Comentários em Cracóvia

Anne Claksa

21/06/2019 às 12:26 • Onde os fracos não têm vez...
Olá
Esse capítulo prendeu a minha atenção, que nem dá para notar que ele é tem mais de 7.000 palavras.
Você descrever cada detalhe, no inicio foi a inocência das duas crianças, totalmente alheias ao que acontecia ao redor. Anos depois as crianças se reencontram,mas, a situação é diferente, os tempos são outros. Llona tem sonhos, ser uma enfermeira que cuida de soldados, uma alemã que admira o führer e só conhece o lado bom que o governo nazista trouxe. Ela nem imagina sobre a situação doas judeus e principalmente o que eles planejam de verdade. Trazendo para a realidade, muitos alemães, não sabiam de fato o que aconteciam com os judeus, que eles eram mortos, que eram tratados como escravos, que era mandados para campos de concentração,enfim, os alemães só enxergavam os benefícios que o governo nazista trouxe ao país. Por isso, mesmo depois da guerra e durante alguns anos, muitos olhavam torto e até com desconfiança para Alemanha, até que a copa de 2006, tirou essa desconfiança do mundo sobre a Alemanha.
A morte de Naftali se deu em um momento em que o mesmo sonhava com um futuro, viver em outro lugar, ser um músico famoso tocando o instrumento que adorava, o violoncelo, porém, um tiro desfez esse sonho. A frase no final me levou a imaginar um flashback, mostrando um Naftali criança se apresentando com a banda da escola e depois recebendo os parabéns de seus familiares. 
Foi triste ver o Wolfram se desfazendo de sua máquina de escrever, um objeto que permitia a ele fazer o que mais amava, escrever, ele já até imaginava escrever um romance policial, com um final, que na vida real aconteceu, só que mais por causa de Estados Unidos e União Soviética. Mas, isso não aconteceu, para que sua família pudesse sobreviver, Wolfram aceitou vender a máquina de escrever e recebeu pouco por ela, mas, já era alguma coisa para que sua família não morresse de fome.
Enfim, o capítulo ficou excelente, parabéns, escrever drama já não é fácil, ainda mais com o tema sobre segunda guerra e está ficando ótimo.
Até a próxima!!!
 
 


Resposta do Autor [Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic]: Essa é uma discussão pertinente. Hitler subiu ao poder de maneira democrática, mas a maioria dos alemães rejeitavam a democracia em si, inclusive o presidente Hidenburg que era muito querido. Quando um líder comete atrocidades num regime em que ele foi colocado por meio indireto, tipo qualquer país socialista hoje, podemos culpar o líder e o governo. Mas e quando o presidente é eleito de maneira democrática e vira ditador? Sim, a população possui uma parcela de culpa, indireta, mas possui. Agora ninguém previa que a situação ficaria fora de controle. Nem mesmo o Hitler teve controle da sua ditadura, evidente depois de 1943. Ele sequer precisava falar "judeus precisam ser exterminados" para um subordinado ir lá e matar. Porque o governo nazista foi sistemático e funcionou do topo até a base da sociedade alemã. Enquanto um povo era massacrado (na pseudo-ciência da raça superior), os próprios alemães desfrutavam de uma vida normal. Bicho, se vc fosse alemã e católica na Alemanha, e não fosse obviamente opositora política, viveria normalmente como em qualquer democracia. A propaganda de Goebbels também era muito forte. Até hoje esse cara pra mim é o maior marqueteiro político da história. Uma lábia do caramba que transformou Hitler num santo mesmo sendo acusado (acusado até mesmo por conservadores como padres e pastores!). De fato foi surreal, mas não podemos responsabilizar totalmente uma população fortemente alienada.
 
Foi bem triste a morte do Naftali, mas a cena do Wolf vendendo a máquina de datilografar foi tensa. Como o coleguinha morto, Wolfram teve que se desfazer de um sonho para sobreviver. O regime mudou completamente o sonho de milhares de pessoas. Quantos Albert Eisteins, Beethovens, Agathas Christies, etc perdemos nos campos de extermínio? É de se pensar nisso.


