A Cúmplice. escrita por Larinha


Capítulo 13
Capítulo XI


Notas iniciais do capítulo

Antes de falar qualquer coisa, quero agradecer profundamente por cada leitor que achou a minha fic digna de ser lida.
Obrigada às pessoas que favoritaram e àquelas que comentaram! Significa muito para mim.
Sei que demorei novamente para postar, e eu nem posso mais dar desculpa (apesar do arquivo ter sido corrompido e eu ter perdido tudo), eu estou sem muita criatividade e a escola só piora a situação. Porém, hoje a inspiração desceu em mim e finalmente terminei este capítulo!

Bom, aproveitem, fiz o melhor que pude. - Neste capítulo vocês verão que os nossos queridos personagens principais não são de ferro. (Vou confessar que fiz as cenas assim porque estou com muita raiva do que está acontecendo comigo na minha escola, um dia desses eu conto a vocês.)



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Ela deveria estar de brincadeira. Ethan Millers apaixonado? Chegava a ser uma afronta à toda humanidade fazer uma pergunta daquelas. Era isso que quase todos pensariam. Porém a morena estava quase certa, o homem ao seu lado supria sentimentos por ela, entretanto o mesmo não queria admitir. O único plano de Ethan era cumprir seu objetivo e ajudá-la ao mesmo tempo, mas nunca passou por sua cabeça o porquê de querer ajudá-la. Talvez quisesse justiça pelo o que aconteceu há tanto tempo, ou simplesmente gostava quando as pessoas descobriam o passado sujo de outras.

Contudo, todas essas explicações eram apenas desculpas, ele queria ajudar Ana porque ele se importava com ela. Desde aquela festa ele tinha notado quase todas as qualidades físicas dela - ele a achava linda, e na época ela só tinha dezesseis - mas nunca achou que poderia sentir algo a mais pela garota. Afinal, a história dela não era realmente convidativa para pretendentes... Não que ele não quisesse... No que ele estava pensando? Além dela não saber metade do que ele sabia, a remota possibilidade deles ficarem juntos significava desastre. Não podia sequer cogitar aquilo. E nem contar a ela o que aconteceu antes do tempo.

E ele tinha que responder a pergunta, só não sabia como. Ana simplesmente não teve paciência para esperar e quebrou o silêncio.

— Ah, esqueça - Ela estava completamente irritada, parecia que seus olhos tinham se transformada em uma chama azul de pura irritação. - De onde eu tirei essa pergunta? Estou lendo e vendo filmes demais. É óbvio que você tem sérios distúrbios. E esse lance aí de me culpar, sentimentos... é muito clichê, sabia? Além de ser golpe baixo em querer me confundir... - Ela deu uma pausa e de repente ficou extremamente séria. Demonstrando a ele que a pergunta ainda deveria ter uma resposta. Entretanto, ela não gostaria de ouvi-la. - Já li casos da vítima se apaixonar ou sentir alguma coisa sem ser ódio e nojo pelo sequestrador, mas isso não vai acontecer aqui. Está me ouvindo?

— Mas é claro que estou te ouvindo, você grita como se eu estivesse quilômetros longe de você. Eu até ia te responder, mas como você não quer mais... Apenas gire esta chave, precisamos voltar antes que seu pai perceba que você saiu.

— Mais cedo mais tarde, ou na minha cara ou durante uma confissão na delegacia, você responderá essa pergunta. - Então, ela manobrou o carro após ligá-lo e foi a caminho da universidade.

...

Ana caminhava pelo pátio e pensava em uma desculpa para ter faltado à aula de francês. Talvez pudesse dizer que não dormira bem na noite anterior e quis repor o sono... Não, ninguém acreditaria. Mas se ela dissesse a verdade acabaria gerando problemas para o homem que permitiu ela e Ethan de saírem. Então, poderia simplesmente dizer que não estava a fim de aprender outra língua naquela tarde. É, pode dar certo. - Ela pensou ao passar por uma mesa de garotas discutindo qual filme iriam ver no próximo sábado.

