Destinos das Próximas Gerações - escrita por PattyPanddy


Capítulo 6
Kapitel 6


Notas iniciais do capítulo

Gente, vão se passar dez aninhos nesse Kapitel! Espero que gostem do resultado desse tempo de separação que Richard e Violet tiveram e principalmente do reencontro que promete ser.... bom é melhor vc's conferirem com os seus próprios olhos.

Boa Leitura.



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  Dez anos se passaram desde que à família Mustang havia se instalado no Leste. Richard já era Tenente-Coronel e já tinha pegado gosto pela coisa de exercito, e aprendido tudo que seu pai sabia sobre a alquimia das chamas, Raymond se tornou um ótimo atirador de elite – assim como a sua mãe – e estava como major, não se importava muito com o trabalho, apenas no quesito “ação” no qual ele estava sempre presente, em outros vivia como Roy em sua melhor época, não fazendo nada de útil, o contrário de Richard que fazia questão do trabalho todo em ordem, ele tinha motivos, sempre que terminasse poderia sair para arranjar uma garota por aí.

Rachel estava agora com 16 anos, ela era linda assim como Riza e por onde passava arrastava os olhares para si, mas se alguém tentasse alguma coisa com ela era logo esnobado, Rachel não queria qualquer cara, era uma das mulheres mais difíceis e bonitas de todo o leste.

Na central não mudou muita coisa, Gregori tinha aberto uma loja de próteses e trabalhava lá com o auxilio de sua mãe, e Violet tinha se tornado uma professora, dava aulas para crianças o dia todo, e estava noiva de um dos partidos mais cobiçados de toda a central, até o momento em que...

No leste

- Pessoal, quero comunicar-lhes que eu fui transferido para a Central, e alguns de vocês virão comigo, incluindo o meu irmão, temos um caso muito importante que precisa ser rapidamente solucionado e por isso a Central nos convocou, entenderam?

- Sim Tenente-Coronel Mustang. – todos em conjunto o responderam.

- Agora me deixem sozinho na minha sala, eu preciso fazer um telefonema.

- Sim senhor.

Ao saírem Richard disca um número no telefone.

- Alô, mãe?

- Fala Richard.

- Comunique ao Führer que estamos indo para casa.

- Pode deixar, ele ficará muito feliz.

Roy havia se tornado Führer e ele e Riza moravam na Central, deixando os filhos viverem as suas vidas no leste, até essa transferência. Quando Richard chegou, comunicou a notícia para Rachel que ficou feliz em saber que iria se reencontrar com os pais em poucos dias.

Chegaram sem nenhum alarde na central, em trajes civis, chamaram um táxi e foram para a casa de seus pais, onde moravam antes de se mudarem para o leste. Cumprimentaram-se e ajeitaram as suas coisas nos seus devidos quartos, foram jantar em família para colocara as notícias em dia.

- E aí mãe, como está à tia Winry?

- Ela está bem, a vi hoje cedo.

- E o Gregori?

- Para resumir, ele está muito bem e todo mundo que você conhece também, Gregori esta trabalhando muito por esses dias, por que não o chama para dar uma volta e quem sabe ver umas garotas por aí – dizia Roy.

- Boa idéia.

- Pai, a filha do Havoc está gatinha? – Pergunta Raymond na maior cara de pau.

- Não tanto quanto a sua irmã.

- Obrigada papai, e como anda a Violet?

- Não soube, ela vai se casar.

- O que? – Richard ficou pasmo com isso – Com quem?

- Com o filho de um dos maiores exportadores do país, por que, está com ciúmes?

- De forma alguma, quero que ela seja muito feliz.

- Liga não pai, ele tem uma namorada nova a cada semana, qualquer notícia de casamento perto dele é uma ameaça de morte. – Raymond brincava com a fama do irmão.

- Olha como fala com o seu superior irmãozinho.

- Ta bom, já entendi Tenente-Coronel.

A noite foi agradável, conseguiram matar um pouco da saudade que os rodeava, após o jantar foram para casa, descansaram por toda a noite. Logo pela manhã já voltara a escutar tiros vindos a arma de Riza.

- Raymond, você ficou pior que o seu pai com os horários.

- Desculpa mãe, prometo que não acontece mais.

