Comentários em Schadenfreude

Kisa

22/05/2015 às 20:00 • Capítulo Único - Schadenfreude
Ai Arth eu to escrevendo um textão de facebook (porque eu tô escrevendo no facebook mesmo e pensando se eu posto o texto aqui ou posto por lá).
Acho que vou postar aqui também.
Não sei bem mas eu quero falar lá e falar aqui a mesma coisa [???]
Eis o que escrevi:
""As pessoas. Cada uma delas. Cada uma das máscaras que exibem, da fraqueza do pensamento, da ausência de singularidade. Da forma com que a sociedade reprime, corrompe. Destrói. Você adia tudo. (...) Para perceber que não deveria ter guardado expectativas." - Arth Passos.
Quando eu li esse conto do Arthur eu fiquei imensamente impactada com cada palavra e achei ele estupendo por si só, mas essas palavras me pegaram bem de surpresa. Foram bem lá no fundo. As malditas expectativas.
Não que você esteja esperando muita coisa, você já sabe como as pessoas funcionam, como você mesmo funciona, mas de uma outra para outra, resolve criar esse monstro dentro de você chamado Expectativa. Aí fodeu com tudo.
Você projeta dentro de si mesmo um zilhão de trilhão de Expectativas, você acende uma pequena vela chamada "Esperança no Final" pra quando o final chegar, ver que as expectativas eram furadas e a esperança já morreu e você ficou só.
Você ficou só com você mesmo e ainda bem que você ainda existe, porque alguém vai ter que recolher os cacos que sobraram da sua existência e não tem outro que fará isso por você se não for você mesmo.
Recomeçar é uma merda.
Já demora tanto pra chegarmos num ponto da vida onde vivemos razoavelmente com estabilidade emocional pra ter que ficar recomeçando e recomeçando e tentando novamente..................
Cansa mais ainda ver que os outros nem fazem um esforço. Cansa mais você olhar as suas ações e ver que só você está tentando manter algo que nem tem nome mais, mas que por um motivo, te faz sofrer muito."
Acabaram minhas ideias.
Mas era isso mesmo.
Arth seu texto me faz refletir umas paradas que me abriram osa olhos para algumas situações da minha vida, então fica aqui o agradecimento, até pela dedicatória nas notas ♥3


Miriam Mello

06/06/2015 às 01:40 • Capítulo Único - Schadenfreude
Socorro, achei sua Fic muito PERFEITA.
Com um toque de Martyrs e Chat: a sala negra.
Martyrs pela tortura, forma de auto-punição para um "bem maior", acredito eu, que você já tenha visto o filme, mas se não viu, veja.
E Chat:a sala negra por causa do suicídio, a forma com que ele queria que ela se matasse, a parte de segurar a arma pra apertar o gatilho e BAM. Os pensamentos se misturando ao Martyrs.
Enfim, como eu amo coisas gore e depressivas, não preciso nem dizer que amei, né?
PERFEITO!


Resposta do Autor [Artie Passos]: Heeeeey Miih! Como estás? Espero que esteja tudo bem contigo! :D

Ahahaha! Não nunca assisti nenhum desses dois filmes. Martírio é a palavra certa pra esse conto, como acontece com a própria Clarice no final. Suicídio é uma coisa complexa e temerária por todas as partes, um verdadeiro tabu.

Quais são as linhas levadas em consideração antes de ser feito um sacrifício? Quais são as linhas que determinam nossas escolhas e nossas influencias?

Fico muito feliz que tenha gostado de meu conto.

