“As palavras nem sempre fluem como a cascata de tinta, elas permanecem escondidas, são as sombras das cordas vocais. O que a boca não revela, a mente pensa,imagina e vive. Escrever é a maneira de libertá-las desse sofrimento, colocar-lhes asas e soltá-las ao sabor do vento amargo da realidade. Escrever é desabafar na última folha do caderno; sentimentos que borbulham em seu interior. Escrever é brincar de mágico, palhaço, herói ou detetive; é isso que o mundo de tinta e grafite nos permite: descarregar de tudo o que se faz podre, queimar esse lixo psicológico e clamar por tesouros. Minha vida é a miscigenação de palavras metafóricas que nascem, crescem e morrem em cada linha do último texto. São criações do meu silêncio turbulento, da minha correnteza de sentimentos metamorfizados em poesia corrida, prosa de linhas turvas. Escrever é tudo o que posso dizer, tudo o que eu sinto e penso. Cada nova experiência cotidiana, uma nova história e assim, me transformo em uma contadora de histórias desse mundo caótico, ao mesmo tempo, bizarro e comum.”