- Acho bom mesmo.

- Vou sair e dar uma volta pela cidade antes de começar o meu expediente aqui na central – dizia Richard já todo fardado.

- Se quiser encontrar o Gregori, ele estará na loja de próteses no centro da cidade.

- Obrigado mãe.

Richard começou a caminhar e perceber que foi muito bom ser transferido para a central, havia muitas garotas bonitas por ali – estas que não paravam de olhá-lo, admirando homem tão lindo – chegou á loja de Gregori bem curioso, o amigo de infância estava bem diferente do que ele se lembrava.

- Oi Greg, quanto tempo.

- Oi... – ele ficou um pouco surpreso por ver quem estava em sua loja, ainda não acreditava no que os seus olhos estavam vendo – Richard! Caramba quase não te reconheci com essa farda.

- Pois é, parece que eu acabei pegando gosto pela coisa.

- Pegando gosto pelo exercito ou pelo sucesso que faz entre as mulheres?

- As duas coisas, mas me diz como anda a vida?

- Anda bem, pena que eu ainda estou solteiro.

- E isso é problema?

- Claro que é, quero alguma mulher para casar, é muito humilhante ver a sua irmã mais nova se casando na sua frente.

Derrepente alguém interrompe.

- O que tenho eu nessa conversa?

- Violet? – Richard perguntava meio bobo ao ver que ela tinha crescido e ficado maravilhosa.

- Sim, e quem é você?

- Não se lembra de mim sua X9?

- Richard?

- E quem mais seria com todo esse charme, beleza...

Ele parou de falar ao sentir um súbito abraço de Violet, que o apertava com força.

- Violet eu sei que eu sou irresistível, mas não é para tanto.

- Seu idiota! Continua o mesmo garoto convencido de sempre.

- Eu tenho motivos.

- Mas o que você está fazendo aqui na central?

- Vou trabalhar aqui agora, não notou a farda?

Ela o olha novamente – Nem tinha percebido, fiquei tão feliz por te ver que... Deixa para lá, que bom que você está aqui, assim pode ir ao meu casamento no próximo mês.

- Você já vai se casar? Não está muito nova para isso?

- Que nada, quando a gente encontra a pessoa ideal, nunca é cedo.

- Pessoa ideal para se amarrar, você quer dizer.

- Você diz isso por que não deve gostar de ninguém.

Ele fala em um tom tristonho - Eu já gostei um dia, - muda drasticamente em tom mais alegre e debochado - mas agora prefiro apreciar todas que me interessam e me divertir um pouco, amar não é para mim.

- Parece mesmo.

- Como eu ia dizendo Greg, você não quer sair essa noite comigo para encontrarmos algumas solteiras por aí?

- Você está tentando me irritar? – dizia Violet sem deixar o irmão responder.

- Não, mas estou conseguindo?

- Seu idiota! – ela sai da loja batendo os pés.

- Ela não muda.

- Nem você Rich.

- E aí topa sair hoje para conquistar o coração das mulheres dessa cidade?

- Vamos sim, a gente aproveita e coloca o papo em dia.

Richard não demorou muito na conversa com Gregori e foi para o quartel, sendo recebido com muitos elogios e cumprimentos – por ser filho do Führer – ganhou uma sala imensa. Trabalhou o dia todo e quando escureceu tratou de se arrumar e se encontrar com seu amigo de infância, indo até a casa dele.

Bateu na porta e foi recebido por Winry que o fez entrar e esperar por Gregori na sala. Violet estava em casa, quando desceu as escadas trajando um belo vestido lilás que se sobre saía com a pele clara e os belos olhos e cabelos dourados, ela se deparou com o olhar de Richard.

- Fiquei bonita Richard?

- Muito.

- Que bom, por que eu vou sair com vocês.

- O que?

- Oras achei que vocês fossem sair para relembrar os velhos tempos, qual o problema de eu ir junto?

- Você é garota.

- E o que tem isso?

- As mulheres não vão querer se aproximar.

- E daí?

- Quem sai perdendo somos nós e não você.

- Ainda não vejo problema algum.

Gregori desce a escada reclamando.

- Nem adianta que você não vai conseguir convence-la a ficar, ela é mais teimosa do que qualquer coisa.

- No exercito temos bastantes pessoas assim.

