Akuma Hunters escrita por Najayra


Capítulo 17
Capítulo 17 - O Império


Notas iniciais do capítulo

É isso ai, povo!
Chegou o último capítulo de Akuma Hunters... Tomara que gostem.



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Shelley bateu com toda a força contra a parede e caiu no chão. Luka e Vinny interromperam a luta imediatamente e olharam aquele “objeto já identificado” passar perante eles. Shelley custava a erguer o corpo, ela se sentou ao chão e recostou as costas na parede. Ela colocou a mão direita sobre o buraco em sua barriga. Sua respiração era inconstante e ela sentia uma dor aguda se espalhar pelo corpo. Luka correu até Shelley e Vinny tentou fazer o mesmo, mas seu pai segurou seu ombro, impedindo-o. Luka se ajoelhou ao lado de Shelley, preocupado.

- Shell, o que aquele canalha...

- Tudo bem... Não é nada demais...

- Você é louca?! Tem um buraco na sua barriga!

Shelley se forçou a levantar. Luka ofereceu ajuda, mas ela recusou. Após se por de pé, ela se apoiou no ombro de Luka e sussurrou ao ouvido dele:

- Luka... Feche os olhos... Ok?

Luka arregalou os olhos, espantado com a ideia que veio a sua mente. Ele estava incrédulo com o que Shelley acabara de propor. Ela sorriu e pegou seu rosto entre as mãos, depois lhe deu um beijo longo e, finalmente, se afastou. Ela se virou na direção do Rei e se manteve cabisbaixa, porém era possível perceber o sorriso diabólico que ela carregava. Quando começou a falar, sua voz tinha um tom sombrio:

- Pai... Já viu um demônio com raiva? – o velho riu ao lado de Vinny.

Quando Shelley ergueu o rosto, seus olhos não estavam somente em tom carmim, mas brilhavam como neon. Vinny e o Rei saltaram ao ver aqueles olhos. Neste momento o Rei lembrou a profecia que Miranda havia feito. “Ela guarda dentro de si um olhar mais do que assustador. Quando ela lançar esse olhar para alguém, essa criatura pode começar a contar os segundos que lhe restam”.

Shelley começou a “queimar”. Ela foi envolvida por uma aura demoníaca, chamas na cor violeta, labaredas que dançavam ao redor de seu corpo. Ela caminhava lentamente e de forma imponente na direção do Rei. Partes de seu corpo iam se sobrepondo como escamas, formando uma armadura de metal, ou qualquer que seja o material. A armadura fazia parte dela, não era como uma vestimenta, era seu próprio corpo. Todos a observavam atentamente e Luka pensava: Nem nessas horas ela deixa de ser sexy? E ele tinha razão... Luvas, um corpete de metal, ou melhor dizendo, um colant, botas que quase cobriam a perna inteira. Ela estava tão femme- fatale. Mas o principal eram as asas e os cifres que se retorciam. Asas negras, como as de um anjo caído, recusado por Deus e aceito pelas chamas do inferno. Com uma beleza e poder inigualável. Ela pegou suas espadas e ignorou o buraco no meio de seu corpo. Tinha uma expressão sombria e avançou contra o seu próprio pai. Vinny tentou impedi-la, entrando na frente, mas foi em vão. Com um movimento, uma das espadas dela arrancou o braço de Vinny, bem na linha do ombro. Em milésimos de segundo, Shelley voou e sumiu com o Rei para dentro do quarto. Só se ouviu um grito ecoando e quebrando o silêncio, além do som de carne rasgando. Fez-se silêncio novamente. Vinny e Luka olhavam atentos para o quarto quando Shelley saiu carregando a Lança Real em uma mão, e a cabeça de seu pai na outra.

Dias depois...

Shelley estava deitada de bruços, somente com o cobertor sobre seu corpo nu. Luka se aproximou devagar e sentou à beirada da cama. Ele brincava com loira deitada ali. Colocou uma mecha de seu cabelo atrás da orelha dela, passou a beijá-la. Primeiro o rosto, depois mordeu a orelha, passou a beijar o pescoço e descia pelos ombros e costas.

- Luka. Vá embora. – Shelley murmurou ainda sonolenta.

- Vamos, Shell! Vamos acordar, vai? Deixe eu acordar você...

- Me deixe dormir!!

Luka se revoltou e virou Shelley na cama. Ainda sobre ela, só que dessa vez ele a olhava nos olhos.