Ela tinha certa saudade de fazer planos normais para o fim de semana, de sair com seus amigos ou sozinha por aí. Agora tudo que ela fazia era escrever e escrever e escrever... Não que Ana não gostasse, ela amava. Porém, quando a história é sobre um assassino que dorme no mesmo quarto que você, digitar as palavras ditas pelo personagem principal traz uma sensação cada vez mais sinistra. Ainda mais quando parar não é mais uma opção.

Enquanto entrava no seu dormitório, ela começou a reparar que estava passando mais tempo com o professor de literatura naqueles dias do que qualquer uma das pessoas ao seu redor. De manhã, quando acordava; nos intervalos, quando ele aparecia para contar algo a ela; à tarde, quando ela tinha as aulas as quais ele dava; à noite era impossível não vê-lo, ele sempre estava lá; e de madrugada, em seus sonhos. - Aliás, os pesadelos dela estavam cada vez mais constantes. Uns eram sobre as vítimas de Ethan, todavia a maioria era sobre, ou o próprio, ou sua mãe. Sonhava com ela caindo, sendo morta por ele, pedindo ajuda e mandando Ana parar de escrever através do espelho ao lado do computador... Era tenebroso.

Às vezes ela pensava se aqueles sonhos não poderiam ser um sentimento de culpa que a estava corroendo. Culpa por estar acobertando um assassino para seu próprio desejo, como dissera James: "E não podemos fazer o que ele quer só porque, com todo respeito, você quer saber o que aconteceu com a sua mãe." Era exatamente aquilo que ela estava fazendo. Não era somente sobrevivência, não foi por isso que ela aceitou. Ela aceitou porque queria... Queria escrever e saber o que aconteceu com Elizabeth. Seu egoísmo ia trazer grandes consequências, e Ana estava ciente disso.

Por causa de seus pensamentos perturbados, Ana não notou que Lucas vinha em sua direção e acabou trombando com o garoto de 25 anos no meio do corredor.

— Olhe por onde anda, Smith. - Brincou o amigo rindo após se recompor. - Aonde vai assim, dispersa? Aliás, por que você faltou a aula de francês? É a única língua que você faz no curso daqui.

— Oi? Ah, desculpe. Eu não estava com cabeça para línguas estrangeiras hoje. - Falou Ana com um sorriso sem graça. - Mas, esqueça isso, Victória me disse que seu pai não quer mais fazer sua festa de aniversário.

— Bom, eu nem estou ligando muito para isso. Até porque ele não tem que fazer nada disso, olhe para mim! 26 anos e vivendo com o dinheiro do pai? Humilhante! - Ria Lucas. - A única que está com problemas sobre isso é a Victória. Ela acha que meu pai está escondendo alguma coisa, alguma coisa financeira.

Ana pensou na última vez que encontrou John, no mesmo dia que falara com James pela primeira vez e quando recebeu a proposta de Ethan. - Ele estava a caminho da loja de penhores das irmãs que foram mortas, Jennifer e Claire, com um saquinho nas mãos. Pareciam aqueles saquinhos que você põe jóias... Será que um dos homens mais ricos daquela região estava mesmo indo à falência como sugerira?

— Pense bem, Lucas. - Ana começou. - Talvez Victória tenha razão; aliás, eu, porque fui eu quem sugeri isso a ela. Seu pai sempre fez suas festas, mesmo que você não as quisesse. Lembra quando fez, sozinho, seus dezesseis anos? Ele fez outra, maior e com uma quantidade de pessoas absurda! Acha mesmo que ele não faria mais algo do tipo se não estivesse com problemas financeiros? É muito improvável. Acho melhor conversar com seu pai, deve ser sério.

— Agora que você falou tem muito mais coerência do que quando Victória comentou. - Ele falou com uma expressão pensativa. - Será que ele fez besteira? Já foi viciado em jogos uma vez, pode ter surtado e perdido tudo... Há tantas possibilidades que eu até me assusto.

— Eu não sou a melhor pessoa para falar de John Wilson... - Ri nervosa. - E, apesar de não nos darmos bem, sei que ele não se arriscaria a fazer algo do tipo de novo. Não acho que seu pai tenha perdido tudo, acho que são os negócios. Lucas, eu não vejo um tecido dos eu pai na rua há tempos. É como se tudo tivesse evaporado, desaparecido do nada. Ele pode estar sem o fornecedor... Alguma outra fábrica está melhor, não sei. Mas, ele ter feito besteira... Não, John não chegaria a tanto.

