Desafiando a Gravidade escrita por LinaFurtado


Capítulo 13
Eu te amo, inferno!


Notas iniciais do capítulo

Ounnn eu ADORO esse capítulo! *-* E espero que vocês também, lógico! haha
Boa leitura! ;)



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Capítulo 13. Eu te amo

Não queria ir à escola hoje, em especial porque estava com uma preguiça enorme de me levantar da cama, mas Edward não deixou e veio me buscar cedo para irmos juntos, pois ele queria me mostrar um lugar depois da aula. A única pela qual agradecia era por hoje ser sexta-feira.

Me ajeitei rapidamente e desci para tomar meu café.

Tinha uma coisa que não conseguia me acostumar: Como tudo ficou tão alegre nesta casa. Era como se a luz que há muito tempo estava apagada, estava novamente acesa, sentia que Edward era essa luz. Não pude deixar de sorrir ao vê-lo sentado no sofá da sala conversando com Esme que estava super animada.

-Minha Bellinha é linda mesmo. – Escutei-a dizer.

-O quê que tem eu? – Estava implorado por eu ter escutado coisas.

Edward se levantou e sorriu para mim.

-Oi, amor. – Deu-me um beijo de leve que me deixou super corada por termos tido Esme como platéia.

-Ounnn! Vou deixá-los a sós. – Sorriu e subiu as escadas.

Olhei-a ir embora e franzi o cenho a Edward. Ainda sentia meu rosto quente.

-Por que fez isso?

-Isso o quê? Beijar a minha namorada? – perguntou risonho.

Mordi o lábio. Não havia me acostumado com a idéia de que agora eu tinha um namorado, era estranho falar isso.

-Não. Me beijar na frente dos outros, sabe que eu fico sem-graça.

-Eu sei e adoro ver o vermelho no seu rosto. - Afagou o mesmo.

-Argh! – Ignorei-o e caminhei até a cozinha, com Edward junto.

Encontrei Alice sentada na mesa com uma carinha de sono e de cansaço incrível. Me servi e me sentei a mesa, na sua frente. Edward se sentou também, mas ficou nos olhando comer.

-O que aconteceu para você estar com essa cara? – perguntei dando uma mordida na minha torrada.

-Só estou cansada. – disse simplesmente. Virou-se para Edward com um sorriso. – Como vai, Edzinho?

-Alice, já pedi para que não me chame desse jeito.

-Eu sei, mas eu ignorei.

-Baixinha. – disse a ela.

E aí se iniciou uma série de trocas de elogios até eu terminar e irmos para a escola. Ao que parecia Alice iria mais tarde e, não perguntei por quê. A manhã não podia ter passado mais lentamente. Todos os olhares agora eram para cima de mim e de Edward.

No intervalo, Emmett não poderia me deixar passar.

-Bellinha de namorado! – Senti minhas bochechas queimarem ao me sentar a mesa em que estavam todos; Alice, Emmett, Rosalie e Jasper.

Todos riram ao ver a vermelhidão se espalhar pelo meu rosto.

-Só ignore, Bella. – Confortou-me Jasper.

Aceitei o conselho, mas não foi o suficiente para fazer Emmett parar.

-Sabe, Bellinha, agora que tem um namorado e está sociável, podíamos fazer algo juntos, como... Ver um filme em casais. – Jogou-me uma piscadela. – É uma pena que Alice e Jasper estejam sem ninguém...

-Emmett! – Alice reclamou. – Não estou sozinha, é uma opção minha! – Se defendeu.

-Concordo totalmente com Alice. – disse Jasper.

Era estranho vê-los assim. Sempre imaginei que Alice e Jasper tinham algo, mas ao que parecia ao observá-los era que se gostavam mais do que uma simples amizade, então por quê... Argh! A quem eu queria enganar! Não sei nada sobre relacionamentos e, o que sei, só se refere a mim e Edward.

Só que mesmo assim...

Alice agora estava de cabeça baixa e parecia um pouco tristinha para o seu normal e Jasper parecia um pouco desconfortável, sem deixar isso transparecer muito bem, só que eu consegui notar.

-Certo... – Emmett cantarolou. – Mas só se for por causa de vocês mesmo, porque você não querem ficar jun...

-Emmett, chega. – Rosalie o calou. Era a primeira vez que eu a via falar ali depois que comecei a me sentar junto deles.

-Por quê, amor? – Virou o rosto na direção dela e ela segurou seu rosto fazendo-o fazer um bico, antes de beijá-lo rapidamente.

-Porque você fala muita besteira, meu querido. – Sorriu para ele.

-Ah! – Revirou os olhos. – Podemos fazer outra coisa, se quiser... – Emmett falou com malícia, se aproximando dela e puxando com tudo para ele antes de tascar-lhe um beijão.

