Talismã escrita por ALima


Capítulo 11
Capítulo 11 - A decisão


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas. Como disse, vou tentar postar com mais frequencia a fic agora nas férias.
Quem tá curioso com a decisão da Amber?
Acham que eu mereço reviews? Pleeeeeeeeease *--*.
beeijos e curtam o capítulos.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/99919/chapter/11

- E-eu... Eu aceito. –disse rapidamente. Na verdade, eu queria dizer “Não, eu não aceito. Não quero o mundo nas minhas costas, não quero lutar numa guerra com proporções tão catastróficas, para a qual nunca fui preparada”. Mas o que mais poderia eu dizer? Não? Não era isso que esperavam de mim. Se eu fui designada pra ser esse tal Talismã, nada mais justo do que cumprir minhas obrigações mesmo que não as quisesse.

- Bom, então acho que podemos começar não é mesmo? –disse meu “pai”.

- Sim.

- Nós teremos que ir embora? –perguntou minha mãe.

- Apenas se quiserem. Sintam-se a vontade. Bom, Amber gostaria de conversar com você na minha sala, mostrar-lhe um pouco mais da família.

Nós entramos no enorme escritório, que seguia um pouco os padrões de toda a casa. Um grande carpete cobria toda a área, uma estante enorme ocupava duas paredes e uma enorme mesa com uma daquelas cadeiras de couro ficavam no centro, na frente de uma enorme janela com visão para toda a aldeia, deixando o ambiente iluminado. Ele apontou pra uma cadeira em frente à mesa e andou por uma das enormes prateleiras pegando um livro enorme e meio velho.

- Então, Amber. Suponho que conheça um pouco de nossa história.

- Bom, eu li em algum site sobre a lenda de Admudstah, mas não sei se é real...

- Sim, é real. Tudo começou pela perseguição terrível de Admudstah pelos seres sobrenaturais. Depois, nossa dinastia sofreu algumas mudanças, como o gene vampiresco, que veio quando o seu antecessor como Talismã, Jean Swank, escolheu o lado do mal, mas desistiu de ultima hora, e então foi amaldiçoado com a maldição vampiresca.

- Uh... E lá falava também sobre a jóia talismã, sobre estar perdida...

- Sim. Sabe-se um pouco de sua localização. Acredite Amber, quando soube que você tinha nascido, logo soube que era o Talismã. Tinha algo que me mostrava isso... Procurei durante todo esse tempo a localização exata do Talismã, e acredito que sei a localização, mas apenas você pode resgatá-lo.

- Espera... Então você sabia da minha existência?

- Sabia Amber.

- Então porque me abandonou? Aliás, agora eu quero saber qual é a minha história, que eu nunca soube muito bem.

- Bom... A mulher que eu conheci, Lisa, sua mãe, foi um amor que eu tive há alguns anos. Estava tão perdidamente apaixonado que nem me lembrei daquela outra parte da maldição, de que poderíamos apenas ter um filho. Então um dia ela me contou que estava grávida. Ela não sabia de nada sobre mim, quero dizer, sobre eu ser vampiro ou algo assim. Eu confesso que fui um covarde e fugi, e como tinha passado meus genes vampirescos para você, assim que nasceu você tentou morder sua mãe, em busca de um pouco de sangue. No começo ela relevou, mas então você se tornou uma criança extremamente agressiva, chorando muito e mordendo-a sempre. Ela, em um ato de desespero, te embrulhou e deixou-te em um rio nas proximidades da cidade. Dou graças por eles terem encontrado-lhe. Eles lhe educaram muito bem, e você se tornou uma boa pessoa. – disse ele. Tentei me controlar, controlar minhas emoções, mas meu estômago se revirava por tantas coisas para digerir. – Agora, Amber, teremos que começar com os treinamentos, e iremos atrás do talismã também. Aliás, esse é o primeiro passo, mas quero ensinar-lhe algumas coisas antes: como usar uma espada e um arco e flecha. Você precisará disso.

- Quando iremos?

