I Hate Myself escrita por Lady SunDame, Lia Mayhew


Capítulo 18
''- Ren ''


Notas iniciais do capítulo

EU ESTOU DE VOOOOOOOOOOOLTA ♥
E EU PASSEI DE ANO SEM RECUPERAÇÃO, MEU DEUS, EU SOU ÓTIMA ♥

Eu trouxe um capítulo ( na minha opinião, um dos melhores da fic ) fresquinho e, cara... REVELAÇÕES BOMBÁSTICAAAAS ♥
GENTE, SE PREPAREM, POR QUE ESSE CAPÍTULO AQUI ABRE PORTAS PARA UM NEGÓCIO CHAMADO : RENSEY.
SÉRIO.
EU QUASE TIVE UM TRECO ESCREVENDO. A LYA ESTÁ DE PROVA.
Enfim... Eu só ia postar esse capítulo depois que eu tivesse o próximo pronto, mas eu não aguentei 3

Anyway... Enjoy ♥



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– Escutem o que eu digo: Há um tempo vocês estavam se matando, socando um a cara do outro, agora, vocês estão aí, sendo amiguinhos, rindo juntos, enfim... Em menos de dois meses vocês vão namorar, escutem o que eu digo!

Revirei os olhos.

– Tudo bem, Bai, sonhar não faz mal a ninguém...

Ela colocou as mãos na cintura e mostrou a língua.

– Eu não estou sonhando, estou dizendo a verdade!

Eu ri.

– Claro, claro...

***

Abri os olhos, ainda um pouco sonolenta.

Olhei para o relógio. Sábado, 7 horas e meia

Levantei-me da cama e fui ao banheiro. Tomei uma ducha rápida, para me despertar, escovei os dentes e prendi os cabelos em um rabo de cavalo. Vesti uma legging preta, uma camiseta cinza e fui até a cozinha.

Sarah estava mexendo na geladeira.

– Bom dia – Eu disse, aproximando-me.

– Bom dia – Ela respondeu – Vocês iam fazer o almoço, certo?

Peguei uma tangerina da fruteira e comecei a descascá-la.

– Sim, por quê?

Ela fechou a geladeira e encostou-se na mesma.

– Eu esqueci de fazer as compras... O que vocês pretendiam fazer?

– Eu não sei... A gente ia ver na hora... Quer que eu vá ao mercado e compre algumas coisas?

– Agora?

– É... Eu só preciso de uma lista do que comprar...

– Não tem problema, enquanto suas amigas estiverem aqui eu vou e faço as compras

– Eu vou rapidinho, agora, não tem problema.

Ela pareceu pensar um pouco

– Tem certeza? Não quer que eu vá mais tarde?

– Eu vou agora, Sarah, não tem problema... Além do mais, não tem nada para eu fazer até as dez horas.

Ela suspirou, mas logo pegou uma folha de papel e caneta. Ela anotou algumas coisas e me entregou.

– Espera um pouco...

Ela saiu da cozinha, me deixando sozinha, mas rapidamente voltou, segurando algo.

Ela estendeu a mão.

– Toma, é o dinheiro para você poder pagar tudo.

Peguei o dinheiro e o papel. Fui até o meu quarto para pegar uma bolsa e calçar um tênis.

Quando voltei para a sala, Sarah estava ao lado do sofá.

– Quer que eu vá junto?

– Não precisa, pode ficar aqui, tomando conta das crianças.

– Mas elas ainda estão dormindo.

– Se elas acordarem e não encontrarem ninguém em casa, não vão entrar em pânico?

Ela suspirou.

– Eu já vou indo – Eu disse.

Ela foi até a porta e a abriu.

– Tome cuidado.

– Eu volto logo.

Saí de casa.

Caminhei até o supermercado que havia perto do colégio.

Quando entrei, peguei a lista. Entre as coisas que eu tinha de pegar havia óleo, farinha, leite, ovos e açúcar. Peguei um carrinho e fui até a seção de massas.

Olhei as prateleiras até encontrar o que eu procurava. Coloquei no carrinho alguns pacotes de macarrão.

Em seguida fui até a seção das leguminosas. Quando peguei o que precisava, continuei procurando o resto dos itens da lista.

Eu estava em frente a uma prateleira de farinha quando escutei alguém chamando meu nome.

Virei-me para ver quem estava me chamando. Não vi ninguém. Provavelmente era alguma outra Kelsey.

Voltei a olhar a prateleira, quando senti alguma coisa tocar o meu ombro.

Me assustei, quase deixando o saco de farinha em minhas mãos cair.

Virei-me para ver quem era e me deparei com penetrantes olhos azuis.

– Não faça isso!

