Breaking Dawn a Transformação escrita por Ludmilaaa


Capítulo 12
Capítulo 11 - Maturidade


Notas iniciais do capítulo

Oi meninas... Novo Capítulo pra vcs!!!



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As coisas continuaram bem após a saída de Jacob. A vida agora já não parecia mais tão difícil. Bella dentro das possibilidades tinha uma vida relativamente normal. Em comparação há uma semana eu podia dizer que tudo estava muito melhor. Era possível ter esperanças agora.

Seth agora estava conosco, ele era de longe a pessoa com a mente mais pura que eu já tinha visto. Era alguém impossível de se ressentir ou ver os mal dos outros. Após aquela luta com os recém criados eu me considerava sortudo por poder conhecer aquele menino. Ele agora estava junto com Emmert assistindo as reprises dos melhores jogos da temporada. Mesmo com memória fotográfica, Emmert amava assistir tudo o que ele já assistira da liga...

Nos encontrávamos então na sala quando o telefone tocou. Eu não tinha dúvidas de quem era. Charlie. Que ligou incansavelmente em todos esses dias. Que num momento de raiva me ameaçou de morte por não conseguir falar com Bella. Era o mesmo ritual toda manhã antes dele ir para o trabalho. Ele ligava para nova linha telefônica instalada em casa alguém disfarçaria a voz e passava o telefone para Bella ficar pelo menos 30 minutos com ele no telefone. Aquela cena não era algo fácil de assistir. Pelo menos não para Bella conversando com Charlie todo dia e saber que podia ser o último era doloroso. Cruel mesmo. E eu era o monstro responsável por isso. Atitudes impensadas minhas resultaram na situação em que nos encontramos agora. Emmert estava próximo ao aparelho e atendeu, passando pra Bella logo em seguida.

- Alô, pai?

- Filha... Como está, garota?

- As coisas estão bem pai, eu melhoro a cada dia.

- Que bom filha, fico muito feliz que seja assim, fiquei tão preocupado com a sua situação. Achei que havia mias do que os Cullens tinham me contado.

- Não Pai. Tá tudo bem mesmo. Eu me recupero em breve e sigo direto para Dartmouth, já perdi muitas aulas não acho que poderei lhe ver tão cedo...

- Bella... Eu sei que você está casada agora, vai começar uma nova fase da sua vida em Dartmouth, mas eu gostaria de lhe ver antes de partir... Essa sua doença inesperada, sua viagem me deixaram muito preocupado filha. Eu só queria ter certeza que está tudo bem, que sua escolha de se casar tão cedo a está fazendo feliz. Eu odiaria imaginar que as coisas pra você não estão indo bem. E se for assim o caso você sabe que pode voltar não sabe? Eu espero de verdade que você saiba e, Bella, saiba também que não é vergonha alguma errar, saiba que você tem seu velho pai aqui nessa cidadezinha chuvosa sempre que você precisar minha filha, nunca se esqueça disso.

A voz embargada pelo choro segurado a todo custo respondeu a súplica de Charlie.

- Eu sei pai, sei sim que posso contar com você sempre, Chefe Swan. Mas fique certo que eu nunca pude nem por um segundo me arrepender de me casar e começar minha família. As coisas foram diferentes do que eu esperava mas eu não poderia me arrepender nunca.

- Fico feliz de ouvir isso, Bella. Mas eu realmente gostaria de lhe ver antes de ir para Dartmouth. Eu sei que você tem outros planos mas se você pudesse atender os apelos do seu velho pai.

- Vou fazer o possível, pai. Fique bem. Até logo pai.

- Até, garota... Bella?

- O que pai?

- Eu te amo. Não se esqueça disso.

- Eu também pai.

Lágrimas silenciosas escorriam pelo rosto do meu anjo. Ao mesmo tempo em que falar com Charlie a deixava mais tranqüila, a deixava também muito triste. Bella estava bem ciente dos perigos que corria a essa altura, e sabia que qualquer planejamento futuro não passava a de hipóteses. Eu me aproximei dela pensando no que dizer. E ao encara-la, ao olhar dentro daquele mar de chocolate que eu tanto amava era como se depois de todo aquele tormento eu realmente conseguisse encarar Bella pela primeira vez. Havia tantas coisas ali: medo, insegurança, determinação e um incontável amor. Mas algo estava diferente naquele olhar, havia um amadurecimento não era mais a menina Bella ali. Era uma mulher que apesar da meiguice e doçura características inerentes à minha esposa, não havia aquela inocência e curiosidade infantil dela.

