Inglaterra escrita por Anna


Capítulo 32
Um brinde, ou dois... ou mais


Notas iniciais do capítulo

Tudo bem pessoal, depois de um hiatus, (aliás, me perdoem por isso) estou de volta. Espero que gostem :) Não deixem de comentar, por favor.



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POV. Edward


Tudo estava diferente. Como quando se pede perdão a alguém, essa pessoa aceita e aí o assunto acaba, não se tem mais discussões ou conversas amigáveis. Eu preferia ficar em silêncio, manter a distância. Era como se houvesse uma pequena porção de esperança de que Isabella voltasse atrás sobre sermos amigos, já que eu não poderia tomar essa atitude, estava vulnerável o bastante e tinha que manter a guarda. Manter a guarda. Expressão digna de Emmett Cullen.
Talvez esse fosse o problema. Quando estava ao lado de Isabella não existia guarda, apenas um muro mal construído entre nós. Às vezes, nem isso. Talvez as aulas de Emmett não funcionassem comigo, minha cabeça era organizada até demais, e então Isabella chegou e bagunçou tudo, depois Emmett tenta bagunçar ainda mais.
– Estou louco. – resmunguei e me joguei na cama.

POV. BELLA


– ALICE QUAL O SEU PROBLEMA? – Alice deveria estar tentando me acordar há algum tempo, mas só agora eu havia me dado conta da situação.
– Bella você se esqueceu de que tem que estar no hotel hoje? Temos um coquetel, estou trabalhando nisso há dias, não me faça te carregar enquanto está de pijama!
– Oh eu tenho que trabalhar, é mesmo, droga... – suspirei.
– Bella, você é convidada! – ela gritou.
– Ah nem me venha com essa... Não vou me vestir pra isso, prefiro morrer. Prefiro trabalhar e servir o pessoal, e depois vou embora... – ela abriu a boca pra falar algo – E não ouse me obrigar!
Nós nos olhamos por alguns instantes e ela tinha uma expressão irritada. Alice sabia o quanto eu odiava toda essa história de coquetéis, festas, jantares. Ela fez um “humpf” involuntário e saiu do quarto batendo os pezinhos pelo corredor.
– Amo você Alice! – gritei, esperando que ela se sentisse melhor.


– Certo, Brian, - Victoria ajeitou a gravata dele enquanto terminava a explicação – é isso, não tire os olhos dos convidados, eles estão na sua área. O salão de jogos vai ficar lotado, provavelmente... Alice jura que vão caber todos lá, mas tenho minhas dúvidas...
– Estou aqui! - falei e joguei minha mochila no sofá da sala de jogos.
– Bella? – Victoria disse e os dois me olharam assustados. – Não estava te esperando...
– Achei que fosse convidada... – disse Brian, que por sinal estava totalmente diferente, usando terno e sapatos bem engraxados, provavelmente caros. Seu cabelo, geralmente bagunçado e longo estava pra trás com a ajuda de muito gel.
– E eu achei que você fosse meio grunge... – ele riu – Você tá demais. – balancei a cabeça.
– Valeu. Embora eu me sinta como um mordomo com esse terno... – nós rimos juntos.
– Victoria, por favor, me dê um terno, me de algo pra fazer, não me importa. Só não quero participar disso... Nunca pensei que diria, mas... Faça-me trabalhar! – ela levantou as sobrancelhas.
– Eu daria tudo pra ser convidada, e você ai querendo trabalhar... – ela murmurou.
– Podemos trocar de lugar então? – perguntei.
– Tudo bem Bella, vá até a cozinha, pegue um avental, ajude a servir a entrada e logo depois eu a dispenso, ai você pode fugir, - ela sorriu sarcasticamente - de outra maneira, Carlisle vai me matar por te fazer trabalhar hoje...
– Muito obrigada! – segurei uma de suas mãos e beijei seus dedos.
– Pare menina, vai logo, antes que eu me arrependa!