Um beijão.
~~~Arth


Ami Ideas

07/07/2015 às 09:05 • Capítulo Único - Schadenfreude
Olá Arthur.
Foi uma surpresa boa pegar a tua One como a primeira a ler, pois logo de início temos um título incomum (A meu ver.) e que faz com que o leitor se interesse por algumas respostas. Eu pessoalmente sou curiosa o suficiente para pesquisar, e procurar saber o significado, encontrando uma complexidade no assunto, que me deixou ainda mais entusiasmada para ler. E ha! Uma palavra que claro vai permanecer em meus lábios, permitindo assim associa-la sempre a tua história. Legal, não?
O início do teu texto, é bom. É tenso, forte e agarra qualquer um com as questões nele contidos. Por muito que a pessoa não queira, acaba sempre por responder mentalmente e a se imaginar em algo parecido. E com aquelas frases bem compostas, e os trechos que muito bem se seguem, crias logo a conexão entre o Autor/Leitor difícil de ser quebrada, uma vez que os olhos e a mente vão querer percorrer vivamente até ao fim da história.
A tua escrita é impecável, um e outro acento fora de mão me chamaram atenção, tal como a forma como terminas o diálogo com um Travessão no fim; Isso para mim quer dizer que vai haver uma continuação do personagem que fala, mas a seguir começas o diálogo de outro personagem, deixando aquele outro lá em cima, perdido e sem função. Acredito eu, que um ponto baste. (Se for uma outra forma de organização de texto e diálogos me avise.)
É incrível como que é uma One tu conseguiste criar personagens tão profundos, bem desenvolvidos, tudo bem elaborado. Foi uma surpresa inquietante a medida em que eu ia lendo e entrava na mente de cada um deles, sentindo as angústias, e as dores. A narração dos diálogos são bastantes ricos, cheios de uma forma quase poética, melancólica e poderosa. Foram muito bem desenvolvidos, cada palavra, cada encaixe, tudo perfeito para que o leitor mergulhasse por completo.
O Desenvolvimento continuou num ritmo ainda mais voraz, cheguei a desejar que não fosse apenas um capítulo. Sinto como se Jensen ainda vai atrás da Clarice. As surpresas do enredo no final foram espetaculares, uma reviravolta de tirar o fôlego. Confesso que eu estava a torcer para que ela atirasse nele, e ao mesmo tempo senti um misto de alívio por saber que ele não morreu.
Os nomes em outras linguas, a menção da música One more night de Phill. As descrições, tudo, tudo perfeito para uma história de sucesso.
Parabéns,
Mia.


Resposta do Autor [Artie Passos]: Oi Mia! Nossa, tive que tomar coragem extrema para repsonder esse seu comentário. Poxa vida, fiquei tão deslumbrado com tamanhos elogios que tornou-se dificil de clicar em responder, e ter algo ao alcance.
Os temas propostos neste conto são coisas que permearam em minha mente por muito tempo, cada proposta, cada sentimento, cada palavra. São expressões de minha alma. Uma forma de transcrever de forma trágica a minha visão de mundo. Através do Jensen e da Transformação da Clarice em um monstro sem nome, como o narrador era antes de "morrer" e retornar como Jensen.
Pessoas se machucam, e tendem a puxar, como um imã, outras pessoas machucadas. Minha experiência trouxe pessoas assim perto de mim, ouvi suas angústias, seus medos, e trouxe os para mim. Absorvi e transcrevi em meio deste texto. Por mais que ele, seja um conto, ele é muito pessoal, e fico realmente feliz por você ter gostado de seu desenvolvimento. E muito mais feliz pelo seu comentário sincero. :D

PS: Phil Collins é vida. :)

~~~Arth


Deschain

29/08/2015 às 15:46 • Capítulo Único - Schadenfreude
"Às vezes uma boa história fica ruim porque não estamos na hora de apreciá-la ainda. Às vezes uma história péssima te conquista porque representa tudo o que você precisava ouvir."
Eu não tenho como apreciar sua história. Apesar de concordar parcialmente com algumas coisas que você escreve no texto, no geral o ponto de vista não faz parte da minha realidade, do meu convívio social e do que consideraria como lógico. Eu não consegui internalizar, porque são ideias contraditórias às minhas crenças, então a história se tornou superficial.
Ainda assim, você despertou um certo horror em mim. São condições que tenho plena consciência que podem, sim, atormentar algumas pessoas e aí que está o horror: pensar em como algumas pessoas precisam lidar com esse tipo de pensamento diariamente e saber que algumas delas escolhem tirar proveito do sofrimento alheio como uma espécie de autopromoção. Imaginar que esse show de horrores acontece porque alguns escolhem esquecer a própria dor se alimentando da dor do outro.
Se fosse uma história com x prendendo y e tentando usar de psicologia reversa para obrigar y a se matar, mas y mata x, não teria o que reclamar e talvez até gostasse. Mas como sua história é baseada num ponto de vista específico e no desenvolvimento de uma certa ideologia enraizada nas personalidades dos próprios personagens, eu realmente não tenho como dizer que "gostei".
Apesar de não ter gostado da história, sua escrita é legal e quanto a técnica você não deixa a desejar de forma alguma. É uma pena que eu não tenha como apreciar sua história. Peço desculpas por isso. Gostaria de pelo menos acrescentar em algo com o comentário, mas sua escrita não precisa de acréscimos e, como já expliquei, quanto a história eu não posso mesmo opiniar (não do modo que foi abordado).
Espero que o comentário não te chateie e que fique pelo menos como experiência, como prova de que nem sempre o leitor vai escrever coisas boas (embora espero não ter escrito nada ruim) ou que talvez é melhor ter um leitor fantasma a alguém que comente para reclamar (embora não tenha escrito com esse intuito).
Por favor, não desanime e continue escrevendo. Se por acaso escrever alguma coisa um pouco diferente dessa linha e quiser, pode me mandar que lerei com o maior prazer.
(E pensar que eu estava esperando para ler essa sua história entre todas as outras porque adorei o título... Foi como um tapa na cara, mas até isso tem lá seu mérito, certo?)


