Desligamento escrita por Lena Rico, Ana Valentina


Capítulo 37
Capítulo 36


Notas iniciais do capítulo

Queridos leitores!

Desculpa nossa ausência nas últimas semanas, estávamos muito sem tempo por motivos pessoais. Agora, estamos voltando com os últimos capítulos do romance. Esperamos que vocês gostem e não deixe de comentar!
Beiijinhos,
♥ Lena Rico e Ana Valentina ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/319446/chapter/37

Enquanto lágrimas escorriam pelo meu rosto, eu tentava respirar compassadamente para me acalmar… Aos poucos minha respiração foi normalizando, as lágrimas deixaram de cair e voltei a me sentar no banco gelado de onde eu havia me levantado a pouco.

Ainda estava muito confusa, com a cabeça pesada e sem saber o que fazer, completamente zonza.

O Smartphone vibrou em meu bolso de trás fazendo todo meu corpo estremecer assustada. Quem poderia ser a uma hora dessas? Era Laura.

— Oieee Julie! Tudo bem?

— Não. Pode vir me buscar? Estou de frente com a rodoviária… – ouvir aquela voz familiar do outro lado da linha, mesmo que não fosse a companhia perfeita para o momento, fez me sentir tão aliviada de forma que outras lágrimas escaparam pelos olhos.

— Certo, Julie. Não sai daí! Já estou indo te buscar.

Laura estava demorando demais… Olhei a hora em meu celular… Já eram quase onze da noite, hora de estar em casa.

Num misto de drama e cólera, coloquei Smartphone bruscamente ao meu lado sobre o banco e refiz o laço do tênis.

Provavelmente Lauradevia ter achado algo com o que se entreter e esqueceu-se de mim.

Minhas pernas já estavam doloridas de chacoalhar enquanto esperava por ela. Resolvi levantar e seguir o caminho de casa sozinha.

Minha mente estava distante, pensando em tudo o que havia acontecido a pouco e também nesses últimos dias.

Será que Álvaro era realmente alguém confiável? Esta pergunta estava começando a me perturbar há algum tempo e tudo o que acabara de acontecer, estava deixando tudo ainda pior.

Enquanto eu mergulhava em meus pensamentos, virei uma, duas, três ruas… E quando deu por mim, não tinha mais certeza de onde eu estava.

Jales não era uma cidade grande, mas havia algumas partes dela que eu nunca havia visitado. A sensação de estar perdida invadiu minha mente fazendo com que um arrepio percorresse pela minha espinha.

Olhei pelo canto dos olhos para ver se alguém havia me visto, mas tudo estava bem calmo… Muito calmo.

Praticamente todas as casas já estavam com as luzes apagadas… Parei, respirei fundo e olhei ao redor, tentando ver se conseguia reconhecer o lugar e tive certeza de que estava perdida.

Decidi ligar para minha mãe e pedir para que viesse buscar. Mas droga! Não encontrei absolutamente nada ao tatear pelos bolsos traseiros… Provavelmente eu deveria tê-lo esquecido sobre o banco.

Pensei retomar o caminho pelo qual eu havia chego até ali. Talvez eu conseguisse voltar ao ponto de partida e assim, pegar o caminho para casa.

— Ei! Olha ali!

— O que?

— Tá vendo aquela gatinha? Nunca vi ela por aqui…

— Nem eu, rapá. O que uma mina tão linda tá fazendo por aqui? Ou gostosa, está perdida??? – berrou um deles para mim, enquanto diminuíam a velocidade para acompanhar meus passos com a bicicleta.

Apressei os passos e caminhei firme, de cabeça erguida, olhando fixamente para frente, como se tivesse um objetivo, um destino… Como se não estivesse perdida.

Eles falaram algo entre si que não pude entender e dois quarteirões depois, aceleraram as pedaladas e sumiram em suas bicicletas.

Parei imediatamente e olhei para trás. Eu não fazia a menor ideia de onde estava e nem como poderia fazer para voltar. Milhares de lágrimas saltaram de meus olhos embasando a minha visão e o desespero invadiu todo meu ser.

Minha cabeça lotada não conseguia raciocinar direito e minhas pernas já estavam doloridas de tanto caminhar aleatoriamente. Senti uma pontada forte em meu peito como se uma agulha gigante estivesse perfurando-o e meu corpo, até então pesado, foi ficando mole…

Nora caminhava em minha direção, com os passos firmes. Eu sabia que ela iria atirar… Então eu pulei. Pulei para o precipício que se formava atrás de mim… Direto para escuridão.

— Me desculpe, Julie. Só uma de nós poderia continuar… Tentarei guardar suas memórias comigo. Eu juro. – balbuciei ao fechar os olhos, sentindo o frio e o temor da escuridão invadindo meu ser.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Desligamento" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.