Os convidados eram típicos dos Cullen, moças muito bem vestidas, muito cetim fino, sais e vestidos de cores pastéis, os rapazes abusando do gel. Brian estaria enturmado, se não estivesse trabalhando como uma espécie de olheiro, segurança, que seja... Depois de ter segurado Riley Biers, ele deve ter conseguido credibilidade nesse ramo.
Alice vinha em minha direção enquanto eu servia alguns petiscos nas mesas que já estavam completas. Ela vestia uma blusa branca e uma saia de cetim dourada, o salto lhe deu um pouco mais de altura, mas ainda sim não passaria Edward, no tamanho.
– Esta satisfeita? – ela me perguntou.
– Na verdade, eu queria vestir um terno, mas não me deixaram... – ela apertou os olhos.
– Bella as pessoas querem saber quem é a garota americana que estamos abrigando, e eu estou sem coragem de apontar pra você. O que vão pensar? Que estamos te escravizando... – ela levantou os braços em indignação.
– Alice eu recebo salário, não é escravidão... – eu ri, talvez alto demais.
– O que houve? – a voz de Edward perguntou, nós duas nos viramos ao mesmo tempo.
Engoli seco enquanto tentava disfarçar minha cara de idiota. Edward usava o perfume de sempre, fragrância inconfundível aliás, estava com uma calça preta, camisa branca, gravata preta, e um blazer cinza por cima, com as mangas arregaçadas. Seu cabelo em perfeito estado, ele era um dos únicos que não parecia ter gasto o tubo de gel inteiro... Estava simplesmente lindo. Engoli seco outra vez. Isso é maldade, como pode ser tão lindo?
– Bella é uma teimosa! – Alice resmungou me fazendo voltar à discussão.
Novidade...– Edward falou entre dentes...
– Você é teimosa! – retruquei, fingindo me importar com a briga, enquanto Edward estava parado bem ali, daquele jeito...
– Dê um desconto Alice... Isabella saiu da cadeia há menos de 9 horas atrás... – ele sorriu pra mim e eu desviei o olhar. Droga, pare de me olhar, pare de me olhar!
Alice saiu desgostosa, e foi em direção a um casal cumprimentá-los.
– Como se sente? – Edward perguntou ainda me encarando. Passando mal aqui...
– Bem, estou ótima. Você me conhece, eu prefiro ficar nos bastidores.
– É, eu te conheço... – ele suspirou – Eu não estou amando estar aqui também, toda essa gente, sem falar, – ele colocou a mão na boca e abaixou o tom de voz – nossos parentes não são os mais divertidos. E eu nem bebo...
– Bella, vem ver uma coisa! – Brian apareceu do nada – Oh, me desculpem, eu não... – ele sorriu.
– Tudo bem... – Edward disse.
– Bom, eu já volto pra servir seus canapés... – sai atrás de Brain.
Era melhor que eu me afastasse de Edward antes que me esquecesse da história de sermos amigos, aliás, naquele momento eu já começava a achar essa ideia extremamente estúpida.
Brian me levou pra perto da mesa de pôquer, o salão estava ficando pequeno, conforme os convidados de Alice chegavam e eu começava a dar razão a Victoria.
– Veja bem, aquele senhor ali, cabelos brancos, relógio dourado... – o homem tinha um olhar carregado de concentração. – Ele está tentando, digamos burlar a regra do jogo, coisa digna de Vegas. – sua expressão era como a de um garotinho prestes a pregar uma peça em alguém, tentei entender sua empolgação, mas Esme passou ao meu lado, acompanhada de três mulheres de nariz empinado, gesticulando e sorrindo educadamente.
– Seus filhos são deslumbrantes, querida... – uma delas disse.
– Ah, obrigada Elizabeth.
– Edward está em algum tipo de relacionamento? – ela perguntou dando uma risadinha.
Tive a impressão que o olhar de Esme passou por mim instantaneamente, ela empinou o nariz como as outras e sorriu.
– Na verdade, não. Edward é bom demais pra qualquer garota que tentar se aproximar dele. – todas riram em coro.
– Bom, Amanda não está perdendo tempo... – a mulher apontou para a esquerda do salão, onde uma garota de cabelos cacheados oferecia uma bebida a Edward e se sentava ao lado dele no sofá do salão.
– É sua filha, Amanda? – Esme colocou a mão na boca – Como cresceu. Bem... Talvez Ed abra uma exceção... – elas riram em uníssono outra vez.
