Deixe-me dizer que não sei porque escrevo, mas escrevo porque sei, embora nem sempre o tenha sabido. 
        Aqui reside notas de alguém que não encontra, em nenhum outro meio, forma mais palpável de manifestar a arte, apesar de que o faça - muitas vezes - de maneira fluida e abstrata; definitivamente não-sólida. 
        Ainda assim as palavras se moldam como um organismo vivo: desafiando a matéria, tomando forma, preenchendo os espaços vazios até que reste apenas o reflexo de algo que, algum dia, habitou minha mente. 
        Mas não sei porque escrevo. Escrevo porque não falo. Me calo. Grito sem ruído algum. 

— GP.