Ele riu.

– Você se assustou?

– Claro!

– Eu tinha te chamado, mas você não respondeu, então eu vim até aqui... O que você está fazendo?

Apontei para o carrinho.

– Compras... E você?

– Minha mãe me arrastou aqui, para eu fazer companhia para ela...

– Sua mãe está aqui?

– É... Vamos torcer para que ela não te sequestre...

Coloquei alguns pacotes de farinha no carrinho.

– Para que tanta coisa?

– A Bai e a Fani vão lá em casa hoje e a Sarah tinha esquecido de fazer as compras.

– O quê? Uma festa só com garotas e eu não fui chamado?

Dei um soco de leve em seu ombro.

– Não é uma festa, não vai ter bebida alcoólica, nem nada do tipo... A gente só vai se reunir e fazer o almoço, além do mais, o Sammy e a Rebecca vão estar com a gente.

– É... Realmente não parece uma festa, mas também não parece do seu feitio fazer uma festa.

– Quer ir?

Ele me olhou, surpreso.

– Quê?

– Eu estou sendo simpática e educada... Quer ir?

Ele deu de ombros.

– Não parece ser má ideia... Elas não vão achar ruim?

– Eu já nem sei mais o que elas acham...

Ele deu uma breve risada.

Logo, uma figura feminina apareceu no fim do corredor e ela logo veio em nossa direção.

– Ah, Kelsey! Você também está aqui!

– Oi Senhora Raj... Deschen.

Ela me cumprimentou e ignorou o filho.

– Fazendo compras do mês?

– Mais ou menos isso... A senhora também?

– Só vim pegar um pouco de manteiga... Eu ia te convidar para ir lá em casa, mas como você provavelmente vai estar cheias de sacola, isso talvez não seja boa ideia... Mas qualquer dia desses, quem sabe?

– É, claro – Sorri para ela - Ãhn... A senhora me permite pegar seu filho emprestado por algumas horinhas?

Ela arregalou os olhos, sorrindo.

– Ah, sim, sim, claro, pode pegar.

Dhiren a olhou, perplexo.

– Você sai emprestando os seus filhos desse jeito?

– Ah, você vai estar em boas mãos – Ela virou-se para mim – Mas por que você o quer emprestado?

– Algumas amigas do colégio vão almoçar lá em casa e eu convidei ele para ir também... Não é nada demais, só vão duas pessoas... Quer vir junto?

– Ah, obrigada, mas eu acho que vocês vão se divertir mais se eu não estiver lá, digo, uma pessoa com a minha idade, cercada de quatro adolescentes... De qualquer modo, obrigada pelo convite...

– Tem certeza?

– Claro, divirtam-se... Bem... Eu já vou indo – Ela disse.

Me despedi dela e voltei a procurar os itens da lista.

Eu e Dhiren andamos até a seção de frutas.

Peguei uma sacola de maçãs e então, escutei uma risada.

Virei-me para ver o que a pessoa de olhos azuis estava fazendo.

– O quê foi?

– Nada... Eu só me lembrei de algo.

– O quê?

– Instrumentos mortais – Disse, pegando uma manga, o que me fez rir.

Continuamos escolhendo algumas frutas, até que percebi que haviam três garotas nos observando.

Cutuquei Dhiren com o ombro.

– O que foi?

– Eu acho que tem umas garotas nos observando.

– Onde?

– Ãhn... Perto da prateleira com pães.

Ele olhou e elas acenaram, tímidas.

– Você as conhece? – perguntei.

– Ãhn... Até onde eu saiba, não.

– Então por que elas acenaram?

Ele deu de ombros.

– Vai ver elas queriam tocar na manga...

Eu ri.

– Você não disse isso!

Nós dois rimos.

– Esse tipo de coisa acontece com você o tempo todo? Digo, garotas ficarem te observando?

– Eu não sei, digo, nunca reparei.

– Elas não são as primeiras que vi te observando.

Ele arqueou uma das sobrancelhas.

– Sério?

– Sua mãe não deveria deixar você sair sozinho – brinquei.

– A inveja é um sentimento tão feio, Kelsey.

– Quem disse que estou com inveja?

Ele deu de ombros.

***

Estávamos andando, cada um carregando algumas sacolas.

– Ãhn... Só por curiosidade... O que vocês pretendiam cozinhar?

– Nós íamos decidir na hora... O que você quer comer?

– Ãhn... Eu não sei, quer dizer... Eu como qualquer coisa... Contanto que a Bai não cozinhe.

Eu ri.

– Ela é tão ruim assim, na cozinha?

– Você nem imagina.