Ana Heifer

21/06/2019 às 15:38 • Onde os fracos não têm vez...
Sem palavras, é assim que me encontro agora.
Um capítulo que começou de modo tão leve – tanto quanto possível para essa história – de repente se tornou angustiante. É como se não houvesse tempo pra se apegar aos personagens que vão aparecendo, afinal existe uma constante dúvida no ar. Uma incerteza insistente é o que paira sobre toda a narrativa, afinal nunca dá pra saber ao certo quem vai morrer ou continuar sobrevivendo. E esse é o fato mais penoso sobre essa "fanfic": saber que tudo que está sendo escrito aqui já aconteceu verdadeiramente num passado nem tão distante. Pessoas viveram essa angústia, essa incerteza e essa dor. Em certos momentos o enredo vai se tornando incrivelmente emocionante, r chega a ser desesperador quando vem o pensamento que diz "é real". Cai um peso sobre os ombros, quase sufocante.
A primeira coisa que apertou foi a cena onde Ilona e Wolfram se reencontram e sequer se reconhecem. Pelo contrário, eles se estranham. Já não há mais aquela inocência do começo da história, ou o sentimento de amizade instantânea que uma criança tem. A pureza infantil se perdeu ali no meio, junto à chegada do Führer.
Depois, Wolfram vendendo o datilógrafo e Naftali falando sobre seu dom para a música e como foi obrigado a deixá-lo inesperadamente no fim desse capítulo. É a representação pura e simples de todos os sonhos que se perderam durante a segunda guerra, tanto durante a luta pela sobrevivência quanto aqueles que não tiveram escolha quando suas vidas foram tiradas. Quantas pessoas tiveram seus antigos desejos abandonados ou interrompidos bruscamente por esse caos?
Tudo que essa história traz é sentimento. Seja tristeza, raiva, alívio, agonia, o texto está carregado de tudo isso. Poucos conseguem passar emoções tão fortes em palavras. Aguardo ansiosamente o próximo capítulo.


Resposta do Autor [Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic]: Começar o capítulo de uma maneira leve e terminar o extremo oposto é tão legal, parece até uma montanha-russa, um trajeto tortuoso que os leitores terão que seguir. A cena do Wolf dando o livro para a Ilona foi muito significativo, porque foi a  partir daí que a moça resolveu se inspirar no personagem e ter um sonho de fzer enfermagem. Para ela o sonho é mais fácil, mas as suas razões por mais nobres que sejam, caminham para o lado errado. Ela sonha em curar os soldados alemães e isso inclui a elite nazista. Realmente ela está fortemente doutrinada.
 
A guerra, antes dela o governo alemão, foram barreiras tão sólidas, obstáculos tão grandes para as duas crianças. De um lado a filha de um perpetrador, do outro o filho de um judeu. E se esses elementos nocivos não tivessem existido? Se Hitler nunca tivesse subido ao poder? Ou pelo menos ele não fosse extremamente racista? Muita coisa seria dferente, talvez Wolf e Illona seriam amigos de infância. A realidade é dura, né? Vemos na cena do banheiro. Eles realmente não se conheceram. Eu queria deixar bem nítido isso. Essa cena foi de um peso dramático muito grande, principalmente para o desfecho que culminou com a morte do Naftali (no capítulo 4 expliquei isso). 
 
Não foi fácil durante a Segunda Guerra Mundial. Milhares de pessoas desistiram dos seus sonhos para sobreviverem... e nem sempre conseguiam já que fizeram parte das 6 milhões de vítimas. A imprevisibilidade dessa época foi gritante. De fato, não existia viver naquela época, e sim sobreviver.


