Beije-me enquanto estou em silencio.

Eu quero saber como o amor chegou até mim.

Beije-me enquanto pode.

É a lua que observa nosso caminho.

Beije-me.

15 – Pesadelos.

Os ruídos sumiram, a escuridão clareava. A dor parecia não abandonar seu cargo, mas poder enxergar já era o suficiente.

As algemas foram retiradas, dois guardas fortes a levantaram.

- Que pena você terá mais uma chance. – um homem zombou e aquilo lhe irritou profundamente.

Tentou falar algo, mas a voz não saiu. Alguém a empurrou e isso foi o passo inicial para começarem a andar.

Quando o ar puro entrou em seus pulmões, pareceu queimar, a luz do dia era forte demais, e o som era alto.

Caminhava de forma lenta, não tinha experimentado aquela sensação muitas vezes.

Pararam em frente a uma porta que logo foi aberta. O chão de mármore era escorregadio, as paredes eram de pedra o que deixava a sala fria. As janelas começavam do teto e caiam ate o chão, uma cadeira de carvalho estava em cima de um prebisterio, era forrada com cores vermelhas.

Um homem levantou assim que viu a garota sendo escoltada.  Os guardas pararam no cento da sala e o homem caminhou ate ela, que foi forçada a se ajoelhar por um dos guardas.

A mão direita do homem que caminhava estava fechada, ele não parecia irritado e nem fazendo força para fechar a mão.

Quando chegou ate ela, abaixou-se sem medo de sujar suas vestes.

Observou então que a calça era preta assim como a bota que usava. Uma blusa branca com pregas em vermelho era coberta por um casaco branco de bordados vermelhos. O casaco fechava no comprimento de uma blusa, porem atrás parecia uma capa que caia pelo corpo e parava a alguns centímetros do chão.

A mão antes fechada se abriu e tocou a face feminina levantando o rosto de forma carinhosa.

- Me desculpe, eu não gostaria de te tratar assim. – ele era gentil

- Então por que trata? – A voz saiu rouca.

- Você poderia não controlar sua magia, é raro achar alguém que controle água. Porem eu quero que se junte a mim.

- O que te faz pensar que eu posso controlar meus poderes agora?

- Você cresceu. – Ele sorriu.

- Tudo bem – Sorriu – eu te ajudo.

- Ótimo – pediu que os guardas se retirassem. – Eu sou John d’ La Perguarda, e sou o rei, do país de Guardvan.

- E eu, quem eu sou?