Meus olhos estavam apertados, olhando em direção a Esme, eu não conseguia nem ao menos disfarçar. A bandeja vazia em minha mão esquerda estava quase entortando com a raiva com a qual eu a apertava. Olhei mais uma vez para Edward e a garota, ele estava sorrindo tímido... Que ótimo, mais essa agora. Tânia, saia de onde está e venha ver isso! Eu estava quase gritando, quando Brian riu alto.
– Entendeu? – ele me cutucava – Essa é a técnica dele, mas o que ele não sabe é que eu sou mais esperto... – ele disse cheio de si.
– Okay, okay, Brian, eu tenho que servir ali, volto em um minuto. Não perca ele de vista hein... – sai em direção a Edward, que assim que me viu levantou as sobrancelhas.
– Senhor Cullen, ah... – dei um sorriso extremamente falso. Ele se levantou. Dessa vez fui eu quem colocou a mão na boca e falei em voz baixa. – Você não disse que não bebe?
– Bom, talvez eu possa abrir uma exceção hoje... Assim como você está aprendendo mais sobre jogos de sorte, não é mesmo Isabella? – ele disse, sua mandíbula se mexia enquanto ele esperava que eu respondesse. Edward terminou o drinque em apenas um gole, fez uma expressão engraçada e sorriu sarcasticamente.
Por algumas horas eu me esquecera de que Edward era o pupilo de Emmett agora, ele não era mais o Edward de antes. Eu poderia bancar a menina infantil e beber também, mas bebida não era o meu forte, em uma golada eu sairia cambaleando pelo salão. Sai andando pra encontrar a saída daquele lugar, já chega de trabalho por hoje, avistei Victoria e entreguei a bandeja vazia a ela, que me fuzilou com o olhar, arranquei o avental e sai sem olhar pra trás.
Fora do salão de jogos havia alguns convidados fumando. Andei em direção à piscina que estava cheia de garotas e Emmett estava prestes a pular quando me viu e acenou. Se não fosse pelo que ele estava fazendo com Edward, eu poderia amar Emmett, eu poderia realmente, porque ele é o único que não se importa com os outros e faz o que quer.
– Hey Emm, onde fica a biblioteca? – gritei pra ele.
– Ah qual é Bella, esperava um pouco menos de maturidade da sua parte... – ele riu – É a porta grande de madeira, ao lado esquerdo do hall de entrada.
– Valeu.
Sai em direção ao prédio principal, que aliás, nunca parecera tão longe. poderia ficar no salão de jogos, beber pra caramba, talvez até jogar strip pôquer, e envergonhar os Cullen perante a sociedade pra sempre, mas tudo o que eu queria era sentar e parar de pensar por pelo menos alguns minutos. Meus sentimentos me corroíam, principalmente o orgulho. Orgulho é a praga do século.
– Eu provavelmente estou parecendo uma garota histérica nesse momento... – murmurei, passando pelo hall. Alguns hóspedes perambulavam por ali.
Esse status de garota deprimida definitivamente não combinava comigo, mas era assim que eu me sentia, e estava odiando isso. Assim que entrei na biblioteca me lembrei de Sue e então de Charlie. Eu havia falado com ele na semana passada e parecia tão feliz, Sue havia o ensinado a fazer um espaguete que ficava pronto em alguns minutos, por isso não tinha como ele deixar queimar ou algo assim, ele estava tão feliz por seu primeiro sucesso na cozinha que não podia se conter.
Eu provavelmente estava nostálgica, já que a minha família se resumia a Charlie, Sue e alguns garotos de La Push enquanto os Cullen tinham toda uma geração de pessoas hipócritas e interesseiras ao redor deles. Isso me fez sentir saudade de casa. Talvez o que dizem sobre, você só dar valor ao que tem quando se perde é verdade.
A biblioteca não era tão grande, as paredes davam lugar às prateleiras que seguiam cheias de cima em baixo, havia 3 pares de poltronas verde musgo distribuídas no centro e a única parede que não dava lugar a uma prateleira tinha uma janela de vidro, deixando a luz entrar no ambiente. Apesar de bem organizado, o local não parecia ser muito visitado, o que é compreensível, com piscinas, quadra de tênis, salão de jogos e etc as pessoas com certeza não tinha tempo de pensar em ler.
Honestamente, nem eu estava no momento de iniciar uma nova leitura, primeiro porque eu estava empacada no Para Todo O Sempre, ainda não peguei a prática de ler rapidamente, mas o lugar me fazia pensar e era silencioso, tudo o que eu precisava naquele momento. Recostei-me em uma das poltronas, a que ficava mais perto da janela e fechei os olhos por um momento.