Anne Claksa

04/07/2019 às 13:31 • Gueto
Olá
O capítulo começou bem ao estilo do autor, com uma morte. E essa morte foi explicada ao longo do capítulo, cada um dos eventos explicava tudo que aconteceu antes do fim de Henrich Scherzinger. Grimsley está mostrando que o mal já o consome, mas, que ele esconde discretamente. Agora, planejar a morte do tio, o que ele está querendo? Talvez essa pequena vingança, tenha um objetivo maior, um cargo de alto poder? Quem sabe, Grimsley não ambicionava o cargo do tio e com a morte dele, o caminho está livre para o jovem ambicioso conquistar o seu objetivo. Só uma coisa o preocupa, se houver uma investigação, será que podem descobrir que ele está envolvido?
Agora falando do Wolfram, ele vendeu os seus livros para que sua família conseguisse sobreviver, estava definitivamente desistindo do seu sonho. Pelo o que já conheço do Wolfram, ele não aguentará esse emprego de mecânico por muito tempo, carregar pneus, se sujar de graxa, sentir diariamente o cheiro de óleo de motor, não é para ele. 
Enfim, os caminhos de Grimsley e Wolfram se cruzaram. A teimosia de Wolfram em não usar a faixa, salvou sua vida, já que por ser loiro, Grimsley pensou que fosse um ariano qualquer, mas, Naftali estava usando a faixa e acabou pagando com a vida.
Até a próxima!!!


Resposta do Autor [Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic]: As mortes se conectaram. Tanto a do Naftali quanto a do Scherzinger. Porque o Naftali sófoi morto por causa de um acaso somado ao fato do Grim estar em Cracóvia por causa da amante do seu tio. Então uma coisa puxou a outra. Sobre a morte do tio, não é o que ele planeja, e sim o que oio fez no passado que o motivou a fazer isso. Na cena quase no final quando Grim e a Olga estão juntos ela meio que fala nesse assunto. Algo de grave ocorreu envolvendo o tio, e Grimsley se vingou agora. Investigação oficial não, mas talvez os envolvidos pessoalmente com o vilão comecem a desconfiar inclusive Ilona.
 
A vida não tá fácil para Wolfram. Por mais que os judeus fossem cultos, na ocupação nazista eles eram apenas escravos. Trabalhar como mecânico e desistir da escrita foi algo "natural" que tinha de acontecer. Aguentar por muito tempo eu não sei, ocorreram expurgos no Gueto de Cracóvia que mudaram e muito a vida dos judeus desempregados e até mesmo os que trabalhavam. Trabalhar de qualquer coisa é um luxo para Wolfram. Veremos se ele desiste ou não.
 
Sim, a morte de Naftali foi uma mistura de sorte com azar, acaso,coincidência e outras coisas. 


Anne Claksa

24/07/2019 às 19:44 • De um extremo ao outro
 Olá
Depois de capítulos com Wolfram, temos um capítulo com o Jacob, um capítulo bem movimentado.
No internato, Jacob fez novos amigos, o ucraniano Petro e o Judeu Eike. Apesar de Eike ser judeu, Jacob fez amizade com Petro e os dois se davam bem, o que provocou  ciúme em Eike, que o fez armar para o ucraniano. Petro quase morreu de fome por pura intolerância da diretora e do regime da época. Mas, Eike teve o castigo que merecia, foi levado como prisioneiro e Jacob não fez nada para ajudá-lo. 
Por ser parecido com um ariano, Jacob foi confundido com um e acolhido pelos soldados alemães, claro que ele teve que mentir sobre a sua identidade, mas, foi para o meio dos alemães. Teve uma chance de escapar, porém, uma emboscada alemã, matou os soldados russos e Jacob ou melhor dizendo Ralf, foi considerado um herói e muito festejado pelos alemães.
Parabéns pelo excelente capítulo
Até a próxima!!!


Resposta do Autor [Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic]: Você fez uma verdadeira síntese desse capítulo. Essa parte envolvendo o Jacob foi baseada na vida real de um judeu que se envolve com os comunistas e depois é recrutado pelos nazistas, porque ele era bom de lábia assim como Jacob. 
Talvez esse tenha sido o único capítulo que escrevo que se passa totalmente longe da órbita de Cracóvia. Depois de dois capítulos pesadíssimos envolvendo a morte de Naftali e do Henrich, aqui foi um respiro de alívio.. apesar do sofrimento sob a tutela dos comunistas (pq as duas ideologias eram totalitárias aí já viu).
O Petro não morreu. Pelo menos essa informação eu dou com satisfação. Ele aparecerá novamente? Sim, mas não aqui nessa fanfic. O foco daqui é abordar o nazismo. Sobre o Eike é bom frisar que judeus indepentemente de suas ideologias e convicções, foram mortos em igual. A gente tem uma ideia errada de acreditar que todo o judeu durante a segunda guerra era bonzinho, mas existiam pessoas ruins como em qualquer lugar. Eike incorporou bem isso. A maldade humana está entre os oprimidos também.
 