- Amanhã mesmo, se não tiver problema. E esqueci-me de outro detalhe: Pra conseguir o talismã e tudo mais, a partir de agora você tem que aceitar que é Clarisse Swank.

- Esse é o problema. Não quero ser Clarisse, quero ser Amber.

- Assim não chegaremos a lugar nenhum. Esse é um preço a se pagar, querida.

Sem ver outra saída, aceitei. Agora sou Clarisse Swank.

- Eu aceito. –disse.

- Ok, então feche os olhos, concentre-se na escuridão recém-formada e repita como: Eu, Amber Adams, aceito ser minha verdadeira pessoa, Clarisse Swank, sabendo de todos os riscos e lutas que terei pela frente, prometendo lutar com todas as minhas forças concedidas através do talismã. Peço que me guie no até o caminho de meu amuleto.

Repeti todas as palavras, colocando certeza naquilo. Levei tempo, mas convenci-me de que eu tinha que cumprir tudo isso mesmo não querendo, pois tinha sido designada. Assim que terminei, um frio desceu em minha espinha, e eu me senti mais forte. Abri meus olhos e vi meu “pai” sorrindo confiante.

Ele me acompanhou até a saída do escritório, e disse que iria arrumar um pouco de sangue animal pra mim.

- Mesmo assim, Clarisse, acho que você tem que tomar um pouco de sangue humano. Deixará-te mais forte.

- Não sei se...

- Um pouco a cada dia. Prometo que não irá te viciar.

- Ok, vou tentar.

Fiquei conversando com meus pais, Valéria e Paul, enquanto meu outro pai saia para arrumar alguma caça.

- Então realmente não é mais Amber? –disse minha mãe com um visível desapontamento.

- Não tive escolhas mãe. Tive que aceitar isso. Mas jamais deixarei de ser Amber Adams, no fundo. Vocês me criaram e educaram assim. Sou feliz sendo quem sou.

- Fico feliz por ouvir isso, bebê. –disse meu pai. Abraçamos-nos fortemente e então meu “pai” chega com um leão da montanha morto em seus braços.

- Todo seu, Clarisse.

Sorri e tomei todo aquele sangue. Confesso que estava com muita sede.

- E uh, tem mais. Não sei se você gosta de cavalgar, mas acho que é necessário aprender.

- Eu nunca andei de cavalo, sabe, mas acho que tenho um pouco de experiência, afinal meu pai sempre me deixava correr em suas costas quando estava como lobo.

Eu ri, quando lembrei-me daquilo.

- Já estamos aqui há tempo demais. Vamos lá pra fora, irei te apresentar seu novo companheiro.

Fomos lá pra fora, rodeamos a casa e avistei um pequeno estábulo coberto, onde estavam dois cavalos, muito, muito bonitos e bem cuidados. Um deles era branco e o outro era marrom bem claro, quase um tom de caramelo.

Meu “pai” logo caminhou para dentro do estábulo e deu palmadinhas nas costas do cavalo marrom.

- E então, o que pensa de seu novo companheiro?

- É meu?

- Apenas se você quiser.

- Claro que sim... Como é o nome?

- Hunter.

Aproximei-me do cavalo e fiz carinho em sua crina. Ele parecia gostar de mim.

- Olá, Hunter. –disse manhosa. – Como vai garotão?

- Tome. Dê um pouco pra ele e ele logo deixará você montá-lo. –disse entregando-me algumas cenouras, as quais eu dei para Hunter.

Calcei um par de botas que estavam lá, e ficaram um pouco grandes e montei em Hunter pra dar uma voltinha pela colina recém-coberta pela neve. Tentei esquecer-me de tudo o que passara nesse longo dia passado na Sibéria e tentei memorizar as belas paisagens desse lugar, que se tornará meu lar por algum tempo.

Nos dias que se seguiram, comecei meus treinos. Comecei com a meditação, cavalgada, espada e arco e flecha. O próximo passo é recuperar o Talismã, e esse dia estava próximo. Muito próximo, diria eu.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? amaram? Odiaram?
besos



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Talismã" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.