A Loucura do Amor escrita por BiasC


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Postei rapidinho dessa vez, né?
Eu queria dedicar esse capítulo à Juju_LaRue que me deu a ótima ideia que inspirou esse capítulo! Muito obrigado, Juju, espero que você e todos gostem bastante. =)



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                POV Chris Rodriguez

                Meus olhos ardiam pelo contato direto com a luz do sol, mas nem por isso eu os fechei. Pelo contrario, eu os deixei bem abertos, examinando emocionado a paisagem que pra mim, naquele momento era a mais bonita de todas. Meus pés não doíam mais e eu não me sentia mais cansado, me sentia muito, muito bem. Finalmente eu estava livre!

                Nós estávamos em um deserto. Dunas de areia nos cercavam, os raios do sol refletiam na areia, fazendo a bela paisagem ficar ainda mais extraordinária e o calor ainda mais maçante. Mas apesar disso, não parecia ser um deserto muito grande, porque eu conseguia ver uma das bordas, onde a areia terminava e começava o que parecia ser uma pequena cidade.

                -Nós conseguimos! Saímos do labirinto! Conseguimos Clarisse!- eu estava absolutamente eufórico.

                Corri para Clarisse e a abracei fortemente, ela também parecia muito feliz.  É claro que não demorou muito pra esse abraço evoluir para algo mais e logo nós estávamos nos beijando com paixão.

                -Eu acho melhor nos tentarmos sair desse deserto. –disse ela, nos separamos.

                -É, eu também acho. –eu concordei ainda um tanto ofegante pelo beijo. –Eu acho que nós podíamos tentar chegar naquela cidadezinha antes de anoitecer.

                -O que? Que cidadezinha?

                Eu apontei pras casas logo depois do deserto. Ao vê-las, Clarisse ficou completamente abismada, seu olhar ficou fixo e seu queixo caiu.

                -O que foi? Aconteceu alguma coisa?

                -Sim, aconteceu. Aconteceu que eu sei onde estamos, sei que cidade é aquela.

                -Como? Conhece alguém que mora aqui?-eu perguntei curioso.

                -Sim. –ela não falou mais nada, e eu pensei que ela não fosse responder, mas ela respirou fundo e continuou. –Minha mãe mora aqui.

                Depois de dizer isso, ela começou a andar. Eu percebi que havia sido difícil pra ela me contar aquilo, e por isso, resolvi não insistir mais na história. Apressei-me a acompanhá-la e caminhamos em silêncio por um bom tempo.

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                Quando chegamos à cidade, cerca de uma hora e meia depois, eu não tinha ideia do que iríamos fazer, eu não tinha dinheiro pra pagar um hotel e duvidava que Clarisse tivesse. Talvez ela estivesse pensando o mesmo que eu porque parou na entrada

                 -A gente, bem, acho que é melhor a gente procurar a minha mãe e pedir ajuda... -ela não parecia muito feliz ou confiante com a própria ideia. Mas não tínhamos outra opção, por isso, concordei com a cabeça e a segui pela cidade.

                Depois de andar por mais alguns minutos, e eu já estava bem cansado de tanto andar, nós chegamos numa casa humilde, mas muito bonita. Tinha um jardim bem cuidado na frente, as paredes eram pintadas de uma cor clara e a porta era de uma madeira escura, assim como as janelas. Não sabia exatamente porque, mas era difícil pra eu imaginar Clarisse vivendo ali, provavelmente era porque a imagem que eu tinha de Clarisse, não era compatível com a imagem de uma menininha fofinha brincando com as flores do jardim de casa.

                -Sua mãe mora aqui?-perguntei um tanto incrédulo.

                -Pois é, mora. Talvez você repare a minha mãe é um pouquinho diferente de mim... –nesse momento ela foi interrompida por grito estridente vindo de dentro da casa. Quando nos viramos pra ver o que tinha acontecido, vimos uma mulher com cabelos longos castanhos claro, um avental florido e um enorme sorriso no rosto, saindo da casa e correndo em nossa direção.

                -Clarisse! Clarisse é você?! Minha filha é mesmo você?-ela    perguntou assim que chegou perto o suficiente de nós. Ela olhava pra Clarisse com evidente ternura e saudade. Sua aparência denunciava que tinha uns 35 anos, talvez um pouco mais, mas a idade não tirava sua beleza. Não era difícil adivinhar o porquê de Ares ter se envolvido com ela. Mas apesar de ser bonita, ela não parecia ser muito parecida com Clarisse.

            -Sim, mãe, sou eu. –disse Clarisse tirando os braços da mãe, que o apertavam em um abraço, de volta de seu pescoço.

             -Oh, minha filha! Eu senti tanto a sua falta! Mas não é pra menos, né? Você nunca mais veio passar as férias comigo! Eu sei que tem a coisa dos monstros e tal, mas eu tenho certeza que uns diazinhos você podia ter vindo e... –ela falava tudo muito rápido, sem dar tempo pra Clarisse responder. Parecia que ela estava ligada na tomada. Eu estava com uma cara realmente abismada, porque pela primeira vez, ela reparou mim. Primeiro ela soltou uma exclamação de surpresa, depois sorriu maliciosamente e disse a Clarisse:

            -E quem é esse, hein filha?-Ao ver sua filha corar e começar a gaguejar, ela riu e continuou. –Você arranjou um namoradinho e nem me contou né? Tudo bem, eu sei, você está crescendo, mas não custava ter me contado sobre isso...

             Eu estava vermelho. Muito vermelho, e eu odiava quando isso acontecia! Minha única vontade era cavar um buraco e me enterrar. Clarisse não parecia muito melhor, mas conseguiu coragem pra responder a mãe.

             -Mãe, esse é o Chris, meu... Amigo.

             -Hum, amigo... Sei... –alguém faz parar, pelo amor dos deuses! Felizmente, ela percebeu que nos não íamos dizer nada e mudou de assunto. –Bom, vamos entrar! Eu estava fazendo um bolo absolutamente maravilhoso! Aposto que vocês vão amar!

            Nós seguimos a mulher até dentro da casa. Ela nos falou para sentar no sofá e foi buscar o tal do bolo. Olhei ao redor, a casa tinha o mesmo estilo do jardim, tudo bem arrumadinho e no seu devido lugar.

            -Olha, eu sinto muito pela minha mãe, ela é meio sem noção mesmo.

            -Sem problemas, ela é bem simpática. –respondi rindo, ela também riu e murmurou algo como:

          -É, simpática...

          Logo a mãe de Clarisse estava de volta, trazendo um enorme bolo de chocolate e três pratos. Senti minha boca encher d’água, eu estava faminto.

          -Pronto! Vamos comer! E seja bem vindo, Chris. Eu sou a mãe da Clarisse, como eu imagino, ela já tenha te contado, e meu nome é Judy.

           Eu estava com a boca cheia de bolo e não conseguia responder. Só balancei a cabeça e sorri. Ela riu e disse alegre:

           -Sabe Chris, eu realmente gostei de você! Minha filha fez uma ótima escolha, afinal, você é lindo, gentil, fofo, gostoso...

            -MAMÃE!


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Notas finais do capítulo

Quem ai gostou da mãe da Clarisse, hein?