Próximos capítulos uma reviravolta na vida do Jacob e o envolvimento de Wolfram com a sua coleguinha de infância. Como cê já leu o 6, nem preciso dizer muita coisa aqui. Indo responder seu outro comentário.
 
 
;)


Anne Claksa

04/08/2019 às 20:51 • Inocentes sob fogo - Sionistas vs Nazistas
Olá
Fiquei tensa com a situação do Heiko, mas, ele fez o que qualquer pai faria, proteger o filho. Ele não tivesse feito o fez, Wolfram seria levado injustamente para ser "interrogado".
Apesar da tensão do capítulo, houve um pouco de humor com a Olga, fiquei aqui imaginando a cara do Grimm quando ela falou em casamento.
Até a próximo!!!
 


Resposta do Autor [Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic]: Foi um acaso cruel, não é? Aqui o fim de Heiko foi obra do mais puro azar misturado com a situação atual deles. Talvez o homem já tinha em mente que no gueto não teriam muita chance, por isso se confessou culpado sem nenhum pudor. Claro que o instinto de salvar o filho falou mais alto, mas ele resolveu se culpar de uma maneira fria pq nenhuma outra explicação daria jeito. E mais uma vez o nosso protagonista se salva por um triz...
 
Essa Olga vai aprontar bastante. Ela vai ser um carrapato na vida de Grimsley.
 
 
Obrigado pela leitura. Boa noite
 


Louis

12/08/2019 às 13:55 • Inocentes sob fogo - Sionistas vs Nazistas
 Não dá nem tempo de ficar triste: os capítulos terminam com aquela sensação de adrenalina. É sim uma história cruel e realista, mas não dá tempo de melancolia. 
Bem, só ansiosa pelo próximo.
(Eu tava querendo ver o Jacob, mas não tô mais aliviada agora que sei onde ele está) 


Resposta do Autor [Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic]: Opa. Olha só, ela tá aqui. Quero agradecer pela recomendação que você fez à história. Eu não esperava algo do tipo, pelo menos não agora já que normalmente o povo recomenda quando termina a leitura. E isso significa que você realmente gostou apesar de ainda não estar perto do fim. Muito obrigado mesmo.
 
Depois do capítulo 3 que essa fic é capaz de tudo. Eu dei uma amenizada contando a trajetória do Jacob, mas os personagens se veem envoltos pela guerra e o terror. Coisas imprevisíveis acontece. Wolfram na maior desgraça, Jacob cercado pelos algozes e tendo que disfarçar. Não tá fácil para os dois.
Em breve mais capítulos. Demorarei um pouquinho pois estou dando atenção para as minhas outras fics.


Anne Claksa

13/01/2020 às 20:29 • A Professora que sabia demais
Olá
Voltei!
E estou chocada com a mudança de Wolfram, a morte de Naftali e ver o pai ser levado pelos agentes da SS, o mudaram radicalmente. Não é mais aquele rapaz calmo, que adorava livros, gentil, é agora, amargo, revoltado, destrata a todos que não são judeus, Llona sentiu isso na pele. E não parou por aí, ele chamou a própria mãe de traidora. O ódio consumiu o pobre rapaz.
Llona quer dar uma de detetive e descobrir tudo. Imagina o susto dela, ao descobrir que o adorado primo dela está envolvido. Mas, enquanto ela não descobre, é bom tomar cuidado, pois, tem gente de olho nela.
Até a próxima!!!


Resposta do Autor [Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic]: Olá, tudo bem? Fique à vontade em chegar aqui e comentar a qualquer momento, sem pressa. Até porque os capítulos são grandes e eu também demoro a postar a história... Mas muito obrigado pelo seu comentário!
 
