Instinto escrita por miojo, popozita


Capítulo 6
Dependente


Notas iniciais do capítulo

Amores da minha vida!
COMUNICADO URGENTE
Estava faltando o final do cap anterior, quando nós demos conta disso, já tinha passado muito tempo e muitas de vocÊs já tinham lido. Então, para não ficar devendo o finalzinho, eu acabei de postar agora! Então, antes de ler esse cap, voltei no anterior e leiam o final. Está marcado com um *.

Desculpe-me mesmo amores, foi sem querer!

Agora, desculpe-me por não postar ontem. Estava passando mal.
E como vou viajar esse final de semana, só na segunda vai sair o próximo cap.

Acabei de perder uma recomendação por causa disso... ou não vicsalles?? UHAUAH

Agora, agradecer a todas as leitoras super fofas que deixam reviews lindos!

E agradecer a afrodyte que deixou a primeira recomendação da fic! Muito obrigada flor! Amei muito!

Agradacer também a Nath-Garcia que me ajudou a entender as regras do Nayh, a partir de agora, as capas vão estar no inicio do cap. VAleu flor!

Agora, boa leitura!



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E hoje sinto que é mais forte que paixão!
E não sabe o bem que me faz
Tem poder sobre mim
É capaz, de trazer felicidade, sorte, amor e paz! 

 

Clarissa acordou assustada, chorando e gritando. Meu único intuito foi acalmá-la, abraçando-a com força. Ela se debateu, tentando se soltar de meus braços, mas não a deixei. Ela tinha uma força extremamente alta para uma garota.

 

—Calma, sou eu! – Falei serenamente. Quando ela ouviu minha voz, acalmou-se e me abraçou. - O que foi? Teve um pesadelo?- Comecei a acariciar seus cabelos tentando lhe passar tranqüilidade, enquanto ela chorava fracamente, em meu peito.

 

—Meu pai, ele matou meu pai!- Clarissa soluçava, chorava e agarrava meu peito com tamanha força.

 

—Quem?

 

—Chacal. - Ela cuspiu o nome. Eu nunca odiei ninguém, mas estou começando a odiar esse cara. Como ele pode ter feito tanto mal a alguém tão doce e frágil?

 

—Fique calma, já passou agora você está comigo. - ela parou de soluçar, se aconchegou em meu peito, e deixou que suas lágrimas caladas rolassem por sua face.

 

—Não me mande embora. Nunca. - Ela me pediu com os olhos quase negros. Meu coração se apertou tanto, que chegou a falhar duas batidas. Como eu poderia mandá-la embora? Como?

  

—Você faz parte de mim agora! - Abracei-a ainda mais forte, beijando sua testa.

Com o tempo, ela foi se acalmando; se aquietando, quando percebi, ela já estava ressonando docemente. Eu estava sem sono, às palavras que a pouco escorreram de minha boca, ecoavam pela minha cabeça. Como se pode amar alguém, do qual você desconhece a natureza? Desconhece o passado? Sempre fui bom em escolhas, mas dessa vez eu não tinha esse poder. Estava completamente; intrigadamente; dependente de Clarissa. O sorriso dela, os olhos dela, a sua voz, tudo nela me levava ao céu.

 

Levantei-me com cuidado, e segui para fora de casa. Precisava deixar o instinto de lobo me dominar, colocar os pensamentos e os sentimentos no lugar. Saltei da janela. Assim que toquei o chão me despi, deixando o fogo se acender dentro de mim. Então o lobo areia surgiu.

 

Sentir a terra úmida sob as patas, o vento nos pelos e a alma entregue ao animal, me acalmava. Sempre fora meu refúgio. A imagem de Clarissa me atormentava, fazendo o coração do lobo também bater mais rápido.

 

Minha cabeça era controlada por devaneios de desejo; de tomá-la em meus braços; de tocar a boca dela; de sentir o seu gosto me invadir. Minha mente estava totalmente dominada por luxúria. Isso não é normal. Não pode ser! É algo tão assustador, que me corrói por dentro, deixando apenas pedaços dela por todo o meu ser.

 

Talvez eu seja o que ela realmente precisa o que pode completá-la, ou então, eu não a mereça. Ela é tão linda e doce, merece alguém que pelo menos, saiba o que se passa em seu coração, não um imaturo e inexperiente como eu.

            Percorria pela a floresta na esperança que toda essa agonia passasse, quando senti a presença de mais um lobo entrando em fase. Era Jake!

 

“Seth? Você está livre das rondas, por causa da Clarissa.” Ele me lembrou.

 

“Eu precisava correr.” Não adiantaria esconder sobre o que eu estou sentindo, além de Alpha, Jake é meu melhor amigo.

 

“Vai, desembucha.” Jake corria na minha direção, logo me alcançaria.

 

“Estou apaixonado, mas não sei pelo quê.” Jake riu.

 

“Ela é bonita, e você Seth, já estava mesmo na hora.” 

