You Are Not Alone escrita por YouAreNotAlone


Capítulo 8
Depoimento de belle_CS


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas!
Já tivemos vários depoimentos diferentes e aqui está mais um!
Da belle_CS.

Tomara que gostem e aprendam um pouco com ele!

Beeeeeeijos

Ass: Carolcniomdb (Carolzinha) :)



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Meu nome é Isabelle Cristina, tenho 14 anos. Talvez eu nunca tenha sofrido Bullying de verdade, talvez eu não seja quem mais sofri aqui, talvez eu seja uma das mais felizes aqui. Mas eu sofri e por isso estou aqui.

Quem me ver por aí hoje, uma garota com um sorriso meigo e os olhos brilhando, nunca vai se quer imaginar tudo o que eu passei. Pra mim é até difícil falar disso, mas vamos lá!

Você acha que existe perfeição? Numa boa, você acha mesmo? Desculpa aê sociedade, mais eu não acho. Para mim perfeição é algo fictício demais. Pessoas certinhas e perfeitas me enojam de certa forma, cara ninguém é perfeito então pare de tentar ser! Sou imperfeitissima e me orgulho disso, minha imperfeição me faz ser única. Mais vamos ao que interessa realmente. Obvio que existem inúmeros motivos para eu estar aqui, e é sobre isso que irei contar a vocês:

Da 1º a 4º serie eu fui "A" nerd, sempre levava elogios da professora, era considerada a melhor da sala. Na quarta serie veio o apelido "hemorróida" não me pergunte por que nunca soube o motivo de me chamarem assim, até mesmo meu primo me chamava assim e eu simplesmente tentava ignorar, mas eu sou muito explosiva e perco fácil a paciência então saía xingando todo mundo.

Nunca deixei minha mãe saber disso, ela achava que eu tinha vários amigos e era feliz na escola, alias ela ainda acha isso. Nesse mesmo ano perdi a conta de quantas vezes duas garotas que eu julgava serem minhas amigas pararam de falar comigo. Eu achava que tinha algum problema, pois eu não fazia nada e elas me ignoravam e só falavam comigo quando queriam. E para piorar tinha o grupinho que vivia me intimidando dizendo que ia me bater e eu ficava calada, até que uma vez contei para a minha tia.

Minha tia, a Elida, ela é muito legal, engraçada e tal. Mas se você mexer com alguém da família dela é melhor se mudar para o outro lado do país. Eu me pareço muito com ela, ela é do tipo encrenqueira e eu também, então se mexer comigo é a mesma coisa que mexer com ela. Quando contei, ela ficou P da vida e foi na escola tirar satisfações da menina, a Alanna. Até eu fiquei com medo, minha tia disse que iria arrebentar a menina se ela chegasse perto de mim (risos) e funcionou, a menina me deixou em paz.

Na 5º serie eu mudei de horário e conseqüentemente de turma, nesse ano nem me lembro do apelido que inventaram mais sei que sempre mexiam comigo, um dia todos eram meus amigos, no outro dia eu era a excluída da sala. E o que eu nunca entendia era o porquê do meu primo sempre estar contra mim, de todos ele era o único que eu não entendia, nós crescemos juntos e até hoje vivemos juntos e ele sempre agindo da mesma forma. O que me salvava ali é que eu tinha amigas, eram só 2 mais eu gostava delas, a gente se dava muito bem .

Na 6º serie eu considerei o melhor ano da minha vida... Por um tempo. Comecei a estudar com pessoas novas, e rapidamente entrei para o grupinho das populares. Bem eu só entrei para esse grupinho, por que e conhecia uma das meninas a Sara, tipo eu e ela viramos melhores amigas, uma amizade de dar inveja a qualquer uma. A Sara era A popular, sacas? Bonita, legal, o tipo de garota perfeita. Mas as aparências enganam.

Não importava onde estivéssemos os meninos estavam atrás, as outras meninas da classe não tinham coragem de nos enfrentar e eu julguei ter a vida perfeita. Meus pais que eram separados voltaram a morar juntos e eu tinha tudo o que eu queria. E como eu me tornei popular o meu primo também se tornou, é claro que com a minha ajuda. Comecei a pisar em todos que um dia eu classifiquei serem meus amigos, humilhei muitas pessoas, fui cruel ao ponto de fazer muitas pessoas chorarem só de ouvirem minhas palavras .

