The Simple Plan escrita por Tamiris Vitória
O dia seguinte foi meu inferno pessoal, explico o por que:
Eric, aquele filho da mãe faltou! E logo hoje que era o primeiro dia da aula de dança. Até ai tudo bem, eu já ia dizer pra professora que eu estava sem meu parceiro quando uma pessoa totalmente indesejada entrou na sala.
– Eduardo!! Fico feliz de que tenha vindoquerido. - querido? Qual é? Puxa saquismo mesmo? Sem nem disfarçar?
Eu me sentei ao lado de um garoto japonês, ele estava jogando guitarhero no celular.
– Oi professora. - o babaca disse com aquela vozinha de anjinho educado, tipicamente dele.
Tinha exatamente 15 pessoas ali, cada um com seu par, menos eu, ah, mas eu juro que esgano o Eric, desgraçado.
Pra completar Carolina, aquela vadiazinha entrou também, e era o par do Eduardo, mau gosto do caralho. Pode crê.
– Hey. - eu disse ao japonês ao meu lado. – Vamos dançar?
– Hum... - ele me mediu dos pés a cabeça. – Ok.
E nos levantamos. O japa segurou minha mão e ficamos atrás de Eduardo e Carolina.
– Prontos? - perguntou a professora. Todos assentiram, menos eu. Pois é óbvio que não estou preparada. - Quando eu falar troca, vocês troquem de par.
Porque lá em meu íntimo eu sentia que seria obrigada a dançar com Eduardo? Por quê?
A música do Zeca Pagodinho deu inicio a minha tortura, o japa era pior que eu, dançava roboticamente. Isso me alegra, gosto de ver pessoas piores que eu na dança.
Me obriguei a olhar para Eduardo, é, ele dança, dança muito bem, e ele viu que eu o olhava e sorriu.
– TROCA! - O japonês praticamente me arremessou pra cima de Eduardo, é um complô, definitivamente.
E o Mendes me segurou com facilidade.
– Ah, mas que droga! - Exclamei, me recompondo e tentando seguir os passos dele. – Garoto, será que dá para você tirar a mão da minha cintura?
– Já vai começar? - ele bufou, subindo um pouco a mão, e me pressionando mais ao seu corpo.
Dançamos enfim, quer dizer, ele dançou.
– Paolla... - Eduardo disse, fazendo uma carinha de que iria me provocar. Ah lá vem.
– O que é?
– Você sabe para onde Eric foi?
– Não, por quê?
Um giro rápido e...
– TROCA!
Hoje, definitivamente não era meu dia.
– Que nojo!- Carolina e eu dançamos de uma forma esquisita, eu não sabia dançar, e ela estava com nojo de encostar em mim. – Você parece uma pata grávida dançando.
Eduardo ainda me olhava.
Eu preferia estar com ele, não suporto o cheiro de perfume enjoativo barato garota.
– TROOCA!
Girei desembestada, até que senti uma mão segurar minha cintura, suspirei agradecida.
– Ele saiu, aliás, cabulou aula.
Eduardo esperou uma reação explosiva de mim?
– Hum, e o que eu tenho a ver com isso?
– Vocês parecem mais do que amigos.
– Isso não é da sua conta, Eduardo.
– Você é complicada, sério.
Ele balançou a cabeça, parecia irritado.
– Olha... Eu sei que já perguntei isso, mas dane-se. - arqueando a sobrancelha, ele me olhou. - Qual é a sua?
– De novo? A minha... Eu não sei, e qual é a sua?
– Quando os mais velhos perguntam, as crianças têm que responder primeiro.
Essa, definitivamente, doeu nele, mas mesmo assim não houve reações da parte dele.
– Você esta se tornando a versão feminina do Eric... Tsc, lamentável.
A música acabou, mas Eduardo não me soltou.
– É por causa dele que você é tão assim, irritante comigo?
– Você que começou sendo estúpida.
– Eu? Você que jogou aquela bola em mim, seu insolente.
– Paolla... Chega.
– Ah, vai para o inferno. - empurrei Eduardo e sai dali, murmurando uns palavrões, eu o ouvir rir. Parei e me virei. – Não ria MENDES!
– Parei, juro.
Que dia infernal.
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