- E o Raymond, cadê ele?

- Está nos esperando no carro, ele não quis descer.

- Não vamos deixá-lo esperando – respondia Violet já abrindo a porta.

- Não tem jeito mesmo?

- Pior que não meu amigo.

Eles entraram no carro, Raymond dirigia e Richard estava no banco do passageiro, enquanto os Elric estavam no banco de trás.

- Não é muito educada uma dama estar no banco de trás. – reclamava Violet.

- E não é muito educada uma dama que está prestes a se casar sair com três homens. – debochava Raymond.

- Que eu me lembre, você não era assim Ray.

- A guerra muda às pessoas.

- Vocês foram para a guerra?

- Fiquei pouco, fui atingido em uma explosão, mas o Rich ficou lá por um bom tempo comandando as tropas.

- Sério Richard?

- Prefiro não tocar nesse assunto.

- Ele matou por acidente uma mulher com uma criança nos braços, por isso ele não gosta de se lembrar. – Raymond tentava explicar.

- Eu já disse para não tocar nesse assunto. – Richard estava bravo.

- Eu sinto muito. – dizia Violet com um pouco de remorso de ter perguntado.

- Não precisa sentir nada, você não estava lá.

Raymond estaciona o carro em frente a uma lanchonete, e logo em seguida Richard sai com rapidez, para que não voltassem ao assunto da guerra. O restante o acompanhou até uma mesa, que ficava na varanda da lanchonete, tendo uma boa vista da avenida e da bela noite.

Todos pediram uma rodada de bebida, Richard e Gregori beberam wisky, Raymond tomou vodka e Violet tomou vinho. A conversa estava ótima, eles estavam relembrando o que eles faziam juntos na infância, começaram a dizer o que fizeram quando estavam longe, de suas profissões, até ficarem bêbados, a mais sóbria do grupo era Violet que tinha bebido alguns – em excesso - copos de vinho.

Raymond foi embora com Gregori andando pelas ruas, deixando Richard sozinho com Violet na mesa.

- Senti a sua falta – Richard dizia virando mais um copo de bebida na boca.

- Isso é papo de bêbado.

- Não é não, e bêbado tem o costume de sempre dizer a verdade.

- Também senti sua falta.

- Desculpa eu ter ficado longe.

- Era o seu destino ir para o exercito, não se culpe.

- Mas eu fiquei longe no memento em que eu mais queria ficar perto de você.

- Como você disse naquela época, não daria certo.

- Eu estava enganado.

- Como pode ter tanta certeza?

- Não encontrei nenhuma mulher a sua altura, nos dois sentidos.

(N/A: ele se refere na altura dela na qual era parecida com o de seu pai na juventude e na altura de qualidades)

- Está me chamando de pintora de rodapé?

- A pintora de rodapé mais encantadora que eu já conheci.

Richard não deixou que ela lhe respondesse mais nada e selou os seus lábios nos dela, com um profundo e caloroso beijo. Violet retribuiu o beijo sem pestanejar, ela sonhara com aquele beijo desde que ele partiu para o leste, e em todos estes anos ela nunca esqueceu a sensação que sentia ao beijá-lo, da língua dele vasculhando a cada canto de sua boca em um ato desesperado de lhe transmitir o que ele sentia em relação a ela.

Após algum tempo eles afastaram seus lábios, mas não deixando os rostos distantes um do outro, eles estavam bem próximos, se perdendo nos olhares um do outro, e em sussurros ternos e gentis Richard despejou o que havia dentro de seu coração.

- Você não sabe o quanto eu esperei e sonhei com este momento – dando-lhe um sorriso típico dos Mustang que encantava a todas que o viam.

- Se for o mesmo tempo que eu esperei, foi uma eternidade – retribuindo o sorriso.

- Senti tanta falta desse sorriso, desses lábios, desses olhos...

- Você é o mesmo idiota de sempre, gasta todo o tempo falando em vez de me beijar de uma vez.

- Foi você quem pediu – sorrindo novamente e a beijando, mas dessa vez com mais volúpia e desejo.

