Há milhões de anos atrás, ainda quando o mundo era composto por apenas um supercontinente, sempre houve um equilíbrio no mundo, uma posição estável, que separava o nosso mundo ao que foi chamado de "O segundo". Em meio a esse começo de mundo, Ijulno, a mais bem desenvolvida e populosa cidade do mundo desaparece.
Um grupo de 13 Guardiões A Guarda Imperial foi enviado para explorar a cidade. Encontraram uma imensa cratera e restos dos monumentos da extraordinária vila, ao centro havia uma grande árvore e ouviram relatos de que sob as raízes escondiam-se terríveis criaturas, monstros e fantasmas dos antigos habitantes da cidade.
A ordem de exploração foi absoluta, e os guardas atreveram-se a enfrentar os fantasmas da misteriosa árvore, denominada Yggdrasil. Adentraram e desceram até o subsolo, onde havia um estreito corredor que levava a um colossal portão com escrituras antigas indecifráveis. Deslumbraram-no por muito tempo, cada guarda deu um nome ao portão: Helgate, Ginnungagap, Filosophia, Niflheim, Mistland, Valhalia, Socráte, Milatres, Solaris, Prometheo, Neves, Jókles e Glasthelm.
Naquela época nenhum destes nomes faziam sentido, bastara unir uma palavra com a outra, dar seu significado separando-a em sílabas, e um nome santo se concebia. Não denominaram o real título do portão, mas concordavam em uma única coisa: A porta colossal deveria ser aberta. Nesse momento um vento mágico e gelado soprou, e não apenas naquele corredor estreito: O mundo inteiro sentiu.
Notaram naquele momento que ali não era nada glorioso e alegre. Por detrás das portas escondia-se um submundo mergulhado em trevas, escuro e frio. Infestado de criaturas monstruosas e famintas, muitas com seus chifres afiados já apontados para qualquer ser vivo que surgisse em seu caminho.
Cada vez que os guardas avançavam naquele lugar, aumentava o número de feridos, até chegarem a certo ponto onde a calmaria habitava. Respiraram aliviados, mas sem abaixar a guarda, o armamento dos guardas serviam-lhes como olhos: Espetavam com a lança antes de tocar em qualquer coisa, sempre muito cautelosos.
Avistaram de longe um alto guerreiro vestindo uma armadura prateada escura. Trocaram olhares e um sono pesado tocou-lhes: As pupilas e retina do olho secaram-se, a visão embaçou, e cada vez mais o misterioso guerreiro se aproximava, junto com o medo dos guardas.
Quando acordaram, encontraram-se na entrada do imenso portão que havia sido o caminho de entrada. Porém agora conseguiam ler o que dizia a grande placa no portão:
"Essa é a passagem para o mundo das ideias. Aquele que estiver vivo volte, caso contrário, o mundo cairá em ruínas."
Essa informação foi o bastante para que o serviço de inteligência da Guarda Imperial compreendesse o suficiente para explicar o que houve: Segundo eles, o paladino visto pelos guardas se chamava Senhor dos Monstros e a barreira que dividia o segundo mundo do nosso mundo quebrou-se, formando uma pequena rachadura, o bastante para bilhões de monstros dominarem o planeta.
A fissura que custou o destino do nosso mundo.