I Hate Myself escrita por Lady SunDame, Lia Mayhew


Capítulo 17
Compre doces para mim


Notas iniciais do capítulo

E ai, galerinha? Lembram daquele capítulo que ia sair na semana retrasada? Pois é, ele está saindo hoje.
Eu não tive tempo de postar para vocês, de verdade.
Eu estou em semana de provas e isso vai até o dia 19/11 (A não ser que eu fique de recuperação, ai eu só volto mesmo dia 21/12 e, convenhamos, ninguém quer que eu fique de recuperação, certo?)
Bem, por conta das semanas super estressantes que virão, já vou logo avisando que eu não vou poder postar NADA nas próximas duas semanas por motivos óbvios de: Tenho que estudar muito, mas, se eu conseguir terminar de escrever o próximo capítulo (Que está ficando lindo ♥ ) eu posto aqui para vocês, certo?
Espero que entendam e que não queiram ficar me matando/estrangulando durante essas duas semanas. Para os leitores que ficam pedindo sempre um novo capítulo, me desculpem :( Eu gostaria muito de escrever, mas há coisas mais importantes na vida para se fazer no momento, não é mesmo? ( Espera-se que você leia o ''não é mesmo'' do jeito que a Satty do Pensegeek fala, por que né)

Beijinhos e, me desejem boa sorte nesse final de ano aqui, por que eu vou precisar muuuuuito ( Adiantando que, eu acho que fiquei de recuperação em matemática, por que eu sou uma jamanta )



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Olhei para as duas garotas que estavam ali. Tanto Yesubai quanto Fanindra tentavam segurar o riso.

– O que foi? – Perguntei.

Elas não aguentaram e riram alto.

– Eu shippo muito vocês – Fani disse, enxugando as lágrimas que caíram de tanto rir.

– Sério, eu não vou ligar se vocês quiserem se pegar aqui no meio do refeitório – Yesubai tomou um pouco de ar, já que ainda estava se recuperando do ataque de riso - Na verdade, eu ficaria bem feliz com isso.

Tanto eu quanto Dhiren ficamos vermelhos.

Parte de mim queria esconder o rosto em algum lugar, enquanto a outra parte queria continuar escutando tudo o que elas tinham a dizer.

***

Eu estava terminando uma redação sobre a matéria de biologia quando o sinal tocou. O Sr. Kadam pediu para que deixássemos a folha de papel sobre sua mesa.

Eu guardei meus livros na mochila e levantei-me, indo até a frente da sala. Pousei minha folha sobre a mesa.

– Como vai, Hayes? – Sr. Kadam perguntou.

– Muito bem.

– Hm... Eu não quero parecer estar invadindo sua privacidade, ou qualquer outra coisa, mas... Você sabe o que aconteceu com o Senhor Rajaram?

Arqueei uma das sobrancelhas.

– O que o senhor quer dizer com isso?

– Ele parece um pouco mudado... Digo, para melhor... Parece bem mais calmo do que antes, você não percebeu?

– Ah... Eu não sei.

Ele sorriu.

– Tem certeza? Por que ele começou a ficar diferente depois que você o socou.

Senti meu rosto ficar mais quente.

– O senhor ainda lembra-se disso?

Ele riu.

– Acho que não tem como eu esquecer... Mas, diga-me, como anda a relação de vocês? Tenho quase certeza de que agora vocês já não se odeiam.

– Hm? É eu já não tenho tanta vontade de socar a cara dele, mas... Por que o senhor que saber disso?

Ele deu de ombros.

– Eu chego sempre cedo aqui, no colégio, para trabalhar e eu sempre vejo vocês sentados no refeitório, conversando e rindo.

Coloquei uma das mãos sobre a parte de trás de minha própria cabeça.

– Ah... Entendo.

– Vocês parecem estar se dando muito melhor do que antes.

– É... Um pouco, eu acho...

Ele sorriu.

– Tenho a sensação de saber quem o mudou.

– Quem?

Ele pegou os papeis em cima da mesa e os arrumou.

– Você não tem ideia de quem seja? – Ele perguntou.

Balancei a cabeça, negando.

– Quem? – Repeti a pergunta.

Ele pegou suas coisas.

– Aposto que você descobrirá.

E então, saiu da sala, acenando.

Fiquei ali parada, tentando entender... Por que ele simplesmente não disse quem era?

