POV. Edward

Isabella estava tão perto, ainda mais perto que da última vez. Ela com certeza me beijaria, minhas mãos tremiam até agora em pensar naquilo, talvez meu sonho não fora tão irreal assim, talvez ele se tornasse realidade... Não, ela não iria, foi tudo fruto da minha imaginação fértil e desde aquele sonho, poluída.

Eu precisava fazer uma lista, certo, porque Isabella me beijaria? Bem primeiro, ela quase fez isso, seus lábios não encostaram por pouco nos meus, e segundo, ela pareceu gostar da minha roupa de tênis, o que comprovava que eu não parecia uma garota com ela, certo. Bem, e por que ela não me beijaria? Primeiro, eu com certeza não sou o tipo dela, segundo...

– Edward em que planeta você está? – a voz de Esme interrompeu meus pensamentos.

Ela estava sentada a minha frente, ainda estávamos na sala da área Cullen. Esme me fitava curiosa e sorridente ao mesmo tempo.

– Oh, eu estava fazendo uma lista... – falei.

– Lista? – me assustei ao ouvir Tanya, que estava sentada ao meu lado, quando ela se posicionou ali?

– Edward faz listas quando quer resolver seus, digamos, dilemas... – Esme explicou - Bem, e qual o seu dilema hoje?

– Não, eu estava...

– Espero que tenha algo a ver com eu ter convidado Tanya pra ir ao jogo conosco... – ela m interrompeu sorrindo.

Oh não, se Tanya fosse ao jogo as coisas não correriam nada bem. Talvez ela e Isabella saíssem rolando pela arquibancada entre socos e puxões de cabelo, o que só faria piorar o castigo de Isabella, que depois da... Digamos, interrupção, de alguns minutos atrás, devia estar com os nervos alterados. Aliás, se aquilo foi mesmo a interrupção de um beijo, eu com certeza era a pessoa com os nervos mais alterados no recinto, já que eu venho esperando isso há um bom tempo.

– Me perdoem, mas eu acredito que seja inadequado, já que Tanya e Isabella não se dão muito bem... – murmurei me afastando de Tanya aos poucos.

– Na verdade, eu creio que esta é uma ótima oportunidade para que façam as pazes, não é mesmo Tanya? – Esme a dirigiu um olhar esperançoso.

– Claro, claro... – Tanya parecia não ligar para o que Esme acabara de dizer, ela me olhava de um jeito estranho, se não fossem tão diferentes, eu diria que seu olhar parecia com o de Isabella ao me ver há pouco. Ela chegou a levar sua mão direita pra tocar meu braço nu, mas eu me esquivei.

– Bom, não concordo. Por mim, ela não deveria ir. – levantei-me num pulo.

– Edward, vai magoar Tanya dessa maneira... – Esme se levantou delicadamente.

– Do mesmo jeito que ela magoou Isabella? Bom as coisas voltam um dia, não é mesmo? Aqui se faz aqui se paga... – cruzei os braços olhando seriamente para Tanya, ela olhava inocentemente pra baixo – Eu vou jogar uma partida de tênis com Alice... Até mais. – saí em direção ao elevador.

Esme me chamou antes que eu entrasse no elevador, mas eu não voltei, não queria debater aquele assunto. Eu só esperava que ela não culpasse Isabella por minha resposta, já que eu estava quase proibido de estar perto dela. Era hora de Tanya ouvir, mesmo que poucas, algumas verdades.

“Eu tenho pensamentos confusos e a auto-estima para igualar.

Que coisa, que coisa...

E tudo que eu tenho pensado

é na maneira como eu fui o único,

o único quem há conquistou.”

(What a Catch Donnie – Fall Out Boy)

POV. Bella

– Eu posso te jurar de joelhos que tentei Bella... – Alice me ajudava a pegar as bolinhas ao redor da quadra de tênis.

– Será que você pode parar de fazer isso Alice? Se virem à filha do dono fazendo serviços eu, como sempre, vou ser a culpada. – falei enquanto ela me entregava algumas que estavam em suas mãos.

Alice tentava me convencer de que ela e Emmett haviam feito o possível para não deixar que Tanya subisse, parece que Emmett até jogou uma cantada barata nela, mas na hora em que avistaram a mãe, não souberam o que fazer. Grande coisa, eu já tinha perdido minha chance mesmo.