— É incrível que mesmo com ele te odiando você ainda pode defendê-lo.Depois de tudo que ele te disse, tudo que ele despejou em você por causa de seu pai... Chega a ser tocante. Quem é você e o que fizeram com a minha melhor amiga? - Ele começou a rir, a garota a sua frente permaneceu séria. - O que está acontecendo, Smith? Você está esquisita.

— Não é nada.

— Não minta para mim, sempre sei quando você não está falando a verdade!

— Olha... - Será que ela poderia desabafar? Ali mesmo, no corredor da faculdade? Não, Ana não era idiota. Porém... Ela não precisava dizer tudo. - Eu estou péssima, Lucas. Descobri uma coisa... Uma coisa terrivelmente séria.

— O quê? - Ele perguntou preocupado.

— O caso da minha mãe. - Ana engoliu em seco. - Descobri que o Blue Killer sabe algo sobre o suicídio da minha mãe.

— Como assim?! - Ele gritou desesperado. - Como pode saber algo do tipo? Ele falou com você, te enviou alguma coisa? Ele não te ameaçou, não é?!

— Acalme-se Wilson! - Ela implorava, sussurrando. - O assassino... Bem, eu estou ajudando o detetive Rick James com o caso. Então, quando fui falar com ele hoje... Havia uma carta, uma carta desse assassino. Ele sabe que estamos procurando por ele, sabe que estou ajudando James. Na carta dizia que ele se entregaria caso descobríssemos o que aconteceu com a minha mãe!

— O quê? Você realmente acredita nisso?! - Lucas olhou para a garota à sua frente perplexo. - Ele está somente desviando a investigação! Fazendo vocês olharem um caso antigo e sem importância, e assim ignorarem ele!

— Sem importância?! - Ana não acreditava no que havia acabado de escutar. Seu melhor amigo chamou o pior acontecimento da sua vida de "sem importância". Era demais para ela. - Como pode?! Você sabe muito bem o que eu passei por causa desse caso 'sem importância'! Eu perdi minha mãe e consequentemente meu pai; sofri danos psicológicos na infância, além do preconceito nas ruas dessa cidade por causa disso; tive que amadurecer cedo porque não tinha ninguém para cuidar de mim, e você diz que isso não tem importância?!

— Não distorça as minhas palavras, Ana! - Lucas agora também gritava. - Eu disse que o caso é sem importância porque já foi fechado! Ela cometeu suicídio, Ana. Sua mãe se matou por um motivo desconhecido, foi isso, ponto!

— E que porra de motivo foi esse?! Você sabe? Não! Nem eu, nem meu pai, nem Roberta, nem ninguém dessa cidade sabe! Ela se jogou de uma janela por um motivo que ninguém conhece! Os policiais foram completamente incompetentes, não descobriram porcaria nenhuma! - Ana estava quase descontrolada, jogava seus braços para o alto a cada exclamação. Estava descontando toda sua frustração contida em seu melhor amigo. E agora ela falava em um tom triste, quase chorando. - Elizabeth morreu, isso não vai mudar... Eu nem me lembro direito de seu rosto, mas ela não merecia morrer assim. Ela foi uma ótima esposa, mãe... Ela estava ótima aquela semana, tudo ocorria bem. O que aconteceu? Ela surtou por quê? Quem foi o infeliz que falou algo tão perturbador para causar um fim trágico desses? Tem que haver um motivo!

A garota não controlava mais suas lágrimas, elas caiam descontroladamente pelo seu rosto. Lucas, de alguma forma, tentava consolar a garota depois de ver a burrada que havia feito. Tinha destrancado cada sentimento guardado da garota com aquela única frase, teria de consertar aquilo antes de alguém chegar, ele sabia que ela odiaria ser vista daquela forma; indefesa, soluçando e incrivelmente fraca. - Então começou a guiá-la até o quarto dela.