Era uma mulher que apesar de todo sofrimento dos últimos tempos tinha se tornado ainda mais bela com sua nova versão de doçura e austeridade. Aquele olhar em que nos prendíamos nesse momento, era o olhar que compartilhamos após a nossa primeira noite de amor. Nem a Lua e nenhuma estrela naquela noite pareciam brilhar mais do que minha linda esposa. Minha. E apesar dos recentes acontecimentos ela parecia ainda querer ser minha, ainda parecia me pertencer como ela tinha dito naquela noite. E eu estava muito grato por isso.

Todos naquela sala sumiram... só existiam eu e ela. Eu me ajoelhei em frente ao sofá e nada tinha mais importância eu só queria está aqui com ela compartilhando aquele nosso momento tão íntimo, tão perfeito. Nossos olhos estavam conectados. Nada nem ninguém roubaria nosso momento. Eu fiquei na altura do olhar dela. Meus olhos escuros quase negros pela sede e seguravam o olhar marrom chocolate dela. Eu acariciei seu rosto. Era a primeira vez desde a Ilha de Esme que eu a acariciava daquela forma. Eu senti treme-la ao contato. Eu sorri ao perceber que havia coisas que não mudariam nunca. Seus dedos delicados acariciaram meu rosto delicadamente. Eu me senti tremer de saudade e desejo.

Eu me aproximei meu rosto devagar do dela, nossos lábios roçaram vagarosamente a princípio. Era a carícia mais doce trocada por nós. Havia desejo. Havia saudade. Mas era principalmente amor ali. Essa certeza teria me feito flutuar se fosse possível. Eu podia sentir o amor naquele ato. Ela me amava. Eu a amava e independente do nosso futuro independente do que ainda passaríamos isso não mudaria nunca.

Nosso beijo continuou doce e carinhoso. Em tempos de guerra agente esquece de como é sentir paz. E assim eu sentia hoje. Paz, pois nos braços dela, nada poderia ser ruim.

Alguém tossiu no fundo da sala. A princípio eu imaginei que fosse Emmert em sua extrema inconveniência e time perfeito para atrapalhar a vida amorosa alheia, mas ao me focar um pouco percebi que se tratava de Jasper interrompendo.

"Desculpe" Ele pensou. "É que... Bem... Eu ouvi dizer que os hormônios da gravidez fazem isso."

Ao entender a que ele se referia vi que vinha de Bella crescentes ondas de excitação.

"Eu fiquei meio preocupado devido ao estado dela e então eu meio que achei melhor interromper o namoro de vocês."

Eu não sabia como reagir a isso. Saber que o corpo dela mesmo no estado caótico que se encontrava ainda era sensível aos meus carinhos me deixava eufórico. Eu ainda era dela e ela era minha. Nada mudaria isso. Olhei para Bella que estava agora corada e provavelmente constrangida com o nosso pequeno momento ser interrompido por Jasper. Eu estava meio sem jeito também e apesar de tudo preocupado com a hipótese de meu deslize machuca-la. Mas não aconteceu.

- Vou preparar uma comida pra você. Disse horas mais tarde. – O que você quer comer?

Os olhos dela brilharam com minha fala. Será que eu realmente cozinhava tão bem assim?

- Uhm... Eu quero... Ai. - Bella gritou gemendo de dor. Nesse momento Carlisle correu e se aproximou assim com Rose. Eu já estava perto.

Subimos em comitiva para sala de raio-x . Bella evitava fazer qualquer ruído de dor mas suas feições claramente mostravam o quão doloroso aquilo era.

Após a rodada de exames, vimos mais uma costela quebrada. Eu tentava muito honestamente não mostrar quanta raiva eu tinha de toda a situação. Meu pai a enfaixou delicadamente tentando faze-la sentir menos dor possível. Voltamos para sala de estar.

- Está tudo bem, Bella? Sente ainda dor?

- Não Carlisle agora está tudo bem, obrigada.

Eu me abaixei até ficar na mesma altura que ela.

-Amor, não minta. Essas coisas podem doer se você tiver sentindo alguma coisa, qualquer coisa, diga. Perdoe-me meu bem, eu gostaria de poder tirar a sua dor. Suportaria qualquer dor pra não te ver assim.