Continuaram a se beijar durante mais algum tempo, sem se importar se estavam sendo observados pelas pessoas da lanchonete ou pelas pessoas que passavam pela rua naquele momento. Eles foram interrompidos pelo garçom que veio lhes trazer a conta, Richard pagou resmungando por aquele absurdo e por Raymond e Gregori irem embora sem ao menos deixarem uma nota de dez, ele saiu daquela lanchonete, acompanhado de Violet.

Foram andando até o carro e Violet se colocou no lugar do motorista, tirou os saltos e os jogou o banco de trás, Richard não se importou com isso – ele estava acostumado por sempre os seus subordinados dirigirem o carro, mas mesmo assim de vez em quando ele gostava de estar como motorista – ela dava a partida e sorria com os elogios que Richard lhe dizia.

Ela estacionou o carro perto de sua casa e logo se virou em direção a ele.

- Nos vemos amanhã?

- Por que temos que esperar tanto tempo, pode continuar a me ver hoje mesmo.

- Não estou te entendendo.

Ele a beijou novamente.

- Entendeu agora?

- Esqueceu que eu sou loira, demoro um pouco para entender certas coisas. – sorrindo para ele.

- Então eu acho melhor te explicar de um modo que você entenda – ele começa a beijar o pescoço dela, trilhando os beijos até a boca dela – está começando a entender agora?

- Eu acho que vou precisar de mais aulas para poder entender melhor – ela puxou-o para mais perto de si, dando-lhe mais um beijo.

Ele se afastou um pouco, queria continuar em um lugar mais confortável do que um carro.

- É a segunda vez que você se afasta de mim em momentos como esse.

- Dessa vez não vou me conter, mas prefiro ir para um lugar melhor.

- E o que você sugere?

- Vamos para um hotel, que tal?

- Há essa hora? Não sei se devemos.

- E tem hora melhor que esta?

Violet apenas sorriu e voltou a dar partida no carro, ela conhecia um hotelzinho perto dali que não era muito caro. Quando chegaram ao local, foram direto para a recepção, aonde uma adorável moça os recebeu.

- Boa noite Senhor.

- Boa noite, eu gostaria de um quarto de casal, por favor.

Enquanto pegava a chave, ela não conteve a pergunta.

- Desculpe me intrometer, mas vocês são casados ou namorados? Sinto que já vi a senhorita por aqui.

Tanto Richard quanto Violet ficaram sem graça.

- Eu acho um pouco difícil você ter nos visto, somos novos aqui na cidade e estamos apenas de passagem.

Mesmo sem entender muito bem, e um pouco desconfiado a recepcionista entregou-lhe a chave.

Eles subiram pelo elevador, assim que as portas do mesmo se fecharam não pararam de se beijar. Chegaram ao quarto no maior agarro e se atrapalharam ao abrir a porta do quarto, eles não queriam se desgrudar nem por um segundo.

Ambos estavam desesperados um pelo corpo do outro, para virar um só, para se entregarem aquele prazer que há anos os consumia.

Rapidamente foram se livrando das roupas que vestiam, ficando nus em pouco tempo. Richard a deitou na cama com delicadeza, se afastando um pouco apenas para poder observá-la, mas não consegui ficar assim por tanto tempo, queria tocá-la, senti-la em seu corpo, escutar seus gemidos e leva-la ao ápice junto a ele.

Ele passou a sua boca por toda a extensão do corpo da loira, a fazendo gritar o seu nome por diversas vezes, mas ela não queria ser a única a sentir todo aquele prazer, queria se divertir também e mostrar-lhe que ela também poderia levá-lo a loucura.

Violet brincava com o membro dele em sua boca, fazendo-o gemer e suplicar por mais, depois de algum tempo de carícias, Richard não se agüentava mais ficar sem penetrá-la, sem se satisfazer totalmente da mulher que tanto desejou, sem estarem finalmente unidos como um só. Com cuidado e rapidez ele foi ajeitando-se em meio às pernas dela.

- Está pronta? – ela falava sobre ela.

- Como nunca estive em toda a minha vida – sorria para ele.

Ele apenas retribuiu o sorriso antes de penetrá-la, começou com movimentos leves e calmos, ele escutava ela gemer enquanto a mesma arranhava toda a extensão de suas costas, Richard reparou que dentro dela estava demasiadamente apertado e quando a olhou, percebeu que ela sagrava com os movimentos.

- Violet você...

