele faria. Levantei rapidamente e comecei a correr.

– Se você fizer isso... – não pude terminar porque ele me alcançou. Percy me puxou por trás. O seu cheiro de mar e seus braços fortes me abraçando, fiz o possível para me controlar. Até porque, ele estava molhado e eu sequinha.

Ele me arrastou até o mar e mergulhou, ainda me segurando. Comecei a me debater, mas desisti, eu já estava molhada mesmo, o que eu poderia fazer?

Voltei a superficie, mas Percy me puxou para baixo de novo e me beijou.

– Eu te odeio! – disse ao voltar à superfície.

– Odeia nada. – disse ele convencido.

Começamos uma guerra de água. Algumas pessoas nos olhavam como se fossemos retardados, o que parecia. Dois adolescentes fazendo guerra de água. Mas eu não me importei, não conheço esse povo, e nunca mais os verei mesmo.

Percy mergulhou de novo, e quando voltou, tinha uma alga presa em seu cabelo.Comecei a rir, ele me olhou sem entender.

– Tem uma alga na sua cabeça! – disse entre risos. – Ta vendo, eu disse que você só tinha alga na cabeça.

Percy riu e me beijou outra vez. Depois de muita bagunça, saímos da água. Sentamos na areia e ficamos observando as ondas, o sol, as crianças correndo pela praia, castelos de areia sendo destruídos pela água.

Percy estava distraído olhando para o mar. Ele fechou os olhos, não sei o que ele estava fazendo, mas fiquei o encarando. Vendo o quanto ele é estranho, louco, lerdo, e lindo. Estranho... Três palavras com “L” A sua pele bronzeada, o jeito como ele ficava de olhos fechados, como se isso o fizesse desfrutar melhor do momento, ou como se ele pudesse sentir a água, mesmo que um pouco longe.

Foi olhando para ele que alguns pensamentos começaram a correr pela minha mente. Eu pareço estar sentindo algo, mas... Eu não quero sentir, não quero me envolver, mas é difícil ficar perto dele e não sentir nada. O problema é que eu não quero sentir, mas... Não posso controlar!

Como se estivesse lendo a minha mente, ainda de olhos fechados Percy disse:

– A vida tem altos e baixos, um dia você está no topo do mundo, até que um dia você é o palhaço. Mas eu sei que você não vai querer se meter em algo que está dando certo. E agora está dando certo.

Ele então abriu os olhos e ficou me encarando por algum tempo em silêncio. Por fim ele suspirou e voltou a olhar o mar.

Essa foi então a minha vez de fechar os olhos. Encostei a minha cabeça em seu ombro, e entrelacei as nossas mãos.

Dei um suspiro:

– Às vezes você não sabe quando vai conhecer alguém, até que um dia você esbarra numa pessoa, e tudo que você sabia sobre o amor some. – fiz uma pausa, Percy escutava atentamente a cada palavra que eu dizia. – Na verdade, tudo que eu sabia sobre o amor era dor, e magoas, mas eu descobri que talvez tudo estivesse errado.

O sol refletia uma luz clara em seus olhos verde-mar. Sua voz era suave como uma brisa de verão. E tinha medo de estar começando a me apaixonar, mas pelo visto parecia inevitável.

– Mas e aquele papo de não se envolver? Sem sentimentos? E todas as suas magoas? – ele perguntou olhando para mim com os olhos semicerrados por causa do sol.

– Bem... Todas as minhas cicatrizes me levaram até você. Eu tenho que admitir que cheguei a pensar que isso acabaria acontecendo.Eu sei que ainda vai levar um tempo, mas... Eu estou começando a acreditar que isso possa ser o começo de algo bom.

Percy sorriu. Aquele sorriso torto, que faz o meu coração acelerar. O silencio pairou sobre nós por alguns minutos, mas não era um silencio desagradável, e sim, um silencio confortável, mas mesmo assim eu o quebrei:

– Percy... Se não formos agora, só vamos conseguir um metrô amanhã. Ele assentiu.

– Que ótimo, eu estou toda molhada – reclamei.

– Toma, veste a minha camisa. – ele então entregou a blusa preta que estava vestido antes. – deixa que eu vou comprar os tickets.

– Não! Deixa que eu compro, ou é capaz de irmos parar em Nárnia!


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Sim? :D Não? D:

AAAAAAAAAAAAAAAAAAH! Só eu que estou desesperada para outubro? A casa de Hades *--* mas não é só por isso(alguma hunter aqui?) 9° temporada de Supernatural! Pirando muito ~lê correndo em círculos~

Vcs gostaram do POV da Annie? Diz que sim, diz que sim, diz que sim!

Bom... É isso!
Bjs' cupcakes e jujubas azuis.