- Ah, Edward, Credo! Deixa de ser melodramático. Até bebes normais fazem isso com as mães. Nossa Bella está levando tudo muito bem.

Eu vi tudo em vermelho. Como ela se achava no direito de me chamar de melodramático e dizer "nossa Bella" assim? Sem pensar eu parti pra cima de Rosalie quando dei por mim, Emmert bloqueava meu caminho pedindo por favor pra eu parar, ele tinha como prioridade Rose. E se ele tivesse que lutar com alguém por causa dela, ele certamente o faria. Mesmo não concordando com a forma indelicada que ela colocou as coisas.

Porém, não foi Emmert que me parou. Além das ondas calmantes quase letárgicas que Jasper mandava pra mim, Foi a voz doce de Bella que me fez parar.

- Edward por favor, pare com isso, Rose só falou a opinião dela. Por favor.

Eu bufei e me recostei na cadeira, passando a mão pelo meu rosto e cabelos. Raiva frustração e impotência faziam de mim um poço de nervos. Eu não lembro de ter me sentido assim antes.

Algumas horas a frente, enquanto Bella cochilava no sofá, tempos depois da partida de Seth, ela acordava para ir ao banheiro com intervalos muitos curtos. Carlisle me tranqüilizou dizendo que era bastante comuns em grávidas a liberação de toxinas pela urina. Ele disse que era um bom sinal apesar de tudo que o corpo de Bella funcionava com alguma normalidade.

Ainda assim era insuportável vê-la sentir dor a cada vez que ela se levantava eu via sua expressão de dor no ato. Eu gostaria muito de poder sentir todas essa dores por ela.

Jacob entrava na casa com familiaridade. Ele – como sempre – procurava por Bella assim que passava pela porta. Ao não nota-la era audível a força e a rapidez dos batimentos cardíacos aumentaram bruscamente. Ele considerava o que podia ter acontecido com ela.

- Ela está bem - Edward sussurrou. - Ou, na mesma, eu diria.

Eu estava no sofá com as mãos no rosto; não olhei pra cima ao falar. Esme

estava ao meu lado, com o braço segurando meus ombros me dando força ou apenas me impedindo de fazer alguma besteira.

- Olá, Jacob - ela disse. - Eu estou muito feliz por você ter voltado.

- Eu também - Alice disse com um suspiro profundo. Ela veio descendo as escadas, fazendo uma careta. Irritada por Jacob ter demorado tanto. Ele não fazia idéia de como aliviava a situação de Alice com ele perto.

- Uh, hey – ele disse, sem jeito. Era estranho pra ele tentar ser educado. - Onde está Bella?

- Banheiro - Alice disse. - Ela está na dieta do líquido, sabe. Além do mais, pelo que eu

soube, esse negócio de engravidar faz isso com você.

- Ah.

- Oh, maravilha - Rosalie rosnou assim que voltou à sala e notou ele lá parado em pé.

- Eu sabia que alguma coisa estava cheirando mal.

E, exatamente como antes, o rosto de Bella se iluminou como uma criança na manhã de Natal. Como se eu tivesse trazido pra ela o melhor presente de todos. Meu estomago revirava e o ciúme fazia eu me sentir os últimos dos seres.

- Jacob - ela respirou. - Você veio.

- Oi, Bells.

Eu e minha mãe ficamos de pé para Rose colocar Bella cuidadosamente no

sofá. Nesse mesmo instante, todos notaram como, apesar disso, Bella ficou pálida e prendeu a respiração – como se ela estivesse disposta a não fazer barulho não importa o quanto doesse. Em seguida eu passei as mãos na testa dela e então pelo pescoço. Tentado fazer com que ela não percebesse que eu estava a examinando. Ela odiava isso.

- Você está com frio? - Eu perguntei.

- Eu estou bem.

- Bella, você sabe o que Carlisle disse - Rosalie disse. - Não esconda nada. Isso não nos ajuda a cuidar de vocês dois.

- Está bem, eu estou com um pouco de frio. Edward, você pode me passar o cobertor?

Jacob revirou os olhos. - Não é pra isso que eu to aqui?

- Você acabou de entrar - Bella disse. - Depois de ter corrido o dia inteiro, eu aposto. Ponha os pés pra cima um minuto. Eu provavelmente vou ficar aquecida daqui a pouco.