Me senti invadindo um momento dos dois ao olhar, por isso virei o rosto para o outro lado, encontrando Edward rindo e me olhando.

-Que foi? – perguntei baixo.

-Você é boba demais. – disse simplesmente.

-Por quê?

-Porque é. – Entrelaçou sua mão na minha.

-Não sou não. – disse birrenta.

-Humm... – Se aproximou de mim deixando-me tonta com sua aproximação repentina e me fazendo me esquecer de onde estávamos assim que ele me beijou.

Sua mão foi para trás da minha nuca, puxando-me para mais perto. Seu beijo era doce e delicado, além de super romântico, me aproveitei da situação, lançando-me ainda mais para ele...

Escutei um barulho de cadeira se arrastando, mas não liguei, só fui notar e lembrar o que estava fazendo e onde quando escutei Emmett limpar a garganta. Afastei-me de Edward rapidamente, mordendo o lábio de vergonha. Podia sentir novamente meu rosto ganhar a coloração avermelhada.

Edward passou a mão nos cabelos bagunçando-os. Agora reconhecia quando ele fica com vergonha também, sempre passava a mão no cabelo e também ficava vermelho, mas não como eu.

Olhei em volta da mesa e não achei Alice, Emmett ria, Rosalie estava com uma cara esnobe e Jasper parecia procurar por alguém.

-Onde está Alice? – Edward perguntou tirando o assunto rapidamente de cima de nós.

-Ela saiu sem falar nada. – Jasper respondeu de cenho franzido. – Alguma coisa aconteceu.

-Cara! Vocês tinham que ver a escola toda ver vocês dois se beijando. – Emmett ria estrondosamente. – As caras deles eram espantadas!

-Vou atrás de Alice. – Me levantei, pegando a minha mochila. Edward me segurou pela mão.

-Na saída me espere no meu carro.

-Certo. – Ele me soltou e fui atrás de Alice. Saí do refeitório, ignorando ou pelo menos tentando ignorar os olhares que me jogavam. Fui andando pelos corredores e olhando através das janelinhas que as portas tinham. Concluí que se tivesse algo errado, ela deveria estar no banheiro, sozinha.

Entrei no banheiro mais longe do refeitório, imaginando seu caminho.

Acertei.

Escutei um choro baixo vindo da porta que tinha um chuveiro no banheiro. Fui até a porta que estava trancada, soltei minha mochila no chão e me sentei ao lado da mesma, em silêncio.

-Quem... Está aí? – Alice fungou.

-Eu. – respondi simplesmente.

-O que está fazendo aqui? Quero ficar sozinha. – disse baixo, mas consegui pegar.

-Quero saber o que você tem. Está estranha ultimamente, Ali.

-Nada.

-Eu te conheço melhor do que ninguém, então não me venha com essa. Por que saiu correndo do refeitório? Foi por minha culpa e de Edward? Por nós termos nos beijado?

-Não! É só que... Ah! Deixe para lá! Isso é ridículo! – Destrancou a porta e saiu, me olhando de cima, franziu o cenho. – Por que está sentada no chão?

Dei de ombros.

-Porque isso podia durar o dia todo. – Observei seu rosto vermelho, juntamente como seus olhos, por causa do choro.

Alice ajeitou a bolsa no ombro e foi até a pia, molhando o rosto. Me levantei e fui até ela, me encostando na pia.

-E então, o que aconteceu? – Voltei a perguntar.

-Nada. Besteira, na verdade.

-Sendo besteira ou não, seria bom saber o que está lhe incomodando. – Coloquei minha mão em seu ombro. – Não precisa se quiser, mas será melhor. Garanto.

Alice me olhou e seus olhos foram voltando a ficar vermelhos, e ela me abraçou querendo que eu não visse isso. Retribui seu abraço, fazendo-lhe carinho. Alice é como se fosse a minha irmã, e de algum modo, me sentia responsável por ela, como se eu fosse a mais velha, a que teria que cuidar para que nada a machucasse.

Começou a chorar novamente, só que desta vez sem se importar. Senti minha blusa molhando, mas não ligava, a prioridade ali era ela.

-Ah, Bella! – Fungou. – É o Jasper!

Sabia.

-O que tem ele? – Me fingi de burra.

-Ele... – Se afastou um pouco para poder me olhar. – Na minha festa de aniversário, nós ficamos...

Arregalei os olhos. Dessa parte eu não sabia e ela também nem tinha me contado! Não que eu ligasse para essas coisas, só que não estava acostumada em ver Alice esconder algo de mim, sempre fora totalmente aberta. Pulei essa parte e segui prestando atenção no que ela dizia.

