A Loucura do Amor escrita por BiasC


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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                                POV Clarisse La Rue

                Por Zeus! Eu não estava ouvindo isso! Eu devia estar sonhando ou então tendo uma ilusão, qualquer coisa, mas aquilo não estava acontecendo! Minha mãe tinha chamado o meu... O meu... O que ele é meu? Bom, minha mãe tinha chamado o meu sei lá o que de gostoso! Na frente dele! Ai se vergonha matasse...

                -MAMÃE!- eu gritei para fazê-la parar.

                -O que foi filhinha?- ela agia como se não tivesse feito nada de mais. Eu olhei pra ela de forma irritada e ela pareceu perceber alguma coisa pois perguntou, num tom inocente- Eu falei alguma coisa?

                “Não, imagina! Só disse pro menino que eu amo que ele é gostoso... nada demais”. Tudo bem, ele é gostoso, mas não precisava dizer isso e me fazer morrer de vergonha! O que ela está pensando?!

                -Não, mãe, nada.

                -Então por que você me gritou?

                -Porque...porque esse bolo está ótimo!- ok, eu não sou muito boa em inventar desculpas, e essa realmente foi péssima. Minha mãe me olhou com uma sobrancelha levantada, deixando claro que ela não havia acreditado, enquanto Chris me olhava prendendo o riso e envergonhado.

                -Hum, sei. Que bom que gostou, filhinha. –fiz uma careta ao ouvir o “filhinha”, odiava quando ela fazia isso.- Então, o que vocês andaram fazendo, hein crianças?

                -Ham, nós estivemos em uma missão do acampamento. –eu falei isso olhando pro prato. Eu lembrava que minha mãe não gostava desse assunto, e sempre o evitava. E ela realmente não pareceu gostar muito, porque assim que eu terminei de falar, ela pegou os pratos e se levantou levando-os pra cozinha. Eu sabia que na verdade ela só tinha ido se acalmar.

                Chris aproveitou a ausência de minha mãe para perguntar:

                -Ela está bem?

                -Sim, ela só não gosta muito dos assuntos do acampamento.

                -Ah. –ele me olhou, e depois de alguns segundos, acrescentou-Obrigado por dizer a ela que eu estava na missão com você. A sua mãe é muito bondosa e eu não gostaria de assustá-la ou irritá-la, o que talvez acontecesse caso ela soubesse a verdade.

                -Não seja bobo, Chris. Não tem pelo que agradecer. Na verdade, eu que te peço desculpas pelos comentários da minha mãe.

                Ele riu e falou:

                -Imagina. Eu realmente gosto dela. Só não entendo porque você...

                -Crianças! Venham almoçar. - minha mãe gritava da cozinha e nós fomos ao seu encontro.

                Não consegui segurar o riso ao ver a mesa cheia de travessas.

                -Mãe, você estava esperando alguém?

                -Não. Por quê?- perguntou ela sem entender.

                -Oras, se você não estava esperando ninguém, pra que tanta comida?!

                -Ah! É que eu gosto de ter opções de comida, afinal, nunca sei o que vou querer comer, né? Agora venham, vocês devem estar morrendo de fome.

                Nós rimos e nos sentamos na mesa com ela. Realmente, nós estávamos morrendo de fome! Comemos muito, e quanto terminamos boa parte das travessas já estava vazia.

                -Bom, agora eu acho que é melhor vocês irem tomar banho, porque me desculpem, mas vocês estão meio nojentos. Clarisse, tem umas roupas pra você no seu antigo quarto. –ela olhou pro casaco que eu usava e depois pra Chris e eu pude ver um sorrisinho surgindo em seu rosto. Ai meus deuses, de novo não. Mas ela não falou nada sobre o assunto. – E pra você Chris, eu acho que posso ver com um amigo meu, que mora aqui perto, umas roupas pra você. Ok? Ótimo!

                Eu fui em direção ao meu quarto, e levei um susto ao entrar nele. Minha mãe havia mudado a decoração, tirando as coisas de criança e não foi preciso pensar muito pra descobrir o porque. Naquele momento eu percebi que minha mãe sempre havia mantido um quarto adequado pra mim, na esperança de que eu voltasse a viver com ela. Andei até o armário e percebi que ela também havia comprado roupas novas. Peguei algumas e segurando a emoção, fui pro banho.

                Quando sai, já arrumada fui em direção a sala e encontrei Chris de banho tomado e com roupas novas.

                -Então minha mãe conseguiu as roupas? Ficaram bem em você.

                -É, a sua mãe conseguiu... E obrigada. Eu tava pensando, você quer dar uma volta?

                -Claro, eu só vou avisar a minha mãe. –eu avisei pra minha mãe e ela me disse sorrindo (demais) que estava tudo bem, mas pedi que eu tomasse cuidado.

                Nós saímos de casa e fomos para a rua. Assim que a alcançamos a rua, ele pegou em minha mão, o que me deixou extremamente surpresa e feliz.

                -Então, o que você ia me dizer aquela hora?

                -Só ia dizer que não entendo porque você não vem pra casa visitar a sua mãe. –eu não falei nada, então ele acrescentou- Me desculpe, eu não quis me meter. Não precisa me contar.

                -Não. Não tem problema. Eu só estava pensando em como te explicar. –Eu tomei fôlego e comecei- Primeiro eu tenho medo de vir e a por em perigo, ela diz que não liga, mas o fato é que eu ligo. Se algo acontecer com ela por minha causa, eu nunca iria me perdoar.

               Nesse ponto nós sentamos na calçada, ele viu que eu estava ficando um pouco abalada e passou um braço sobre meus ombros e me puxou, de forma que minha cabeça se acomodasse em seu peito. Mais calma, eu continuei:

              - E também, bem, não é grande coisa. E talvez você ache frescura ou egoísmo da minha parte, mas você já deve ter percebido que eu e minha mãe somos um pouco diferentes. E depois de um tempo, isso passa a incomodar. Na verdade, viver com ela, que é boa em tudo, linda e simpática, faz com que eu me sinta... Inferior, incapaz e inútil.

            Uma lágrima escorreu por meu rosto, mas eu rapidamente a sequei. Não rápido o suficiente para esconder dele, que tirou o braço dos meus ombros e pegou meu rosto com as mãos. Me olhou amorosamente e sussurrou:

          -Clarisse, nunca mais diga a besteira que você falou agora. Você não é nenhuma dessas coisas, você é incrível e nunca vai ser inferior a ninguém. E eu te amo muito.

         Dito isso, ele juntou nossos lábios num doce beijo. Mas ele rapidamente nos separou.

         -Espera! Você falou uma coisa que eu não gostei nem um pouco. –eu fiquei nervosa. O que pode ser?! Eu não me lembro de ter dito nada. –Eu sou só seu amigo Clarisse?

          Eu congelei. Fiquei vermelha e comecei a gaguejar, o fazendo rir e exclamar:

         -Já te disse que você fica linda vermelha e sem graça?- ele ainda ria quando disse. –Bom, eu acho que nós temos que resolver isso, então...

           Ao disser isso ele levantou e me puxou junto. No meio da rua da cidade pacata, de frente um pro outro, ele pegou minhas mãos e olhando nos meus olhos, disse:

           -Clarisse, aceita namorar comigo?


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Notas finais do capítulo

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