A Loucura do Amor escrita por BiasC


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo! E esse capítulo é dedicado a minha amiga Mariana, que me ajudou bastante a escreve-lo.



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                                   POV Clarisse La Rue

                Eu não sabia o que fazer. Eu não sentia as minhas pernas e parecia que tinha perdido a voz, nunca havia me sentido assim e na verdade, nem sabia direito o que estava sentindo, era um misto de emoções e sensações maravilhoso. Mas o que prevalecia acima de tudo era a felicidade, eu nunca havia me sentido tão feliz! E Devo ter ficado um bom tempo encarando ele, atônita, porque ele já me olhava nervoso quando eu consegui retomar o controle do meu corpo e me atirar em seus braços. O beijo que se seguiu foi emocionado, era quase possível sentir a felicidade emanando de nós. E ali, com seus braços em minha volta e com seus lábios nos meus, eu finalmente entendi, aquele era o meu lugar. E era ali, junto a ele, que eu consegui esquecer os problemas, as pressões e simplesmente ser feliz.

                Nós passamos o resto da tarde passeando pela pacata cidade. Não tinha muito o que fazer, mas nós nos divertimos bastante, tomamos sorvete, andamos pelo parque no centro da cidade e olhamos as vitrines das lojas. Se alguém me contasse, há algum tempo atrás que um dia eu faria um programa tão romântico e tão digno de casaizinhos melosos, eu diria que a pessoa é louca, e provavelmente daria um soco na tal pessoa, mas hoje em dia, bom, eu realmente tenho que admitir que achei bem legal e me diverti bastante. E apesar de tudo aquilo ser extremamente novo pra mim, era também extremamente bom. Mas como nada na minha vida é fácil, eu tinha a estranha sensação de que algo daria errado.

                X-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x

                Eu estava no meu quarto na casa da minha mãe, quando ouvi um barulho que fez todos os pelos da minha nuca se eriçarem de uma só vez. Eu conhecia aquele som, e ele nunca era bom sinal.

                Eu desci as escadas como um furacão, sem nem olhar aonde pisava.

                -Clarisse! Aonde você vai? O que houve?- gritou minha mãe da sala, aonde ela conversava tranquilamente com Chris.

                -Mãe, Chris! Não saiam daqui, ok? Eu vou ali fora... Ham, resolver uma coisinha. – os dois me olharam com uma cara estranha, mas eu não tinha tempo pra encontrar uma desculpa melhor.

                Sai ainda correndo da casa e só parei quando cheguei à rua. Ouvi novamente o barulho que havia me assustado: o roncar do motor de uma moto.  E logo depois na minha frente, parou o que era a imagem perfeita dos meus medos.  Da enorme moto, com labaredas de fogo pintadas de vermelho na lateral, desceu um musculoso homem, vestindo uma calça preta e uma jaqueta de couro da mesma cor, que cobria uma camisa branca. Ele parou a minha frente, tirou os óculos escuros, deixando a mostra os olhos que pareciam reluzir em fogo.  Me analisou por alguns segundos e depois disse, com um sorrisinho cínico de lado:

                -Oi filhinha.

                -Oi pa...pai – eu tentava parecer tranquila, mas estava nervosa como nunca havia estado antes, não sabia porque ele estava ali e nem queria realmente saber. Meu pai nunca me visitava, eu sabia que todos achavam que eu era a favorita dele, mas na verdade isso só significava uma cobrança a mais, significava que eu tinha sempre a obrigação de ser a melhor, em tudo. E eu sempre dava o máximo para conseguir isso, porque eu queria saber que era motivo de orgulho dele, mas também porque eu tinha medo do que aconteceria se não conseguisse. E agora ele estava ali, na minha frente e eu não tinha ideia do que fazer ou dizer.

                -Eu preciso falar com você, e o assunto é sério.

                -Ham, ok. Eu acho que... –não consegui terminar porque Ares já estava na metade do caminho pra casa da minha mãe.

                Eu o segui quase correndo. Quando chegou à porta, ele a escancarou, assustando a mamãe e a Chris.

                -O que está acontecendo? Ares! O que você faz aqui?!- eu pude ouvir uma pontada de desespero em sua voz, ela nunca mais havia visto meu pai e eu imaginei que ela estivesse bem surpresa e assustada.

                -Olá, Judy. Eu vim falar com a nossa filha. Mas eu estou acho que tem gente demais na sala. –ele disse olhando pra Chris. Ai não, agora não! Tava tudo tão bom, não estraga tudo! –Larga de ser boba, Clarisse! Eu não vou estragar nada. Fica tranquila e quieta. E quanto a você, filhote de deus, sobe. E fica por lá até eu ir embora, entendido?

                Eu percebi que Chris ia dar uma resposta muito mal-criada, então achei melhor interferir antes que a coisa ficasse feia.

                -Chris, por favor. –eu olhava suplicante pra ele, a raiva na voz de meu pai quando tinha falado com ele, tinha me assustado bastante, principalmente porque eu não queria que meu pai atrapalhasse o nosso recém começado namoro. Mas eu tentei não pensar nisso, porque algo me dizia que se me pai ouvisse isso na minha mente, a situação ia ficar ainda pior. Chris pareceu entender a mensagem, porque deu as costas e subiu as escadas.

                -Por que você fez isso? Você nem conhece ele!- me arrependi das palavras assim que elas saíram da minha boca, mas ai já era tarde. Os olhos do meu pai parecem ficar com um fogo mais intenso e ele deu dois passos em minha direção. Eu quis correr, mas permaneci no meu lugar.

                -Conheço o suficiente!- foi ai que eu percebi o motivo que tinha levado ele até lá. –É, Clarisse. Eu já estou sabendo do seu namorozinho. Escute bem, eu só não fiz esse menino em pedacinhos assim que pisei nessa sala, porque você sabe que é a minha filha favorita e eu tenho consideração por você. Mas eu não vou permitir que você namore com esse filhote de deus!

               


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Deixem reviews!
Gente, se vocês puderem, deem uma passadinha lá na minha nova fic, Apostando O Coração. Eu queria muito que vocês vissem e dessem opiniões. =)