Comentários em Como nascem as lendas

Lorde Barão

22/04/2016 às 10:53 • Como nascem as lendas
Uou, devo admitir que essa one foi bem legal e um tanto única.
É até irônico notar que Emílio, um cara que desacreditava tanto em uma lenda, acabou se tornando em uma.
Questiono-me o que aconteceu com ele:
Encontrou a fera e foi morto? Encontrou a fera mas descobriu que ela era gente fina, e eles fugiram pra longe, onde a amizade entre homem e monstro era bem vinda? Não encontrou a fera mas acabou em uma sapataria em São Petesburgo? Nunca saberemos.
Bem, isso é tudo.
Tchau!


Resposta do Autor [Drafter]: Oi, obrigada pelo comentário!
Pois é, a ideia foi deixar o final aberto mesmo: será que havia monstro? Será que era só um animal selvagem? Será que ele morreu? Será que ele só se perdeu na floresta e nunca mais achou o caminho de volta?
Sem respostas, só restou ao povoado se agarrar em mais uma lenda...
Beijos!


Captolina

24/04/2016 às 13:24 • Como nascem as lendas
Bom, confesso que não sou a melhor pessoa a julgar uma história que envolva fantasia, até porque também não sou a maior fã desses tipos de história. Mas, como para tudo se tem uma primeira vez, e mais, as exceções, decidi começar a ler algumas (se não todas) as histórias do grupo.
Participo de lá desde o começo e bom, é: eu não escrevi nada até então. Vejo as pessoas tendo ideias maravilhosas e acho que isso me faz ficar um pouco mais preguiçosa. Mas, sem enrolar muito, até porque já falei até demais, vim comentar a sua história primeiro porque o título foi um dos que mais me chamou a atenção, além da pequena citação logo abaixo da sinopse.
"Não creio nas bruxas, mas que elas existem, existem."
Gostei de uma única coisa na narrativa inteira: o desfecho. Bom, antes de terminar a história, já sabia o que ia acontecer. Não quero ser inconveniente, então deixo bem claro que não, sua fanfic não foi previsível. Eu que rolei a página para baixo sem querer e li. Que azar, hm?
O seu modo de escrever: leve e não muito rebuscado, é o que mais procuro em fanfics e o que menos acho. Com certeza sua história vai entrar no bloco de favoritos do meu perfil, sem sombra alguma de dúvidas. Gostei de como desenvolveu a história e do modo como Emilio realmente foi o centro de tudo e não apenas um personagem que fazia parte da história.
Ele era a história.
Espero que você participe dos próximos desafios também, porque cara sua escrita é maravilhosa e eu adorei lê-la.
Um beijo no seu coração e até a próxima.
Lú ♥
PS: Perdoa o reviews pequeno, sério.


Resposta do Autor [Drafter]: Puxa, obrigada pelo comentário! Essa foi a primeira vez que participei do Café com Letra. No começo, não gostei muito do tema, mas a ideia acabou surgindo na minha cabeça e decidi tentar. Até que gostei do resultado! =)
A citação abaixo da sinopse é um ditado popular galeo que eu sempre achei interessantíssimo, e que casou muito bem com o tom que eu quis dar pra fic.
Só achei uma pena que você leu o final antes! Talvez tenha perdido um pouco da graça, já que não teria a surpresa. Por isso, fico feliz que tenha gostado mesmo assim (principalmente por fantasia não ser a sua praia).
Obrigada pelos elogios, eu espero participar dos próximos também, se a inspiração permitir! 
Fiquei muito lisonjeada pelo elogio à escrita! Eu entendo que certas cenas dramáticas exigem talvez alguns floreios, mas no geral, acho que uma escrita leve não necessariamente significa uma escrita pobre. Temos excelentes autores nacionais e internacionais que são adeptos do estilo "keep it simple" de escrever.
Enfim, estou me alongando demais aqui também!
Obrigada novamente e um beijo enorme!
OBS: Review pequeno? Cadê? Boba!