Apesar do que ela disse, ele a ignorou, indo se sentar no chão perto do sofá enquanto ela ainda estava dizendo a ele o que fazer. Nesse ponto, no entanto, ele não parecia muito certo de como ajuda-la... Ela parecia meio frágil. Então ele só se

inclinou cuidadosamente ao lado dela, deixando seu braço descansar no braço dela, e segurou sua mão. E colocou sua outra mão em seu rosto.

- Obrigada, Jake - ela disse, sua voz tremida.

- Ta - Jacob disse.

Eu sentei no braço do sofá aos pés de Bella, meus olhos sempre no rosto dela.

Então o estômago do lobo roncou. Alto.

- Rosalie, porque você não pega algo na cozinha para Jacob? - Alice disse. Ela estava

invisível agora, silenciosamente sentada atrás do encosto do sofá.

Rosalie encarou sem acreditar para o lugar de onde a voz de Alice estava vindo.

- Obrigado, mesmo assim, Alice, mas eu não acho que quero comer alguma coisa cuspida pela loira. Eu aposto que o meu sistema não ia aceitar muito bem o veneno.

- Rosalie nunca envergonharia Esme com tal demonstração de falta de hospitalidade.

- É claro que não. – Rose respondeu a reprimenda tranquilamente planejando meios de insultar levantou e saiu rapidamente da sala. Eu apenas suspirei.

- Você me diria se ela envenenasse a comida, né? – Jacob me perguntou.

- Sim – Eu respondi sabendo que Rose não faria isso. Não agora. Ela só queria implicar com Jacob.

E por algum motivo ele acreditou no que eu disse.

Então Rose começou a trabalhar com o metal amassando-o até que ficasse exatamente como aquelas tigelas de comida pra cachorro. Ela parecia aquelas crianças perturbando os coleguinhas de classe. Era engraçado.

Rosalie voltou desfiando em toda sua indulgência e comportamento de 5 anos de idade

e colocou uma tigela prateada no chão perto do lobo.

- Aproveite, retardado.

A intenção de Rose era ofende-lo ou irritá-lo. Mas não aconteceu Jacob até a chou legal a tal da tigela. Realmente não pareciam crianças?

Provavelmente aquilo, um dia, tinha sido só uma tigela grande, mas ela praticamente fez as bordas se curvarem até que ela tivesse quase o formato de uma tigela de cachorro. Eu fiquei impressionado pelo rápido artesanato dela. E a atenção aos detalhes. Ela tinha escrito a palavra Totó na lateral. Excelente caligrafia.

Só porque a comida parecia muito boa – filé, nada menos, e uma batata assada com tudo o que tinha direito. Então Jacob respondeu. - Obrigada, loira.

Ela rosnou.

- Hey, você sabe como se chama uma loira com cérebro? – Ele perguntou agora tentado irritar Rose. - um golden retriever.

- Eu também já ouvi essa - ela disse, sem sorrir.

- Eu vou continuar tentando - ele prometeu, e então começou a comer.

Ela fez uma cara de nojo e revirou os olhos. Em seguidas se sentou em um dos braços do sofá e começou a passar os canais da TV rapidamente.

Apesar de ouvir o diálogo muito maduro dos dois eu ainda continuava focado em Bella que no momento estava focada na briga dos dois. Eu não precisava ler a mente dela no momento pra perceber que ela concordava muito comigo. Meu anjo segurava o riso.

Quando ele terminou a refeição pensando apenas num jeito de implicar com Rose sua linha de raciocínio foi interrompida quando ele sentiu os dedos de Bella passando suavemente pelo seu cabelo.

- Hora de cortar o cabelo, huh? – Ele perguntou.

- Você está ficando meio descabelado - ela disse. – Talvez...

- Me deixe adivinhar, alguém aqui costumava cortar cabelo em um salão em Paris?

Ela gargalhou. - Provavelmente.

- Não, obrigado. Eu estou bem por algumas semanas ainda.

Isso o fez pensar por quantas semanas ela ficaria bem. Pensamento doloroso pra ambos. Eu bem sabia disso. Ele tentou pensar numa forma educada de perguntar.

- Então... um... qual é a, er, data? Você sabe, a data que o monstrinho vai nascer.

Bella então reagiu a pergunta dando um tapa atrás da cabeça dele. Ele também sentia que a força dela era como uma pena. Ele insistiu.