Voltei para a minha mesa e peguei minha mochila.

– O que vocês estavam conversando? – Yesubai perguntou, colocando sua mochila nas costas.

– Nada importante.

– Hm... Sabe, eu estava pensando, e se nós três saíssemos algum dia desses?

– Para onde? – Fanindra perguntou.

– Sei lá... Shopping?

– Ah não! – Pronunciei-me – Da ultima vez que fomos ao shopping você ficou horas escolhendo sapatos.

A garota de cabelos escuros fez bico.

– Então... O que podemos fazer? – Fanindra perguntou, sentando-se em cima de uma mesa.

Ficamos em silêncio por um tempo, pensando.

– Vocês querem ir para minha casa no Sábado? Meu pai não vai estar lá e nós podemos sei lá... Fazer o almoço e ficar assistindo filmes.

– É... Pode ser – Respondi – Que horas?

– Vou combinar com o meu pai e digo para vocês, okay?

***

Joguei minha mochila em minha cama.

Troquei minha roupa por uma legging preta e coloquei uma regata branca. Sentei-me em minha cama e peguei a mochila novamente. Abri um de seus bolsos e procurei lá dentro, meu celular.

Além deste, encontrei um envelope azul. Outro envelope azul.

Abri-o e dentro dele, havia um papel.

‘’ Você é a luz do sol filtrada pelas árvores. Um riso em um momento de tristeza, é a brisa em um dia de verão. É a clareza quando só há o caos. ’’

Li e reli algumas vezes. Eu queria saber quem era que colocava aqueles bilhetes em minhas coisas.

Eu continuei pensando nisso, até que alguém bateu em minha porta.

– Pode entrar – Eu disse.

Pela porta, passou uma figura feminina.

– Sarah?

Ela me olhou e então olhou para minha mão. Ela arregalou os olhos e pude ver o quanto eles estavam brilhando. Ela apontou para eles e sorriu.

– É outro bilhete?

Assenti com a cabeça.

– O quarto bilhete.

Ela andou em minha direção.

– Posso ver?

Estendi minha mão, segurando o papel para que ela pegasse.

Sarah sorriu enquanto lia.

– Ah, que bonito! Você já descobriu quem te manda tudo isso?

– Na verdade, não...

– Você tem alguma suspeita?

Suspirei.

– Não consigo pensar em ninguém

Ela sorriu.

– Acho que você tem um admirador secreto... Como se sente em relação a isso?

Dei de ombros.

– Não sei... Digo, eu fico um pouco feliz em saber que alguém escreve isso para mim, mas, eu fico curiosa em saber quem é...

– Ah... Eu já te contei que Mike também fazia isso, não? – Assenti com a cabeça – Ah, mal vejo a hora de ver a Becca quando ela tiver a sua idade...

– Eu acho que muitos garotos irão correr atrás dela.

Ela sorriu.

– Você acha? Mas... Voltando ao assunto... Você já contou a alguém sobre os envelopes, ou, eu sou a única que sabe sobre eles?

– Você é a única...

– Bem... Eu já disse você pode contar comigo. Eu quero te ajudar a encontrar a pessoa misteriosa.

– Obrigada...

Foi neste momento que meu celular tocou.

– Alô? – Atendi.

– Ah, oi Kells.

– Yesubai? O que aconteceu?

– É... Então... Eu conversei com o meu pai, mas parece que houve uma mudança de planos e ele ficará em casa no Sábado... Eu já avisei a Fanindra.

Ah... Entendo. Não tem problema. A gente pode marcar outro dia.

Sarah me cutucou.

– Ãhn... Bai, espera um pouco.

Tapei o microfone do celular.

– O que? – Perguntei.

– Aconteceu alguma coisa?

– Não... É que eu e umas amigas havíamos marcado de fazermos o almoço na casa de uma delas no Sábado, só que parece que não vai dar mais.

– Ah... Você não quer trazer elas aqui?

Arregalei os olhos. Isso foi muito repentino. Sarah nunca havia dito algo deste tipo.

– O-Oquê? Não precisa, eu vou incomodar você e o Mike.

Ela fez um gesto com a mão, como se dissesse: ‘’Não ligue para isso’’.

– É sério? – Perguntei.

– É. Chame elas, eu ajudo vocês.