– BELLA! - oh, droga...
– O que foi Alice? - suspirei, ela estava parada na porta da biblioteca, ofegante.
O lugar não estava mais claro, eu havia dormido? Por quanto tempo? Porcaria...
– Será que pode me ajudar com Edward antes que ele nos envergonhe na frente dos outros?
– Edward? - me levantei.
– Edward está bebendo demais, ele mal consegue parar em pé, ele nunca bebe... - Alice parecia preocupada. - Emmett fez com que soltassem a música e o jogo de luzes no salão principal e tudo está uma porcaria! Era pra ser uma festa agradável... E Jasper nem veio, não sei por que... Está tudo dando errado e... - ela começou a chorar e se jogou na poltrona a minha frente.
Apesar de toda a futilidade envolvida, tudo aquilo era importante pra Alice e vê-la chorar me fez pensar um pouco em todo o trabalho que ela havia tido para que tudo saísse perfeito.
– Okay, okay... - segurei sua mão, tentando levantá-la - Pare de chorar, vamos até lá ver o que eu consigo fazer...
– Obrigada Bella... - ela soluçou.
Alice parecia uma criança murmurando pelo caminho até a sala de jogos e ela começou a chorar mais alto quando passamos ao lado do salão principal. Luzes atravessavam o hall e as cortinas das janelas, a som era tão alto que fazia o chão vibrar no ritmo da música.
– Emmett está animado... - sorri pra Alice que revirou os olhos.
Já estava escurecendo e algumas pessoas deixavam o salão de jogos quando eu e Alice entramos.
– TUDO BEM, TUDO BEM! - Edward gritou enquanto Carlisle sussurrava em seu ouvido - QUAL O SEU PROBLEMA PAI? ÃHN? - ele começou a rir - ACHO QUE AO INVÉS DE UMA PIADA, VOU CONTAR UMAS HISTÓRIAS SOBRE O PAPAI... - ele ria e gritava ao mesmo tempo.
As pessoas ao redor olhavam espantadas, algumas tentavam segurar o riso. Amanda estava em pé ao lado de Edward, ela o olhava espantada também e isso me fez rir.
– Isabella... - ele disse ao me ver - Você está bem ai, você... I-SA-BE-LLA... - ele gritou meu nome lentamente.
Se Edward estava contando piadas e histórias sobre Carlisle, era bem provável que começasse a falar besteiras sobre nós dois. Corri até ele e contornei meu braço ao seu redor, para que ele se apoiasse em mim.
– O que acha de dançar um pouco? - sussurrei em seu ouvido.
Pelo menos no salão ele se juntaria aos outros bêbados do local e não envergonharia as gerações futuras da família. Ele piscou os olhos e engoliu seco, seus cabelos já não estavam mais tão arrumados, um ou dois botões da camisa estavam abertos e apesar do cheiro de álcool, ele me olhava do jeito que Edward me olharia, mas Edward mesmo, e não um idiota qualquer...
Ele não disse nada enquanto eu o ajudava a caminhar. Eu não acreditava que ele tivesse bebido tanto, mas o pouco que bebeu foi o suficiente para deixá-lo daquela maneira. Ele estava extremamente vulnerável, e mais uma vez, eu mentalmente agradecia por não ser muito fã de álcool.
– Há um tempo atrás eu diria que você estaria me carregando pra fora das enrascadas e não o contrário... - eu disse.
– Isso faz sentido... - ele começou a gargalhar sem parar, e sem nenhum motivo aparente, eu comecei a rir junto com ele.
Rimos durante todo o caminho até a sala principal e eu comecei a cambalear enquanto Edward não fazia nenhum esforço pra me ajudar, eu estava quase me arrastando quando entramos no salão. A música estava ainda mais alta ali dentro e havia várias pessoas dançando. Edward não era o único que parecia vulnerável dessa vez. Muitas pessoas dançando juntas, de olhos fechados, entregues a música, e muito, muito bêbadas. Foi como se sentir em casa pra ele.
