Ich Liebe Dich. escrita por Mrs Flynn
--- Suas coisas já estão prontas, Lottie?–Minha mãe perguntava, enquanto eu terminava de calçar all stars.
--- Sim. Mãe... preciso ver Peter mais uma vez. –Eu disse, retraidamente.
--- Claro, querida. –Ela disse.
Olhei para sua cara de dó, por mais um minuto, e sai. Entrei no quarto onde Peter estava e olhei para a janela. Havia muitas flores lá fora, e Peter parecia mais sereno. Seus cabelos louros brilhantes reluziam com o sol. Suas sobrancelhas deixavam seu rosto sem expressão alguma. Ele estava tão lindo e sem vida que me assustava.
--- Pete... teremos um filho. –Eu sorri, parecia que ele me ouvia mesmo. Eu sabia que era apenas o meu subconsciente idiota que me induzia a pensar nisso, mas aquilo era confortável. –Isso é maravilhoso. Eu amo você cada vez mais. E cada vez mais tenho medo de que morra. Eu não sei se devo acreditar e me decepcionar, ou devo acreditar de verdade. Sem meu senso pessimista por perto... mas... só de você estar aqui ainda... bom... isso é bom. Não sei de que maneira, mas é. Eu vou... –Eu queria chorar. Ficar longe dele, naquele momento, era o maior sacrifício que eu poderia fazer. –Eu vou embora. Mas eu volto. Quando nosso filho nascer. Eu... Peter... eu queria tanto que você o visse nascer. Queria tanto que você nos visse assim. Queria tanto que você pudesse sentir o que eu estou sentindo agora... Eu... –Eu estava chorando, mas não contrai meu rosto. –Te amo. –Beijei a testa dele e sorri. Levantei e fui até a porta. Olhei mais uma vez para ele e fechei –a.
--- Charllottie... –Frida me surpreendeu, pois eu ainda estava de cabeça baixa quando sua voz fina me fez levantar a cabeça e olhá-la. –Me... desculpe. –Ela falou, meio retraidamente.
--- Bom... exatamente pelo quê? –Eu perguntei, em voz baixa e despreocupada.
--- Por tudo... –Ela disse, sorrindo sem querer. Era a primeira vez que eu a via envergonhada por algo. Ela sempre fora tão cheia de si e orgulhosa. –Eu acho que devo ter crescido um pouco de uns tempos para cá... –Ela parou de falar.
--- Hum... –Eu não estava muito interessada na conversa dela, mas tentei dar atenção. Minha cabeça estava muito ocupada. –Não precisa se desculpar. Eu entendo você... –Eu falei, sem olhar para ela.
--- Hum... então, que ótimo. –Frida e sua sinceridade. –Bom, não se preocupe com o Peter. Eu não deixarei que desliguem suas fontes de vida enquanto você não permitir. –Ela falou, como a Frida de sempre, adulta. –Afinal, você é a esposa dele agora... e... –Ela fitou o chão, distraidamente. –traga seu filho aqui, quando ele nascer. Nós não somos tão monstros como você pensa. –Ela sorriu, agora sinceramente.
--- Tudo... bem. –Eu falei, ainda despreocupadamente.
De repente, eu comecei a chorar sem me dar conta. Virei um pouco o rosto, mas fui idiota em pensar que escaparia de Frida.
--- Ei... não precisa esconder. –Ela olhava para mim com uma admiração estranha. –Talvez... –Ela parou de me olhar. –os sábios guardem suas lágrimas para quando, realmente, eles precisarem.
--- É. –Eu realmente não conseguia pronunciar palavras fortes.
--- Então, sua mãe deve estar atrás de você. Ela quer ir embora logo. –Frida disse, olhando para trás de mim.
--- Lottie! –Minha mãe quase gritou. –Vamos logo embora.
--- Estou indo. Não precisa gritar. –Eu falei, resmungando.
--- Eles são bons demais para você. Você devia ter levado umas palmadas dela quando era criança, Charllottie. –Frida falou, altivamente.
--- Eu não fui feita para ser hipócrita. E eles, com sua constituição fabulosamente forte a tristezas, foram feitos para me agüentar. –Eu sorri.
--- Boa resposta. - Frida respondeu, fazendo um gesto de continência.
Ignorei-a e fui ao encontro de minha mãe.
--- Hum... então, até mais. –Norma dizia, enquanto eu via a luz do sol me banhar ao sair dos corredores escuros. –Cuide bem deste bebê. –Ela apontou para a minha barriga.
--- Ah, então vocês já sabem... –Eu revirei os olhos. Eu estava insuportável. –Ótimo.
--- Calma, Charllottie. Não seja rude. –Chris disse, rindo.
--- Hum... tudo bem, mamãe, vamos. –Eu disse, sorrindo falsamente e empurrando–a para longe.
--- Tchau, sua grossa! –Jolie disse, brincando acenando e sorrindo.
--- Até algum dia. –Eu respondi, quase virando-me, mas deixei para lá.
--- Volte. –Frida disse, quando se aproximava de mim.
--- Talvez. –Eu disse, virando-me e indo.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!