"Péssima ideia." - Pensou Ana enquanto caminhava nos braços de Lucas, ainda chorando, em direção ao seu quarto. Ela sabia que Ethan estava lá, ele não podia vê-la daquela forma. Não depois do que acontecera, dele não tê-la respondido e dando certeza de quê ele supria algum sentimento desconhecido por ela fazendo isso. Entretanto, talvez aquela cena o comovesse... Talvez o fizesse desistir de toda aquela ideia insana de obrigá-la a escrever sobre ele e remexer seu passado confuso e assombrado.

Assim que os dois passaram pela porta, a primeira coisa que Ethan fez foi tirar os olhos do livro que lia e olhar quem entrava ali sem permissão. E, então, arregalá-los. - Ana estava péssima, aos prantos. Parecia uma menina indefesa nos braços de Lucas Wilson que a sentou devagar em cima de sua cama e começou a sussurrar para que ela parasse de chorar. Ele falava que estava ao seu lado e que sentia muito pelo que ele fez como uma forma desesperadora de tentar consolá-la. "O que ele fez?" - Pensou Ethan.

— O que aconteceu? - Ethan perguntava em um tom preocupado enquanto se levantava e chegava perto do casal. - O que aconteceu com ela para estar deste jeito?

— Ela desabou no corredor por minha causa. - Dizia Lucas enquanto tentava controlar os soluços da amiga. - Falei besteira, o assunto da mãe dela é muito delicado.

Ana soltou um gemido quando ouvi a palavra "mãe" e voltou a soluçar de novo.

— Oh, meu Deus! - Lucas exclamou e abraçou a amiga. - Perdoe-me, Ana, volte a si!

Ela não escutava.

— Ana?

A morena olhou ainda soluçando, estava completamente confusa. Não queria que Ethan chegasse perto, mas ele parecia assustadoramente preocupado e prestativo, realmente tentando ajudá-la enquanto Lucas fazia um péssimo trabalho.

— Querida, eu sei o que você sente; mas, por favor, acalme-se. Eu sei que você está pondo tudo para fora chorando, porém você mesma disse que odeia parecer fraca. - Ethan dizia cada palavra com cuidado e precisão, medindo o nível de intimidade e consolo, mas ainda assim tentando ajudá-la. Vê-la chorando estava o matando. - Vamos lá! Pense em como Lucas está te vendo desse jeito, somos duas pessoas que se importam com você e te desejam o melhor, o seu sofrimento nos faz sofrer. Apenas desabafe com palavras, tudo bem?

Ela parou de chorar, e agora encarava o homem a sua frente completamente pasma. Aquele era o mesmo assassino frio que os noticiários anunciavam? Era ele mesmo que tinha matado tantas jovens? Não era possível! Ele estava tão carinhoso, emocional, preocupado! Sua mente não podia raciocinar o suficiente para ligar duas pessoas tão diferentes. - Ethan Millers, o professor; e, Ethan Millers, Blue Killer; eram pessoas completamente diferentes, não havia outra explicação.

Naquele mesmo dia ele fora completamente ridículo, chato e completamente desumano; e, agora, estava na frente de Ana tentando consolá-la por algo que, indiretamente, ele havia feito.

— Eu vou pegar um copo d'água. - Disse Lucas, soltando a tristonha menina e dando o lugar para Ethan. - Cuide dela por enquanto.

Assim que Lucas saiu pela porta, Ana empurrou o homem com todas as força, separando o abraço.

— Pare, pare agora! - Ela dizia enquanto batia em seu peito. - Pare de me confundir! Você não é assim! Você é um assassino em série sem sentimentos que não liga para ninguém sem ser você mesmo!

Os golpes dela era realmente fortes, machucariam muitas pessoas; no entanto, a única coisa que realmente feria Ethan eram palavras de Ana gritadas tão desesperadamente.

— Essa é a maior mentira que eu já ouvi em toda a minha vida. - Dizia o homem enquanto controlava os golpes de Ana, segurando seus pulsos. - Eu realmente me importo com você, anjo!

As palavras que ele não dissera no carro estavam implícitas naquela única frase. Mas a jovem não queria admitir, ela não queria alguém como ele se importando com ela. Mesmo se o sentimento fosse puro, mesmo se ela pudesse fazer algo para consertá-lo.

