Destinos das Próximas Gerações - escrita por PattyPanddy


Capítulo 17
Kapitel 17


Notas iniciais do capítulo

eeeeeh! Agora eh semanal!!!
Gente fikem ligados pq a partir de hoje a fic vai ter um Kapitel por semana, ou seja, toda quarta-feira tem um Kapitel novo e fresquinho p/ vc's!

Espero que gostem e Boa leitura! (N/A: Deixem Reviews)



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 Após Rachel entrar no quarto aos prantos, ela foi diretamente à direção de Richard e o abraçou sem conseguir dizer nenhuma palavra apenas lágrimas escorriam em seu rosto. Richard se preocupou, fazia muito tempo que não via a irmã assim, de forma tão desesperada.

 Quando parecia que o choro havia diminuído, Richard puxou o rosto dela e a encarou como se suplicasse por respostas. Rachel limpou os olhos e respirou fundo, ela ainda estava absorvendo a informação que recebera.

 - Está pronta para me dizer o que aconteceu?

 - Rich... Eu não quero ir...

 - Ir para onde?

 - Para o reformatório do norte.

 - Mas por que você iria para lá?

 - Eu acidentalmente...

 - O que você fez Rachel Mustang Hawkeye?

 - Eu explodi uma pequena parte do quartel com a arma que eu inventei.

 - Que tamanho é essa parte? – ele olhava-a desconfiado.

 - Vamos dizer que agora o quartel está 1/3 menor do que era.

 - O que? Como você fez isso? Destruiu a minha sala? Por que a mamãe não te matou ainda? Que merda de arma é essa? Você está louca? Matou alguém? Os federais estão atrás de você? O que o papai fez? E por que diabos o norte iria querer você por lá? O que você estava fazendo no quartel também? E por que testar uma coisa dessas por lá? – ele quase berrava.

 - Calma que eu respondo tudo, eu explodi uma parte do quartel por que estava testando uma arma que eu criei, não destruí a sua sala, a mamãe não me matou por que o papai não deixou, era uma arma que atira chamas enormes, eu não estou louca e não matei ninguém, só feri alguns federais que não vieram atrás de mim por que o papai também não deixou, o norte era pra eu poder aprender a ser disciplinada pela tia Olivie e ajudar na fronteira do país, eu estava de passagem pelo quartel e decidi testar a potencia da minha arma já que não tinha ninguém por perto.

 Richard olha-a pasmo – Como assim não destruiu a minha sala? Que tipo de irmã é você que nem para me ajudar serve e se era pra destruir o quartel porque não começou pela minha sala? É um lugar inútil mesmo.

 Violet e Rachel o olham mais pasmo ainda.

 - Richard! Isso não é jeito de falar com a sua irmã, você deveria dar uma bronca nela ou algo do tipo, mas você só se importa com a sua sala.

 - E qual o problema, já que ela ia destruir o quartel mesmo, poderia muito bem ter destruído a minha sala, assim eu não precisaria voltar a trabalhar ou dividir uma sala com outros federais.

 - Rich o que eu faço agora?

 - Primeiro: tenta encarar a mamãe sem morrer, Segundo: Usa toda a influencia que você tem com o papai ao seu favor e Terceiro: Não me mete nisso.

 - Richard!

 - Que foi? Eu não quero levar bronca por causa dela, eu já tenho bastante coisa para me preocupar.

 - Como por exemplo? – Rachel o olhava descrente.

 - Cuidar dos meus filhos, apesar de um deles ainda não ter nascido e cuidar dos preparativos para o meu casamento, arranjar uma casa para morar, mobiliar...

 - Chega! Eu já entendi, mas ainda não acredito que você está falando em casamento – ela olha-o meio desconfiada – tem certeza de que é o Richard mesmo? Aquela pancada na sua cabeça foi forte mesmo não é? Com o que aquele cara te acertou?

 - Sou eu e ele não acertou a minha cabeça.

 - O maior mulherengo deste país vai se aposentar? Não acredito, aonde vai parar a fama dos Mustang desse jeito? Se deixar por conta do Raymond a gente ta ferrado, o nosso nome vai para a lama.

 Richard passa a mão sobre os cabelos e faz uma cara tanto pensativa e logo depois de desespero – Você tem razão! O nosso nome foi para a merda já, o meu filho vai ser a nossa única salvação! Vou começar a treiná-lo para paquerar as menininhas da creche já.

 - Richard!