- Não diga nada.

- Mas...

- Você foi o único com quem eu sonhei estar neste momento. – puxando-o para um beijo.

  Com o ritmo em que se acostumava dentro de Violet, os movimentos e estocadas foram aumentando e ficando cada vez mais intensos, fazendo ambos gemerem e gritarem o nome um do outro cada vez mais alto e com mais vontade. Violet cruzava as suas pernas em volta da cintura de Richard com o intuito de que ele aumentasse a intensidade, e ele por sua vez lhe correspondia com o mesmo desejo e fervor.

Continuaram por muito tempo até que já não se agüentassem mais, chegando ao êxtase juntos, e juntos dormindo em um sono profundo agarrados naquela grande cama de casal. Ao clarear do dia, alguns raios de sol adentram ao quarto fazendo com que Richard abrisse os olhos e não encontrasse mais ninguém naquele quarto a não ser ele mesmo.

Richard se desesperou quando não viu Violet ao seu lado, levantou-se com tanta pressa da cama que sentiu tudo rodar e uma forte dor de cabeça, sim ele estava de ressaca, e pior do que isso era saber que a mulher da sua vida já não estava mais ali, o abandonou enquanto dormia.

Ele tratou de tomar um rápido banho frio e se trocou indo diretamente a recepção do hotel. Entregou a chave à moça da recepção e lhe pagou pela noite, então não teve dúvidas em lhe fazer uma pergunta.

- Com licença, a senhorita poderia me dizer se viu a mulher que estava comigo ontem a noite sair hoje pela manhã?

- Eu vi sim, ela saiu correndo bem cedo, parecia estar com pressa para algum compromisso, apenas deixou essa chave para o Senhor. – entregando-lhe as chaves do carro.

- Oh, obrigado! – ele se virou e deu alguns passos, mas voltou à recepção e anotou alguma coisa em um pedaço de papel – isso é para você, quando se sentir sozinha ou quiser sair para se divertir, me liga! – olha o sorrido dos Mustang aí de novo.

A mulher ficou encantada e muito corada com a proposta, sorriu timidamente para Richard que dessa vez se afastara de verdade para longe da recepção indo para o estacionamento do hotel em busca de seu carro.

Dentro do carro, enquanto dirigia, ficava a pensar o porquê Violet o deixara deitado dormindo e não lhe disse nem ao menos um adeus, apesar dele já ter feito isso com várias mulheres, com Violet era realmente diferente e significava alguma coisa para ele, Violet não era apenas uma garota que se dorme por uma noite e se esquece no outro dia, ela era especial, era a mulher que ele amava.

Chegou à sua casa e se trocou em menos de cinco minutos, descendo rapidamente para tomar um café antes do trabalho.

- Como foi a sua noite Richard? – Roy lhe questionava enquanto lia o jornal.

- Muito boa.

- E onde você dormiu? – Riza um pouco preocupada.

- Fica calma mãe, dormi em um hotel e muito bem acompanhado.

- E a Violet? – Raymond ainda meio zonzo de sono, e se relembrando da noite passada.

- Ela foi para casa um pouco depois que vocês saíram.

- Estranho ela ficar um pouco mais depois do Gregori ir para casa e ainda por cima ficar lá com você.

- Mais estranho é você se lembrar de tanta coisa depois de um porre.

- Eu não estava de porre.

- De porre e sem pegar ninguém.

- Não enche.

Um tiro corta a conversa.

- Passam-se os anos e eu ainda tenho que parar as discussões de vocês desse modo.

- Desculpa mãe. – os dois diziam juntos.

- Vamos logo para o quartel, ou querem chegar atrasados na primeira semana?

- Er...

- Calado quanto a isso Raymond – Richard se virava em direção ao irmão.

- Eu nem disse nada.

- Mas pensou em dizer.

- Caramba nem sendo filho do Führer e da primeira dama, irmão do Tenente-Coronel consigo um descanso.

- Para mim já é um milagre você estar no posto em que está.

- É mesmo Raymond – Riza ficava pensativa – desde quando você se tornou assim?

- Er... Melhor irmos logo para o quartel, não queremos nos atrasar não é, vou esperar vocês no carro.

Raymond sai o mais rápido que pode daquele local, ele estava estranhamente nervoso em relação a sua mudança de comportamento.

