Você acaba se conformando com a realidade, estar ‘encarcerada’ pro resto da vida num lugar com gente mais ou menos legal, mas que não tem uma rotina fixa, saber que você não precisa seguir ordem dos seus pais é um alívio, ‘ser dono do seu próprio nariz’ digamos assim. Aqui somos livres para cometer nossas loucuras sem sermos julgados pela sociedade que vive fora dos muros deste lugar.
Como disseram os veteranos quando cheguei aqui: “Bem-Vinda ao Inferno, quando aqueles portões fecharem, você estará Dentro da Insanidade”

Bom, não sei como contar isso pra vocês, mas, eu não sou uma garota comum. Literalmente não sou só não sei o que me difere das garotas normais... Não é apenas o meu cabelo azul, meus piercings, minha louca paixão por chocolate, minha fascinação por animais selvagens, as pessoas me achavam louca!
Aos meus doze anos, comecei a me interessar por coisas sobrenaturais, como: Lendas Urbanas, Histórias de Terror, acontecimentos, que podiam ser considerados verídicos... E minha família simplesmente ignorava o fato de eu ser rotulada como louca, pois eu sempre me interessei por esse tipo de coisa!
Aos treze anos, ganhei de aniversário dos meus pais, uma raposa! Ela era ainda um filhote, acho que na época, Pantallemon, ou Pan como gosto de chama-lo, tinha apenas alguns meses, meus pais o acharam na floresta perto de casa, Pan como tinha apenas alguns meses de vida e se eles tivessem-no deixado lá, provavelmente, não sobreviveria! Então, Pan virou o mascote da família!