Eu ainda não estava acreditando no que ela estava dizendo. Coloquei o celular na orelha.

– Ãhn... Bai? Você ainda está ai?

– Estou. O que aconteceu?

– Ãhn... A Sarah disse que vocês podem vir aqui no Sábado e que ela vai nos ajudar.

Quê? Como assim? Mas... Nossa... Ela não vai se incomodar com isso?

– Ela disse que não tem problema...

– Ah... Então nesse caso, tudo bem... Eu vou ligar para a Fanindra avisando... Mas que horas?

Olhei para Sarah e apontei para o pulso da minha outra mão, perguntando o horário.

– Qualquer horário – Ela sussurrou – Dez horas?

– Dez horas, pode ser? – Perguntei.

– Por mim tudo bem. Vou ligar para a Fani agora. Agradece a Sarah por mim. Tchau

– Tchau.

Desliguei o celular.

– Você tem certeza? – Perguntei para Sarah.

Ela sorriu.

– Tudo bem, não tem problema... O Mike vai ficar trabalhando o dia inteiro e qualquer coisa, eu deixo as crianças na casa de algum parente.

Suspirei.

– Obrigada...

***

Quinta Feira.

Vesti uma calça jeans e uma camiseta branca. Deixei os cabelos soltos e fui para a cozinha.

Sentados junto à mesa, estavam apenas Sarah, Rebecca e Sammy.

Peguei algumas coisas da geladeira e fiz um sanduíche, logo em seguida, sentei-me ao lado de Sammy.

– Kelsey, a mamãe disse que suas amigas vão vir no Sábado. É verdade? – Ele perguntou.

– É – Respondi, mordendo um pedaço do lanche – Por quê?

– Elas são bonitas?

Sarah, que estava bebendo um pouco de café, se engasgou. Ela tossiu algumas vezes e então começou a rir.

– Você já está assim, Sammy? – Ela perguntou.

– Assim como?

– Deixa para lá...

Continuei comendo, em silêncio e, quando terminei, peguei minhas coisas e saí de casa.

Quando cheguei ao colégio, fui em direção ao refeitório, porém, chegando lá, ao invés de sentar-me em uma mesa qualquer, fui para uma específica. A que tinha uma pessoa de olhos azuis sentado.

Eu me aproximei, mas ele não me viu. Ele estava de costas para mim. Daquele jeito eu ficava mais alta do que ele, então, me curvei sobre ele e tapei seus olhos.

– Quem é? – Perguntei.

– Britney Spears?

– Ãhn... Não.

– Megan Fox?

– Ãhn... Também não.

– Randi?

– Arg, não!

Tirei minhas mãos de seus olhos. Ele se virou e apontei para mim mesma.

– Sou eu!

Ele fingiu uma careta e deu de ombros.

– Sabe, eu não ficaria triste se fosse a Megan Fox.

Dei um tapa de leve em seu ombro esquerdo e sentei-me ao seu lado.

– E então? – Ele perguntou – Como andam as coisas?

Dei de ombros.

– Bem, eu acho.

Ele apenas balançou a cabeça e então, ficamos em silêncio.

Constrangedor... É... Essa é a palavra certa para descrever aquele momento.

– Eu... Posso fazer uma pergunta?

– Qual? – Perguntei.

– Você ainda sente vontade de socar a minha cara?

– Quê?

Ele olhava para as próprias mãos, em cima da mesa.

– Ah... Não – Respondi – Por quê?

– Tem certeza?

– É... Antes eu não te aguentava, mas... Agora, eu acho que já melhorei disso, quer dizer... Eu acho que se nos trancassem em um quarto por algumas horas, eu não sairia socando a sua cara.

Ele começou a rir do nada.

– Hm? Qual a graça?

Ele fez uma pausa e tomou um pouco de ar.

– Por que... Alguém nos trancaria em um quarto?

Senti meu rosto ficar mais quente.

– Q-Que tipo de coisas estranhas você está pensando?

Ele passou as mãos pelos cabelos e riu da minha reação

– Eu não pensei em nada. Foi você quem pensou em coisas estranhas... Eu só tentei entender o porquê de alguém querer nos trancar em um quarto.

–De qualquer modo... Não, eu não sinto vontade de socar a sua cara... Por quê?

– Só curiosidade... Mudando de assunto... Minha mãe ontem não parou de falar de você.

