Passei tanto tempo tentando ser diferente dos outros, que acabei me tornando igual à eles. Sempre quis me destacar, ser reconhecida e até mesmo invejada. Sempre dei o meu melhor, esperando ser elogiada e admirada. Com o tempo, fui percebendo que os outros faziam a mesma coisa, e não se tornavam melhores que ninguém. Então eu me dei conta de que não precisava da opinião de pessoas estúpidas pra me sentir bem, e que era só uma questão de orgulho e auto-confiança. E foi só eu parar de tentar alcançar o meu objetivo, que eu finalmente consegui. Mesmo assim, eu devo minha sincera gratidão à todos aqueles que eu tentei impressionar, pois foi graças à eles que eu consegui me superar a cada dia e me tornar o que eu sou hoje. E o que eu sou? Bem, vejamos, agora eu sou...

Aquela que prefere ficar em casa, com um pote de nutella, fazendo maratonas no Netflix, ao invés de ter um pouco de interação social, pra variar.

Aquela que põe a música no último volume enquanto dança e canta pelo quarto, e já recebeu uma ligação irritada dos vizinhos por causa disso.

Aquela que consegue ser a mais madura e a mais infantil, dependendo da situação.

Aquela que ainda assiste e ama desenhos, e sabe que eles vão fazer parte dela e da sua eterna infância para sempre.

Aquela que se apega demais às lembranças e está sempre sonhando acordada com elas.

Aquela que já cansou de ser traída e de se decepcionar, e decidiu viver a vida por ela mesma, sem deixar ser levada pelos outros.

Aquela que não tem a mínima vergonha na cara e está sempre fazendo graça e piadas e envergonhando todo mundo.

Aquela que não dá a mínima importância pra status e popularidade, e acha isso uma perda de tempo.

Aquela que tem uma fobia mortal de borboletas e começa a gritar no meio da rua se vê uma.

Aquela que AMA rock e não consegue passar um dia sem ouvir as suas músicas favoritas.

Aquela que não consegue fazer nem miojo sem botar fogo na casa.

Aquela que evita andar de elevador ou fazer qualquer tipo de interação dentro do mesmo, devido ao fato de não conseguir parar de rir.

Aquela que é a maior nerd e se orgulha disso.

Aquela que definitivamente não sabe perder.

Aquela que ainda está à espera do seu príncipe encantado, de preferência um que não seja gay, 30 anos mais velho, 10 anos mais novo, ou que não more no outro hemisfério.

Aquela que acha arquitetura uma coisa fascinante.

Aquela que tem uma resposta pra tudo.

Aquela que teve que aprender na marra que nem todos aqueles que dizem ser os seus amigos, são realmente.

Aquela que fez do fim do mundo o fato de ter que começar a usar óculos.

Aquela que consegue ser a pessoa mais orgulhosa e arrogante.

Aquela que sempre vai ser julgada, mas nunca vai se importar.

Aquela que fala fluentemente sarcasmo.

Aquela que adora filmes dos anos 80 e 90.

Aquela que é viciada em Harry Potter, Hush Hush, Supernatural *--*, Sherlock, American Horror Story, Apt 23.

Aquela que completa, inegável, irrevogável e literalmente não sabe preencher o seu perfil.

E por fim, aquela que ama, sempre amou (desde que soube da existência) e sempre vai amar fanfics.

Prazer, Spider Girl.