Eu pisquei meus olhos e percebi que estava me afogando. É uma sensação um tanto desconfortável: seu corpo ficar pedindo ar, mas o seu cérebro não querer se manifestar. E eu não queria ar, eu queria mais água. Eu queria que a água entrasse nos meus pulmões, que detonasse as células do meu sangue. Já havia me debatido na água demais, mas comecei á descer devagar. Mais devagar do que 2G de internet. Parece que eu estava respirando debaixo d'água, eu me sentia o Percy Jackson. E antes de ter ficado inconsciente, cheguei á conclusão: O mundo é selvagem. Selvagem demais para mim. O amor? Estúpido. Estúpido demais para mim. E tudo aquilo me fazia querer descer mais e mais. A última coisa que senti, foi a dor, a solidão. A última coisa que vi, foi o breu, a escuridão. E não me faça querer acordar, porque o mundo é selvagem e eu não fui feito para ser a presa da história. E eu também não sou só mais um Oliver no mundo. Não nesse mundo selvagem. Até porquê, como eu havia dito, o mundo é selvagem demais para mim.


Aos 5, acreditei que podia voar.
Aos 7, fui posto em uma mala para o Havaí.
Aos 9, fui abandonado por meu irmão em uma cidade estranha.
Aos 11, tentei entender porque estava no mundo.
Aos 14, comecei odiar à mim mesmo.
Aos 16, decidi odiar á todos.
Aos 18, conclui que o mundo era selvagem demais para mim.
Selvagem demais...