 - Que é Violet? Quem mandou você se envolver com um Mustang, agora agüente as conseqüências e veja o seu filho se tornar um verdadeiro Mustang.

 - E se eu quiser colocar o sobrenome dele de Elric?

 - Você quer que o meu filho seja menosprezado pelos amiguinhos desde cedo por não ser um Mustang de verdade, de ter um nome genérico e não fazer sucesso com as meninas por onde ele passa?

 - Para de tanto melodrama.

 - Se você fosse um garoto com toda certeza entenderia.

 - Mas como eu sou uma garota e não dou a mínima para isso e ele vai ter o meu sobrenome.

 - E você acha que quando nos casarmos você também não vai ter Mustang no nome? E o que o seu filho iria pensar se a mãe dele tivesse Mustang no nome e ele não?

 Ela olha-o derrotada – Está bem! Você venceu, o nosso filho vai ter o sobrenome de Mustang, mas se a sua irmãzinha não manchar esse nome primeiro.

 - Eu nunca mancharia o nome dos Mustang, tanto que eu já avisei a mamãe que caso eu conseguisse entrar no exercito eu usaria o sobrenome dela.

 Richard cutuca Violet – Esqueceu que ela é puxa-saco da minha mãe e ainda por cima se orgulha de ter o sobrenome dela.

 Rachel escuta e responde a altura – Tenho orgulho mesmo, a minha mãe é uma mulher admirável e eu tenho muito orgulho de carregar o sobrenome dela tanto quanto o do papai, e quero continuar a linhagem dos Hawkeye tanto quanto a dos Mustang.

 - E quando você se casar?

  Richard quase berra – Quem disse que eu vou deixar a minha irmãzinha casar?

 - Calma Rich, por que mesmo que eu me case, não vou mudar o meu sobrenome por nada deste mundo.

 - Assim que se fala, tinha que ser a minha irmã mesmo.

 - Convencido – disseram as duas juntas.

Eles ficaram conversando tempo suficiente para que Riza chegasse até lá e encontra-se Rachel, ela não estava com a cara das mais amigáveis e logo que entrou no quarto pediu para que Violet se retirasse, pois ela tinha um assunto de família para tratar.

 Violet não se opôs ao pedido de Riza e logo quando saiu do quarto, avistou Roy e Raymond se aproximando.

 - Olá Violet, você sabe onde a minha esposa está?

 - Oi tio Roy, ela entrou no quarto do Rich agora e está junto com a Rachel e me parecendo muito nervosa.

 - A ponto de matar alguém?

 - Provavelmente sim.

 - Então eu acho melhor me apressar, foi bom te ver Violet!

 - Até mais tio Roy e também foi muito bom te ver.

 Eles se despediram e Roy entrou mais rápido que um raio no quarto de Richard, quem o via pensava que o mundo estava se acabando e que ele estava tentando impedir tal tragédia. Ao entrar se deparou com Rachel assustada junto a Richard e Riza apontando uma 9mm para os dois e em um estado de nervos altíssimo.

 - Pai!

 - Oi princesa! Parece que eu cheguei a tempo.

 - A tempo de que Roy? – Riza olhava-o quase o fuzilando com o olhar.

 - De impedir que você mate a nossa filha por um mero errinho de cálculo, você sabe tão bem como eu que a Rachel não é uma das melhores alunas no termo “matemática”.

 - Eu sei, mas o que ela fez foi muito sério.

 - Eu também sei disso, mas por sorte ninguém se feriu e também aquela área do quartel estava precisando de uma reforma mesmo.

 - Você só está admitindo isso agora por causa do acidente que a Rachel causou e se não fosse por isso essa obra iria demorar mais uns seis meses.

 - Aí o motivo e agora tem que agradecê-la por ter adiantado essa pequena obra.

 - Pequena uma ova e isso não vai mudar a minha decisão de mandá-la para o norte junto com a Olivie.

 - Por que eu tenho que ficar com ela? Tem tantas pessoas e lugares nesse mundo.

 - Ela sabe muito bem como disciplinar alguém e no norte pelo menos você não pode causar danos a nada e nem a ninguém, exceto pelo país vizinho.

 - E quem disse que eu preciso ser disciplinada?

 - Disciplinada exatamente não, mas se quiser entrar para o exército eu sugiro que comece a treinar o mais rápido possível.