-Só que depois disso, nós dois resolvemos que talvez tivesse sido um erro, por sermos melhores amigos. Talvez pudéssemos termos confundido o sentimento amizade do amor ou atração, sei lá... – Fungou mais uma vez, contorcendo o rosto. – E desde aquele dia... Não tiro ele da cabeça, porque, realmente, eu estava com medo de estragar a nossa amizade se isso não desse certo, mas toda vez que o vejo parece que tem algo no meu cérebro, como um comando, que manda me beijá-lo ou estar colada nele... Só que eu não posso!

Voltou a m e abraçar e chorar.

-Porque não diz isso a ele?

-Porque eu tenho medo de não ser recíproco o que eu sinto por ele. – Puxou o ar. - Eu descobri por volta desses dias que gosto muito dele, mas do que simples amizade, mas não sei se é o mesmo com ele... Argh! Como isso é difícil! Como o medo da rejeição é irritante!

Passei a mão em seus cabelos repicados.

-Ali, posso te afirmar que ele sente o mesmo por você.

Ela se afastou e me analisou com o cenho franzido.

-Como pode ter tanta certeza?

-Sempre achei que você tivessem tido alguma coisa, por causa de suas reações, acho que era por causa de como agiam um com o outro, com afeto, carinho e, quem sabe, amor. – Sorri a ela. – Tem que ter coragem de contar isso a ele. Pergunte como ele está depois do beijo de vocês, essas coisas.

-Está falando para eu colocá-lo contra a parede? – Dei de ombros.

-Quem sabe?

-Bella, isso é mais difícil do que você pensa, porque quem veio atrás de você foi Edward e não ao contrário. No meu caso, é ao contrário e isso é muito difícil.

-Pode ser, mas você tem que tentar, quem sabe ele não pensa da mesma forma que você só que não tem a mesma coragem? Se ficar assim, nunca vão saber.

Alice pareceu concordar, mas ainda via a incerteza em seus olhos. Afaguei seu braço, dando-lhe froça.

-Quando estiver pronta, fale quando quiser.

-Obrigada, Bella e, desculpe, por não ter te contado. – Sorriu fraco para mim.

-Ah! Você pode ter certeza que estou com raiva disso! – disse brincando.

Rimos antes de pegarmos nossas coisas e irmos para nossas aulas, atrasadas. Essa outra parte da manhã também havia sido lenta, mas não tanto quanto a primeira, parece que os outros estão começando a se acostumar com a idéia de eu estar junto de Edward. Pelo menos, não briguei com ninguém.

Quando tocou o sinal, fui guardar minhas coisas no armário, antes de ir encontrar Edward no estacionamento. Assim feito, apareceu Mike do meu lado, todo sorridente. Estranhei, ele nunca fora de falar comigo.

-Oi, Bella. – Saudou-me.

-Oi..., Mike.

-Como anda a vida? – Parecia empolgado em iniciar uma conversa comigo.

-Bem.

-Que bom, vou bem também. – Não havia perguntado. – Mas, tirando essas coisas, eu vi você e Edward juntos essa manhã e o baita beijo que deu nele no refeitório. – Realmente não sabia onde ele queria chegar. – Vocês só estão ficando, certo?

-Humm, não, Mike. Estamos... – Ainda não conseguia dizer essa palavra em voz alta, mas me forcei. – Namorando. – Saiu um pouco estrangulada e ele parece que se prendeu nisso.

-Ah... Mas, caso, não dê certo e você precisar de um ombro amigo para chorar... – Bateu em seu próprio. – Estarei aqui.

Devo admitir que fiquei com muita raiva por ele torcer para que eu e Edward não déssemos certo, mas no fundo achei legal ele vir conversar comigo e oferecer ser meu amigo, mesmo que achasse que fosse por outra intenção.

-Humm, obrigada, Mike, mas espero não precisar. – disse sincera, e pude ver o sentido que as minhas palavras tinham tarde demais, quando vi seu rosto desabar. – Não que eu não aceite o seu ombro para chorar, só que... Espero não terminar com Edward.

-Ah! – Sorriu. – Tudo bem, então! Mas... Já sabe. – Acenou antes de se despedir de mim.

Joguei minha mochila no ombro, achando tudo aquilo estranho, mas continuei caminhando em direção ao estacionamento. Encontrei Edward dentro de seu carro escutando Debussy, entrei, sentando-me.

-Demorou. – Comentou, enquanto via eu puxar o cinto.

-É, fiquei presa com Mike. – Expliquei enquanto lutava contra o cinto. Edward soltou a minha mão dele e prendeu por mim.

-Mike? O que ele queria? – Foi colocar o seu.

-Achei estranho, mas ele veio bater um papinho comigo.

-Sobre... – Talvez ele tivesse notado que eu não queria dar muitos detalhes. Colocou seu cinto e ligou o carro, manobrando para sair do estacionamento.