Marylin C

25/04/2016 às 11:11 • Como nascem as lendas
Oolá!
Achei bem interessante a sua abordagem de como se cria uma lenda. O popular, o mito, a imaginação do povo, como as histórias passam de boca em boca e se alteram com o tempo. 
Definitivamente vou esperar mais coisas suas nos próximos Cafés. Por enquanto, ainda tenho muita coisa a ler XD
Beijos,
Mary


Resposta do Autor [Drafter]: Obrigada pelo comentário!
E eu sempre tive essa percepção sobre as lendas, que são criadas e moldadas pelo povo, e dizem muito sobre quem acredita nelas.
Espero conseguir participar dos próximos temas!
Beijos e obrigada novamente!


Lostanny

26/04/2016 às 10:09 • Como nascem as lendas
Interessante e irônico até que Émilio ter se tornado aquilo que não acreditava, não acho que ele tenha se tornado um ser sobrenatural, mas que com a ausência e o tempo e a história se passando de boca a boca a situação se distorceu a tal ponto de ele ganhar os status de algo assim. Ele poderia ter morrido, ou de alguma forma passou a residir no local probido, quem sabe... Uma história intrigante, que nos faz refletir sobre o que seria a "verdade", adorei. Beijos e parabéns pela one. :3


Resposta do Autor [Drafter]: Obrigada pelo comantário!
A ideia era deixar o final bem em aberto mesmo, mas eu concordo com a sua percepção de que o povo simplesmente se encarregou de criar uma nova história, que o boca a boca foi alterando com o tempo. É como se a aldeia precisasse dessas lendas, fizesse questão de alimentá-las. Afinal, como falei na sinopse, as lendas só existem se alguém acreditar nelas ;)
Beijos e obrigada novamente!


Lethy

30/04/2016 às 08:27 • Como nascem as lendas
O que acha que precisa ser melhorado?
Alguns poucos erros e a confusão feita entre mito/lenda/fábula/conto

O que mais gostou no capítulo?
O final. ♥

OI! ♥
Gente, primeiro eu quero dizer que amo como essas coisas de lendas locais funcionam, ainda mais que você colocou aquela coisa de "quem conta um conto aumenta um ponto". Fantástico. E ainda fiquei fantasiando na minha cabeça que o monstro comeu o Emílio e eles se juntaram. 
Bom, foi minha interpretação, né? Posso estar errada. Se a ideia inicial foi outra, me conte. Quero ver por todos os ângulos. Já disse que adoro histórias desse tipo? Pois é. 
Enfim, surtos a parte, parabéns. Sua escrita flui sem problemas. Não tem aquela sensação chata de leitura travada, em que o leitor tem que ficar voltando pra conferir se leu certo. Acho isso muito importante sempre. 
Beijos. ♥
 


Resposta do Autor [Drafter]: Olá! Obrigada pelo comentário!
Eu quis deixar a parte do que aconteceu com Emílio bem aberto para interpretações do leitor: ele foi morto? Se perdeu? Foi parar em outro lugar? Havia mesmo um monstro? Ele devorou Emílio? O monstro não passava de um animal selvagem? Enfim, cada um pensa como quiser.
A ideia é mostrar que todo mundo (aqui representado pelo vilarejo) tem essa necessidade de criar histórias para explicar o que não sabe, de acreditar nas lendas como se ela fizesse parte de quem elas são — e muitas lendas realmente definem bem um determinado povo, como as lendas indígenas, por exemplo.
Obrigada novamente, pela leitura, pelos elogios e pelo comentário! Fico muito feliz =)
Beijos!