 A loirinha abriu um largo sorriso no rosto e foi correndo aos braços da mãe, esta que retribuiu o abraço vindo da filha que mal podia imaginar que a mãe, apesar de ser daquele tipo “durona”, ela sabe muito bem o que fazer para dar um jeitinho nas coisas sem precisar apelar para castigos mais severos e sem desviar os filhos do objetivo que eles devem seguir.

 Após essa pequena reconciliação Roy, Raymond e Rachel saíram do quarto deixando Riza sozinha com Richard, ela queria conversar sobre algumas coisas em particular com ele.

 - Pelo que vejo você se reconciliou com a Violet.

 - É e vamos até casar.

 - Ela soube sobre o beijo, não foi?

 - Como você... Foi você quem contou para ela?

 - Dessa vez não, mas ela me procurou e me perguntou o que ela deveria fazer depois de ter visto aquilo.

 - E você como sempre não confirmou e nem negou que eu beijei a Simone.

 - Que nada, eu confirmei.

 - Mãe?!

 - Pra que negar uma coisa inegável?

 - Para não ferrar com a minha vida.

 - Olha só quem fala, sai por aí brigando com assaltantes, quase morre e vem me falar de ferrar a vida. – ela vira o rosto como se estivesse ofendida.

 - Me desculpa mãe, eu não queria dizer isso – ele pega na mão dela – eu sei muito bem que você seria a última pessoa que gostaria de ferrar com a minha vida, afinal foi você quem me deu a vida e duvido muito que gostaria de tirar ou ferrar com ela.

 - Parece que se tornar pai te trouxe algum juízo afinal – ela se senta na frente de Richard – a cada dia que se passa você fica mais parecido com o seu pai.

 - Por que você diz isso?

 - Por que quando eu te olho, vejo o mesmo brilho no olhar que eu via no seu pai quando ele era jovem, o mesmo sorriso, o mesmo jeito de menino manhoso – ela o abraça – e o mesmo jeito que me faz lembrar o motivo pelo qual eu amo tanto vocês.

 - E qual seria esse motivo?

 - Que vocês retribuem o amor que eu sinto por vocês do mesmo modo e com acréscimo.

 - Não é para tanto, você merece isso e muito mais, sem você eu não existiria mãe. – ele apertava cada vez mais o abraço.

 Deixando o momento mãe e filho de lado, vamos nos voltar a Violet que andava pelos corredores do hospital sem algum propósito, mas quando se aproximou de um bebedouro viu uma pessoa muito familiar sentada em uma cadeira de rodas e junto a uma mulher.

 - Robert?!

 Ele se vira e olha para Violet, que estava perplexa ao ver o ex-noivo em uma cadeira de rodas.

 - Violet! O que você está fazendo em um lugar como este?

 - Comprando roupas é que não é.

 - Calma, não precisa me responder a patadas eu só queria saber o que você, que é tão saudável está fazendo em um hospital.

 - Desculpa parece que o gênio da tia Riza é contagioso, mas eu estou muito bem e vim até aqui para visitar uma pessoa.

 - Aposto que não sou eu.

 - Não, era o Richard.

 - O que ele tem?

 - Ele estava muito mal por causa de um acidente de trabalho, mas agora ele já está melhor e esta semana ele ganha alta.

 - Que bom que ele está melhor.

 - Eu posso te perguntar o que houve com você?

 - Eu sofri um pequeno acidente enquanto fugia com a minha família e fui pego por parte de uma explosão que estava acontecendo, eu caí em cima de alguns ferros e um deles atravessou a minha coluna e fiquei paraplégico.

 - Minha nossa e quanto tempo faz isso?

 - Cerca de um mês e meio.

 Violet imediatamente se lembrou do acidente de Richard e que este acidente poderia ser o mesmo que deixou Robert naquela cadeira de rodas. Ela não tinha como negar, os fatos se encaixavam perfeitamente e apenas um milagre poderia dizer o contrário.

 - Robert você sabe que tipo de explosão te atingiu, tipo, como ela foi causada?

 - Parece que estava acontecendo uma luta próximo de onde nós estávamos e eu nem pude imaginar que esta luta iria nos atingir, as poucas chamas que eu conseguia ver estavam aparentemente distantes.

 - Mas aí...

 - Aí aconteceu uma explosão enorme, e por mais incrível que pudesse parecer ela era ao nosso lado, então fomos pegos em cheio.

 - Eu acho que você participou do mesmo acidente do Richard.

 - Como assim?