Talvez se Edward estivesse suado eu o tivesse agarrado bem antes, sim eu poderia visualizar isso agora. - Ótimo, talvez eu vá sonhar com isso à noite... Como se eu precisasse dormir pra sonhar com ele. - Mas não, fiquei lá parada como uma barata tonta apenas admirando de longe, se eu tivesse sido um pouco mais rápida... Droga, droga, droga!

– Que seja, mas eu tentei parar Tanya, o problema foi que Esme veio logo atrás e ela...

– Alice, eu não sei o porquê de tanta culpa! O que você acha que eu e Edward estávamos fazendo lá dentro? – ela me fitou esperando a resposta – Nada demais. – menti – A sala de equipamentos é ali, né? – apontei para um pequeno quartinho com a porta escancarada, tentando desesperadamente mudar de assunto.

– Sim. – ela respondeu afobada – Mas, me diga, não estavam fazendo nada? Nada mesmo? – ela repetiu o “me” por alguns segundos.

– Nada mesmo. – segui para a sala.

– Aquele lerdo do Edward! – ela bufou.

– Alice! – a repreendi.

– Oh Bella, vamos, me diga que você não gosta dele, e que não o acha atraente e eu vou embora agora mesmo. – ela sorriu – E de boca fechada. – fez um sinal como se estivesse passando um zíper na boca. Eu não era uma boa mentirosa, apenas fiquei em silêncio – VIU? – ela gritou – Você gosta dele, gosta sim Bella! – ela pulou e me deu um beliscão de leve na barriga.

– Por que não posta em seu blog? – resmunguei.

Eu joguei um olhar irônico pra ela e entrei na sala de equipamentos. Alice continuava a falar sem parar, ainda fora da pequena e abafada sala, ela era vaidosa o bastante pra não entrar ali dentro, sinceramente eu não compreendi metade do que ela disse.

Haviam duas prateleiras brancas cheias de equipamentos para vários tipos de jogos e esportes, aquele cubículo tinha apenas uma pequena janela alta. Depois de colocar uma caixa de madeira pra poder alcançá-la, eu a abri com dificuldade... Porcaria de lugar abafado. Tentei me concentrar em contar as bolinhas de tênis que havia pegado, e as novas dentro dos potes.

– Vamos jogar ou não Alice? – ouvi a voz de Edward gritar do lado de fora.

– Até mais Bella... – ela piscou e saiu andando para o meio da quadra.

Que bom, agora tudo o que havia acontecido, quer dizer quase acontecido, voltou a gritar em minha mente. Meu primeiro impulso foi sair daquele lugar pra vê-lo mais uma vez com aquele uniforme de tênis, mas o certo era continuar o trabalho...

Que se exploda o certo, eu tenho que ver isso!

Subi mais uma vez na caixa de madeira e, depois de me esticar um pouco consegui enxergar Edward e Alice no meio da quadra, conversando. Agora eu podia vê-lo perfeitamente, sem ser vista.

– O que houve lá na Área C? – Alice perguntou especulativa.

Edward murmurou algo como “Infelizmente nada...” e fez uma cara de decepção.

– Por falar nisso, onde está Isabella? – ele perguntou depois de jogar uma das bolas que tinha na mão para Alice.

– Bem ali na sala de equipamentos... – os dois olharam para a mesma direção. A minha. Droga.

– Bella? – Alice perguntou olhando pra mim.

Senti a pequena caixa tremer e depois desmoronar, e eu desmoronei logo em seguida por cima dela.

– Mais que porcaria! – gritei.

– Isabella? Você está bem? – Edward entrou afobado no cubículo.

– Parece que eu estou? – perguntei sem olhar pra ele, apenas tentando me levantar.

– Venha... – eu o olhei e ele tinha a mão direita estendida. A segurei pra me levantar – Está machucada?

– Não, estou bem, valeu. – murmurei e soltei sua mão, fazendo o possível para não olhar pra ele – Agora você pode sair, por favor estou trabalhando...

– Não acho que eu vá atrapalhar... – ele murmurou fazendo um biquinho.

O trabalho não, mas meus hormônios, sim!