– Eh? O que ela disse?

– Ela gostou muito de você... Ficou dizendo coisas como: ‘’Oh, como ela é educada’’,’’Você tem que trazer ela mais vezes para casa’’,’’A chame para almoçar aqui um dia desses’’...

Sorri.

– Também... Eu sou uma pessoa muito simpática...

Ele me olhou, os olhos azuis me encarando.

– Isso não foi algum tipo de indireta, certo?

– Não!

Ele riu.

– Mas também, não é como se fosse mentira...

– O que?

– Sobre você...

Arqueei as sobrancelhas.

– Você está admitindo que sou simpática?

Ele deu de ombros.

– Talvez.

Sorri e me aproximei mais.

– O que mais? - Perguntei.

– Mais o quê?

– Além de simpática, o que eu sou?

Ele me encarou e logo virou o rosto.

– Tsc.

– Ah! Qual é! Vai, por favor.

– Não!

Segurei seu braço esquerdo com minha mão direita e fiquei o atormentando.

– Vai, Dhiren, me fala, por favor!

Ele me olhou e por um instante, eu parei de cutucá-lo.

– Tsc, você é muito chata!

– Quê? Mas você disse que eu era simpática!

Ele sorriu.

– Você parece uma criança de cinco anos tentando fazer o que quer.

Fechei a cara, mas logo segurei novamente o seu braço.

– Ei, Dhiren, compre um doce para mim! – Eu disse, afinando a voz, tentando imitar uma criança birrenta.

Nós rimos daquilo.

– Você vai mudar de ideia? Sobre me chamar de chata? – Perguntei, ainda me recuperando do ataque de riso.

– Talvez... Para mim você está mais para uma pessoa birrenta, mesmo.

– Então é assim? Eu sou simpática e birrenta? Nada mais?

– Mais o que?

– Ah, não sei... Sei lá... Inteligente, educada, amigável, amável...?

– Não... Só simpática e birrenta mesmo.

– Nossa... Que insensível – brinquei.

– E eu? O que eu sou?

Pensei um pouco e levantei-me da cadeira.

– Você é uma pessoa convencida que não quer admitir que eu sou mais do que simpática.

Ele sorriu, maliciosamente e levantou-se da cadeira.

Ele veio em minha direção e rapidamente passou seus braços sobre mim, meio me abraçando, meio me segurando e me colocou sobre seu ombro direito

– Você é birrenta! - Ele disse, enquanto nós riamos da situação.

Segundos se passaram quando escutamos duas vozes. Sim, segundos.

– Awnnn – Disseram em uníssono.

Nós dois viramos nossas cabeças para ver quem eram.

– É sério que vocês vão dar uns pegas aqui no refeitório? Eu juro que estava brincando – Yesubai disse, com os olhos brilhando.

Dhiren me colocou no chão e nós dois ficamos vermelhos.

– Realmente... Arranjem um quarto – Ela disse, rindo.

Fanindra sorriu maliciosamente para nós, como se dissesse: ‘’E vocês dizendo que não havia nada...’’

– Pare com isso... – Eu disse, voltando a me sentar.

A garota de olhos violetas pigarreou.

– Querida, segundos atrás você estava nos braços deles e você quer que eu pare com isso? Não, é a chance perfeita para eu dizer o quanto vocês precisam ficar juntos, o quanto vocês combinam e o quanto vocês se amam, mesmo não sabendo disso.

A pessoa de olhos azuis sentou-se novamente e colocou a mão sobre a testa.

– De onde você tira isso, Yesu?

Ela deu de ombros.

– Eu não diria nada se vocês não me dessem motivos para dizer...

– Tsc...

– Mas, sem brincadeiras agora... Vocês formam um casal bonitinho.

Eu e Dhiren nos olhamos.

– Naaah! – Dissemos, em uníssono.

– Escutem o que eu digo: Há um tempo vocês estavam se matando, socando um a cara do outro, agora, vocês estão aí, sendo amiguinhos, rindo juntos, enfim... Em menos de dois meses vocês vão namorar, escutem o que eu digo!

Revirei os olhos.

– Tudo bem, Bai, sonhar não faz mal a ninguém...

Ela colocou as mãos na cintura e mostrou a língua.

– Eu não estou sonhando, estou dizendo a verdade!

Eu ri.

– Claro, claro...


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