Warning escrita por leth


Capítulo 4
Capítulo 4 - Emprego, Revelações e sonhos


Notas iniciais do capítulo

ficou ruim... eu sei... estou tentando, to muito cansada, e com sono :D mas escrevi lol mas mesmo assim espero que gostem, e deixem review, please!! :( alimente a alma de um escritor loser :D



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Susan tomava um chá e olhava seu perfil do facebook no celular. Mal perceberia que Markus estava entrando no café se esse não a cutucasse.

- Ah, oi. – Susan disse, surpresa.

- Tudo bom? – Markus disse e sorriu revelando seus dentes brancos e brilhantes de tirar o fôlego de qualquer mortal. – Posso me sentar? – ele emendou, apontando para a cadeira com a mão que segurava um copinho de café, interrompendo a resposta de Susan se ela estava bem.

- Claro, pode sim. – Susan respondeu, colocando o cabelo atrás da orelha. – Você tá bem?

- Eu estou. Mas e você? Você ainda não me respondeu. – Ele disse e piscou com um olho só. – Está tentando me enganar é, moça?

- Ah, não. – Susan deu um risinho sem graça. – É, to bem. – mentiu.

- Aposto que sim. – Ironizou Markus.

- É sério. – Ela disse, dessa vez tentando um sorriso. – Eu tenho uma entrevista de emprego daqui a pouco. – Dessa vez sorriu de verdade.

- Uau, que maravilha. Que bom, de verdade. Boa sorte! – Markus disse.

- Obrigada. – Susan disse e tornou a sorrir.

- Sabe, para uma pessoa que não está bem, você sorri até demais. – Markus disse, brincalhão, porém sério.

- Ah, mas eu estou bem ué, não entendo. – Susan tentou enganar.

- Você não me engana. Posso ter ficado muito tempo longe de você, mas ainda conheço você... Bom, tenho que ir. Até mais ver!

- Não. – Susan disse repentinamente, e ao ver a expressão perplexa de Markus, emendou: - Quer dizer, me deixe ir com você. É um pouco depois do Feers.

- Tudo bem então. – Disse Markus, meio que de contra vontade. Os dois saíram do café e foram andando pelas ruas praticamente invernais de New York.

- Sabe, Markus... Eu, ontem... Vi aquele rapaz do enterro do meu pai.

- Que rapaz? – Indagou, confuso, tentando buscar algum tipo de informação que pudesse estar guardada no seu consciente.

- Aquele misterioso. Do funeral. E também da China. Eu cheguei a vê-lo uma vez quando morava lá. Ele só balbuciou algumas palavras sobre “não deixe ela voltar” e sumiu. Ontem, eu o vi denovo. E foi estranho. Ele me dá arrepios. E adivinha? Ele sumiu novamente. Como alguém pode fazer isso, quer dizer, será que eu estou louca? – Susan disse e finalmente se calou, dando espaço para Markus opinar.

- Às vezes a morte do seu pai mexeu com seu consciente, Susan. Você deveria estar meio... Paranóica. Criando imagens de fantasmas na sua cabeça por causa do seu pai. E ainda mais depois que sua mãe deixou vocês... Deve ter sido uma barra realmente difícil de encarar. Eu mesmo não saberia o que fazer... Ficaria completamente louco.

- Talvez. Meu avô queria que eu passasse por alguns terapeutas. Mas sabe, acho que foi melhor não me abrir para ninguém desconhecido. Não vejo como isso me ajudaria. Quero dizer, eu perdi meus pais. E minha mãe sumiu, nunca mais deu sinal de vida, a polícia não a encontrou, ela não atendia o celular. Você não sabe como Dimas ficou... Ele não queria nem comer. E ele adora comer. Ele demorou tempos pra fazer amigos na escola. E mesmo quando fez, chegava em casa, na maioria das vezes, chorando, e se trancava. Ligava um rock pesado no último volume e só saia dali no outro dia de manhã, na hora de ir para a escola.

- Eu imagino como não deve ter sido para ele... Eu mesmo,. Não conseguiria suportar. Perder um pai. E depois ter que engolir a negligência de uma mãe. – Ele disse e olhou para Susan, que fitava o chão, meio cabisbaixa, enquanto andavam. – Sem ofensas.

- Não tem problemas. Ela não poder ser considerada uma mãe. Não para mim, pelo menos. Bom, até mais. – Disse Susan ao ver que já estavam na porta da loja de CD’s. A gente se vê por ai...

- Tudo bem. Boa sorte hoje. – Markus disse, abrindo a porta de vidro da loja.

Susan começou a andar mas ouviu um grito em seu nome:

- Ei, Susan. – Gritou Markus, ainda da porta.

- Oi?

- Vamos sair mais tarde. Depois do meu turno? – Markus perguntou, esperançoso.

- Tudo bem. Me ligue. – Susan disse, sem querer mostrar toda a felicidade que a corroia por dentro enquanto escutava esse convite. – Me liga depois. – Disse, e virou as costas para Markus e começou a caminhada em busca de seu novo estágio.

