Quando a noite escurecer

Quando as estrelas sumirem

Quando as nuvens não forem mais vistas

Saiba que

O sol esta nascendo.

14- Castigos.

- Me solta! – O grito feminino ecoou pelo castelo.

- Eu não posso – John estava chateado – me desculpe, mas você passou dos limites.

A raiva dominou o ser e as correntes que a seguravam se romperam.

- Eu – os olhos estavam amarelos, a pupila era apenas um risco vermelho, os cabelos ruivos  estavam presos em um rabo de cabalo no alto da  cabeça. – não gosto – Grandes asas avermelhadas apareceram na costa feminina – que me usem!

John desviou com um pouco de dificuldade do ataque, Ela tinha sido treinada para manejar uma espada com perfeição e isto estava claro.

A garota tinha extrapolado em suas missões, John sabia que ela era astuta, porem acabou caindo em seus planos. As primeiras missões eram obedecidas com perfeição, na décima terceira missão ouve a revolta, a jovem começou a atacar os soldados, muito não voltariam para suas famílias, o capitão da equipe, forneceu sua vida para conseguir prendê-la. Com dificuldades os outros soldados levaram a garota para John.

Veio então um novo golpe. A espada atingiu o peito dele, alguns centímetros abaixo do coração, uma rajada de sangue foi expelida do corpo pela boca.

- Rápido ataquem-na! – Um grupo de soldados apareceu.

- Não!- John gritou.

Algumas chamas começaram a sair pelo mármore que cobria o chão e logo envolveram os soldados.

- Minha conversa é particular! – Avisou aos soldados.

Sentiu uma forte dor em seu peito olhou para a garota que apenas sorria.

– Patético. – Debochou do rei.

Ele estava ofegante, ela tranqüila.

Pelo menos por enquanto.

Sem poder fazer nada os soldados apenas assistia tudo.

- Me desculpe, mas às vezes é necessário ter o perigo por perto. -Um brilho azul começou a envolvê-los enquanto tudo ficava negro. Ela observava tudo assustada, suas asas tinham sumido – Mas quando nos encontrarmos de novo, tudo terá um fim. – Olhou para os soldados – Cuidem de tudo.

- Não! – sussurrou enquanto as espadas se desfaziam.

- Você terá uma família e descobrira quem é a pessoa mais importante da sua vida. Não deixe sua essência te dominar, te vejo em breve e assim decidirei se você poderá viver livre.

O corpo de John se desfez em pequenas bolhas. Ela se viu caindo em um abismo, algumas coisas que ela não conseguia ver batiam contra seu corpo. Uma forte dor chegou a seu olho direito que logo começou a sangrar. Seu corpo formigou, sentiu um grande sono.

- Não! – sussurrou ao nada.

Acordou assustada, queria sair daquela cama, olhou para o irmão. Sentia medo, só não sabia ao certo do que. Fechou os olhos por um segundo, logo abriu assustada, teve a imagem de um demônio em sua frente.

- Markinho – chamou o irmão de forma chorosa.