-Ok, não fiquei bravo, mas ele perguntou se estávamos namorando...

-Eu ficaria bravo por ele ter perguntado isso?

-Não, mas o que vem a seguir... Talvez. – Mordi o lábio.

-Então, continue. – Estava com os olhos na estrada, mas me olhou rapidamente para ver porque eu não falava. – Pode falar.

-Perguntou dizendo que caso nós não déssemos certo, eu tinha um ombro para chorar; o dele. – Fui observando suas reações, foi ficando com raiva, mas depois de alguns segundos, se tranqüilizou.

-Certo. Ele gosta de você. – Concluiu.

-Não gosta não, só está sendo gentil.

-Sendo gentil? Homens como ele, só falam essas coisas quando querem algo por trás da proposta.

-Ele não pode ser simplesmente gentil? – perguntei irritada com seu tom.

-Pode, mas não nesse caso. Bella, - Olhou-me por mais tempo, virando o rosto para a rua novamente. – Você é muito ingênua ainda. Vai saber o que estou falando assim que tiver mais vida social.

-Ah! Certo! – Levei as mãos ao alto. – Como se isso tivesse alguma coisa haver! Sei definir o que é uma coisa óbvia da outra, Edward!

Meu celular começou a tocar antes que ele rebatesse. Catei-o dentro da minha mochila e ele identificava como sendo uma chamada de Jacob. Sorri ao ver o seu nome na tela, sentia falta de falar com ele.

-Hey, Jake! – Atendi e pensei ter visto Edward torcer o nariz, pelo canto do olho.

-Oi, Bells. Como anda? – Sua voz parecia animada.

-Bem e você?

-Também, mas não foi para isso que eu liguei, bem, foi também... – Ri. – Mas não especificamente, foi para perguntar se você podia vir aqui em casa hoje, tem algo que eu quero te mostrar.

-Eita, Jake. – Fiz uma careta, não gosto de recusar um convite dele. - Hoje não dá, porque eu vou sair, mas amanhã eu posso dar uma passada aí, se quiser.

-Ah, então tudo bem. Pode ser assim também. Amanhã de manhã ou de tarde.

-Pode ser de manhã?

-Pode! Melhor ainda que teremos a tarde toda para fazermos alguma coisa. – Parecia animado.

-Certo, então está combinado.

-Ok, tchau, Bella. Até amanhã.

-Até. Tchau.

Desliguei, conferindo se eu tinha desligado mesmo antes de guardar de volta na mochila. Olhei para Edward e ele estava calado, de olho na estrada.

-O que foi agora? – perguntei cansada.

-Vai visitar o "Jake" amanhã? – Caçoou.

-Vou, algum problema?

-Pensei que íamos passar o nosso primeiro final de semana como namorados juntos.

-Ah! Isso.

-É, isso. – disse nervoso.

-Edward, termos o Domingo e vários outros. – Ele desligou o carro. – Mas Jacob quer me mostrar algo e eu não posso desmarcar, já que ele me chamou hoje e eu não podia porque estava contigo, estou.

-Ainda bem que não desmarcou comigo hoje também.

-Não desmarcaria. Mas não marcamos nada para amanhã mesmo, então, por que tanta tempestade em um copo d'água?

-Não sei... – Ficou rabugento. – Por causa de Jacob? – Deduziu.

-Certo. Peguei.

-Pegou o quê? – Me olhou.

-Peguei. Você está com ciúmes.

-Não estou não... Ok! Certo! Estou sim! – Virou-se para mim. – Assim como não gostei da idéia de descobrir que Mike Newton está gostando de você – Ia interrompê-lo, mas ele continuou. – Também não gostei da idéia de te dividir com esse Jacob.

-Não vai me dividir. Jacob é muito legal e, quando conhecê-lo, vai ver o mesmo.

-Humm... Não sei.

-Edward...

-Certo, tudo bem. Vou tentar conhecê-lo, mas já vou avisando que não será fácil ficar longe de você no Sábado todo.

-Não vou ficar fora o Sábado todo só de manhã e de tarde. – Edward ergueu a sobrancelha como se eu tivesse deixado alguma coisa passar. – Não, ainda tem a noite.

-A noite... O que vamos fazer de noite?

-O que faríamos de dia. Ficarmos juntos.

Ele franziu o cenho, mas por fim se resignou. Olhei ao redor e vi que estávamos no fim de uma rua, cercados por árvores. Estranhei.

-Onde estamos? – perguntei.

-Lembra quando te disse que iria te mostrar um lugar? – Assenti. – Pois é, é atrás dessas árvores. – Apontou para frente.

-No meio do mato?

Ele riu.

-Você falando desse jeito parece que vamos fazer algo de errado.