- Eu estou falando sério. Eu quero saber por quanto tempo eu terei que

ficar aqui. - Quanto tempo você vai ficar aqui, ele adicionou em sua cabeça.

Todos na sala se viraram paa ver como ele responderia essa pergunta. Nunca tínhamos falado em datas abertamente com Bella. Só dávamos indicações e possibilidades.

- Eu não sei - ela murmurou. - Não exatamente. Obviamente, aqui nós não estamos

acompanhando o modelo dos nove meses e nós não conseguimos fazer uma ultrassom, então Carlisle está adivinhando pelo tamanho que eu estou. Pessoas normais ficam com cerca de quarenta centímetros aqui – ela passou o dedo no meio do seu estômago inchado – quando o bebê já cresceu completamente. Apenas um centímetro por semana. Eu estava com trinta centímetros essa manhã, e estou ganhando dois centímetros a cada dia, às vezes mais...

Então Jacob fez a conta que eu nunca, jamais queria fazer.

Duas semanas para cada dia, os dias estavam voando. E vida dela estava sendo adiantada. Quantos dias isso dava a ela, se ela estava contando até quarenta? Quatro?

- Você está bem? - Ela perguntou.

Ele apenas balançou a cabeça, sem ter certeza como a sua voz sairia.

Eu virei meu rosto tentado esconde-lo Eu era um homem em chamas novamente.

Enquanto Jacob processava toda sua versão e dor da história eu arrancava de mim meios de manter normal para ela. Bella.

Eu sabia que ela precisava da minha força e que depois quando toda essa loucura acontecesse eu só podia querer que o plano louco dela desse certo e que eu e ela tivéssemos uma chance de futuro.

Mas era tão difícil a creditar.

- Vai ficar tudo bem - Bella gaguejou um pouco. Tentado aplacar a dor nos olhos de seu amigo que tanto tinha feito por ela e agora se encontrava tão desesperançoso quanto eu.

- Certo – Jacob murmurou.

Ela se curvou no braço dele, descansando a cabeça em seu ombro. - Eu não achei que você viria. Seth disse que você viria, e Edward também, mas eu não acreditei neles.

- Porque não? - Eu perguntei bruscamente.

- Você não fica feliz aqui. Mas veio do mesmo jeito.

- Você me queria aqui.

- Eu sei, mas você não precisava vir, porque não é justo que eu te queira aqui. Eu teria

entendido.

Jacob ponderava enquanto eu recompunha o rosto.

- Obrigada por ter vindo - Bella sussurrou.

- Posso te perguntar uma coisa? - Jacob perguntou.

- É claro.

Eu tentava fingir indiferença mas qualquer um que me conhecesse e estivesse vendo o rumo desta conversa sabia que por nada no mundo eu deixaria de ouvi-la.

- Porque você me quer aqui? Seth podia te manter aquecida, e é provável que ele tenha mais facilidade em ficar por perto, feliz como um boboca. Mas quando eu passo pela porta, você sorri como se eu fosse a sua pessoa favorita no mundo.

- Você é uma delas.

- Isso é um saco, sabe.

- É - ela suspirou. - Desculpa.

- Mas porque? Você não respondeu isso.

Eu tinha desviado o olhar de novo, como se estivesse olhando pra fora pelas janelas. Tentado me manter neutro. Acho que não estava funcionando.

- Eu me sinto... completa quando você está aqui, Jacob. Como se toda a minha família

estivesse junta. Quer dizer, eu acho que é como se fosse – eu nunca tive uma família grande antes. É bom. - Ela sorriu por meio segundo. - Mas não está completa a não ser que você esteja aqui.

- Eu nunca fui parte da sua família, Bella.

Eu não sabia como me sentir diante de tudo isso. A maneira como família foi usada por Bella e como foi sentida por Jacob eram bem distintas.

- Você sempre foi parte da minha família - ela discordou.

Os dentes de Jacob fizeram barulho quando se cerraram. - Essa resposta é uma merda.

- Qual é a boa resposta?

- Que tal 'Jacob, eu me divirto com a sua dor'.

Eu assistir de longe ela enrijecer.

- Você preferiria isso? - ela sussurrou.

- Pelo menos é mais fácil. Eu podia enfiar isso na minha cabeça. Eu podia lidar com isso.