Sobre a mudança de Wolfram, ela é temporária, mas de fato mudou a vida do rapaz. Porém, nada veio ao acaso. Desde o começo ele deu indícios de aderir a alguma ideologia revolucionária. Acentuando com a morte de Naftali, pois, se não fosse por sua família, teria virado um rebelde ali mesmo. Só que nada está ruim que não possa piorar, certo? A gota d'água realmente foi o sequestro do Heiko, por culpa indireta de Sebastian (que não é Sebastian, mas que no cap 8 eu explico) que matou o antigo dono da oficina. Isso mexeu demais com ele, sobretudo depois de conhecer o Sebastian que é um judeu socialista e fervoroso revolucionário. O Jacob é a contraparte dele. O outro gêmeo está sendo engolido pela hidra nazista, que até certo ponto era tentadora (se você fosse alemão). Enquanto milhares de judeus morrem na sarjeta, um judeu se passando por ariano aproveita as regalias... esse núcleo da história também terá a sua reviravolta.
 
ILONA será capaz de ajudar Wolfram mesmo depois de ser destratada? Talvez ela entendeu que existe algo de errado com o nazismo e que não é essa mil maravilhas. Já quem pagou o pato foi a professora. Isso que dá ser cúmplice da maldade. 


Louis

22/03/2020 às 13:51 • A Professora que sabia demais
Eu sempre me surpreendo com a adrenalina que essa história me causa. Cada palavra parece que está levando para o ápice de algo, e de novo, e de novo ... 
Me dá um pouco de medo pensar que um dia os irmãos podem se reencontrar e em quais circunstâncias. Enquanto Jacob está envolvido em uma teia de mentiras, mostrando-se um sobrevivente, capaz de tudo pela própria vida, Wofran mostra o extremismo do ódio, a resposta contrária a tudo que o irmão acredita. Claro que não por própria culpa, mas não imagino como eles poderiam estar mais separados. Enquanto Jacob estuda em uma escola junto de tantas pessoas que resolveram fechar os olhos e algozes alienados, Wofran trocou seus livros por bombas e armas... 
Egoísmo da minha parte, mas não gostaria que voltassem a se ver tão cedo, talvez nunca. Talvez manter algum afeto e lembranças felizes, se ainda tem, porque quando se reencontrarem... Wofran daria um tiro no próprio irmão. E talvez Jacob seja colocado em um exército pra matar... Passo o tempo imaginando esse possível/provável encontro e isso me aperta o coração. 
Quanto a Ilona, não sei o que pensar dela. No lugar de Wofran, ficaria com tanta raiva quanto. Por ainda achar que um romance vindo de um presente entre crianças teria algum valor. E por ir atrás dele, ignorando todo o resto e os relatos que recebeu. A covardia dos que sabem e nada fazem talvez seja pior do que a ignorância dos que não sabem. Talvez ela possa ajudá-lo de alguma forma, mas não é como se eu acreditasse nisso. Ainda se mostra imprudente e segura demais de si, correndo riscos sem pensar nas consequências, e vai se inserindo numa trama que também não termina bem. Talvez o fardo desses personagens seja esse. 
Partindo pro próximo!


Resposta do Autor [Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic]: Quando eu planejei fazer essa história, havia me inspirado em A Lista de Schindler e o Pianista (inclusive terei que assistir outra vez, pois esqueci de coisas históricas por causa do hiato). Obviamente colocar essa atmosfera de angústia, de apreensão e medo foi proposital. Estamos falando de um dos períodos mais obscuros da história da humanidade, por isso que cada cena, cada palavra dita pelos personagens, contará como um possível catalisador para algo grandioso... no mau sentido.
 
Claro que a forma como a história é contada deixa o leitor apreensivo, sobretudo os rumos que os irmãos estão tomando. A gente imagina que mais para frente os dois poderão se confrontar e se tornarem inimigos, mas eu juro que ainda não pensei nisso. A fanfic terá, estourando, 13 capítulos, portanto não imagino ainda um desfecho nesse sentido. Ainda falta o Wolfram sair do gueto, o Jacob ir para a guerra, etc. Águas vão rolar ainda. Mantenha o foco nos capítulos atuais. Eu imaginei que alguém pensaria desse jeito. Mas não sei exatamente se contarei a história com essa carga dramática ou os irmãos vão se entender, algo do tipo. Fique no aguardo.
 