 - Foi ele quem causou a explosão, ele fez isso no meio de uma captura de um assassino em série que ele estava atrás a um bom tempo, com isso ele causou a explosão e foi gravemente ferido por esta mesma explosão.

 - Entendo.

 - Eu tenho certeza de que ele não sabia que você estava por lá...

 - Não tente defende-lo, eu sei muito bem que se ele tivesse planejado isso ele certamente não estaria hospitalizado também.

 - Você tem razão.

 - Você se entendeu com ele?

 Ela fica sem graça – E você nem faz idéia de como.

 - O que você quer dizer com isso?

 - Vamos dizer que o meu entendimento com ele foi bem maior do que nós imaginávamos.

 - Deixe-me adivinhar... Você está grávida?

 - É tão evidente assim?

 - Pra mim é, da ultima vez que te vi você estava mais magra, sem ofensa.

 - Que nada, para ter um filho é preciso passar por isso não é? Ficar gorda pelo meu filho é o menor dos sacrifícios que eu já fiz na vida.

 - O Richard vai assumir?

 - Vai sim e nós vamos até nos casar.

 - Ele está se casando com você apenas pelo filho ou por que se amam?

 - Os dois, mas um filho para ele não significa compromisso com alguém e por mais incrível que possa parecer eu aprendi isso de um jeito inesperado.

 - Como assim?

 - O Richard já tem um filho e este que eu carrego seria o segundo filho dele.

 - Caramba, isso ele não me disse.

 - Faz uns dois meses que ele descobriu isso.

 - E a mãe desse filho?

 - Ela morreu não faz muito tempo, ela era uma mulher admirável e algum dia eu gostaria de ser como ela e de dar a vida por alguém que se ama muito.

 - Ela morreu pelo Richard?

 - Ela apressou o final inevitável dela, para que ele pudesse continuar com a vida dele.

 A mulher junto de Robert o chama e diz que já é hora de irem embora, então Robert e Violet se despedem e ele é levado pela mulher até a saída do hospital. Violet ficou apenas observando e refletindo sobre a sua vida.

 “Se eu tivesse me casado com ele, há essas horas ele estaria de pé e nós estaríamos provavelmente indo para casa” – ela pensava como tudo poderia ter tomado um rumo diferente.

 Derrepente ela sente uma mão tocar o seu ombro e ao se virar percebeu que era Raymond.

 - Obrigado por ter ficado ao lado do meu irmão por todo esse tempo Violet.

 - Você sabe muito bem que para mim isso não foi nenhum sacrifício.

 - E o que você pretende fazer agora que o Richard se recuperou? Vai contar para ele que não terminou com o seu namorado e que ele apenas foi viajar?

 - Eu ainda não tinha pensado nisso, fiquei tão distraída com tudo que está acontecendo que nem me lembrei desse detalhe.

 - E quando ele voltar você vai se lembrar desse detalhe?

 - Vou ter que dar um jeito nisso o mais rápido possível.

 - Eu acho bom mesmo, o Richard não te perdoaria em saber que você está com outro ao mesmo tempo em que está com ele.

 - Você acha mesmo que ele não me perdoaria?

 - Posso te dizer que se ele descobrir tudo isso, ele vai te trair com a central inteira e mais quem estiver disposta a trair os maridos e namorados para ficar com ele.

 - Ele jamais faria isso.

 - Violet, ele já roubou até uma namorada minha por que eu paquerei sem querer uma garota que ele estava afim.

 - Ele fez isso?

 - Fez até pior, alem de sair com a minha namorada ele também saiu com todas as amigas e primas dela.

 - Entendi o que você quis me dizer, o Richard é vingativo.

 - Exatamente, ele te apunhala por onde você menos espera e por onde mais dói.

 - Eu nem sei o que ele seria capaz de fazer comigo...

 - Para que você possa ter uma idéia, quando você escreveu para ele quando nós estávamos no leste dizendo que estava namorando, ele apenas arranjou o Nicolas com a Simone.

 - Entendi.

 - Não o machuque Violet, o Richard tem aquela pose de durão feito a nossa mãe, mas no fundo ele é humano e tem sentimentos como qualquer outro.

 - Eu sei.

 Raymond e Violet se despediram e ambos foram para casa, Violet chegou muito cansada e foi direto para o seu quarto, deduziu por as luzes estarem apagadas que todos deveriam estar dormindo. Após um longo e relaxante banho, ela foi se arrumar em seu quarto e se deparou com sua mãe sentada em sua cama.

 - Mãe?!