Eu nunca vou poder descrever a cena que eu assistira naquele momento. Edward começou a dançar extremamente desajeitado, cambaleando, rindo e se mexendo desengonçadamente ao mesmo tempo. Era como se ele estivesse em seu quarto sozinho, e ninguém estivesse vendo. Ele jogava a cabeça e arrumava o cabelo, dava dois passos e girava em torno de si mesmo. Levei a mão até o bolso procurando meu celular, - eu precisava filmar isso, - nada... De qualquer maneira não importava, aquela cena falava por si mesma e nunca sairia da minha mente. Agradeci a Deus por Emmett estar tão bêbado em um canto e não tentar atrapalhar tudo.
– ISABELLA! - Edward gritou de repente e veio em minha direção.
Ele me puxou para o centro do salão e começou a me girar e a rir enquanto me olhava. Eu comecei a pensar se Alice tinha mesmo me acordado na biblioteca ou se tudo isso não passava de um sonho estranho. Talvez eu tivesse bebido e fosse tudo fruto da minha imaginação. Mas não. Era estupidamente real. Eu comecei a rir enquanto tentava acompanhá-lo. Dessa vez foi ele que contornou minha cintura com o braço direito e e tentava dançar algum tipo de valsa totalmente deturpada e sem ritmo.
Um sentimento estranho tomou conta de mim naquele momento. Talvez fosse a música muito alta ou o cheiro das pessoas ao redor, ou talvez fosse só a dor no estômago que eu sinto sempre que Edward fica perto demais. Minhas mãos começaram a suar e ele me apertou contra seu peito, talvez estivesse tentando se manter em pé ou apenas se aproveitando da situação. Eu já estava ofegante e me sentindo estúpida, enquanto ele ria e me girava, e cambaleava ao mesmo tempo.
Assim que seus olhos encontraram os meus foi quase instantâneo. Edward parou de girar por um instante e segurou meu rosto, levando sua boca até a minha. Nossos lá bios se moviam estranhamente desesperados. Como se tudo aquilo fosse acabar logo. Sua mão acariciava meu pescoço e assim que nossos lábios se separaram, ficamos imóveis, abraçados, meu coração acelerado... No meio daquele salão cheio de pessoas incrivelmente bêbadas, um cheiro de álcool insuportável. Era o momento perfeito.
– Eu amo você... - eu disse. Ele sorriu e riu ao mesmo tempo ao ler meus lábios.

POV. Edward

– Edward... Edward, levante! - a voz de Isabella me acordou.
Assim que me dei conta de que estava acordado ainda não podia abrir os olhos. Minha cabeça latejava e meu estômago queimava. Pressionei a cabeça com as duas mãos tentando fazer com que a dor parasse, mas era inútil.
– Edward, você tem que ver isso... - a voz de Isabella disse outra vez.
Abri os olhos lentamente. Primeiramente vi meus pés, e então um cobertor até meu peito... nú. Mas o que está...? Virei minha cabeça para o lado esquerdo, e apesar da dor consegui enxergar Isabella sentada ao meu lado. Automaticamente puxei o cobertor.
– Edward, é tarde demais pra se cobrir, okay... - ela disse sarcasticamente. - Será que dá pra olhar ao seu redor?
Levantei a cabeça tentando enxergar o local e tudo o que eu vi assim que minha visão se focou foram inúmeras, centenas, talvez milhares de fotos de Carlisle. Por todo o quarto.


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Notas finais do capítulo

Já adiantando o nome do próximo: "Room Full Of Carlisles" hahaha, beijos :*