nywphadora

08/03/2017 às 13:52
Eponine tem a grande habilidade de unir personagens de Harry Potter em contextos que ninguém nunca imaginaria escrever. Hoje, 8 de Março, dia da mulher, ela resolveu fazer a mesma coisa. Bruxas sendo queimadas na fogueira, morrendo nas mãos de homens doentes de ciúmes ou mesmo bruxas sentindo-se intimidadas pela maioria machista. Histórias cotidianas, que podem acontecer com sua vizinha, sua irmã, ou qualquer mulher que conheça, mesmo que só de vista, e histórias que só acontecem no mundo bruxo. Antes de bruxas, mulheres que sofreram por ser simplesmente o que são: mulheres, mas não mantiveram-se caladas, elas provaram o seu valor.

JPetit

10/03/2017 às 11:57
A excelência com que Eponine cria suas narrativas não me surpreende. O que me surpreende todas as vezes em que as leio é o sentimento que transborda de mim, vulgarmente são lágrimas. Suas histórias conseguem vir de algum lugar da autora que é completamente desconhecido por seus leitores e ao mesmo tempo intensamente familiar, para quem sente similar. 8 de março não é uma data comemorativa. Eponine transporta nossas personagens femininas BRUXAS, (transporta-nos e transporta-se) como a mulher que se levanta, DEMOLINDO com socos os muros de homens (de racismo, de violência, de sexualidade compulsória, de id de gênero cegas com nomes revolucionários), [reforçados pela manutenção social], para alcançar sua excelência. E alcança. Se levanta. Ainda que os socos tenham destruído suas mãos, seu psicológico, sua vontade, Eponine evidencia com maestria a nossa história: sangrenta. Eponine alimenta esperança: nos levantemos.