Cadastro:
Acredito que todos os escritores são feitos de assombração.
Aquele vácuo no peito que mesmo vazio parece se preencher com tanto, quebrando em partes o excesso de nada.
A quebra é ocasionada por erros, a melancolia surge dos mesmos, a loucura vem de não saber se há conserto.
E o ciclo que se inicia é o carrego que lhe enruga a pele.
De vácuo não restou som, nem cheiro, nem música, nem apreço, só o vazio em busca incessante por um acerto.
Escritores carregam nos dedos o peso de suas próprias escolhas errôneas.
O desespero e o desamparo.
De amor pode ter idealizado demais ou de menos, de medo pode ter tido demais ou de menos... de desequilíbrios é que se vivem os pensantes.
Há de se concluir que o problema dos escritores é não encontrar um meio termo ou estacionar-se no mesmo por tempo demais até não conseguir sair.
Se me considerasse escritora, esse seria o meu lugar: o meio termo; porque, apesar dos meus excessos, não consegui me retirar do catálogo de meramente ordinário.
O catálogo que descansa sob os de excelência e podridão, que tem capa neutra, compacto e nada atrativo aos olhos de quem procura algo.
Sem melhor, nem pior, apenas ordinário e muitas vezes inacabado.
-GAL
Christie mudou seu nome para Amèlie | 12/04/2015 |
Amèlie mudou seu nome para Gal | 30/12/2019 |
Após se mudar para uma movimentada cidade na frança, Aimée procura formas de organizar seu caos particular, quando em um de seus momentos de ócio, encontra cartas antigas de amor que nunca chegaram ao destinatário. O que ela não esperava é que as cartas tinham conexão com sua vizinha Cécile, quem instigou a procurar respostas sobre a história da remetente do passado.
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Yuri |
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Todos os dias escrita por Juliiet |