O destino era uma coisa na qual nenhum dos dois acreditava; nunca fizera sentido e nem parecia ser possível de acontecer em suas vidas. Não podiam ser mais diferentes um do outro, como dois pólos opostos.

E, mesmo com todas apostas contrárias, o universo estava sempre dando um jeito para que seus caminhos se cruzassem.

Posso sentir quando estou dentro da loucura, o sofrimento da insanidade. Uma falsa tranquilidade, tentando avidamente esconder o desespero por trás.
É agonizante simplesmente estar aqui e não poder fazer absolutamente nada.

Shirayuki, antes, tivera vontade de mudar o passado. Fazer o que deixou de fazer. Não fazer o que nunca deveria ter feito. Consertar erros, ou até cometer alguns. Mas, hoje, não. Hoje ela não mudaria uma vírgula de sua história.
Porque todos os momentos ruins que desejara apagar levaram-na para o mais feliz presente pelo qual poderia ter esperado.

Como aceitar a notícia de que seus pais estão mortos?
Como, em nome dos céus, lidar com todo o impacto que aquilo traria à sua vida e à vida daqueles que amava?
Como...?

Amelia Rockbell não sabe a resposta para nenhuma dessas perguntas, mas sabe muito bem aonde está indo nesse momento, quando entra num trem tentando não pensar muito na decisão que acabou de tomar.