Senti minhas bochechas queimarem ardentemente. Edward me olhou e sorriu torto, levando a mão ao meu rosto.

-Não se preocupe, é só um lugar. – Sorriu dando-me coragem. – Só temos que andar uns três quilômetros.

-Três o quê? – Ele riu alto. – Não, é sério, Edward. Você sabe como eu sou sem coordenação, vou cair o caminho todo, além de ser muito lerda. – Fiquei histérica com a possibilidade de caminhar tanto, com tantas armadilhas para me fazer cair.

-Sou muito paciente. – Sorriu torto. Saiu do carro, parando na frente do mesmo, me esperando. Seja o que fosse, nada me faria sair daquele carro. – Bora, Bella.

Não me mexi e ele veio até a minha porta, abrindo-a. Ficou me encarando com aqueles olhos verdes, mas eu não o olhava por medo de ele acabar me convencendo.

-Não vai sair? – Neguei. – Não vai mesmo? – Neguei de novo. – Vou ter que te arrancar? – Recuei, mas nada falei nem me mexi. – Bella...

-Não.

-Ai, ai, Bella. – Começou a passar a mão por minhas costas e por debaixo dos meus joelhos. Tentei ficar o mais pesada possível, mas de nada adiantou. – Você é leve demais. – Puxou-me para si, me pagando no colo. – Já te carreguei o suficiente para saber se consigo te tirar daí ou não.

Colocou-me no chão, de frente para ele, girando meus ombros.

-Diga-me, por que não quer entrar ali e me deixar mostrar o lugar que achei?

-Porque ali tem armadilhas para alguém como eu; sem coordenação.

-Não confia em mim? – Hipnotizou-me com seus belos olhos. Balancei a cabeça, não me deixando afetar.

-Confio, mas esse não é um caso de confiança, é um caso de fatos, vou cair e muito.

-Deixe de ser absurda, Bella! – Encostou-me de costas no carro e colocou uma mão de cada lado da minha cabeça. – Não vou te deixar cair, fico te segurando pelo braço se quiser – Franzi o cenho. – Tudo bem, ou não, mas quando ameaçar cair, eu te seguro, melhor assim?

-O que tem nesse lugar que você tanto quer me fazer conhecer?

-Você vai ver assim que chegarmos lá. – Bufei, ele ia me fazer ir mesmo lá. – Vamos? – Sua voz saiu baixa e sedutora. Foi aproximando lentamente seu rosto do meu. Assim que achei que ele fosse me beijar, ele desviou, me deixando com muita raiva, mas algo controlável. Desceu para beijar meu pescoço.

-Edward... Sem. Chance. – Tinha que ter força. Subiu o beijo para a minha mandíbula. Força!, gritava para mim mesma. – Não.

-Não? – Seu tom era de pura malícia. Beijou o lóbulo da minha orelha.

-N...Não. – Minha voz falhou.

-Não quer desistir? Se disser que sim, eu paro. Prometo. – Beijou a minha bochecha, fazendo um caminho até a minha orelha e me provocando arrepios.

Mordi o lábio e fechei meus olhos com força para poder me concentrar. Não era de desistir tão facilmente, tinha um orgulho a zelar. Edward colocou suas mãos em meu rosto aspirando o ar perto da minha boca, quando eu não agüentei e o puxei-o pela camisa, fazendo nossos lábios se encontrarem.

Toda aquela sedução que ele estava jogando para cima de mim e eu tentando resistir coloquei no beijo, fazendo-o ser mais intenso do que o normal. Foi o mais intenso de todos os nossos outros, cheio de amor e luxúria juntos. Edward imprensou meu corpo contra o carro e eu o puxei mais pelo cabelo, entrelaçando meus dedos ali. Eu precisei respirar antes dele, por isso puxei seu cabelo para trás, soltando-os assim que recobrei o ar de novo.

Encarei Edward que me olhava abismado e arfando, assim como eu.

-O que foi? – Consegui falar.

-Você guardou tudo isso em você? – disse em uma respiração só. Me senti envergonhada e ele soltou um riso baixo e abafado. – Nunca tinha recebido um beijo tão bom quanto esse. - Veio se aproximando de novo, só que desta vez foi a minha vez de desviar.

-Aham, e você falou isso para todas as suas ex-namoradas.

-Não mesmo.

-Certo...

-Quer que eu te prove?

-Ah é? Como? Vai ligar para cada um agora? Então começa a lista...

-Bella... – Riu. – Você é a minha primeira namorada. – Olhei-o abismada. Como alguém tão perfeito como ele só me teve como namorada? – Nunca pedi uma garota para namorar, é lógico que já fiquei, mas namorar para mim sempre fora muito importante e que se tinha que escolher muito bem a pessoa. Essa é você, meu amor.