Lunnarea

01/05/2016 às 23:30 • Como nascem as lendas
Surpreendente, eu diria. Acho que tem aquele tom místico e misterioso que é reservado aos contos, mesmo que, no início, eu achei que assumiria uma postura muito mais sombria, e que eu não deveria estar lendo isso nessas horas da noite, ainda bem que assim não o fez, mesmo o Emílio tendo sumido, não foi algo assustador, mesmo eu pensando que ele voltaria.
Gostei bastante do desfecho, com o Emílio tornando-se a lenda com o passar de gerações, pena que perdera a forja, a casa, e a honra da família por consequência da sua descrença, porém, talvez, para ele, isto valia menos do que o que achava. Na verdade, se eu estivesse no lugar dele, talvez seria um impasse bem grande, acreditar no povo e atar-se a lenda, ou se desvencilhar da lenda e trair o povo...? Parece que, desta vez, o monstro existia, não é mesmo...? Ou ele apenas pode ter se perdido, sei lá... '-'
Então, gostei bastante da narrativa, lembra mesmo um conto, daqueles que são transmitidos oralmente sabe...? Acho que é por conta da leveza ou da aparente simplicidade que ele possui, que os contos normalmente tem.
Obrigada pelo texto... ^^


Resposta do Autor [Drafter]: Muito obrigada pelo comentário!
O conto não era pra ser assustador mesmo, hehe, pois o foco não era necessariamente o monstro, mas a importância da lenda para aquele povo. Emílio não se sentia bem mentindo para seus amigos e queria mostrar que sua descrença tinha fundamentos. Acabou perdendo tudo que ele não queria perder...
O que aconteceu com ele? Ninguém sabe, ninguém nunca soube... virou lenda, como o temido monstro.
E a ideia era ser escrito mesmo como se fosse uma antiga história, dessas que a gente ouve falar — simples, sem floreios, direta.
Obrigada novamente pelo commentário!


Winston

03/05/2016 às 10:40 • Como nascem as lendas
Gente do céu que coisa mais maravilhosa eu me arrepiei no final, que que isso estou sem palavras e cheia delas ao mesmo tempo.
Realmente não sei o que dizer, tudo tão bem construído para aquele final que eu até voltei lá em cima para ver como falavam que era o monstro da floresta no começo. Confesso que minha curiosidade para saber o que aconteceu com o Emílio na floresta é grande, mas gosto de pensar que tá tudo bem com ele, só achou algo melhor praqueles lados ou simplesmente se perdeu. NÃO SEI, TO MUITO CURIOSA MESMO!
Genial sua história, apenas isso, abalou demais. ♥


Resposta do Autor [Drafter]: Hey! Muito obrigada pelo comentário! Fico feliz que tenha gostado do meu conto, e que bom que o final surpreendeu! =D
O que aconteceu com Emílio fica por conta da imaginação do leitor! Quem quiser acreditar no monstro, acredita; quem for cético igual ao Emílio pode imaginar que ele apenas se perdeu, morreu por algum motivo qualquer ou simplesmente foi para outro lugar. Afinal, lenda é assim mesmo: você acredita se quiser ;)
Beijos!


ACarolRM

04/05/2016 às 23:28 • Como nascem as lendas
Hello! ;D
Nossa, ficou muito bom. Adorei como você mostrou que as lendas são coisas importantes para um povo. São elas que o moldam, e vários acontecimentos contribuem para a sua formação.
Amei o final, e como ele de fato virou uma lenda. Parabéns ^^
Obrigada por escrever e participar do CcL! Amadorei :3


Resposta do Autor [Drafter]: Oi, Carol! Muito obrigada pelo comentário! Foi a primeira vez que participei do Café com Letras e gostei bastante, espero conseguir participar dos próximos também (se o tempo e a inspiração permitirem, hehe).
E sim, as lendas locais dizem muito sobre as pessoas. Eu sempre achei curioso como a cultura pode ser diferente de um lugar para o outro, e os mitos e histórias influenciam muito na formação de um povo.
Beijos e obrigada novamente!


