O que acha que precisa ser melhorado?

Eu particularmente tiraria o detalhe da descrição do hino, acho que ficaria mais "impactante" sem a necessidade literal de redigí-lo. Minha opinião, claro!

O que mais gostou no capítulo?

SEMPRE amo ver escritores do nyah saindo do clichê complexo de vira-lata que tem muito por aqui.

Oi, oi, oi!
Primeiramente, venho te dar os parabéns por escrever uma original contextualizada no Brasil, sobre a nossa realidade. Veja bem, eu não sou nenhuma ufanista maluca ou algo do tipo, mas fico cansada de ver tantos brasileiros exaltando o mundo lá fora e não reconhecendo o valor de se escrever sobre algo que conhecemos, algo que vivemos no dia a dia, algo que acompanhamos... Acho que um excelente ponto de partida para aprendermos a ser bons escritores é escrever sobre o nosso tempo, sobre a nossa realidade. Pra que perder tempo escrevendo originais da mesma garota londrina com coque frouxo que vai no Starbucks? Temos tanto material mais perto, mais realista do que isso, que, invariavelmente, promove uma chance muito maior de se escrever algo com real qualidade... E não mais do mesmo, como se vê aos montes por aí, inúmeras histórias genéricas e vazias.
Adorei o conto, muito mesmo, é muito bom ver não só um pensamento crítico manifestado dessa forma (afinal, nem toda história tem de ser de um mundinho cor de rosa), como uma exposição de algo que ainda acontece no Brasil, essa vivência de extrema miséria, exploração e dia a dia sofrido como o do conto que você redigiu. Inúmeras famílias ainda passam por isso, e não necessariamente nos cafundós do país, mas em grandes estados, de certa forma até mesmo nas cidades grandes! Ainda há favelas no Rio (onde eu moro) com zonas de moradores em condições deploráveis de vida, sem saneamento básico, renda apertadíssima, enfim... Situação à beira da miséria mesmo!
Muito bom ver uma história assim, meus parabéns mais uma vez. Você pediu para mandar uma MP se os seus leitores escrevessem algo sobre o Brasil, mas, se não se incomodar, vou falar por aqui mesmo. Escrevo uma long original contextualizada no Rio de Janeiro nos tempos atuais, com observações cruas e mais viscerais, no estilo do seu conto, mas de outro ponto de vista. Quis escrever a partir da perspectiva de uma garota da elite carioca, porque imaginei que seria mais crível, uma vez que eu mesma pertenço à uma classe média alta. A partir da visão dela, abordo esse tipo de disparidade de renda que existe na cidade, elitismo, machismo, homofobia, age gap, uso de drogas (lícitas e ilícitas), racismo, e outros temas polêmicos... Das agruras que permeiam nossa sociedade brasileira, mas também alguns momentos doces. Não quero que esse review fique sobre mim, de forma alguma, só me senti livre para falar isso porque você mencionou nas notas iniciais.
Meus parabéns mais uma vez! Beijos, e boa sorte com a publicação de seu livro de contos.