— Eu não me importo de você se importar! - Ela diminuía o tom de voz, um pouco mais controlada. - Eu não sei o que aconteceu com você, eu não sei o que você sente, mas eu não me importo! Deixe-me em paz!

— Eu não posso! - Agora Ethan gritava.

— Não, você não quer! - Ela praticamente cuspiu. - Porque você é, sim, uma pessoa egoísta que se importa somente consigo mesmo! Eu não estou errada!

— Está sim!

— Solte-me. Eu preciso terminar o capítulo um.

— Você não vai escrever hoje. - Ele falou. - Está muito abalada para isso.

— Se for para me impedir de escrever porque estou abalada, jamais terminarei essa porcaria! Eu sempre estive abalada e sempre estarei! Pelos mesmos motivos e por outros que são acrescentados com o tempo! E, quer saber? Estar abalada é a minha inspiração. Agora me solte antes que Lucas volte e suspeite de alguma coisa. - Ethan olhava para a morena muito confuso, sem saber o que pensar. Então, simplesmente a soltou, deixando-a se dirigir até o computador e ligá-lo.

Rapidamente, Ana começou a digitar, estava tão nervosa que as palavras simplesmente surgiam em sua mente junto com as informações passadas por Ethan naquelas semanas. - Ela já estava chegando ao último parágrafo quando Lucas chegou no quarto com Victória e um copo com água e açúcar. Os jovens não entenderam de início o que poderia ter acontecido para Ana simplesmente ter levantado e começado a digitar no computador enquanto o professor olhava pela janela do quarto. Porém, quando viram a agressividade da garota com as teclas, decidiram não perguntar. Era melhor não irritá-la mais.

Lucas chegou ao lado esquerdo da morena com Victória.

— Smith? - Ele estava temeroso. - Aqui, beba.

Ana virou-se para ele depois de salvar o que havia digitado com um olhar de raiva. Ele realmente a tinha magoado; ela raramente choraria por causa de algo assim, contudo aquilo havia sido somado às situações que passara naquele mês com seu "colega" de quarto, gerando um mar de lágrimas.

Ela esticou a mão e pegou o copo, bebendo a água que nele continha e, depois, virando-se para Victória.

— Diga ao meu pai que não fui à aula de francês porque fui visitar o consultor Rick James, tudo bem? - Pediu friamente.

— Ahn... Claro. - Respondeu a loira. Victória não tinha certeza do que dizer, ela raramente via Ana naquele estado. Porém, algo lhe ocorreu. - Amiga, é um péssimo momento, eu sei, mas acho que ir ao cinema no fim de semana poderia ajudá-la a relaxar, o que acha?

— É... Pode dar certo. - Ana respondeu incerta. - Claro.

— Ótimo. - Disse Victória, em seguida abraçou a amiga. - Agora, por favor, relaxe. Durma um pouco, não quero vê-la em um situação dessas nunca mais, tudo bem?

— Tudo bem. - Ela deu um sorriso fraco enquanto seus amigos passavam pela porta.

— Cinema, em? - Debochou Ethan ainda com o olhar fixo na janela.

Fora burrice concordar, Ana não estava mais com cabeça para coisas banais de uma vida juvenil, o resto do dia já havia sido estranho o suficiente para fazê-la perder a noção do que acontecia ao seu redor. Ela só pensava se realmente valia à pena revirar algo que já parecia concluído colocando a vida de todos em risco. Qual indivíduo sabia o motivo de Elizabeth se jogar de uma janela? Alguém sabia, alguém que estava por de trás de tudo. E esse alguém, por mais que ela negasse, estava perto. Muito perto. Sua mãe fora uma vítima, Ana tinha certeza por causa de Ethan. Quem era o culpado pelos seus anos de sofrimento e seu sofrimento atual? Quem era culpado pelas perdas de seu pai? Quem havia matado sua mãe indiretamente?

Ela ia descobrir, nem que tivesse de ir para o inferno por causa disso.


































































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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Comentem, por favor, antes que eu mesma me jogue da janela imitando a nossa mamãe do ano :(



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