Eu e meu grupinho arrumamos uma briga com as outras meninas da nossa sala. Nós não chegamos a bater nelas, mas sabe quando a gente dá um ''psicológico'' na pessoa? Tipo, você deixa ela amedrontada só com as tuas palavras, e digamos que eu faço isso muito bem. Não que seja algo do que me orgulhar. Depois disso a escola inteira nos temia, quando arranjávamos briga os meninos vinham nos defender.

Mais eu demorei muito para perceber tudo o que acontecia ao meu redor, uma só palavra definia tudo: falsidade. Eu julguei muitas pessoas para em seguida fazer elas serem humilhadas e esquecidas por toda a escola , e com isso eu só me tornava uma pessoa sem escrúpulos , uma pessoa fria , cruel e que não tinha dó de ninguém . E a partir daqui começou os meus problemas familiares.

Meu pai estava querendo colocar limites em mim eu não aceitei e tivemos uma briga feia, eu me recusei a pedir desculpas pra ele e acabei brigando com a minha mãe. Minha avó e minhas tias como sempre ficaram do meu lado e brigaram com a minha mãe. Ela começou a controlar meus passos, se eu demorava de atender ao telefone era por que eu estava aprontando alguma, meu pai parece um louco.

Sério mesmo. O Junior (é o nome dele, não gosto de me referir a ele como pai), às vezes dá uma de louco. Ele ama dá lições de moral. Acha que eu aceito isso? Não tenho paciência, sou uma pessoa direta, tenho uma personalidade forte e sou incrivelmente difícil. O Junior ama ter o controle das coisas, e tentava me controlar, algo que julgo ser impossível. Como diz a musica o impossível é só questão de opinião, e na minha é sim impossível.

Um mês se passou e descobrimos que a ex mulher do meu pai estava grávida, ele viajou para ver como ela estava. Minha mãe pirou, ela ficava com raiva por que ele viajou e saia brigando comigo. Nossas brigas eram e ainda são horríveis. Minha mãe aumenta um pouco o tom de voz e eu começo a gritar, ela não é de me bater. Mas uma vez... Ainda quando meu pai estava viajando. A gente brigou por que eu estava no computador. Eu saí do computador e me sentei no sofá, ela veio pra minha frente e começou a falar umonte, eu virei o rosto fingindo não estar escutando. Na mesma hora ela levantou a mão e me deu um tapa na cara.

Sabe quando você sente que vai matar alguém? Pois é foi assim que me senti. Eu olhei pra ela com os olhos cheios de lágrimas, ela me olhava com raiva e eu retribuía o mesmo olhar. Ficamos nos encarando até que minha vó chegou e viu meu rosto vermelho, corri para o quarto. Minha mãe foi embora para casa. Assim que o portão bateu minha tia Elida, correu pro quarto e me abraçou. Dali em diante eu me afastei da minha mãe.

Trocávamos pouquíssimas palavras. Minha mãe é do tipo, faz a merda e depois tenta concertar. Isso não funciona comigo, não mesmo. Fiquei cerca de um mês sem mal falar com ela até que o Junior voltou de viajem. Voltei a falar um pouco com ele e com minha mãe, já que eles me obrigavam a ir pra casa e não me deixavam ficar na casa da minha avó. Na opinião deles, minha vó me mimava demais. Não era isso, é que minha vó me dá a atenção que minha mãe me nega.

O fim do ano de 2009 chegou, e no Natal briguei com meu pai. Eu havia dito que passaria o Natal em casa com a minha avó e meus pais saíram. Minha avó, minhas tias e meus primos resolveram ir para casa do meu tio onde sempre ficamos no Natal, eu também fui, pois não ficaria em casa sozinha. Meu pai soube que fui pra lá, e me ligou falando umonte dizendo que eu não dava valor a ele e a minha mãe, e eu disse que não ficaria trancada dentro de casa por um capricho dele.

No Ano Novo eles me obrigaram a ir pra praia com eles. Chegando lá a mãe do meu pai (não a considero minha avó), a irmã dele e meus outros primos estavam lá com uns amigos deles. Foi o pior Ano Novo da minha vida, não comi nada (sou extremamente fresca para comer), meus pais brigaram e no dia 1º do ano voltei pra casa com a minha mãe deixando meu pai lá. Quando ele voltou, nossa relação só piorou, ele queria controlar todos os meus passos e eu não aceitava isso.