Resposta do Autor [Artie Passos]: Nossa, 13 dias atrás, me desculpe. Não estive olhando o Nyah por um bom tempo. Bem, eu entendo que você não tenha se "identificado", não que você precise se identificar com alguma coisa quando lẽ um texto.

Escrevi esse conto como tratamento de minha depressão, então assim como você falou, é um choque de valores. Sim, suicídio, controle e o próprio sentido que é Schadenfreude, são termos complexos e não são felizes.
Eu nunca iria escrever uma história que seguisse padrões básicos de narrativas x, y e z. Tanto pois a vida em si não possui sempre finais felizes.

Durante a narrativa tentei focar na destruição de uma personagem (Clarice) para que ela se tornasse tão fria e vazia quanto o próprio personagem principal (Jensen). E no final, ele tivesse a sua redenção, passando pela própria experiencia de risco de morte e sobrevivesse.

Um suicida possui muito disso, ao falhar em sua tentativa, e posso dizer isso por experiência própria, acaba encontrando um valor na vida. Mesmo que esse valor seja distorcido pela própria percepção errõnea.

Fico feliz por você ter comentado, e de maneira nenhuma achei esse review ruim. Pelo contrário, mostrou que ainda existem pessoas que sabem apreciar um texto, e manter o caráter de escrever de maneira educada, sua devida opinião.
Obrigadão e até mais ver, ou não.
~~~Arth


Farfalla

15/09/2015 às 18:05 • Capítulo Único - Schadenfreude
Eu parei em frente à essa caixinha e pensei: eu não sei o que comentar. Basicamente, a minha mente está vazia, fui meio possuída pelo Jensen shaushauhsau mds, credo.
Ok.
Por mais que tenha sido uma vertente possível, talvez até óbvia, por algum motivo o teor desse conto me fez pensar que Clarice realmente tinha se matado. Não sei, talvez porque eu mesma não teria tido a coragem dela? Não imagino que teria força àquela altura do campeonato. E então, minha mente se dividiu em duas teorias: ou ela teria se infiltrado ali com motivos maiores desde o início, ou ela se tornaria a mesma coisa que Jensen. Cheguei até a imaginar que talvez fosse uma sucessão, aquele que matava seu cárcere, passava a se tornar o futuro naquele "cargo". E aí o que acontece? Clarice não é e não se torna nada disso, e vai saber se conseguiu fugir ou morreu ali mesmo na chuva, coitada. E o desgraçado tá vivo! kkkkkkkkkk
Um texto que, além de toda a profundidade, e o assunto delicado, ainda conseguiu me surpreender, independente de tudo que tentei imaginar para o fim.
E é assustador de uma forma muito pessoal (avá, qual a ideia do terror psicológico, Vanessa? hauaha), porque, de fato, nós só fazemos tudo todos os dias com a certeza única de que morreremos no fim, e então tudo que foi feito e construído será deixado para trás. Às vezes titubeamos, ao pensar que realmente não há sentido em seguir um dia atrás do outro, mas então nos forçamos a desviar o pensamento desse buraco negro que tenta nos absorver, e mentimos para nós mesmos que estamos satisfeitos em continuar seguindo sem qualquer rumo.
Já deu pra notar como esse texto me tocou? Eu gosto da forma nítida como escreve, a mente deturpada dos seus personagens é extremamente humana. "Mas, Vanessa, você tá dizendo que essa gente psicopata, sociopata e sei lá mais o que 'pata', sádicos ou masoquistas, são simplesmente humanos?" Bem, eles são simplesmente humanos XD mas quero dizer que todos os dias nós somos machucados e machucamos, exatamente como a Clarice falou, e talvez devêssemos pensar que não existe tanta diferença assim entre ferir as pessoas física ou psicologicamente, antes dizer/fazer certas coisas, entende?
Eu dei uma divagada kkkkkk mas enfim, acho que é isso que o seu texto faz conosco: impulsiona o pensamento.
Quanto à estrutura textual e todas aquelas coisas chatas da língua portuguesa, eu vou admitir que vi deslizes, talvez uns trechos confusos e mudanças de tempo verbal. Mas não vou entrar em detalhes, se quiser ajuda com isso, tem meu facebook e número de telefone u.u suahsuahs
Parabéns pelo conto, e desculpa por demorar séculos para ler, terminar de ler, e enfim comentar :3
Beijinhos ♥


Resposta do Autor [Artie Passos]: Ahahahah! Desculpe a demora em ver seu comentário Nessa.
Esse conto foi realmente trabalhoso em discernir o âmago de uma pessoa depressiva. Eu estava em uma fase trabalhosa de reabilitação quando comecei a escrever esse conto.

O Jensen era um monstro, e sofria com um vazio insuportável. E ele agia como um predador, tentando preencher esse vazio e transferir essa maldade para outra pessoa. E por um lado, você estava certa, ele meio que muda.

Após o tiro Clarice entende a raíz de todo o mal tornando-se vazia, tanto quanto Jensen, que começa a tratar a si mesmo na narrativa pelo nome, do que pelo monstro sem nome do começo do conto.
Sobre o que acontece com a Clarice depois daquilo, bem, isso fica pela sua imaginação. Eu fico a pensar a vezes numa continuação, onde Jensen se torna uma espécie de Deus do Das Seil, e Clarice sua justiceira.

Mas justiça não entra neste contexto, apenas todos eles são pessoas machucadas, quebradas e egocentricas. Com problemas maiores que suas mentes pequenas podem conter. E dentro de suas antipatias e de suas psicopatias, são meros humanos fracos e solitários.

Uma amiga me disse que esse conto, trouxe idéias pesadas sobre o que esperar pelas pessoas e pude perceber que em você também. E isso me deixa muito feliz, pois dentro de toda essa história de perdas e sofrimento. Tortura e Insanidade existe um pouco de filosofia sobre a humanidade. :)

Enquanto aos delizes, bem já deixei bem explicito que não escrevo em português meus contos para você. E acredite em inglês fica bem melhor do que já está. :P

Obrigadão pelo Review e desculpe novamente pela demora.
Abração e um beijo Maninha!