Chegamos na frente de minha casa, e eu estava sem a chave. Toquei a campainha. Não demorou muito para que alguém abrisse a porta.

Tomei um susto:

– Ah há, Kells, nós chegamos mais cedo e... – A pessoa parou – Ren?

O cara de olhos azuis do meu lado acenou com a cabeça.

Yesubai me olhou, maliciosamente, mas logo saiu da frente da porta, nos deixando passar.

– Ãhn... Onde eu deixo tudo isso? – Dhiren perguntou.

Acenei com a cabeça na direção da cozinha. Deixamos tudo em cima da mesa.

– Por que você chegou cedo? – Perguntei para Yesubai.

Ela deu de ombros.

– A Fanindra chegou um pouco cedo na minha casa, então a gente decidiu passar aqui mais cedo e ajudar com qualquer coisa – Ela fez uma pausa e sorriu – Mas... Parece que você já recebeu toda a ajuda necessária de um cara gato de olho azul.

Me surpreendi com os dizeres dela.

– Você não devia estar surpresa com a minha pessoa, digo... Eu já disse coisas piores.

Bem... Isso não era totalmente mentira. Ela realmente já havia dito coisas piores.

– Espera... a Fanindra também está aqui?

– É... Ela e a... Sarah? Elas estão lá em cima, com o Sammy e a Rebecca.

Foi apenas ela dizer isso, que as duas crianças correram escada abaixo. O menino ainda estava com a calça do pijama, mas ele parecia não se importar com isso. Os dois disseram ‘’Oi’’ para nós e se jogaram no sofá.

Sarah e Fanindra apareceram na escada, segundos depois.

– Oi Kells! Eu... – A garota de cabelos claros fez uma pausa – Ren?

Ele se mexeu desconfortável, ao meu lado, e foi cumprimentar minha tutora.

– Ãhn... Oi, eu sou o Dhiren, muito prazer – Ele esticou a mão direita.

– Sarah, prazer – Ela disse, apertando a mão – Você é o namorado da Kelsey?

Ele corou e eu tive vontade de colocar minha cabeça embaixo do sofá.

– O quê? Não, não, somos só... amigos.

Yesubai riu.

– Essa mulher é a melhor do mundo! – Ela disse, colocando a mão na barriga de tanto rir.

Sarah pediu desculpas e sentou-se no sofá.

– Mas então... O que vocês iam cozinhar?

A garota de olhos violetas me olhou, como se dissesse: ‘’ O que nós íamos cozinhar?’’

– Ãhn... Eu não sei... O que vocês querem comer?

Tanto Fanindra quanto Dhiren disseram que comeriam qualquer coisa.

Suspirei.

– Crianças, o que vocês querem comer? – Perguntei, sentando-me ao lado de Sammy.

– Pode escolher qualquer coisa? – Rebecca perguntou.

– Contanto que vocês não queiram comer lagosta ou caviar, acho que sim.

– O que é caviar? – O menor perguntou.

– Hm... Ovas de peixe.

Ele fez uma careta.

– As pessoas comem ovo de peixe? Eca.

– Você come ovo de galinha.

– Mas é diferente.

Eu ri.

– E então, o que vocês querem comer?

– Eu quero bolo!

Arqueei uma das sobrancelhas.

– Bolo? Mas você não pode almoçar bolo, isso é doce.

– Pode ser de sobremesa, então?

Passei a mão em seus cabelos, bagunçando-os.

– Pergunta pra sua mãe se pode.

Ele se virou na direção de Sarah e forçou um sorriso.

– Por favorzinho...?

A mulher apenas suspirou e disse algo como: ‘’Se não tiver muito açúcar, tudo bem’’.

– E você, Rebecca, o que quer comer? – Perguntei.

A menina virou-se e disse, animada:

– Pizza!

– Pizza? Só isso?

– É, faz tempo que a gente não come pizza.

Sarah, rapidamente, pronunciou-se.

– Eu não confio muito nas pizzarias, eu não sei o que as pessoas colocam nas pizzas. Como eu vou saber se eles não compram pronto e depois só esquentam?

– Ãhn... E se eu fizer a pizza? – Disse, ajeitando-me no sofá.

– Você sabe fazer pizza? Quer dizer, a massa? – Ela perguntou.

Yesubai sorriu.

– Se ela não souber, temos a internet – Ela disse, segurando o celular, vitoriosa.

***

Em cima da bancada da cozinha, separamos de um lado: farinha de trigo, fermento biológico seco, açúcar, sal e azeite para fazer a massa e, do outro: queijo ralado, molho de tomate e folhas de manjericão para o recheio.