Sempre fui criada dentro de casa, minha mãe nunca me deixou brincar na rua e essas coisas. Mais quando cresci comecei a ir pra casa das minhas amigas, ou ficava jogando bola na rua, ou só passeando sozinha mesmo. Meu pai não gostava disso dizendo que minha mãe me deixava fazer o que eu queria e que qualquer dia eu daria um tapa na cara dela, isso me irritou e joguei certas coisas na cara dele e ele não gostou.

Em maio de 2010, meu pai viajou pra ver meu irmão que nasceu. Minha mãe trabalhava e fazia faculdade, ela não estava comendo, não almoçava e não jantava vivia só de aguá e frutas. Um dia ela foi pra faculdade passou mal e quando chegou ao hospital teve que ficar internada, pois a anemia dela estava alta. Chorei muito quando isso aconteceu, fiquei com medo de perder minha mãe.

Pior do que isso foi ver minha família jogando na minha cara que eu não dava valor a minha mãe e que quando ela morresse eu ficaria com remorso. Eu me senti extremamente sozinha. Minha família jogando a culpa em mim, eu chorando, minha mãe internada, minha vida escolar sendo destruída. Com tudo isso quem é que tem vontade de viver?

Quando Junior soube que minha mãe estava doente nem deu bola. Ele não fez sequer uma ligação para saber como ela estava. Isso me deixou revoltada e deixei de considerar ele meu pai. Minha mãe saiu do hospital e voltou a comer direito. Minha vida toda mudou a partir desse mês:

Comecei a enxergar quem eram as pessoas que me cercavam, elas pisavam e humilhavam todos e aquilo me fez sentir nojo delas e foi quando me dei conta que eu me tornei uma delas. Comecei a me meter em varias encrencas, ia para a Diretoria umas três vezes por semana. Passava mais tempo fora das salas do que dentro, minhas notas caíram muito e briguei mais uma vez com a minha família até com as minhas tias. Dessa vez o único que ficou do meu lado foi meu primo, mais isso era normal na escola nem parecia que éramos primos em casa parecemos irmãos.

Fui me tornando cada vez mais distante de tudo e de todos. Amigas verdadeiras eu não tinha mais. Por varias vezes cogitei a hipótese de me matar: um dia estava na cozinha tinha acabado de discutir com a minha mãe pelo telefone isso acontecia e acontecem todos os dias. Tinha uma faca na minha mão e estava pensando em cortar meus pulsos, até que a minha prima de cinco anos apareceu na cozinha me pedindo pra ligar o computador larguei a faca e segurei ela pelos braços pra logo em seguida jogá-la contra a cadeira descontando toda a minha raiva nela, e quando me dei conta do que havia feito minha prima chorava sem parar , abracei ela e choramos juntas .

Mas também digamos que sua vida não é fácil quando se tem uma família como a minha:

Minha mãe é uma histérica controladora, uma tia revoltada e outra extremamente ciumenta, uma vó um tanto religiosa demais, um primo Badboy e uma prima doida por animais. O resto da minha família são todos sambistas e pagodeiros e são bem unidos. Quem ver a minha família junta, NUNCA diria que já sofreram tanto! Mas como disse as aparências enganam e muito.

Acham que é fácil ser a única rockeira da sua família? Não é não. Ser tachada de revoltada, deprimida, problemática por todos é um horror! Minha mãe acha que eu devo ir numa psicóloga mais eu recuso. Se psicóloga fosse resolver minha vida, já estaria lá há muito tempo!

Um dia antes do meu aniversário meu pai me ligou. Ele havia entrado no meu Orkut, e viu que um amigo meu comentou uma das minhas fotos e veio querer saber quem era o menino achando que ele era meu namorado. O nome do menino é Jonas, ele é irmão da minha melhor amiga e ele foi o único dos "populares" que não virou as costas pra mim e conversamos normalmente até hoje. Briguei com meu pai, e no dia do meu aniversário ele não ligou isso me deixou um pouco triste mais logo passou.

Duas das minhas supostas "amigas" pararam de falar comigo, pois não pedi desculpas a elas. O motivo era fútil, ridículo e nunca me rebaixaria para pedir desculpas a elas sendo que eu estava certa, e outra meu orgulho sempre fala mais alto. Imagine uma pessoa fria, orgulhosa, estressada, e sem paciência. Sou eu. Minha mãe diz que eu sou mal, verdade, eu sou mesmo. Nunca gostei de ser a boba da corte.