Ainda estava em estado de choque com sua confissão. Ele sorri encantadoramente e desceu uma de suas mãos que estava no meu rosto ao longo do meu braço até achar minha mão, puxando-a para a trilha.

Nada falei. Fomos entrando na floresta que tinha a minha frente, com Edward como guia. Posso dizer que ele foi sim muito paciente comigo, toda hora eu tinha que tropeçar em alguma coisa e isso estava começando a me irritar profundamente até ele tirar uns galhos da minha frente, dando-me passagem e eu poder ver.

Era o lugar mais lindo que eu já havia visto em toda a minha vida. Era uma clareira perfeita e delineada, estava cheio de flores lilás por todo canto, com os raios de sol, que não se via muito bem em Forks, perfeitamente ali.

Edward me puxou para mais adiante e se sentou bem no centro da clareira, colocando os braços para trás e o rosto para ser atingido melhor pelos raios solares. Sentei-me ao seu lado olhando tudo em volta, para toda a beleza que aquele lugar tinha, observando em como a natureza é lindo por si só.

-Edward... É lindo! – Olhei para baixo e encontrei uma das flores lilás bem a minha frente.

-Valeu à pena vir aqui e caminhar esse tanto? – Olhou-me.

Sorri a ele.

-Valeu. Muito.

Ele sorriu torto e se deitou, esticando as pernas e colocando os braços para detrás da cabeça. Tirou um braço e me esticou para que eu me acomodasse nele, assim fiz. Mesmo com o sol que batia ali, ainda era fraco, o que proporcionava um pouco de frio, por isso me aproximei mais de Edward e ele ficou mexendo nos meus cabelos.

Ficamos em silêncio por alguns minutos, apenas escutando o vento bater na copa das árvores e as nossas respirações. Estava curtindo o silêncio, mas era estranho ter alguém comigo e ficarmos ambos calados. Sabia que Edward estava pensando em algo, pois sabia que quando ficava quieto era por causa disso.

-No que está pensando? – perguntei, enquanto fechava meus olhos.

-Em nada, na verdade. Apenas curtindo o silêncio.

-Vou ficar calada, então.

-Não! – Senti seu peito tremer por causa do riso. – Quero que fale comigo para eu saber se está acordada.

-Bem, estou.

-Continue falando. No que você estava pensando?

-No que você estaria pensando.

-Muito boa essa, Bella. – disse sarcástico.

-O que quer que eu diga se essa foi a verdade? - Ficou quieto. - Sabe, estou começando a te conhecer cada vez melhor com o tempo, então, por isso perguntei no que está pensando, pois quando fica quieto é porque está fazendo isso.

-Estava pensando em várias coisas.

-Tipo...

-Tipo em te apresentar à minha avó.

-À sua avó?

-Sim.

-Por quê?

-Porque quando eu sumi por nem um dia fui para casa dela, se lembra?

-Uhum. – Mas me lembrava disso por outro motivo, por ele ter sumido o dia inteiro e isso começou a me preocupar na época.

-Pois então, foi ela quem me mandou vir contar tudo a você o que eu estava sentindo. Minha mãe tem um pouco dela e o pouco é seu jeito bom para saber o que está passando com as pessoas, mesmo que elas não tenham contado nada. Eu, por exemplo, não tinha dito nada sobre você á ela, só que ela concluiu sozinha.

-Nossa. Ela é realmente boa. Então, por isso que é de família, pois, você também é muito bom em ler as pessoas.

Ele soltou um breve riso.

-Pode ser, se você acha. – Virou seu tronco devagar em minha direção, fazendo minha cabeça ter que se apoiar no chão, enquanto o braço que antes estava ao meu redor serviu para apoio da dele.

Fiquei de barriga para cima, olhando o céu um pouco azulado e sem nuvens e recebendo os raios solares. Nesse meio tempo sentia os olhos de Edward cravados no meu rosto. Virei meu rosto em sua direção.

-Em quê mais estava pensando? – Voltei a perguntar.

-Agora? – perguntou. Dei de ombros. – Em você.

-Você não existe. – Voltei meu rosto sorrindo para cima. Edward puxou, delicadamente, de volta para ele. Ficamos conversando pelo olhar por uns segundos antes de eu seguir. – Sabe, quanto mais eu sonhar, na hora em que eu acordar, isso vai ser bem ruim.

-Não está sonhando. – Afirmou convicto e sério. – Ainda bem que não. – Sussurrou antes de se debruçar em minha direção e me dar um beijo delicado. Voltou a me olhar. – Bella...

-Eu. – Sustentei seu olhar.

-Agora sim, posso afirmar com todas as minhas forças que eu te amo. – Me coração falhou uma batida.

Mordi o lábio vendo se ele falara sério e sim, falara. Sorri ao ver o que vi em seus olhos verdes, eram puros e transparentes naquilo que falava. E isso era o que bastava.