 Xxx

- Pode entrar senhorita Susan. – Uma moça com cabelos encaracolados e pretos, dizia. Ela já devia estar ali esperando por uns vinte minutos. A moça da recepção não mostrava animação na voz. Parecia era cansada. Será que seria difícil trabalhar em um lugar como esse, pensou. Mas respirou fundo e entrou na saleta ao lado, onde a moça havia instrucionado minutos antes.

- Bom dia – Susan disse, apertando a mão do senhor que ali estava.

- Bom dia. Qual o nome da senhorita?

- Ah, eu sou Susan. Susan Vandergeld. Aqui está meu currículo. – Susan disse, e estendeu a mão com uma folha nela.

- Hm... Muito bem Susan. – O senhor disse. Susan olhava atentamente para ele enquanto este examinava seu currículo. – Muito bom – O senhor disse. De repente, Susan o viu se transformar. Já não era mais o Senhor de aparência rústica e óculos de grau. Agora os cabelos, antes brancos, foram substituídos por grandes fios escuros. Sua pele branqueou um pouco e ficou anos mais jovem. Sua altura mudou. E do nada, ele já era outra pessoa.

- Você. – Ela disse, saltando rapidamente da cadeira onde estava sentada. A sala toda tinha um leve cheiro de hortelã. – Você... Por favor, não suma dessa vez. Tento tanto a perguntar.

- E eu tenho muito a responder, Susan. – O rapaz misterioso disse. – Você a deixou voltar? – Ele disse, com uma voz grossa e calma.

- Se eu deixei quem entrar, quem? – Susan perguntava, aflita. – Por favor me ajude a entender. Me explique.

- Susan. Sua mãe. Não a deixe voltar. Foi bom ela ter partido. Ela não é quem todos pensam. – O misterioso dizia, e sacudia a mão para que Susan sentasse, tentando acalmá-la.

- Mas, porque? Alias, o que ela é? O que você é?

- Sua mãe, ele começou a dizer, paciente, é uma Doppelgänger. Você sabe o que é isso, Susan?

- Eu... eu... N-não... Quero dizer, n-não acre... não. – Susan finalmente disse.

- Uma Doppelgänger é como se fosse uma cópia, Susan.

- Uma... Cópia? Mas do quê?

- Uma cópia. Sua mãe é uma Doppelgänger. De alguém. Alguém nesse mundo é extremamente como sua mãe. Idêntica. Digamos que a personalidade seja igual também. Mas sua mãe aprendeu a quebrar essas barreiras e ter próprias personalidades. Sentimentos. Gostos. Tudo mudou. Mas no mundo em que vivemos, há perigos para quem são Doppelgänger. Há vários tipos desses monstros. – O misterioso dizia. – Sua “mãe” por assim dizer, é uma dessas cópias, porém, maligna. Ela é extremamente má. Perversa. Seu maior disfarce era fingir que era mãe. Não que ela não seja. Ela é. Mas teve que treinar para isso. Digo, ela não tinha experiências. Ela conheceu seu pai quando estava tentando se habituar a essa vida normal dela. Ela se apaixonou. De verdade. Mas com o tempo, ela foi deixando de ter esses sentimentos. Sentimentos de ternura, afeto, são sentimentos da real. A sua mãe, a Doppelgänger não tinha esses sentimentos verdadeiramente. Compreendeu?

- Você quer dizer... Que toda a vida dela... Foi um... Disfarce? – Perguntou Susan. Estava confusa, furiosa, chateada. Escorriam lágrimas por seu rosto. Ela sentia que um buraco estava se abrindo em seu peito.

- Mais ou menos... Olhe Susan. Eu preciso ir agora, não posso ficar aqui por muito tempo, sinto muito. Mesmo. – Dava pra ver a agonia em seus olhos. Parecia até que ele estava... Sofrendo. Porém mantinha a postura calma.

- Não, por favor. Ao menos me diga quem é você e quando te verei novamente. – Susan perguntava, desesperada por informações. Que coisa maluca estava acontecendo. Isso não podia ser real. Não podia.

- Não. Você voltará a me ver em breve. Mas procure ficar segura... – Ele dizia, e se levantava da cadeira. – A propósito... Você vai conseguir o emprego. – O misterioso disse e sorriu. E então, sumiu.

- NÃO. – Susan gritava, todavia já era tarde demais. – NÃO. NÃO. NÃO. – Tornava a repetir, com toda a força que podia em sua voz – POR FAVOR, NÃO. – Gritava, desesperada e chorosa. Sentiu uma mão apertá-la.

- Senhorita, acorde por favor... Senhorita. – Uma voz de longe chamava.

Susan então acordou. Na sala da recepção da onde estava para fazer a entrevista.

- Não acredito que foi um sonho. – Balbuciou.

- A senhorita esta bem? – Perguntava a recepcionista, curiosa e assustada. – A senhora estava berrando... desculpe se a acordei.

- Não. Tudo bem. Digo, obrigada por me acordar... Muito obrigada mesmo. – Susan dizia, perplexa. Ainda não acreditara que fora tudo um sonho.

- Sua vez então, Senhorita. – A recepcionista disse, e Susan entrou na saleta, como se estivesse repetido o sonho.


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Notas finais do capítulo

espero que gostem, e deixem review, please!! :( alimente a alma de um escritor loser :p