- Nós saímos com caminho, Jake. Perdemos o equilíbrio. Você nasceu pra fazer parte da minha vida – eu posso sentir isso, e você também pode.

Bella parou por um segundo sem abrir os olhos, como se estivesse esperando que Jacob negasse. Quando ele não disse nada, ela continuou.

- Mas não assim. Nós fizemos algo errado. Não. Eu fiz. Eu fiz algo errado, e saímos do

caminho... A voz dela parou , e a careta em seu rosto relaxou até que era apenas uma pequena torção nos lábios dela. Bella tinha adormecido estava muito cansada depois de mais um dia tão difícil.

- Ela está exausta - Eu murmurei. - Foi um longo dia. Um dia duro. Eu acho que ela

teria ido dormir mais cedo, mas ela estava esperando por você.

Eu não olhei pra ele.

- Seth disse que ela quebrou outra costela.

- Sim. Está dificultando a respiração dela.

- Ótimo.

- Me avise quando ela ficar com calor de novo.

- Tá.

Ela ainda tinha arrepios no braço que não estava tocando o do lobo. Assim que ele levantou a cabeça pra procurar um cobertor eu peguei um que estava no outro sofá e Eu mal tinha levantado a cabeça pra procurar um cobertor quando Edward puxou um que estava jogado no braço do sofá e coloquei em cima dela.

Jacob pensava: Ocasionalmente, a coisa de ler mentes poupava tempo. Por exemplo, talvez eu não precisasse fazer uma grande cena de acusação sobre o que estava acontecendo com Charlie. Aquela bagunça. Edward ia simplesmente ouvir exatamente o quão furioso...

- Sim - eu concordei. - Não é uma boa idéia.

- Então porque?

Porque Bella estava dizendo ao pai que estava melhorando quando isso só o faria mais infeliz?

- Ela não agüenta a ansiedade dele.

- Então é melhor –

- Não. Não é melhor. Mas eu não vou forçá-la a fazer nada que a deixe infeliz agora. O que quer que aconteça, isso faz ela se sentir melhor. Eu vou lidar com o resto depois.

Isso não parecia certo. Bella não amenizaria a dor de Charlie para que mais tarde alguma outra pessoa lidasse com isso. Mesmo morrendo. Ela não era assim. Se eu conhecia Bella, ela tinha algum outro plano.

- Ela tem certeza absoluta que vai viver - Edward disse.

- Mas não como humana - eu protestei.

- Não, não como humana. Mas de qualquer forma, ela espera ver Charlie novamente.

Oh, isso estava ficando cada vez melhor.

- Ver. Charlie. - Eu finalmente olhei pra ele, meus olhos se arregalando. - Depois. Ver Charlie quando ela estiver brilhando de tão branca e com olhos vermelhos brilhantes. Eu não sou um sugador de sangue, então talvez eu esteja perdendo alguma coisa, mas Charlie parece ser uma escolha estranha para ser a primeira refeição dela.

Eu suspirou, Como explicar aquilo que parecia absurdo até para meus próprios ouvidos? - Ela sabe que não vai agüentar ficar perto dele por pelo menos um ano.

Ela acha que pode controlar a situação. Dizer a Charlie que precisa ir para algum hospital especial do outro lado do mundo. Manter contato por telefone...

- Isso é loucura.

- Sim.

- Charlie não é burro. Mesmo se ela não o matar, ele vai reparar na diferença.

- Ela está meio que fazendo uma aposta.

Ele continuou a me encarar, esperando que eu me explicasse.

- Ela não estaria envelhecendo, é claro, então isso estabeleceria um limite de tempo, mesmo que Charlie aceitasse qualquer que fosse a explicação que ela inventasse para explicar as mudanças. - Ele deu um sorriso fraco. - Você lembra de como tentou contá-la sobre a sua transformação? Como você a fez adivinhar?

Sua mão se fechou em punho. Ele não gostou de saber que eu sabia disso. - Ela te contou sobre isso?

- Sim. Ela estava explicando a... idéia dela. Veja, ela não pode contar a Charlie a verdade – seria perigoso demais pra ele. Mas ele é um homem esperto, prático. Ela acha que ele vai encontrar uma explicação. Ela presume que ele vai entender tudo errado - ele bufou. - Afinal, nós dificilmente aderimos aos padrões de vampiros. Ele vai tirar conclusões erradas sobre nós, como ela fez no início, e nós vamos agir de acordo com isso. Ela acha que será capaz de vê-lo... de vez em quando.