Resposta do Autor [Maíra Viana]: Estou com o coração despedaçado, quase literalmente! Escrevi uma resposta para você e, simplesmente, desapareceu! Não enviou por conta da minha internet e quase desisti de recomeçar a escrever essa mensagem. Vamos lá, respira... pronto. Força, Maíra! Hahahaha.
Bom, antes de mais nada, quero te agradecer por deixar claro sua opinião sobre tudo (inclusive da forma que coloquei o hino). Muito obrigada pela sinceridade e pela presença, isso faz com que minhas palavras tomem uma força gigantesca dentro de mim!
Leio histórias desde que eu tinha uns nove ou dez anos, época de orkut que postavam web novelas, você se lembra? Chegou a acompanhar algo? Eu adorava, era divertido! Em 2011 tomei gosto pela poesia devido à um concurso que teve no meu colégio que ganhei em sexto lugar (fico feliz porque era uma competição com mais de duzentos alunos). Em 2012 passei a me aventurar nos livros. E em 2013 embarquei numa viagem maravilhosa nas águas do social spirit, onde tomei a iniciativa de começar a escrever. Nesse tempo que li bastante fanfic, percebi que não me importo se a personagem usar um coque frouxo nos cabelos ou for ao Starbucks. Passei por diversas fases, agora estou naquela de reparar mais no conteúdo do que o lugar que a garota toma café ou o jeito que arruma o cabelo. Vejo muitas publicações nos grupos do facebook de pessoas reclamando dessa mesmice de países, lugares e personagens famosos. Mas o que me incomoda é ver que os leitores estão prestando mais atenção nesses detalhes, do que no que a história quer passar. E o pior é que continua sendo complicado essa questão, já que me deparei boa parte do tempo com sentimentos superficiais. E principalmente daqueles que leem. Acho que está faltando algo dos dois lados, sabe? Precisamos de mais escritores que deem vida àqueles que são calados pela sociedade. E também precisamos de mais leitores que saibam valorizar uma história intensa ou bem pensada. Março de 2014 comecei a escrever a minha primeira história hoje finalizada. Tem traços marcantes das leituras que eu fazia de fanfics, tanto que se passa no Canadá porque era uma fanfic com o Justin Bieber (isso eu escolhi porque era a categoria mais lida no site na época). Mas a minha história vai muito além disso. Do personagem fumar ou da garota ter abandonado a escola. E só não consegue perceber quem não quer. Escrevi sobre uma menina bipolar, explosiva e com leves indícios de esquizofrenia. Com seus momentos de confusão como todos nós temos. Ela é mau humorada às vezes, fala sem pensar em outras. Gente como a gente. Pode faltar muitas coisas nas histórias, mas o que mais me chama atenção é a falta de sentimento na hora de escrever. E, aproveitando a oportunidade, caso você tenha um tempinho, eu adoraria que você lesse essa minha história e pudesse me dizer com muita sinceridade, o que achou. Não sou daquelas que fazem escândalo por uma crítica hahahha.
Me mande por MP a sua história que se passa no RJ para que eu possa ler, já que fui pesquisar e... você tem bastante história, hein? HAUAHAUHAUA "Amor Fati" eu adicionei aos acompanhamentos para que quando eu tivesse tempo, pudesse ler.
A publicação não será do meu livro de contos, mas bem que eu queria que fosse! A editora andross sempre reúne alguns contos selecionados a dedo para que possam publicar. Me deram a oportunidade maravilhosa de participar com dois contos! Esse, Os Esquecidos, fará parte do livro Nanquim, que é com o tema livre. E o meu segundo conto fará parte do livro Marcas Eternas, que é sobre amor. Eu também postei ele, mas está no social spirit. Caso queira ler me avise, estarei à disposição para ouvir seus comentários!
Abraços.

O que mais gostou no capítulo?

"Eles viam a morte observá-los e depois, ir embora. Temiam a próxima visita."

Esse trecho me tocou, pois retrata a realidade de muitos brasileiros - e de pessoas ao redor de todo o mundo também -, e nos faz pensar o que estamos fazendo para que isso seja mudado. Sua escrita realmente me fez refletir sobre a realidade em que vivemos, e sobre o quão gratos nós devemos ser por ter o que temos. Parabéns, fico feliz de saber que seu conto estará em um livro em breve. Você merece!

Resposta do Autor [Maíra Viana]: Olá, Leonardo! Como vai?
Caramba, muito obrigada por ter passado por aqui e lido o meu conto. Fico extremamente feliz com a sua visita (de verdade)!
Exatamente, não somente dos brasileiros, mas de pessoas ao redor do mundo. Gratidão eterna por ter entendido a mensagem e guardá-la em ti. Agradeço também por apreciar minha escrita e por alegrar-se comigo pela publicação!
Apareça mais vezes nos meus rabiscos, adorarei tê-lo por perto.
Abraços!

Maíra Viana