- Richard o que aconteceu com o seu irmão? – Roy perguntava, agora era ele quem estava preocupado.

  Richard tenta desviar o olhar e avista a irmã descer as escadas.

- olha ali a Rachel, pergunta para ela.

- Perguntar o que? – ela fazia uma cara de quem não fazia a mínima idéia do que estava acontecendo.

- O que aconteceu para o Raymond mudar drasticamente de comportamento?

- Ah é só isso!?

- Responda logo Rachel.

- Ta, ele ficou vagabundo desse jeito depois que a namorada dele morreu num acidente de carro enquanto estava fugindo com outro cara.

- Direta você hein maninha?

- Aprendi com a mamãe. ^^’’

- Bom, vamos deixar isso para mais tarde, temos que trabalhar e a senhorita ir para a escola nova.

- Sim senhora e espero que tenha um cara a minha altura aqui na central.

- Que jeitinho assanhado todo é esse menina? – Riza perguntava espantada.

- Fique tranqüila mãe que eu vou dar uma passadinha na escola dela durante a tarde e ver se não tem nenhum engraçadinho dando em cima da minha irmãzinha.

- Tem horas que você é um chato, sabia Rich?

- Papel de irmão mais velho, fazer o que?

Ela o abraça – Mesmo assim eu te amo Rich.

- Eu também pequena.

Mais um tiro.

- Vamos, ou terei que gastar mais balas?

- A primeira dama é quem manda. – os dois se colocavam em posição de sentido.

Todos foram para os seus devidos afazeres, durante boa parte do dia Richard passou trabalhando em uma investigação, trancafiado dentro de seu escritório. Quanto estava perto do almoço, decidiu que era hora de dar uma escapadinha do quartel, afinal velhos e maus hábitos não se mudam jamais.

- Major Raymond, poderia me acompanhar a um reconhecimento de território?

- Ah Tenente-Coronel - falava em um desanimo – O senhor não poderia pedir para outro fazer isso? Não percebe que eu já estou reconhecendo o território.

Raymond apontava para uma das militares que estava no balcão assinando alguns papéis.

- Tudo bem então eu escolherei outra missão para você.

- Como é que é?

- Isso mesmo.

Richard chama a militar a qual Raymond avia lhe apontado, e ela lhe obedece.

- Tenente-Coronel Mustang eu estou as suas ordens, para o que necessita de mim?

Ele olha em seu crachá - Muito bem Sargento Beatrice, eu estava analisando o seu desenvolvimento e vejo que a senhorita não está na sua melhor condição de atiradora e tenho que lhe informar que terá que fazer aulas extras com o Major Raymond.

- Sim senhor, mas tem certeza de que será preciso?

- A senhorita está questionando as minhas ordens Sargento?

- Não senhor.

- Então se retire e vá treinar imediatamente, e o senhor também Major.

- Como quiser Tenente-Coronel – enquanto passava ao lado do irmão mais velho, ele sussurra – Valeu! Eu te devo uma.

Richard apenas faz um meio sorrido com ar de missão cumprida, então depois de uma boa ação ele decidiu ir sozinho ao seu reconhecimento pela central. Richard dirigia em direção a escola da irmã, mas não contava encontrar pelo seu caminho uma pessoa muito conhecida por ele.

Richard desceu do carro, ele estava fardado, fazendo com que as atenções de todas as mulheres se direcionassem a ele. Ele andava normalmente em direção a escola, com a desculpa de que iria ver a sua irmã, então se aproximou de quem mais desejava.

- Bom dia Violet!

Ela se assustou ao ouvir aquela voz e rapidamente se virou para trás, ficando de frente para ele.

- Richard! Você é um idiota, chega desse jeito e fica assustando as pessoas.

- Estou de serviço, qualquer ofensa que você me fizer é crime sabia?

- Eu sei muito bem que você não se ofende fácil.

- Você me ofendeu quando me deixou sozinho hoje de manhã.

- Shiiiiiii... Quer que as pessoas escutem?

- E qual é o problema?

- Eu estou noiva, e o que aconteceu ontem foi um erro que nunca mais será repetido.

- Nunca imaginei que você achasse um erro enquanto gemia o meu nome em cima de uma cama. – ele fazia uma cara de cínico.