– Esse não é o problema, eu só não quero que você fique suado... – falei enquanto me virava para contar as bolinhas outra vez.

– Não vou nem perguntar. Eu desisto de tentar entende-la... – ele gargalhou.

– Que bom porque, isso seria completamente impossível.

– Olha, - sua voz ficou séria – eu tentei evitar, mas minha mãe quer que Tanya vá ao jogo, eu sei que isso é desconfortável, mas...

– As pessoas estão tentando evitar várias coisas hoje... – murmurei – Está tudo bem Edward, aquela loira falsa não vai conseguir me tirar do sério... – menti.

É claro que ela conseguiria, mas de alguma maneira eu não queria que ele se sentisse mal por isso.

– Você está mentindo. – ele murmurou e já estava ao meu lado.

– É eu estou, mas que seja, ninguém pode obrigá-la a não ir... Qualquer um entra em um estádio.

– Verdade. – eu me virei pra ele que sorriu. Agora ele estava atrapalhando.

– Você me fez perder a conta... – e ele realmente fez.

– Então é mais que justo que lhe ajude a começar novamente... – ele pegou uma bolinha de minha mão – Uma... – e a colocou no pote.

POV. Edward

Não tinha muito o que fazer. Contamos ao todo trinta e sete bolas de tênis e faltavam algumas raquetes, Isabella me pediu para lembrá-la de avisar a Victoria, havíamos acabado em uns dez minutos. Eu não tive coragem de falar sobre o ocorrido, e ela ficou em silêncio, às vezes murmurava algumas coisas inaudíveis, mas nada sobre o suposto, “quase beijo”.

– Ei gente! – Alice gritou abanando as mãos, assim que eu e Isabella saiamos da pequena sala.

– Não quis atrapalhar... – ela disse entre dentes quando chegou perto de mim – Olha quem está aqui... – apontou para o grupo de jovens no meio da quadra.

– Bella! – ouvi Tyler gritar.

Ele correu em sua direção a abraçando animadamente, Jane e Bree vieram logo atrás um pouco menos excitadas, mas mesmo assim sorrindo. Jane carregava um pequeno cão no braço esquerdo que tinha um laçinho cor de rosa na coleira brilhante.

– Tyler, garotas, que bom que estão aqui... – Isabella sorriu.

– Soubemos sobre o tal castigo, que pena Bella, qualquer coisa nós podemos te ajudar. – Bree disse gentilmente.

– Bem, eu não lavo, limpo ou organizo nada... – Tyler disse com uma voz estranha e todos riram – Mas posso ajudar a acabar com o cabelo de Tanya Denali. – ele disse como se estivesse imaginando a cena.

– Essa com certeza é uma boa ajuda. Mas, quem lhes contou tudo isso... Oh, claro Alice. – Alice riu pra Isabella.

– Não a culpe, amamos Alice... – Jane gargalhou.

– Sim, vocês amam! – Alice se juntou a eles.

– Jane, que cachorro é esse? – Isabella acariciou o pelo do cão.

– Oh, esse é meu bebê! – Tyler disse com uma voz dengosa e pegou o cachorro de Jane – Aguilera, essa é Bella... Bella essa é Christina Aguilera.

– Aguilera? Só você mesmo Tyler... – ela riu.

– Ei Edward, o que faz ai parado como uma estátua, venha aqui! – Tyler gritou – Aguilera quer te conhecer! - Me aproximei deles.

– Tenho uma leve impressão de que Edward não sabe quem é Christina Aguilera... – Alice disse, me abraçando pela cintura e gargalhando.

– Na verdade, eu já ouvi o nome em algum lugar, mas...

– Edward, olhe aqui – Tyler me mostrou uma foto de uma loira no celular – Essa é Christina Aguilera, dona de uma das vozes mais lindas do mundo, bonita não?

– Eu prefiro as morenas... – murmurei e intuitivamente olhei pra Isabella que corou.

– Certo então, aqui temos a famosa Katy Perry. – ele mostrou a foto de uma moça de cabelos negros e um enorme decote, ela sorria.

– Oh então ela é Katy Perry... – murmurei enquanto todos riam – Parem de caçoar... – falei dengoso.

– Oh Ed, nós te amamos, mesmo você sendo tão desinformado do mundo... – Alice riu.