Fanindra ficou do meu lado, me ajudando a preparar a massa. Sarah e Ren ficaram na sala, tomando conta das crianças e Yesubai ficou a alguns metros do balcão, segurando o celular e vendo o passo a passo da receita.

– Ãhn... Por que a Bai não ajuda a gente? – A garota de cabelos claros perguntou, enquanto misturava a farinha e o sal.

– Por que, todo mundo diz que eu cozinho terrivelmente mal – A garota de olhos violetas disse, aproximando-se para verificar a massa.

Yesubai POV

– E você cozinha tão mal assim? – Fanindra perguntou.

Dei de ombros.

– Um pouco, talvez.

– Bai, vai lá para a sala e pergunta para a Sarah como é que esse forno funciona – Kells disse, enquanto colocava fermento na mistura de farinha.

Deixei o celular na bancada para que as duas pudessem continuar a receita e fui até a sala. Chegando lá, encontrei apenas as duas crianças sentadas em frente a TV.

– Ãhn... Cade a mãe de vocês? – Perguntei.

O menor apontou para a escada.

– Ela subiu com o seu amigo.

Arqueei uma das sobrancelhas e fui até o andar de cima, em silêncio. É difícil andar sem fazer barulho quando você está usando salto alto, mas fiz o possível.

A porta de um quarto estava entreaberta e de lá, pude escutar a voz da Sarah.

Aproximei-me um pouco mais para poder escutar.

– Olha, eu vou ser bem direta, okay? Eu sei que é você.

– Eu? – Ren disse.

– É.

– Ãhn... O que tem eu?

Ela suspirou.

– Era você quem estava na porta, dias atrás. Eu sei que é você quem está enviando cartas para a Kelsey.

Uma pausa.

– Eu acho que você me confundiu com alguém.

– Eu não te confundi com ninguém. É você!

Tapei minha boca. Eu havia escutado aquilo? Kelsey estava recebendo cartas de uma pessoa? E essa pessoa era o Ren?

– Olha, eu... Eu tenho um irmão gêmeo.

Tentei segurar o riso, mas tudo o que eu consegui fazer foi um som estranho com a boca.

Sarah abriu a porta, rapidamente e arregalou os olhos quando me viu.

– Ai meu de... – Ela ia começar a dizer, mas a interrompi.

– Alagan Dhiren Rajaram – Eu disse, pausadamente – Eu te conheço desde que era criança e você não tem nenhum irmão gêmeo! Você tem o Kishan, mas vocês não são gêmeos.

A pessoa de olhos azuis colocou uma das mãos na cabeça, claramente surpreso.

– Ren... Você está mesmo mandando cartas para Kells? – Perguntei.

Ele suspirou.

– Ah, qual é!? Além da você, da Nílima e da Fanindra, agora tem até a tutora da Kelsey?

– Hey! – Sarah disse – Não desvie o assunto. Por favor...

Ele ficou em silêncio por um tempo.

– Só... Não contem para ela, por favor...

– Então, era você mesmo? – Ela perguntou, um pouco mais aliviada.

Ele assentiu com a cabeça.

– Yesubai...

– Pode ficar calmo, eu não vou falar nada, mas te garanto que vocês vão agradecer esta maravilha aqui – apontei para mim mesma – no casamento de vocês.

Ele deu um riso nervoso.

– Você consegue ser assim até mesmo em momentos como esse?

Sorri.

– Eu prometo que não vou falar nada, mas se ela subentender alguma coisa, a culpa não é minha, por que você sabe, a Kells é meio tonta, mas não é tanto assim.

– Yesubai!

Eu ri.

– Estou brincando – Senti ele me encarar – Okay... Nem tanto... Mas eu eu prometo que não conto!

Kelsey POV

Fechei a porta.

Eu havia deixado um bolo assando enquanto comíamos a pizza. Depois do almoço, ficamos assistindo um pouco de TV e então, nos despedimos.

Fui para a cozinha e encontrei Sarah lavando alguns copos.

– Deixa que eu lavo – Eu disse.

Ela fez um gesto com a mão como se dissesse: ‘’Tá tudo bem’’

– Pode deixar. Vai tomar um banho, descansa um pouco.

– Tem certeza?

– Pode ir, são só alguns copos.

Sorri e subi as escadas.

Tomei uma ducha e vesti um pijama. Sequei um pouco os cabelos e fui para o meu quarto. Chegando lá, encontrei Sarah sentada na cama.

– Aconteceu alguma coisa? – perguntei.

Ela fez sinal para que eu me aproximasse.

– Eu descobri.

– O quê?

– A pessoa que te manda cartas. Eu descobri.

Arregalei os olhos.

– Quem é?

Ela abriu a boca. Uma palavra. Três letras.

– Ren.


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