-Eu também te amo, Edward Cullen. – Ele sorriu abertamente antes de me beijar.

À volta para casa foi tranqüila e antes do anoitecer porque se não nos perderíamos fácil ali no meio. Edward e eu fomos conversando durante todo o percurso. Ele havia perguntado o que havia acontecido com Alice essa manhã, mas eu apenas falei que ela não quis me dizer, o que era mentira, mas ele não me olhava para descobrir.

Deixou-me na porta de casa, fazendo questão de desligar o carro e descer até me deixar na porta. Deu-me um último beijo antes de eu entrar e ele ir embora. Assim que pisei dentro notei que estava um silêncio mortal dentro de casa, o que era estranho, pois quando se tinha Alice, nem que seja sozinha, tinha pelo menos o som ligado tocando as suas músicas favoritas. Mas não, nada.

Tirei meu casaco e pendurei antes de ir para sala e ver um recado encima da mesa de centro.

Alice, Bella, eu e Carlisle fomos dar um pulinho em Seattle para fazer algumas compras para casa. Não nos esperem para almoçar.

Beijinhos, Esme.

Ótimo. Alice deve ter almoçado sozinha.

Subi as escadas e fui até seu quarto, encontrando-a deitada com a cabeça enfiada no travesseiro.

-Ali? – Chamei-a baixo para caso estivesse dormindo.

-Hum? – Não se mexeu.

-O que está fazendo?

-Tentando dormir. – Respirou fundo e se sentou, me olhando brevemente. - Não consigo parar de pensar um minuto e isso não me deixa dormir.

-Pensando em Jasper? – Assentiu.

-Não agüento mais! – Caminhei até ela e quando eu ia encostar em sua cabeça a campanhinha tocou. Alice nem se mexeu.

-Deixa que eu atendo. – Me virei e fui atender a porta. Desci devagar a escada estreita, para evitar acidentes e abri a porta tendo a surpresa por ver quem estava ali.

-Oi, Bella. – Jasper parecia envergonhado por ter aparecido ali. – Será que eu posso...

-Claro! – Dei passagem e ele entrou.

-Alice está em casa?

Alice's POV

Assim que Bella chegou fiquei sentindo uma pontada de felicidade por poder ocupar a minha cabeça com alguma coisa, pois eu já havia feito tudo o que eu podia fazer; fiz minhas unhas, tomei banho, arrumei a cozinha, arrumei a casa e nada mais para fazer. Estava difícil não pensar em Jasper e em nosso beijo no meu aniversário... Ele tinha mexido muito comigo.

Descobri que Jasper era mais que um simples amigo muito antes disso. Andávamos muito próximos, mas depois que decidimos que o nosso beijo foi um erro ficou algo estranho entre nós. Como uma barreira e isso eu não agüentava mais.

E agora, alguém havia chegado e provavelmente era para Bella, pois as coisas mudaram por aqui. Depois de Edward, a vida de Bella melhorou cem por cento.

-Oi, Bella. – Meu coração acelerou assim que escutei a voz. – Será que eu posso...

-Claro! – Bella disse.

-Alice está? – Ele perguntou.

Meu coração parecia que ia soltar de dentro de mim. Céus! Como eu estava nervosa como uma menininha idiota quando encontra o menino do primeiro beijo.

-Está... – Bella hesitou, mas eu torcia para que ela o mandasse embora. Não sei, mas acho que se eu tivesse uma conversa com ele agora não me agüentaria. – Lá no quarto dela. Se quiser, pode subir. – Meu Deus! – É o primeiro quarto a esquerda.

Me levantei rapidamente e fui até o espelho para ver se eu estava apresentável. Arrumei o meu cabelo e dei umas batidinhas nas minhas bochechas para ficarem vermelhinhas.

Voltei a me sentar na cama, rapidamente, antes de olhar ao redor vendo se tinha algo fora do lugar, por sorte, nada.

-Certo. Obrigado. – Escutei-o dizer.

Fiquei contando seus passos até chegar ao meu quarto, nesse meio tempo, fingi estar lendo um livro e não o olhei quando entrou. Bateu na porta antes de colocar a cabeça para dentro.

-Alice?

-Oi. – Sorri fraco a ele.

-Posso entrar?

-Claro.

Jasper entrou e observou meu quarto, parecia nervoso ou pouco confortável. Parou a alguns passos de mim. Fiquei olhando-o.

-Pode se sentar. – Apontei e ele se sentou ao meu lado.

Jasper se debruçou sobre os joelhos e se apoiou, olhando para o chão em silêncio.

-Jasper, e então... O que queria falar comigo?

