Essa culpa ta acabando comigo, não mais o que fazer, nem pra onde correr.

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A tortura começou quando ele começou a me olhar, ele era estranho e diferente, e aquilo me arrepiava.
Eu não intendia o porque eu fazia tudo para que ele me notasse, eu sabia que não precisava disso, toda hora que eu olhava ele também estava olhando, e mesmo assim eu insistia, em me levantar quando estavam todos sentados, falar um pouco mais alto, ou fazer perguntas patéticas quando todo mundo tinha entendido a matéria, eu sabia que ele estava olhando, mas eu fazia de tudo para chamar ainda mais sua atenção. Eu nunca tinha notado ele, sempre achei ele o esquisito mal-humorado que não falava com ninguém e vivia sozinho, mas algo nesse novo ano tinha chamado a minha atenção, eu não sabia o que, ele não estava mais bonito, nem mais alto, nem mais magro ou mais gordo, continuava do mesmo jeito, ele estava um pouco mais encrenqueiro e folgado e sem amigos, e acho que era isso que me chamava atenção, todos os meninos eram folgados e metidos quando estavam com os amigos, mas ele não precisava de amigos pra isso.
Ele não era o tipo de garoto que quando passava todas as meninas olhavam ou comentavam, as garotas não prestavam muita atenção nele, só os meninos que implicavam um pouco por ele nao falar com ninguém e viver de cara feia. Eu nunca o vi dando um sorriso se quer,ou conversando com alguém, ele semre chegava primeiro que todo mundo, entrava e sentava bem no fundo da sala, e lá le ficava até bater o sinal da saída, quando batia o sinal ele já estava com tudo guardado, era o primeiro a sair da sala, e quando todo mundo saía ele já tinha ido embora, ninguém sabia de onde ele era ou o que gostava de fazer. Bom eu estava bem interessada em descobrir tudo, mas não sabia o porque de estar tão interessada sobre sua vida agora, mas passei a semana toda pensando em como descobrir tudo.

A única coisa que sinto é um vazio insuportável.