 
A Ilona é uma peça fundamental para o desenrolar da história. De fato algo como um romance também não foi pensado nisso, mas convenhamos que o que o Wolfram fez foi escroto. Apesar de ser escravo do nazismo, ele era um menino rico que frequentava os mesmos lugares que os alemães, e nessas circunstâncias conheceu Ilona e ela se apaixonou por ele sem pensar nos desastres ao seu redor. Como filha de um capitão nazista, ela foi educada dessa maneira, de tapar os olhos, de viver como se nada estivesse acontecendo. Repare que o Jacob também está recebendo esse mesmo tratamento em Berlim, com uma mansão para morar, estudando numa escola de elite, brincando, fazendo amizades, se esquecendo do sofrimento do seu próprio povo, mas, diferente da Ilona, Jacob consegue se frear, consegue ter a mente pesada, porque sabe do seu passado, sabe que a sua família pode morrer a qualquer momento. O que Ilona tem? Ela não tem nenhum passado que a freie, exceto a lembrança com o Wolfram, e essa lembrança que vai funcionar como um despertar para ela no futuro e finalmente enxergar as mazelas que o nazismo fez. Portanto, acho válido que até certo momento ela não faça nada, por medo ou por ter sido educada assim, mas o passado entre ela e o Wolfram será necessário para ela rever os seus conceitos e até ajudar o protagonista.
 
 
Satisfeita? Demorei demais para te responder, mas é que estou reorganizando umas coisas na minha vida, e ainda tenho preocupações na vida real. Sabe como é. A gente vai levando.
 
Um abraço e até mais.


Anne Claksa

21/03/2020 às 17:12 • Dois tiros num beco...
Olá
Tudo bem?
A vida do Jacob vive por um fio. Ele foi esperto em fingir o desmaio para escapar do teste de anatomia e deu mais sorte ainda ser liberado do teste. Mas, e quando não houver criatividade para escapar? Porque uma hora vão descobrir o segredo dele e aí, não quero nem ver o tamanho da encrenca.
Foi um grande um choque para Jacob descobrir que a sua amada Dorota está casada e esperando um filho. Doeu em seu coração ouvir essa notícia, ele tinha planos de viver com ela, de se casarem e quem sabe até construírem uma família, mas, isso não será mais possível, pobre Jacob.
E nesse meio tempo, não podemos esquecer do Wolfram, que também não está tendo uma vida fácil. Imagina, participar de um ataque que poderia ocasionar a morte de sua mãe? Wolfram não aceitou e ainda teve que encarar o desaprovação de Sebastian e dos outros membros. O cara queria o que? Que Wolfram esquecesse que tinha família e dane-se quem iria morrer? Negativo, aff, tem gente que não pensa mesmo.
Até a próxima!!!


Resposta do Autor [Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic]: Olha quem resolveu aparecer quase 3 meses depois do seu review. Pois é. Ainda bem que apareci atrasado, porque tem gente que nem aparece. E eu ainda recebo respostas de uma drabble que eu comentei ano passado, pra você ver que eu não sou o único atrasado. 
 
Sim, o Jacob é muito cagado mesmo. Ele é uma pobre ovelha rodeada de lobos. A quem ele recorrerá se um dia for descoberto? Ele tá no olho do furacão, no meio de Berlim, não dá nem para fugir. E sim o desmaio foi uma tática para fugir do exame e descobrirem que ele tem o prepúcio cortado. Isso seria um desastre sem precedentes, principalmente porque ele participava do torneio que até o Goebbels estava. Olha só o perigo. E o sofrimento não para por aí. Ele foi deixado de lado, mas é compreensível para a Dorota. Depois de anos ele reaparecer e com a farda alemã. Ela pensava que ele havia morrido, talvez ela leu as notícias sobre aquela escola comunista que foi atacada e que Jacob estava. Depois ela testemunhou milhares de judeus sendo levados para o gueto, talvez acreditou que havia morrido. Daí ela continuou com a vida dela. mas, infelizmente, o Jacob não morreu.
Realmente Wolf não está com sorte. Ele se desentendeu com o Sebastian, porém isso foi algo bom. Já pensou se ele participa do ataque? Teria morrido ali mesmo. E como já expliquei, o grupo que ele participava era de extrema militância, por isso eles possuem uma visão de olho por olho e se houver perdas de judeus no processo... que seja! O que importava para o Sebastian era os fins, os meios se justificavam.
 
Tá bom? Agora sim tá respondido depois de um tempão.