- Loucura - eu repeti.

- Sim - ele concordou de novo.

Jacob ficou sem palavras ao ver que eu deixaria ela fazer o que queria, só pra faze-la feliz agora. Isso não ia acabar bem.

Isso me fez pensar que ele provavelmente não estava esperando que ela sobrevivesse para botar esse plano louco em andamento. Ele estava acalmando-a, pra que ela pudesse ser feliz por mais um tempo.

Tipo, por mais quatro dias.

- Eu vou lidar com o que quer que aconteça - eu sussurrei, e virei o rosto pra baixo para que ele não conseguisse nem ver meu reflexo. Eu não precisava partilhar minha culpa e meu sofrimento. - Eu não vou causar dor a ela agora.

- Quatro dias? - Ele perguntou.

Eu não olhei pra cima. - Aproximadamente.

- E depois o quê?

- O que você quer dizer, exatamente?

Ele pensou no que Bella tinha dito. Sobre a coisa estar presa e bem amarrada em algo forte, algo como pele de vampiro. Como aquilo funcionava? Como se saía?

- Pela pouca pesquisa que pudemos fazer, parece que a criatura usa os dentes para escapar da placenta - ele sussurrou.

Ele teve que parar pra engolir bile.

- Pesquisa? – ele me perguntou.

- É por isso que você não tem visto Emmett e Jasper por aqui. É isso que Carlisle está

fazendo agora. Tentando decifrar histórias e mitos antigos, o máximo que podemos com o que temos por aqui, procurando alguma coisa que nos ajude a prever o comportamento da criatura.

Histórias? Se eram mitos, então...

- Então essa coisa não é a primeira da nossa espécie? – Eu perguntou, antecipando sua pergunta. - Talvez. É tudo muito vago. Os mitos poderiam facilmente ser frutos do medo e da imaginação. Mas... – eu hesitei – os mitos de vocês são verdadeiros, não são? Talvez esses também sejam. Eles parecem ser bem localizados, ter ligação...

- Como você encontrou...?

- Havia uma mulher que encontramos na América do Sul. Ela cresceu com as tradições de seu povo. Ela ouviu conselhos sobre tais criaturas, histórias antigas que foram passadas.

- Quais eram os conselhos? – Jacob questionou.

- A criatura deve ser morta imediatamente. Antes que ganhe força demais.

Exatamente como Sam tinha pensado. Ele estava certo?

- É claro, as lendas dizem o mesmo sobre nós. Que devemos ser destruídos. Que somos assassinos desalmados.

Bingo!

Eu dei uma gargalhada dura.

- O que as histórias deles falavam sobre as... mães?

Essa era a resposta que eu não conseguia falar. Eu nem sequer participava dessas " pesquisas" Eu ouvia apenas o que era passado à Bella e Rose. Eu era um imenso covarde.

Foi Rosalie – que esteve tão quieta e silenciosa desde que Bella caiu no sono que eu quase a esqueci – quem respondeu. Ela fez um som de deboche no fundo da garganta. - É claro que não haviam sobreviventes - ela disse, insensível e despreocupada. - Dar a luz num campo molhado e infestado de doenças com um médico cuspindo obscenidades na sua cara para afastar os espíritos do mau nunca foi a melhor forma. Mesmo os partos normais dão errado às vezes. Nenhum deles tinha o que esse bebê tem – pessoas que têm uma idéia do que um bebê precisa, que tentam

suprir essas necessidades. Um médico com um conhecimento totalmente único da natureza dos vampiros. Um plano pronto para fazer um bebê nascer da forma mais segura possível. Veneno para reparar qualquer coisa que dê errado. O bebê vai ficar bem. E aquelas outras mães provavelmente teriam sobrevivido – se tivessem existido pra começo de história. Coisa da qual eu não estou convencida. - Ela inalou o ar, desdenhosa.

Eu e Jacob pensávamos exatamente iguais:

O bebê, o bebê. Como se isso fosse tudo o que importava. A vida de Bella era um mero detalhe pra ela – fácil de deixar de lado.

Aquela era a hora de descontar um ml da minha raiva. Totalmente egoísta e indiferente Rosalie virou na cadeira até ficar de costas pra ele. Eu me inclinei para a frente, ficando em posição de ataque.