Mais voltando. Comecei a fazer amizade com outras pessoas da sala eu via que elas ficavam meio receosas quando eu ia falar com elas mais logo depois estava amiga de todos. Surgiu o boato de um suposto "namoro" meu com o garoto que uma das minhas "ex amigas" era afim, aí minha vida virou um inferno o grupinho se dividiu três (onde eu estava) pra um lado e dois para o outro a falsidade rolava solta.

As coisas com as minhas "amigas" se tornaram piores impossível. E eu saí do grupinho parando de falar com todas elas. Daí toda vez que eu passava perto delas escutava "ô falsidade", "depois diz que não é falsa" e assim vai isso tudo aconteceu agora no final do ano de 2010.

Vou explicar. O simples fato de eu ser legal com as pessoas que eu odeio não significa que eu seja falsa, significa que eu tenho maturidade o suficiente para ser educada com elas. Coisa que poucos entendem. Mas quando vejo que alguém está sendo falso comigo, há, não penso duas vezes e ajo da mesma forma. Faço você perder teu próprio jogo, mon amour!

Eu comecei a faltar diariamente ia pra escola um dia por semana e me consideravam a turista, pois eu ia quando queria pra escola. Começou de novo as brigas com a minha mãe, arranjei mais uma encrenca mais depois de um tempo comecei a fazer amizade com os que eu julgava serem os "nerds" e percebi que eu tinha mais a vê com eles do que com os outros. Com eles eu converso sobre tudo desde religião até sobre sexualidade, eles respeitavam meu gosto musical.

Eu só escuto rock, e as pessoas da minha classe só escutam funk. Tipo por que diabos eu escutaria uma ''musica'' que rebaixa a mulher na sociedade, apóia o crime e as drogas?! Mais eles não entendem isso.

Um dos meus amigos é o Gabriel Augusto. Mais a gente o chamaele de gordão =P. Pensem em um cara brincalhão e gente fina, é ele! Ele me defende de tudo e todos, e vive me chamando de "bellinha", sei nome de cachorra mais fazer o que ne. Ele é um dos que me dão mais alegria naquele purgatório!

Todos os populares viraram as costas pra mim, inclusive meu primo que veio tirar satisfação comigo perguntando "você ta andando com eles Isa? pelo amor de Deus". A situação na minha casa ficou impossível de aturar todos os dias eu brigava com a minha mãe. Nos fins de semanas toda a minha família saía e eu ficava trancada dentro de casa era como se eu não tivesse mais vontade de viver.

Acho que toda escola tem um valentão, certo? Toda escola mesmo! Agora imagine se esse valentão fosse teu primo. O garoto com quem você convive desde que nasceu o garoto que você viu crescer. O nome dele é Eduardo, ele tem 14 anos como eu.

Até entendo como ele foi parar na posição de ''eu mando nessa porr*''. Um loiro de olhos verdes, que tem estilo, e coloca pânico em qualquer um até mesmo em um professor gay. Obvio que ele seria o valentão. Imagine te-lo como primo. Um cara que pratica bullynig seis horas por dia em um inferno chamado escola. Depois imagine vir pra casa e conviver com outra pessoa.

Mas está outra pessoa é há mesma que horas atrás estava humilhando alguém.

Meu primo... È difícil descrevê-lo. Um garoto meigo e educado aos olhos da família. Um garoto petulante e sem limites aos olhos da escola. Em casa ele é um amor, engraçado, brincalhão e tal. Mas o que quero dizer é que: nada se torna mais fácil quando seu primo é um Badboy que coloca terror por onde passa e pratica bullynig normalmente.

Em minha opinião quem pratica bullying só vai parar quando sofrer o próprio bullyin, isso será dificil de acontecer com o Du. Quem se atreveria a mexer com um garoto que anda com mais 5/8 garotos e um deles é do tamanho de um armário?

Meu primo é quase um sem futuro, é louco por funk, mais ele até escuta rock, ele ama Guns N' Roses. Tudo por que esse ''armário’' é rockeiro, ele até é meu amigo.

Mais chega de falar deles, vamos voltar para a Belle aqui!

Esses dias estavam todos dormindo menos eu que não consegui dormir. Fiquei fitando o teto e refletindo em como minha vida mudou. Olhei para o lençol que cobria meu corpo e tive a idéia mais... Absurda que alguém poderia ter, em minha opinião. Com o lençol tampei meu nariz , comecei a respirar bem pouquinho pela boca até que meu próprio corpo parecia não conseguir mais puxar o ar e meus lábios se juntaram , fechando minha boca. Meu coração acelerou, meus olhos começaram a fechar e não tinha mais forças. Minhas costas levantaram um pouco do colchão e quando estava quase desmaiando pela falta de ar, minhas mãos escorregaram do meu nariz e por instinto puxei o ar. Abri meus olhos e fitei o teto assustada, não conseguia acreditar que tinha tentando me matar, me parecia tão insano. Em outro dia enrolei o lençol no pescoço tentando me enforcar, e no outro tentei me afogar no banho mais não consegui.