~~~Arth


Siegrfried

29/10/2015 às 22:11 • Capítulo Único - Schadenfreude
O que acha que precisa ser melhorado?
Nada

O que mais gostou no capítulo?
Tudo

Cara, como sempre você sabe arrancar as sensações mais pútridas de nossos âmagos e expô-las nesse ambiente doido que é a internet. Eu já havia lido Schadenfreude antes, quando ele ainda era só um protótipo. Ver a conclusão agora, me deixou assim, tipo... Cara, eu conheço um gênio e eu estou diante de uma obra-prima.
Definitivamente esse foi o melhor que li até agora. Os teus outros contos estão espetaculares, incomparáveis, mas para esse tio chato aqui, Schadenfreude sempre será o mais incrível.


Resposta do Autor [Artie Passos]: Sim. Fernando você sabe mesmo como agradar né, seu tiozão chato. (Isso porque temos quase a mesma idade, então somos juntos dois tiozões chatos. ;])

Este conto foi o ápice de expurgo criativo que pude ter, embora existam pessoas que critiquem o teor de opressão, amargor e ódio contidos dentro desse conto. O que eu não acho que esteja errado, afinal, esse conto é para atingir, reprimir, causar repulsa, do que alegrar ou passar uma mensagem positiva.

Cada dia enquanto eu me aprofundava mais na depressão, na auto-destruição, fui forçando diálogos que tratassem sobre o caso, para dar um tom real, no Jensen e na Clarice. Toda pessoa que um dia já pensou em se matar, ou ainda pensa e está preso aqui por covardia, ou por algum grilhão que o prende neste mundo, identificaria-se com o Jensen e seu propósito de transpor, ultrapassar o limite da sanidade e da vida.

Desafiar a morte e encarar um renascimento a partir da falha de uma tentaiva de suicídio. Ou morrer tentando.

A transformação da Clarice num ser sem nome, e do ser sem nome no Jensen, foi o ápice deste conto, onde pude expor meus medos e transformar uma de minhas criações em uma sombra, um doppelganger de minha essência negativista, enquanto outro personagem, ascendia como um novo ser. Além do bem e do mal.

Todos nós temos nosso Jensen e nossa Clarice, nossa dualidade ética e moral e cabe a nós decidirmos qual o caminho trilhar. Quis deixar bem claro isso.
E é óbvio que você entendeu. Não é mesmo?

Obrigado por ler e comentar Fernando! :)
Abração!
~~~Arth