Permita-me, Jacob sugeriu.

Eu parei, erguendo uma sobrancelha.

Silenciosamente, ele ergui a tal tigela de cachorro do chão. Então, com um movimento

rápido e poderoso do pulso, eu a atirei atrás da cabeça de Rose com tanta força que – com um bang ensurdecedor – ela bateu com tudo antes de ricochetear através da sala e ir bater numa peça fixada no topo do corrimão da escada.

Bella se mexeu mas não acordou.

- Loira burra – Jacob finalizou.

Rosalie virou a cabeça lentamente, e seus olhos estavam faiscando.

- Você. Derrubou. Comida. No. Meu. Cabelo.

Então Jacob explodiu em risadas, eu tinha pensado em algo mais violento como esquartejar e desmembrar mas...

- O que é tão engraçado? - Bella murmurou acordada pela crise do lobo.

- Eu derrubei comida no cabelo dela - ele disse a ela, caindo na gargalhada de novo.

- Eu não vou esquecer isso, cachorro - Rosalie assobiou.

- Não é tão difícil apagar a memória de uma loira - eu comentei. - É só soprar no ouvido dela.

- Arrume umas piadas novas - ela rebateu.

- Vamos, Jake. Deixe Rose em – Bella parou no meio da frase e sugou o ar profundamente.

No mesmo segundo, Eu estava inclinado sobre o sofá, tirando o cobertor do caminho. Ela parecia estar em convulsão, suas costas se arqueando no sofá.

- Ele só está - ela ofegou. - Se esticando.

Seus lábios estavam brancos, e ela travou os dentes como se estivesse tentando conter um grito.

Edward colocou as mãos nos lados no rosto dela.

- Carlisle? - Ele chamou numa voz tensa, baixa.

- Bem aqui - o meu pai respondeu.

- Okay - Bella disse, ainda respirando dura e superficialmente. - Eu acho que acabou. A

pobre criança não tem espaço suficiente, isso é tudo. Ele está ficando grande demais.

Isso era muito difícil de agüentar, o tom de adoração que ela usava para descrever a coisa que a estava despedaçando. Especialmente depois da falta de tato de Rosalie. Isso me fez querer poder atirar alguma coisa em Bella também.

Bella não percebeu o humor de Jacob. - Sabe, ele me faz lembrar de você, Jake - ela disse – num tom carinhoso – ainda resfolegando.

- Não me compare com essa coisa - ele cuspiu por entre os dentes.

- Eu estava falando do seu crescimento - ela disse, parecendo que ele havia magoado seus sentimentos. Bom. - Você simplesmente deu um salto. Dava pra te ver você ficando mais alto a cada minuto. Ele é assim também. Crescendo tão rápido.

Jacob mordeu a língua pra não dizer o que estava querendo dizer – com força suficiente pra sentir o sangue. É claro, ia sarar antes que eu pudesse engolir. Era disso que Bella precisava. Ser forte como eu, ser capaz de se curar...

Ela respirou com mais facilidade e relaxou de novo no sofá, seu corpo ficando amolecido.

- Hmm - Carlisle murmurou, olhando para Jacob.

- O quê? - Ele quis saber.

Eu assim como meu pai agora analisava esse nevo dado.

- Sabe aquilo que eu estava pensando sobre uma transformação genética no feto, Jacob. Sobre seus cromossomos.

- O que tem isso?

- Bem, levando as similaridades em consideração –

- Similaridades? - eu rosnei, não gostando do plural.

- O crescimento acelerado, o fato que Alice também não consegue ver nenhum dos dois.

Jacob não tava nem um pouco feliz com a comparação.

- Bem, eu me pergunto se isso significa que nós temos uma resposta. Se as similaridades estão nos genes.

- Vinte e quatro pares - Eu murmurei baixinho. Afinal era outro meio de pesquisa.

- Você não sabe disso. – Jacob respondeu meu agressivo.

- Não. Mas é interessante especular - Carlisle disse numa voz tranqüilizadora.

- É. Simplesmente fascinante.

Então meu pai e eu começamos a estudar as ramificações desse novo conhecimento. Com o mesmo número de genes era possível ter base. Nos já podíamos definir formação óssea temperatura corpórea, nível de crescime


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Notas finais do capítulo

Eu particularmente amo esse capitulo. *Suspira* E vcs o que acham?
Bjus
Ludmila



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