O Du fica me chamando de emo, deprimida, revoltada mais agora ele parou e acho que já sei o porque : tenho uma pasta no computador onde escrevi esse depoimento , provavelmente ele abriu e leu tudo isso .

Isso antes me incomodava... Agora? Quando ele me fala começo rir e respondo "Sou mesmo com muito orgulho! Pelo menos não sou uma funkeira que vou engravidar aos 15 anos!". Ele ri e ignora. Até que estamos nos dando bem agora.

Minha mãe esta começando a se preocupar mais comigo, pois eu não estou comendo direito. Já cheguei a ficar dás 06:00 da manhã até ás 19:00 da noite sem comer . Estava com a idéia louca de achar que estava gorda, e esses dias quando saí com minha mãe ela disse que estou emagrecendo demais e que tenho que voltar a comer. E bem... Um dia desses estava escovando os dentes pra ir dormir, até que a escova encostou na minha garganta , já dá pra imaginar o que aconteceu ne? Vomitei todo meu jantar.

E dali em diante toda vez que escovo os dentes, tenho vontade de vomitar de novo, mais não o faço. Na verdade acho que toda adolescente passa por essa coisa de achar que está gorda e tal. Eu estou ficando muito tempo sem comer, e prova disso são minhas calças que estão ficando mais folgadas. Voltando de novo!

Sentia-me sozinha, então encontrei o Nyah e comecei a escrever fanfics. Todas que escrevo são baseadas no Crepúsculo, na maioria das vezes a personagem principal tem a minha personalidade e isso me ajuda a escrever o que eu sinto. Em um dia minha avó e minha tia brigaram feio, me senti muito sozinha, e quando fui postar o um capitulo de uma das minhas fanfics desabafei dizendo tudo o que aconteceu na minha casa.

No outro dia quando entrei na minha conta, e quando abri meus reviews havia um de uma amiga minha que conheci aqui no Nyah a Zenilda. Ela tem a idade da minha mãe e tem uma filha da minha idade, ela disse para que eu não tentasse me matar de novo que tudo sempre se resolvia mais cedo ou mais tarde. No outro dia outra amiga minha também do Nyah comentou a Rosii, ela pediu para que eu não me matasse também e no outro dia a beta18 comentou dizendo que não era pra eu me matar por que no fim da tudo certo e se não deu é por que o fim não chegou e que sempre vale a pena viver.

Outra coisa boa que me aconteceu foi refazer meu twitter ( _IsaCullens_ ). Acho que vocês devem saber que no twitter existe a Família Cullen Brasil, neah? Pois é existe! Comecei a conversar com diversas pessoas lá, acordo cedo no fim de semana pra twittar com eles. Então, de tanto conversar com eles acabei entrando pra Família Cullen Brasil. Ali todos são unidos e estão dispostos a ajudar todos no que der e vier.

E foi aqui no Nyah que além de ter o prazer de escrever, postar e ver que muitas pessoas gostaram eu consegui amigos que me apóiam nos meus momentos difíceis. Voltei às aulas, e para minha surpresa ninguém mexeu comigo. Ando pela escola inteira com minhas amigas sem ter comentários maldosos, mais ainda tenho medo do que pode vir acontecer.

E como eu imaginava veio a primeira briga. Uma amiga minha a Millena, ela é de outra sala. Ela chamou as primas dela para bater nas minhas ex-amigas. Uma menina as avisou e foi aquele alvoroço na escola toda. Chegou no dia e ninguém brigou.

A outra briga foi que: eu e uma amiga minha a Joanna (irmã do Jonas) a gente tava andando ela escola, uma menina a Edjane esbarrou em mim de propósito. A Joanna virou pra trás e gritou "FAVELADA!". A menina escutou obvio. No outro dia a Edjane veio tirar satisfações, a Joanna se irritou e elas discutiram, a Joanna empurrou a Edjane ela revidou. A Barbara outra amiga minha se meteu no meio das duas, Edjane empurro a Barbara que caiu em cima da minha mesa. A Joanna foi pra cima da Edjane mais antes o povo as segurou.