 - Oi querida.

 - O que você está fazendo no meu quarto?

 - Eu vim saber notícias sobre o Richard, como ele está?

 - Ele já está bem melhor.

 - Eu soube que ele te pediu em casamento.

 - É... Sobre isso mãe...

 - E o rapaz que você estava namorando e que iria assumir o seu filho mesmo não sendo dele? Eu acho que ele não está sabendo da novidade.

 - Mãe, eu me importo muito com o Carlos e ele sabe muito bem que eu ainda amo muito o Richard, se eu disser tudo que aconteceu para ele...

 - Ele vai entender? – Winry se levanta e vai em direção de Violet – parece que você está fazendo o que mais odeia nas pessoas Violet, está brincando com o sentimento delas e com os seus próprios.

 - Eu sei que tudo isso...

 - Decida-se! E por favor, decida-se logo o Richard e o Carlos não agüentarão esperá-la para sempre e nem mesmo esta criança que está crescendo em seu ventre, a vida é curta Violet e devemos aproveitá-la o máximo possível.

Dito isso Winry sai do quarto da filha e a deixa pensando nos últimos acontecimentos. Desde então uma semana se passou e Richard recebera alta logo pela manhã e queria fazer uma pequena surpresa para Violet – além dele não ter cantado nenhuma enfermeira na sua ausência, pois quando ela estava por perto, ele sempre encontrava um meio de provoca-la cantando as enfermeiras.

 Richard saiu do hospital com a maior calma de todas, apesar de estar praticamente bom, ele não queria andar e preferia muito mais estar sentado no banco de seu carro do que andando vagarosamente pelas ruas e se cansando à toa, afinal preguiça ele tem de quem puxar.

 Conduziu o seu carro por toda a cidade central vagarosamente apreciando as belíssimas paisagens – que faziam questão de jogar o seu charme quando ele passava – ele dirigiu até à frente da casa de Violet, e se surpreendeu ao encontrá-la conversando com um homem na maior intimidade na frente da mesma.

 Richard não fez nada, ficou dentro do carro a observando e analisando as suas expressões e reações com o homem a sua frente. Ele ficou em choque quando viu o homem em questão se aproximando de Violet e selando os lábios dele aos dela, e notou também que Violet não fazia nada para repeli-lo.

 Richard não pensou duas vezes antes de arrancar com o carro daquele lugar, agora ele estava completamente diferente em frente ao volante do que ha poucos instantes, antes de ver a sua amada se entregando aos braços de outro homem. Ele acelerou e parou em frente a uma grande praça, onde jurou em frente a arvore aonde eles tinham se beijado pela primeira vez, que jamais perdoaria Violet e faria de tudo para que ela se arrependesse de tê-lo traído.

 Depois de se expressar com muita fúria no coração, Richard vestiu suas luvas e se afastou um pouco da arvore, e quando menos se esperava ele estalou os dedos e incendiou a mesma. Os olhos dele, assim como o coração, ardiam como as chamas formadas naquela arvore, e diante de tais chamas jurou nunca mais se deixar levar pelos seus sentimentos em relação à Violet.

 Depois daquela tarde nada agitada, Richard foi para sua casa e foi diretamente tomar banho, quando ele saiu de seu quarto devidamente arrumado e perfumado, sentou-se a mesa com sua família para jantar.

 - Nossa aonde meu filho vai todo cheiroso assim? Nem parece que acabou de receber alta do hospital – Riza dizia com um sorriso no rosto por ver o filho bem.

 - Vou procurar uma nora nova para você mamãe.

 - Como assim? – ela olha-o desconfiada – e a Violet?

 - Ela já virou passado e como todo passado deve ser esquecido.

 - Mas Richard...

 - Que foi mãe?! Quer que eu fique pagando de corno por aí ou quer ver o seu filho vivendo a vida dele como o seu marido fazia antigamente?

 - Eu...

 - Moleque cala a boca! – Roy salta da mesa e anda em direção ao filho – Isso é jeito de falar com a sua mãe? Não sabe que ela pode te dar um tiro, ou me dar um tiro lembrando dessas coisas.

 - Mas pai...

 - Eu já não mandei você calar a boca moleque, ou vai querer morrer pelas mãos da sua mãe?

 - Ta – ele se levanta da mesa – Com tudo isso eu perdi a fome, vou sair e não sei se volto hoje.

 - Espera aí Rich – Raymond já colocando o casaco – eu também vou!