– Bom, é muito bom falar sobre divas do pop e de como amamos o Edward, mas eu tenho que trabalhar... – Amamos?

– Que pena Bella... É algo muito difícil? – Jane perguntou.

– Eu tenho que cuidar de algumas crianças na piscina nove, até que a professora de natação chegue... – ela falou com as mãos na cintura – Talvez ela até já esteja lá... Depois estou livre.

– Muitas crianças? – Tyler fez uma careta.

– Espero que não... Até mais tarde. – Isabella sorriu, e depois que acenamos, seguiu para a trilha que indicava os lugares aonde se localizavam as piscinas.

A fitei andar por alguns segundos. Ela parecia tão insegura e desajeitada, eu senti uma vontade imensa de carregá-la no colo, senti-la tão perto quanto quando estávamos no quarto. Soltei um suspiro repentino, e depois de piscar algumas vezes me voltei para as pessoas ao meu redor.

Todos me fitavam de um jeito estranho e meloso.

– O que? – perguntei.

– É, ele adora ela... – Tyler disse como se estivesse concluindo um processo.

– Ama. – Jane concordou.

– Totalmente... – Bree riu.

– Está muito apaixonado. – Alice apertou minha bochecha.

– Vocês são tão... – bufei – Deixa pra lá.

Segurei a raquete e joguei a bolinha para Alice.

– Vai jogar, ou não? – perguntei me afastando.

Será que estava assim tão visível o que eu sentia por Isabella? Se estava, por que ela não enxergava?

– Bom, nós vamos andar por aí... Aguilera precisa ir ao toillet... – Tyler disse – Vamos garotas, até mais Edward e Alice... – eles saíram rindo.

– Eu só queria saber o porquê das conclusões tiradas agora a pouco... – murmurei enquanto rebatia a bola de Alice.

– Edward, você é assim tão bobo? – ela riu.

– Não, quer dizer... Como se sabe quando se está... Apaixonado? – perguntei me abaixando para pegar a bola que havia perdido.

– Uma vez eu li um livro que falava sobre isso, e há um método infalível pra descobrir. – ela levantou as mãos como se estivesse pedindo para darmos um tempo no jogo, eu esperei segurando a bolinha – Imagine se Bella fosse embora para um lugar bem longe e nunca mais voltasse, ou pior, imagine se ela se casasse com outro. – ela parou me fitando séria – Se seu peito doer só de pensar nisso, é porque está apaixonado... – ela cruzou os braços esperando uma resposta.

Se meu peito doer? E se todo meu corpo doesse, e meu coração pulsasse mais forte apenas por imaginar qualquer uma daquelas situações? É claro que eu a amava, e muito, mas sendo tão covarde pra dizer, ela parecia tão inalcançável.

– Foi o que eu disse... – ela falou depois de fitar minha expressão, que deveria estar péssima. Alice chegou perto de mim e me abraçou. – Alice está aqui pra ajudar! – ela sorriu e pulou animada.

– No que está pensando? – perguntei confuso.

– Não vai saber... Só quando chegar a hora. – ela gargalhou – Vamos jogar de uma vez... Eu estou ganhando!

POV. Bella

Eu estava admirada que não houvesse me perdido dentro do hotel ainda, consegui localizar a piscina facilmente depois de andar um pouco. Pra minha alegria, havia apenas cinco crianças na enorme piscina rasa. Um homem rechonchudo estava sentado as olhando enquanto nadavam, seus olhos pareceram brilhar quando me viu.

– Você é a professora de natação? – perguntou se levantando.

– Não, mas fui encarregada de olhar as crianças, o senhor é pai de alguma delas? – perguntei.

– Da pequena ali, - ele apontou para uma garotinha de bochechas rosadas na beira - mas eu preciso muito ir ao banheiro, já estou aqui há horas... Já volto querida – disse para a menina e deu uma batida de leve em meu ombro, depois saiu correndo.

– De nada... – respondi pra mim mesma e me sentei ao lado da piscina.

O sol não estava muito forte, até por que o clima de Londres não era quente o bastante pra isso, mas depois de vinte minutos eu já estava transpirando o bastante pra começar a ficar nervosa.

– Tia... – um garotinho gritou, nadando em minha direção. – Não vai nadar?