Jeniffer

28/05/2016 às 14:29 • Como nascem as lendas
Oie! Tudo bem? :3
Então, quando eu comecei a ler a sua história, me lembrei imediatamente do filme "A vila" do Shyamalan. Ele tem o mesmo tom da sua fic, com uma vila aterrorizada por monstros e que não se atrevem a ultrapassar os limites da floresta por conta disso. Até gostei do filme, mas não curti o final, e por um momento, pensei que o seu desfecho seria igual.
Ainda bem que não foi! Você me surpreendeu ali, devo confessar. O que eu adorei, pois o Shyamalan deveria aprender com o seu final hahahahah
Achei a sua escrita bem direta, o que foi diferente para mim, mas ainda assim, agradável. No geral, eu gostei muito.
Parabéns pela sua história e obrigada por participar do CcL! ♥ ♥ ♥ 


Resposta do Autor [Drafter]: Oi!
Eu vi esse filme e na época também não gostei muito do desfecho. Achei muito anticlímax, sei lá. Mas que bom que gostou do meu final, hehe! A ideia era surpreender mesmo, e manter essa aura de mistério em torno da vila, da floresta e do tal monstro. Acho que quando as coisas ficam assim, meio sem ser reveladas totalmente, acabam sendo mais assustadoras.
Muita gente comentou que a escrita do texto foi bem direta e sem floreios. Quando eu escrevi, queria algo simples, justamente para retratar a simplicidade das pessoas da história. Era pra ser um conto mesmo, desses que a gente ouve falar.
Muito obrigada pelo comentário! Eu adorei participar do CcL, e espero conseguir também participar dos próximos!
Beijos!


Goldfield

31/01/2018 às 20:32 • Como nascem as lendas
O que mais gostou no capítulo?
O sentido que o conto possui

Muitas coisas me passaram pela cabeça enquanto lia.
Primeiro, gostei muito do tom de fábula que a narrativa tem, e até o modo rebuscado que os personagens falam quando há diálogos. Ficou muito condizente com a proposta da história.
Segundo, fui tecendo diversas metáforas e alegorias conforme avançava pelo enredo. Pessoas com medo do desconhecido e regulando suas vidas e hábitos por narrativas míticas - vi aí os diversos códigos éticos oriundos das tradições, religiões, etc. O Emílio seria o transgressor. O cético, ateu, revolucionário, iconoclasta, que se dispõe a quebrar o grande mito e mostrar que no lugar dele há vazio. Mesmo tendo crédito e influência em seu intento, ele é vencido pelo impetuoso tempo e, grande ironia, converte-se em lenda, regulador e limitador de conduta, para as gerações futuras. Fé religiosa à parte, Moisés, Buda, Zoroastro, Jesus, Maomé - quebraram as crenças de sua época para instaurar novos ensinamentos tendo consciência que outros criariam grilhões do mesmo tipo que eles buscavam quebrar, e em nome deles?
Do mesmo modo, Sócrates, Lutero, Marx, Nietzsche, dentre tantos, imaginariam que eles seriam reverenciados como os ídolos que buscavam desconstruir?
Esse conto me deu muito, muito o que pensar, hehe. Está de parabéns!
Abraços.


Resposta do Autor [Drafter]: Olha aí você lendo todas as minhas Originais heheheh Muito obrigada por ter vindo dar uma chance =]
 
E caramba, que profundo! Que bom que o texto te trouxe tantas reflexões assim! Lendas muitas vezes são resultado da ignorância humana sobre um assunto, e mesmo com o avanço da sociedade, estamos sempre as substituindo e reciclando de uma maneira ou de outra. No caso, pelo desconhecimento do povo sobre o destino de Emílio, ele próprio acabou se convertendo em uma nova lenda.
 
Foi uma bela analogia a sua, sobre como nomes outrora revolucionários acabaram igualmente se transformando naquilo que vieram destruir. Ironias da vida e da História, creio eu. O ser humano adora se agarrar a uma crença, seja ela qual for (religiosa ou não).
 
Beijos e muito obrigada pelo comentário inspirador! Foi legal revisitar essa história aqui!