 - Achei que você tivesse namorada?

 - E o que isso tem a ver?

 - Ela não vai te matar depois de saber que você saiu com o seu irmão mais velho para caçar mulher?

 - Que nada, a Isabelle não é ciumenta.

 - E está na casa dos tios, no leste – dizia Roy ao fundo.

 - Agora entendi tudo, então vamos.

 - Não voltem tarde e se cuidem, ou vou ter que mata-los quando chegarem.

 - Sim mãe! – disseram os dois juntos.

 Richard e Raymond saíram rua afora e foram diretamente para um bar, sentaram-se em uma mesa e pediram algumas bebidas, o resto eles deixavam por conta de seus genes que puxaram de Roy.

 Enquanto isso na casa dos Elric, Violet jantava calmamente com sua família e com Carlos. O jantar estava silencioso, ninguém trocava argumentos ou palavras desnecessárias, o súbito silencio só foi interrompido com o barulho do telefone.

 - Deixe que eu atendo – disse Gregori se levantando da mesa e indo atender ao telefone.

 Assim que ele desligou o telefone, voltou à mesa e se sentou.

 - Quem era Greg?

 - Era só o Richard e o Raymond me chamando para beber pai.

 - O Richard? – Violet olhou-o incrédula – ele não estava no hospital?

 - Parece que ele saiu hoje e foi comemorar.

 - Mas como?

 - E eu é que vou saber Violet? Se a tia Riza o deixou sair para beber quem sou eu para impedir?

 - Por que ele não me disse nada?

 - Não sei e nem pretendo saber – ele se levanta – bom, eu vou lá encontra-los e comemorar a melhora do meu amigo.

 - Se cuida filho. – Winry disse sem se importar muito.

 - Pode deixar mãe.

 - Espere Greg! – Violet levantou da mesa com pressa.

 - O que foi Violet?

 - E com quem ele deixou o menino?

 - Não sei, mas provavelmente ele ficou com a tia Riza, era só isso?

 - Era sim, pode ir e manda um beijo para eles.

 - Ta. – E Gregori saiu porta afora.

 Violet continuou a jantar apesar de ter perdido completamente a fome, saber que Richard recebera alta e nem havia a informado, a machucava, e ainda por cima ele foi sair com os amigos ao procurá-la. Após o jantar Violet e Carlos foram dar uma volta pela praça, ela estava decidida a contar a ele que Richard havia a pedido em casamento.

 Eles caminhavam vagarosamente pelas ruas até chegar ha praça, um ao lado do outro como um verdadeiro casal, mas Violet sabia que eles jamais poderiam ser verdadeiramente um.

 - Carlos eu queria...

 - Falar sobre o Richard – ele a cortou – se for sobre isso Violet, seja direta e sem rodeios, eu sei que você ainda o ama e que nunca vai sentir o mesmo por mim, ainda mais que você está esperando um filho dele.

 - E você sabe muito bem que eu não quero brincar com os seus sentimentos não é?

 - Sei sim, não se preocupe com isso Violet, eu jamais criaria falsas ilusões de nós como uma família feliz, sem que a sombra do Richard aparecesse entre nós, afinal ele pode te dar filhos e eu não.

 - Não diga isso.

 - Você é a única mulher que sabe que eu não posso ter filhos Violet e foi por essa razão que eu me encantei por você.

 - Carlos eu queria te dizer algo sobre o que aconteceu comigo e com... – Ela para subitamente e se depara com uma imagem deplorável, a arvore onde ela beijou Richard pela primeira vez estava em cinzas.

 - O que foi Violet? – Ele tentou se aproximar dela, mas foi inútil, pois ela andava em direção as cinzas.

 Violet não podia acreditar no que estava vendo, a primeira lembrança de seu amor pelo Richard estava acabado, tudo eram cinza e pó diante de seus olhos, mas algo chamou a atenção de Violet em meio a todas aquelas cinzas, algo que brilhava em meio a tudo aquilo.

 Ela se aproximou do objeto que brilhava e se surpreendeu mais ainda ao descobrir que o que estava diante de seus olhos era uma aliança e dentro dela estava gravado o nome dela e de Richard. Violet começou a chorar segurando o pequeno objeto, apesar de não entender o que estava acontecendo.

Continua...


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Notas finais do capítulo

O drmazinho de vez em quando não faz mal, neh?
Gostaram? Esprem p/ a ver o que vai acontecer com esse casal...

Küsse, Danke!



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