- Como você dorme!

- E você lá me deixa dormir À NOITE?!

Luka revirou os olhos, não podia desmenti-la.

- Ok... Eu acordo... Sozinha!

- Sua chata. – resmungou.

- Karin deu notícias? – ela perguntou.

- Ela disse que precisa de você, lá no outro mundo, para resolver uns probleminhas.

Após a grande luta entre demônios, as coisas iam se resolvendo pouco a pouco.

[Flashback On]

Vinny e Luka olhavam atentos para o quarto quando Shelley saiu carregando a Lança Real em uma mão, e a cabeça de seu pai na outra. A loira pareceu enfraquecer de repente e desmaiou. Sua armadura foi desaparecendo, entrando em seu corpo novamente, os chifres retorcidos foram se escondendo e as asas desaparecendo. Restaram só os restos da antiga camisola, trapos. Luka foi até ela e a pegou no colo. Ele cuidaria de Vinny depois, aliás, machucado como estava, não iria muito longe.

[Flashback Off]

- E o Vinny? Como ele anda se comportando?

- Há! Esse está quietinho mesmo. Tenho um tratamento todo especial para ele caso tente alguma travessura.

[Flashback On]

Vinny aproveitou que Luka fora deixar Shelley em um quarto e saiu andando pelo corredor. Com o braço decepado e o ombro sangrando, deixava rastros indiscretos. Ao atravessar alguns corredores, encontrou a Guarda Real inteira derrotada, caída no chão. Só estavam de pé duas figuras, Allyan e Karin. Karin sentiu a presença de Vinny e já ia atrás dele com a foice preparada, Allyan tentou impedi-la, mas não adiantou. Vinny estava aterrorizado, nunca tinha visto sua irmã daquele jeito. Luka apareceu e interveio na situação, colocando-se a frente de Vinny.

- Calma, Karin. Não o mate. Tenho outros planos para eles.

Karin parou e foi pega por Allyan, após uma tentativa de fazê-la voltar ao normal, ela caiu em si e acordou.

[Flashback Off]

- Deve ser algum problema com a Guarda Real. Depois que minha irmã acabou com todo mundo, estamos sem demônios para preencher as vagas. – disse Shelley.

Shelley e Luka voltaram para o mundo humano enquanto Karin e Allyan preferiram ficar por lá. Mas de vez em quando, eles invertiam essa ordem.

- Mas e você? – Shelley aproximou-se de Luka, envolveu o pescoço dele com seus braços e puxou-o novamente para a cama. – Está gostando de ser o “delegado” da prisão do inferno?

Luka beijou Shelley enquanto suas mãos percorriam seu corpo e a ajeitavam sob ele.

- É divertido maltratar o Vinny, mas prefiro esse mundo aqui, principalmente quando eu tenho você assim... Cheia de amor pra dar... – ele voltou a beijá-la, mas logo foi interrompido.

- Humpf. Vai nessa. Tenho que trabalhar. – ela se levantou da cama, fugindo dele e carregando o lençol envolto em seu corpo.

- Ah, é. – ele concordou desanimado. – Afinal você é a Rainha do Submundo, ou uma das...

- Karin só quer saber do Allyan e daquela biblioteca. Então quem acaba cuidando de tudo sou eu.

Karin havia tomado posse da biblioteca que separa os dois mundos, além de carregar o status de Rainha, compartilhando-o com sua irmã. Allyan se tornou responsável pela Guarda Real, Luka pela prisão e Shelley, literalmente, reinava. Tudo na mais perfeita paz em um mundo onde demônios dominam? Bom... O mundo é um verdadeiro paradoxo, ou melhor, os mundos são. Shelley continuava com o trabalho de modelo fotográfica e Luka como fotógrafo. De vez em quando, Allyan e Karin apareciam para trabalhar também, mas servia mais como um passatempo para eles. Vinny não fora morto, mas estava preso sob vigilância constante e com o braço já restaurado. Hehe. E Luka e Allyan estavam cada vez mais próximo do que pode ser chamado de demônio.


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Notas finais do capítulo

Bom, pessoas... Espero que tenham gostado de mais uma de minhas histórias. Provavelmente terei um ou dois OVA's para postar, mas não tenham muitas esperanças.
Agradeço a todos os leitores desta fic e faço um agradecimento especial a quem deixou as recomendações. P.S.: História nova sendo lançada - Serial Crime! Quem quiser dar uma lida, fique a vontade