Pensem no barraco. Eu como uma boa pessoa fiquei sentada rindo e depois fui acalmar a Joanna, ela olhou pra mim e começou a chorar e rir. Foi hilário. Agora ta tudo na paz, por enquanto. Esses dias eu estava como sempre no pc, minha mãe aparece e diz" Isabelle eu tenho que fazer um trabalho ai depois" eu com uma boa educação respondo "Tenho nada a ver com isso,oxi o trabalho é teu!". Ela falou umonte e me irritei.

Então vou esclarecer algumas coisas: Sou fria, ignorante, estressada, legal, palhaça e um tanto bipolar. Não é por que corre pelos corredores da escola rindo e cantando sozinha que sou feliz. Sinceramente não me considero feliz! Sou a garota que prefere um bom All-Star á uma sandalia, a garota da calça jeans e da camisa de caveira, a garota que odeia saia, a garota encrenqueira, a garota maloqueira. A rockeira problemática, deprimida, revoltada!

Sou tudo isso mesmo! Posso ser tua amiga mais também posso ser sua inimiga. Sempre digo mecha comigo, mas não mecha com os meus, ou transformo sua vida num inferno! Não acredita? Vá à minha escola e pergunte para algumas pessoas o que aconteceu depois que mexeram comigo.

Não me orgulho do mal que infligi aos outros, não é isso. Mas minha fama faz jus a minha pessoa. Sou péssima em perdoar, e pior ainda em esquecer. Acredito que um dia quem me fez mal vai me pagar. Podem me derrubar quantas vezes quiserem, mas sempre vou me levantar e fazer teu tombo ser bem pior que o meu.

Não mudo por ninguém. E não vou mudar. Sou vingativa e ponto final. Gosto de revolução gosto de ser independente, não gosto de regras e por isso não as obedeço! Sou desbocada e falo palavrão mesmo!

Mais tudo isso não quer dizer que eu não seja sensível. Muito pelo contrario. Por trás das unhas vermelhas, do All-Star sujo, dos cabelos soltos, por trás de um rosto maduro. Existe um a garotinha escondida embaixo dos cobertores com medo dos trovões lá fora. Uma garotinha que espera que sua mãe lhe abrace e diga que tudo vai ficar bem. Mas isso não acontece e a pequena garotinha é obrigada a amadurecer e enfrentar raios e trovões sozinha.

Por isso sou mais adulta do que deveria.

Tenho medo de um dia acordar e ver que minha vida se tornou um pesadelo novamente. Não tenho medo de morrer, algumas vezes até penso que a morte seria bem vinda para mim. Pois pra que lutar, enfrentar tantas coisas difíceis e sofrer se você pode acabar com tudo isso rapidamente?

Como disseram no filme Crepúsculo: A vida é difícil, a morte é mais fácil. Mais será que vale a pena perder tudo o que você conquistou até agora? Será que é certo desistir de tudo na primeira dificuldade? Nem eu mesma sei as respostas para as minhas perguntas. Sei que se fizer uma besteira vou infligir dor a muitas pessoas, e esse é o motivo pelo qual levanto todos os dias da minha cama e penso: é só mais um dia.

E bem, agora eu espero que nesse ano eu possa voltar a ter uma vida normal se assim posso dizer. As brigas com a minha mãe vão continuar as implicancias com meu primo vão continuar, mais sei que no momento em que pedir a ajuda deles eles me ajudarão.

Então resumindo:

Sou o perfeito exemplo da garota ex popular que pisava em cima de todos, que passava por cima de tudo e todos pra conseguir o que queria. Até que num belo dia fizeram isso comigo e qual foi a sensação? Desprezo. Senti-me um lixo e sabe em quem encontrei apoio? Naqueles que um dia eu julguei ser um nada perto de mim.

E hoje aqueles que um dia me disseram "eu te amo" são os que hoje me dizem "eu te odeio" e eu? Bem cheguei a ter raiva. Mais não chorei, pois não derramaria minhas preciosas lagrimas por causa deles. E hoje tenho que voltar a encará-los com o resto que sobrou de mim.

z88;

Por isso eu digo para nunca pisarem em ninguém. Se te provocarem seja superior e ignore. Pois a melhor arma não é a de fogo e sim a Arte de Ignorar.

Qualquer coisa podem me mandar uma MP , adoro ajudar os outros =D. Beijoos*


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