-Na verdade, eu vim tentar conversar com você... – Virou-se para mim, olhando-me. – Alice, sei que aconteceu algo com você, mas... Sou eu? A culpa é minha? Eu fiz alguma coisa...?

Peguei sua mão e ele olhou para elas juntas.

-Não, Jazz, a culpa é minha mesmo. Eu... tenho pensado demais ultimamente e isso tem me subido a cabeça.

-Mas nós temos nos afastado muito e por quê?

-Porque...

-Por causa do seu aniversário, não é? Quando nós... Ficamos. Era mais sobre isso que eu queria falar... – Meu coração acelerou mais uma vez. – Ali, eu... – Hesitou, mas logo soltou tudo de uma vez só. - Não consigo parar de pensar em você depois do nosso beijo.

-O quê...? – Apertou de leve a minha mão.

-Deixe-me terminar, por favor. – Calei-me. – Parece que... Quando eu finalmente toquei em seus lábios eu estava... – Lutava contra as palavras. – Completo. – Olhou-me nos olhos. – Ali, eu sempre fui apaixonado por você, mas nunca tive coragem o suficiente para te dizer isso e, quando me disse que o nosso beijo foi um erro... Eu fiquei péssimo e...

-Jazz, - Interrompi-o e ele me olhou tristonho. – Você tem razão, depois que eu disse aquilo, eu também fiquei péssima, pois descobri que eu estou apaixonada por você. De verdade. – Meus olhos foram se enchendo de lágrimas.

Eu estava tão feliz! Joguei-me em seus braços e ele me envolveu.

-Ai, Jazz, eu estou tão feliz!

-Ali... – Me afastou um pouco de si para poder me olhar, parecia surpreso. – Está falando sério? – perguntou erguendo a mão até o meu rosto e secando minhas lágrimas.

-Lógico, Jazz!

-Oh Ali! – Soltou minha mão e segurou meu rosto antes de me puxar para um beijo apaixonado.

Eu estava quase explodindo de tanta alegria. Puxei Jazz para mim e aprofundei nosso beijo sem medo de ser feliz.

Bella's POV

Ao passar pela na frente do quarto de Alice, vi os dois se beijarem. Não pude deixar de sorrir por vê-los juntos, gostava muito de Jasper e ele combinava muito com Alice, além de ser o par perfeito dela. Eu sabia que eles se gostavam e que ficariam juntos no final.

Fui para o meu quarto quando tomei conta de que estava invadindo a privacidade deles. Fechei a porta e fui tomar um banho antes de preparar um lanche para nós comermos. Lanchamos juntos e fiquei segurando vela, pois os dois não se desgrudavam um minuto se quer. Depois resolveram sair um pouco e eu fiquei sozinha em casa, vendo filme e conversando com o Jake no telefone. Ele conseguiu me deixar curiosa, mas não contava nunca.

Esme e Carlisle chegaram e assistiram a um filme comigo. Foi um filme muito bom por sinal, de ação e cheio de sangue. Depois de uma ligação de Edward antes de eu dormir, fui me ajeitar para descansar de um longo dia.

-Está batendo o sono?

-Está. – Sorri, me enrolando na coberta, enquanto falava com Edward. – E você?

-Não muito, acho que depois que você adormecer ainda vou tocar piano.

-Queria que você tocasse para mim agora.

-Vou tocar para você dormir um dia, meu amor.

-Um dia?

Ele riu.

-Posso tocar agora.

-Queria que estivesse comigo.

-Agora? – Sua voz era risonha.

-Uhum. – Eu estava quase caindo de sono.

-Está ficando incoerente, Bella. Quando está com sono fica assim?

Ri baixo.

-Talvez. – Vez dele de rir, estava se divertindo as minhas custas. - Queria que você estivesse dormindo aqui comigo, gosto do seu cheiro.

-Do meu cheiro? Essa é nova. Vá dormir, Bella. Está bem incoerente.

-Vou mesmo, estou com muito sono.

-Boa noite, meu amor.

-Boa noite para você também, meu... – Bocejei. – Amor...


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Notas finais do capítulo

Demorei um pouco para postar esse capítulo, mas aqui estou EU!!! É isso :D Mas se o final estiver tosco ou ruim é porque eu estava com muito sono, quase como a Bella hahaha ;]

Não tenho muito que falar não, a não ser agradecer MUITO as minhas lindas e queridas leituras! Obrigada de coração por gostarem da fic, das baboseiras que eu falo aqui e por lerem! Óbvio! ;P
E OBRIGADA MÓR PARA: Tauany!!! Obrigada pela indicação, flor! ;DDD Beijocas para você!

Beijão grande à todas vocês e que tenham um excelente dia!

Lina Furtado.

OBS: Não se esqueçam de comentar se gostaram ou não, do quê gostaram ou não, do andamento da fic e da autora. ;} Bye, bye!



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