Apesar de poderem gerar danos cerebrais, de nada me assustavam os " comedores de mente " (que nada mais eram que máquinas do fruto da minha imaginação, sóbria ou por efeito de drogas) mas sim as máquinas reais, que eram os " comedores de cabeça "... pois que se eu visse a minha cabeça, separada do meu corpo, seria pela primeira e última vez.

quem eu?
Ah sim... minhas poesias... é...
digo é...
bom dia!

Que coisa maluca... nem conheço ninguém... não sei de ninguém... não me leve a mal, se eu acho que só eu sei amar... um individualismo ético... eu, parado? O que é parar? Perdendo tempo? Estou me perdendo? Serei eu o tempo?

Bom... se alguém me perder... verá que não é com a cabeça que se pensa.

Se alguém nem me ganhar... não seria culpa minha se eu...
pareço até metido...
subo em um palco e me liberto!
Mas pra mim, isso não é ser metido!
Pode até ser, pouco me importa o que é ser metido!
Mas eu não me solto porque piso nas pessoas,
me solto porque me sinto seguro, com elas olhando pra mim, com ou sem brilho nos olhos, sempre com respeito.
E eu lhe digo e aquele que sobe pra pisar?
Este não sou eu...
se você procura alguém que te faça de um tapete vermelho, não conte comigo.

Dorme enquanto eu velo...
Deixa-me sonhar...
Nada em mim é risonho.
Quero-te para sonho,
Não para te amar.

A tua carne calma
É fria em meu querer.
Os meus desejos são cansaços.
Nem quero ter nos braços
Meu sonho do teu ser.

Dorme, dorme. dorme,
Vaga em teu sorrir...
Sonho-te tão atento
Que o sonho é encantamento
E eu sonho sem sentir.


Fernando Pessoa

música...
barco...
Martim...
Rosa...
capitão...
mar...
amor...
Secos...
... e molhados.

entrarei no sentimento,
vou sentir compartilhando,
viver a dança, o movimento...
ver o sol, sonhar amando,
amando o sonho em andamento
andando a luz acelerada,
o corpo e a lua cativada...