A Garota da Cama de Cima escrita por dayane


Capítulo 17
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

É mais um...
Na verdade o último capitulo nem pode se chamar de capitulo.
(aparece um capitulo no canto da parede entristecido)



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07 – Lembranças...

- Tem certeza de que eu posso morar aqui?

- Sara, já é terceira vez que você me pergunta.

- Mas Julha, eu creio que darei trabalho para os seus pais.

- Eu dou trabalho para eles, e alem do mais onde você irá morar? - Sara deitou na cama e fechou os olhos, Julha tinha entrado em algo que ela não tinha pensado ainda. – Então more comigo.

- Mas...

- Mas o que? – Julha parecia irritada, porem logo sorriu. – Somos amigas e nos conhecemos há nove anos.

- Julha.

- O que foi?

- Desde quando – Sara hesitou um pouco – você gosta de mim?

- Acho que desde março do ano passado.

- Março?

- É, quando você disse que se eu morresse uma grande parte sua morreria junto. Acho que aquelas palavras me permitem ficar viva.

- Boba – Sara sorriu.

- Eu sou boba?

- Sim, não só eu sentiria a sua falta, mas todos os seus amigos também.

- Eu não sou boba. – Julha fingia estar incrédula.

18 de Julho – 19:08 – Casa do Mark.

- Odeio viajar de carro.

- Por que Marum?

- Porque minha mãe me enche de comida e depois me enfia no carro.

- E o que tem isso?

- Em cera de dez minutos eu vomito.

- Fraco!

- Eu não sou faço, minha mãe é que não sabe cuidar de mim! – Mark parou de secar a louça e sorriu. – Na verdade, há três anos quando meu pai ainda era vivo, ele sempre pedia pra minha mãe ir ao banheiro, para que não tivéssemos que parar no meio do caminho...

Kill passou a prestar mais atenção no que o irmão falava Mark parecia em outro mundo, até mesmo um outro garoto. Aquele lado, Kill não conhecia, mas, começava a ficar interessada.

Nas viagens da família dele, o senhor Nicolas sempre observava as horas e pedia para Lail ir ao banheiro, pois ele não queria parar no meio do caminho.

No meio tempo ele ou comia a comida de Mark ou guardava ela na geladeira.

- Mas pai e se eu ficar com fome?

- Nós paramos em uma lanchonete no meio do caminho.

- Mas o senhor...

- Eu não quero que você passe mal – Nicolas sempre sorria, nenhuma vez brigou com Mark ou deixou de sorrir para o filho.

- Podemos ir? – Lail apareceu na cozinha, ela sabia do que o marido aprontava, mas não se importava, gostava de ter um motivo para “brigar” como marido e fazer seu filho rir.

Eram, definitivamente, uma família feliz.

Mas quando Mark comemorava treze anos seu pai começou a tossir. No começo era só porque ele estava engasgado, mas quando ele se ajoelhou, Mark soube que era algo grave.

- Ligue para uma ambulância!

O pedido da mãe fez com que a festa evaporasse.

Apenas uma vez Mark foi visitar o pai, e pela primeira vez ele viu seu pai sem o sorriso. Aquilo o machucou tanto que ele saiu correndo do hospital. Mark adquiriu um trauma de hospitais, não pelo cheiro das feridas, nem pelo choro das crianças que eram machucadas pela agulha das injeções, Mark só não queria mais entrar naquele lugar onde seu pai deixou de sorrir. Ele não viu mais o pai, não foi em seu velório, muito menos em seu enterro, e nunca pode dizer eu te amo pai.

Kill ouviu a historia, quando ela terminou olhou para Mark, ele estava sorrindo.

- Deve doer ter estas lembranças.

- Ainda não, já que eu vivi 13 anos o vendo sorrir.

- Mas e depois?

- De mais 13 anos? – Kill confirmou – Eu acharei alguém para sorrir para mim por mais 13 anos.

- Dizem que o numero 13 trás azar.

- E no Japão o numero 4 não existe em hospitais pois representa a morte – Kill e Mark voltaram a fazer suas tarefas enquanto falavam sobre superstições.

Superstições, rima com canções.

20 de Julho – Casa da Julha.

- Mark foi viajar não é?

- Sim, acho que sim. – Julha tentava responder as questões de matemática.

- Será que ele vai ficar bem?

- Por que pergunta isso? – Olhou Sara com curiosidade.

- Porque ele vai estar mais tempo com a irmã.

- Aonde você quer chegar?

- Quando eu fui me declarar ele me falou que já gostava de alguém, e que se sentia mal por ver a Kill sofrendo.

- Você esta dizendo que...

- Se ele esta em casa, pode ir à casa dos amigos e vê-la por menos tempo.

- Sara – A garota olhou – Já te disseram que você é bem sensível para sentimentos que estão relacionados com outras pessoas?

- Como?

- Você percebe com facilidade quando alguém gosta de outra pessoa, quando é falso entre os outros, mas quando é com você, as coisas mudam e você não percebe.

- Minha mãe me falou algo parecido. – Sara sorriu.

- Vai dormir!- Julha sorriu e voltou a fazer seus deveres de matemática.

18 de Julho – Casa do Mark.

- Já vai! – Mark gritou da cozinha.

Algo que Kill nunca entendeu é o motivo das pessoas pedirem para o telefone esperar ou dizerem que já estão indo, por acaso o telefone vai parar de tocar?

Este é mais um mistério da humanidade.

- Alô?

- Mark?

- Sim.

- Aqui é a Julha.

- O que você quer? – Não que estivesse sendo rude, mas como ela tinha seu telefone?

- Nada.

- Por que me ligou então?

- Porque eu quero algo.

- E o que é? – Quanto rodeio mais ela iria fazer?

- Só avisá-lo de que a Sara vai ficar na minha casa por um tempo.

- E o que isto tem comigo?

- Você pode querer visitá-la.

- E por que eu ia querer?

- É que você é a pessoa mais importante para ela.

- E daí? – Agora estava começando a se irritar.

- Os pais dela foram presos.

- O que? – A raiva tornou-se susto.

- Eles brigaram. O pai dela, a machucou e a mãe dela também, então ela vai morar comigo por um tempo.

- E por quê você não me avisou antes?

- Eu não sabia como falar.

- Eu estou indo para sua casa.

- Não estamos em casa agora.

- Onde vocês estão?

- Em uma vizinha, mas se quiser pode ir à minha casa amanhã.

- Impossível eu vou viajar daqui amanhã às quatro da manhã!

- Então converse com ela quando você voltar.

- Certo, e obrigado por me avisar.

- De nada. Até mais.

Os telefones foram desligados.


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Notas finais do capítulo

“Este é mais um mistério da humanidade.”
retirei esta frase de uma fita de história. Eu não lembro o nome do documenteario, só sei que o meu profesor de históra passava sempre.
Ps: eu tenho a estranha sensação de que a frase original era "enigmas", e não "misterios". Mas quem liga?



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