Na hora da saída eu encontrei os três futuros defuntos.

- Pam! - Eric exclamou vindo em minha direção. – Amor, desculpa ter te deixado na mão. Sério!

- Eu entendo. As pessoas realmente não têm consideração comigo!

- Começou... - murmurou Breno. Moleque irritante.

- Drama? - Tiago parou ao meu lado. – A gente só vê por aqui! - E apontou pro meu lado. Eric riu.

- Vai se foder. - eu suspirei. – Vou embora. - dei um beijo no rosto dos dois e quando fui no Mendes I, ele me segurou pelos ombros. – O que foi, Eric?

- Eu te levo em casa!

E nessa ida até minha casa, aconteceu o nosso primeiro beijo...

Tudo aconteceu de forma natural, estranhamente natural, eu estava contando ao Eric sobre minha família. E após dizer que morava com a minha avó, eu abri uma caixinha de muita curiosidade nele.

- Mas você sente falta da sua mãe? Mesmo ela tendo feito o que fez? - Perguntou ele.

Nós estávamos um do lado do outro. Sua mão segurava meu dedo e logo eu segurei sua mão inteira, entrelaçando os nossos dedos.

Porra, meu coração esta indo pra garganta com isso. Eu sou patética.

- Ahn... - tentei pensar em qualquer coisa que não fosse à quentura mão dele sob a minha. – Não, ela não me ama e nunca tivemos um elo de mãe e filha.

- Entendo... - a minha casa era a primeira da esquina, fomos até lá e paramos no muro baixo. Eric sentou e eu fiquei na frente dele. – Que barra hein... Mas viver com a sua avó te deixa feliz? Você não sente falta dos seus irmãos?

- Sim, minha avó é a minha vida. E não, eu não sinto falta deles, não são filhos de meu pai e quando minha mãe me deixou, eles não eram nascidos!

Ficamos em silencio, mas eu decidi quebrá-lo com uma pergunta.

- Cabulou por quê? - perguntei.

- Hum, eu fui até o outro colégio... Terminei com a minha namorada!

Aquele momento que você quer sair dançando Macarena, mas se contém pela gravidade da situação.

- Eu sinto muito. - disse, com a voz baixa.

- É...? - ele pulou do muro, me fazendo dar um passo pra trás e segurou-me pela cintura, impedindo-me de cair. – Eu não.

Naquela hora, eu pensei em várias coisas: Será que eu to bonita? Será que ele vai gostar do meu beijo? E será que eu devia mesmo estar fazendo isso? Porém, todas as perguntas foram apagadas ao sentir os lábios dele sob os meus, era um beijo calminho, mas bem trabalhado, línguas em total sintonia.

Eu estava apaixonada por Eric, essa era a verdade.

- Eu estou apaixonada por você. - soltei, sem querer enquanto sentia-o me encostar-se ao muro. Ele parou, ficou em um silêncio que me tava me deixando desesperada.

- O que você disse? - ele ouviu, ah porra, ele ouviu. – Paolla?!

- Nada!

Eric me olhou atento. Depois selou nossos lábios e me olhou.

- Eu não sei se de fato ouvi mesmo isso, mas...

- Olha, você...

- Paolla, shiu! - ele disse shiu? Quem esse babaca pensa que é? – Seja sincera ok? Breno já disse que você tinha algum sentimento por mim e...

- O QUE AQUELE VARA PAU DISSE??? - eu gritei, sem perceber naquele momento que entrei no truque do verde que cai maduro.

- Ele nada, mas você acabou de confessar... - baixei a cabeça, derrotada. Mais minha mente maléfica já esta pensando em mil formas de matar Breno.

Do que ela tem mais medo mesmo? Ah sim, Breno se caga de medo de avião, prepare-se meu caro, pois eu irei te prender numa asa de avião e te mandar pro Azerbaijão.

- Eric... - Respirei fundo, ainda com a cabeça baixa. – Eu não pude resistir... Você apareceu tão de repente sabe? Tão lindo... Tão convencido e galante...

O ego dele deve ter ido à lua, naturalmente. Qual é mesmo o signo dele?

- E posso ser seu, apenas seu!

Ta, o meu ego foi à lua, meu signo? Escorpião, kisses!

E o que aconteceu em seguida? Eu me declarei apaixonada por ele, loucamente, irrevogavelmente e to... Ta, eu estou imitando a Bella Swan, parei, juro mesmo.

E a partir dali, minha vida deu uma guinada muito louca, e um lance, acreditem, virou um romance... Da minha parte, é claro.