– Eu não nado, mesmo nessa piscina rasa... – respondi pra ele.

– Não sabe nadar? – ele perguntou rindo.

– Não sei, mas você é muito bom! – sorri pra ele que saiu nadando pra se mostrar.

– Não sabe nadar? – a voz de Edward perguntou bem atrás de mim.

– Não. – respondi me virando pra vê-lo – Como foi o jogo?

– Alice ganhou... Eu estava muito atordoado pra pensar em técnicas de tênis. – ele disse se sentando ao meu lado.

Oh meu Deus ele estava muito suado. Aquilo era de propósito?

– Por que atordoado? – engoli seco voltando a olhar para as crianças.

– Eu estava pensando em algumas coisas... Ansiosa pro jogo desta noite? – ele mudou de assunto repentinamente.

– Nadinha... – falei e ele riu.

– Eu acho que, apesar das inconveniências, vai ser bom. Minha família não costuma ir a esses tipos de eventos tão...

– Cheios de gente?

– É. – nossos olhares se encontraram por alguns segundos.

– Bom, eu sou completamente anti-social então, eu também não vou muito a esses tipos de lugares, apesar de ter um pai viciado em esportes...

– Você não é anti-social Isabella, conseguiu três novos amigos em uma escola nova, enquanto eu só conheço meus irmãos... – ele riu.

– Ei, até parece, você conhece todo mundo, só não conversa com as pessoas...

– Claro, claro... – ele debochou.

Virei-me para a piscina no mesmo momento em que, o pequeno garotinho que havia me perguntado se eu não nadaria, depositava um beijo na bochecha da filha do homem rechonchudo. Claro, até a garota de três anos de idade havia conseguido um beijo hoje. Edward riu da cena e eu ri junto com ele, talvez ele estivesse pensando o mesmo que eu.

Isso é tão confuso, parecia haver milhares de borboletas em meu estômago quando eu olhava pra ele, além da estúpida vontade de beijá-lo que, ainda não havia saído da minha cabeça.

– Sabe, hoje eu descobri um teste perfeito pra descobrir se você está apaixonado por alguém... – ele disse quebrando o silêncio, parecendo não ligar muito pra aquilo, havia um sorriso brincando no canto de sua boca.

– Sério? Como? – perguntei fingindo desinteresse.

– Pense em alguém, que você não está certa se gosta de verdade. – ele me fitou esperando a resposta.

Pensar? Não, eu não precisava. Droga, ele estava bem ali.

– Certo. – murmurei.

– Agora imagine essa pessoa indo embora pra bem longe, ou então se casando com outra pessoa. – ele me olhava com uma expressão de mágoa, como se estivesse imaginando também.

Dessa vez as borboletas pareceram me furar com suas asinhas pontudas. Se Edward ficasse longe de mim, eu sofreria assim todo o tempo? E se ele se casasse com Tanya? Oh Deus, eu morreria. Levei minhas mãos até meu estomago discretamente.

– E? – perguntei impaciente.

– Se você sentiu dor ao imaginar, você está apaixonada... – ele riu.

Dor? Eu realmente não queria sentir aquilo outra vez... Droga, eu estou apaixonada por ele, e eu que pensei que nunca sentiria isso.

– Olá. – uma voz feminina falou por trás de mós dois.

– Você é a professora de natação? – perguntei.

– Sim, você é Bella não é? Victoria me disse que estaria aqui... Pode ir querida. – ela sorriu.

– Obrigada. – eu me levantaria, mas Edward, que já estava de pé, me estendeu a mão e eu a segurei, me colocando de pé.

– Vamos... – ele sorriu e não soltou minha mão.

“Algo esta um tanto diferente em seus olhos hoje a noite,

eles aparentam duas vezes mais brilhantes.

Algo mudou, que eu não consigo apontar o que é,

bem, eu tenho quebrado minha cabeça...

Espero só um minuto, espere, agora. Bem, eu entendi.

O amor aparenta bem em você

Bem você pode sentir isso, todos vêem.

Como o seu sorriso doce tem uma maneira de iluminar um ambiente

Sim, você brilha como diamantes em tudo o que você faz

O amor aparenta bem em você.”

(Love’s Looking Good On You – Lady Antebellum)

RECOMENDAÇÕES? REVIEWS?