Ela coloca a mão sobre a boca dele – Cala a boca, isso nunca deveria ter acontecido, eu nem mesmo gosto de você.

- Então tudo que me disse ontem era mentira?

Ela estremeceu – Era.

- Não acredito em você.

- Não preciso que você acredite, apenas que fique longe de mim.

- Tudo bem, se quiser não toco mais nesse assunto.

- Certo, então pode ir.

- Nem pensar.

- Por quê?

- Eu vim ver a minha irmã ou você pensa que eu vim até aqui para te ver.

- Bom eu...

Violet fora interrompida por uma jovem que trajava o uniforme escolar e que vinha correndo em direção ao militar.

- Rich, você veio – lhe dando um abraço.

- Eu não te disse que vinha?

- Você sempre cumpre o que me diz, e quem é esta com quem você está conversando?

- Não se lembra dela? A filha da tia Winry, a Violet.

A garota ficou pensando e analisando Violet por algum tempo até se lembrar.

- É mesmo você Violet?

- Sou eu sim, não me diz que você é a Rachel?

- Sou eu.

- Nossa como você cresceu, nem mesmo eu te reconheci.

- Mas você me reconheceu rapidinho – Richard sussurrava para si mesmo.

- Disse alguma coisa Richard? – Violet o questionava.

- Não é nada não, mas já que vocês se reencontraram vou deixar vocês conversarem e voltar para o trabalho.

- Tchau maninho – dando-lhe um beijo na bochecha – você vai vir me buscar hoje?

- Vou tentar fugir da mamãe e venho sim.

- Obrigada Rich.

- E você Violet...

- O que?

- Até qualquer dia desses, foi bom te ver.

- Eu digo o mesmo.

- Não vai me dar nem um beijinho na bochecha de despedida Violet?

- Sou noiva, não pega bem eu fazer isso em público.

- Você está noiva e não amordaçada, e afinal somos apenas amigos e não tem nada de mais um beijinho na bochecha de um amigo. – cara de cachorrinho pidão.

- Tudo bem, mais não se acostume por que o meu noivo é bem ciumento.

Violet lhe dá um beijo na bochecha, não imaginaria que apenas em um singelo beijo na bochecha a faria enlouquecer ao sentir o perfume másculo e tentador, mas não podia mostrar a ele que isso mexeu com ela e se afastou.

- Acho melhor eu ir indo, afinal eu tenho muito serviço para fazer.

- É também acho. – ela estava levemente corada.

A medida em que Richard se afastava, Violet o seguia com os olhos sendo facilmente notada por Rachel que estava ao seu lado.

- Você ainda sente alguma coisa pelo meu irmão não é?

- Que isso Rachel, eu estou noiva não tenho por que pensar nessas coisas.

- Estar noiva não quer dizer que ainda não pode pensar e nem sentir nada por ele.

- Pare de dizer besteiras.

- Eu acho que você precisa saber que ele se tornou mais sério por sua causa.

- Até parece, o Richard? Sério?

- É! Ele dizia que se ficasse sério ele poderia ir mais longe ao exercito e poder voltar mais rápido para te ver.

- Eu não sabia disso.

- Ele fez o Raymond e eu prometermos que não iríamos contar isso para ninguém, ele não queria que ninguém achasse que ele estava fazendo tudo isso por uma garota.

- Ele fez tudo isso por mim?

- Mas quando ele descobriu que você tinha começado a namorar, ele não se importou mais e voltou a ser o mesmo mulherengo de antes, eu acho até que ele ficou pior, mas não deixou a seriedade, ele disse que as mulheres adoram e que não podia mudar de atitude no exercito.

- Ele nunca toma jeito, sempre será aquele moleque que encantava todas as garotas que o olhavam e se fazia de difícil, mas acabava cedendo as suas admiradoras.

  As duas continuaram a conversar durante algum tempo, até necessariamente Rachel voltar para a sua sala.

   Continua...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e me deixem bastante review(s) pq eu adoro ler.

e como tds já sabem: desculpem qualquer errinho bobo.

e não se preocupem que o próximo Kapitel já está pronto e eu só preciso fazer alguns ajustes antes de postá-lo p/ vc's.

Bjooooooossss.



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