The Simple Plan escrita por Tamiris Vitória


Capítulo 4
A dança dos diabos




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O dia seguinte foi meu inferno pessoal, explico o por que:


Eric, aquele filho da mãe faltou! E logo hoje que era o primeiro dia da aula de dança. Até ai tudo bem, eu já ia dizer pra professora que eu estava sem meu parceiro quando uma pessoa totalmente indesejada entrou na sala.


– Eduardo!! Fico feliz de que tenha vindoquerido. - querido? Qual é? Puxa saquismo mesmo? Sem nem disfarçar?


Eu me sentei ao lado de um garoto japonês, ele estava jogando guitarhero no celular.


– Oi professora. - o babaca disse com aquela vozinha de anjinho educado, tipicamente dele.


Tinha exatamente 15 pessoas ali, cada um com seu par, menos eu, ah, mas eu juro que esgano o Eric, desgraçado.


Pra completar Carolina, aquela vadiazinha entrou também, e era o par do Eduardo, mau gosto do caralho. Pode crê.


– Hey. - eu disse ao japonês ao meu lado. – Vamos dançar?


– Hum... - ele me mediu dos pés a cabeça. – Ok.


E nos levantamos. O japa segurou minha mão e ficamos atrás de Eduardo e Carolina.


– Prontos? - perguntou a professora. Todos assentiram, menos eu. Pois é óbvio que não estou preparada. - Quando eu falar troca, vocês troquem de par.


Porque lá em meu íntimo eu sentia que seria obrigada a dançar com Eduardo? Por quê?

A música do Zeca Pagodinho deu inicio a minha tortura, o japa era pior que eu, dançava roboticamente. Isso me alegra, gosto de ver pessoas piores que eu na dança.


Me obriguei a olhar para Eduardo, é, ele dança, dança muito bem, e ele viu que eu o olhava e sorriu.


– TROCA! - O japonês praticamente me arremessou pra cima de Eduardo, é um complô, definitivamente.


E o Mendes me segurou com facilidade.


– Ah, mas que droga! - Exclamei, me recompondo e tentando seguir os passos dele. – Garoto, será que dá para você tirar a mão da minha cintura?


– Já vai começar? - ele bufou, subindo um pouco a mão, e me pressionando mais ao seu corpo.


Dançamos enfim, quer dizer, ele dançou.


– Paolla... - Eduardo disse, fazendo uma carinha de que iria me provocar. Ah lá vem.


– O que é?


– Você sabe para onde Eric foi?


– Não, por quê?


Um giro rápido e...


– TROCA!



Hoje, definitivamente não era meu dia.



– Que nojo!- Carolina e eu dançamos de uma forma esquisita, eu não sabia dançar, e ela estava com nojo de encostar em mim. – Você parece uma pata grávida dançando.



Eduardo ainda me olhava.



Eu preferia estar com ele, não suporto o cheiro de perfume enjoativo barato garota.



– TROOCA!



Girei desembestada, até que senti uma mão segurar minha cintura, suspirei agradecida.



– Ele saiu, aliás, cabulou aula.



Eduardo esperou uma reação explosiva de mim?



– Hum, e o que eu tenho a ver com isso?



– Vocês parecem mais do que amigos.



– Isso não é da sua conta, Eduardo.



– Você é complicada, sério.



Ele balançou a cabeça, parecia irritado.



– Olha... Eu sei que já perguntei isso, mas dane-se. - arqueando a sobrancelha, ele me olhou. - Qual é a sua?



– De novo? A minha... Eu não sei, e qual é a sua?



– Quando os mais velhos perguntam, as crianças têm que responder primeiro.


Essa, definitivamente, doeu nele, mas mesmo assim não houve reações da parte dele.



– Você esta se tornando a versão feminina do Eric... Tsc, lamentável.



A música acabou, mas Eduardo não me soltou.



– É por causa dele que você é tão assim, irritante comigo?



– Você que começou sendo estúpida.



– Eu? Você que jogou aquela bola em mim, seu insolente.



– Paolla... Chega.



– Ah, vai para o inferno. - empurrei Eduardo e sai dali, murmurando uns palavrões, eu o ouvir rir. Parei e me virei. – Não ria MENDES!



– Parei, juro.


Que dia infernal.




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Notas finais do capítulo

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