 

“Na hora de me apaixonar por uma desconhecida? E se ela for casada? E se ela não me quiser?”

 

“Seth, você é único que ela não teme o único com quem ela fala. Acha mesmo que ela não sente algo por você?”

 

“Não está certo, eu não sei o que ela é!

 

“Eu não sou o melhor para dar conselhos, afinal, meu Imprinting é uma meio a meio.

 

“Ela é meu imprinting?”

 

“Não. Você saberia se fosse. Embora, o que você sente também não seja uma paixão normal.”

 

“É uma dependência.” Admiti.

 

“Seth, você se importa com o que ela é? Algo mudaria dentro de você, se descobrisse?” Depois de alguns segundo, Jake me bombardeou com essas palavras.

 

“Não!” A resposta veio tão espontânea que não houve como discutir. Não me importava o que ela era, eu a amava!

 

“Então, para de ficar se remoendo.” Ele me emparelhou, correndo ao meu lado.

 

“Ninguém gosta dela, todos a temem.”

 

“Todos queriam matar a Nessie, antes mesmo dela nascer.”

 

Assim que encerramos nossa conversa, voltei para casa, muito mais leve e decidido. Se eu a amava, não tinha com o que me preocupar.

 

Estava cansado, e o dia ainda demoraria a nascer. Tomei um banho rápido e me deitei, novamente, ao lado dela. Ela se mexeu, abraçando-me com tamanha força, que não me restou dúvidas. Eu sou o porto seguro dela.

 

Adormeci.

 

Eu estava caminhando por uma praia, mas não era a de La Push. Eu estava sonhando. Tive a certeza disso quando avistei um homem, sentado a beira da praia. Ele estava com os olhos fechados, e nas mãos, pendia uma mecha de cabelo,  cuja cor e comprimentos eram idênticos aos de Clarissa.

 

Aproximei-me temeroso, o homem tinha o corpo coberto de arranhões e machucados, assim como Clarissa quando eu a encontrei. Ele sussurrava palavras em outras línguas, mas quando sentiu minha presença, parou.

 

—Grato por atender meu chamado, Guerreiro. - A voz do homem era cansada e sábia, embora ele não aparentasse mais do que uns quarenta anos. - O Guerreiro fiel. - Ele sorriu ainda de olhos fechados.

 

—Não sou Guerreiro, sou um Quileute. - Falei, meio sem graça.

 

—Um Lobo. Sua presença é pesada, deve possuir uma linhagem forte. - Me arrepiei. Como aquele homem me conhecia? Seus conhecimentos sobre as lendas eram profundos. - Estava escrito nas linhas do destino. O casal renasceria. Cada um carregaria em si, um totem. - recuei um passo, meio amedrontado. Um som ecoou da floresta, como asas batendo. - Proteja-a. - O homem pediu, enquanto se virava para mim e abria os olhos. Os mesmos olhos de Clarissa.

 

Acordei sobressaltado na cama. Meu corpo suava como nunca antes havia suado. Estava me sentindo pesado e extremamente cansado. Clarissa acordou assustada, devido ao meu solavanco na cama. Seus olhos me encaravam. Os mesmos olhos do homem do meu sonho.

 

—Vamos voltar a dormir. - Ajeitei-a novamente em meu peito, minha respiração ainda irregular. O que tinha acontecido? Com certeza esse foi o sonho mais estranho que já tive na vida.

 

Passei o resto da noite relembrando o sonho. Não fazia sentindo aquele homem me chamar de Guerreiro, muito menos de conhecer as lendas. A imagem da pequena mecha do cabelo de Clarissa - eu tinha quase certeza que pertencia a ela - em suas mãos, os olhos idênticos aos dela. E o que ele me pediu, para protegê-la, perturbou-me o resto da noite.

 

Vi o dia clarear e esperei até que Clarissa acordasse. Ela se mexeu lentamente, esfregando os olhos com as costas das mãos antes de se sentar e me encarar.

 

—Desculpe-me. - Ela pediu ainda ressentida pelo pesadelo que teve.

 

—Está tudo bem. - Abracei-a.

 

—Seth?- Leah bateu na porta, entrando em seguida.

 

—Leah. - Cumprimentei-a.

 

—Fiz o café. - Ela falou com desanimo, estava esperando que Clarissa fizesse outra vez essa manhã. Levantei-me e a segui enquanto Clarissa usava o banheiro.

 

—Leah?-  Sussurrei e ela me olhou erguendo uma das sobrancelhas.

 

—O que foi?- Ela se sentou à mesa, pegando um pão e abrindo-o com os dedos.

 

—Alguém pode entrar em nossos sonhos?- Ela me encarou seria, largando o pão.

 

—Como assim? - Ela mordeu o seu lábio inferior e me olhou curiosamente.

 

—Sonhei com um homem, mas eu sabia que era sonho, foi muito estranho. - Falei baixinho.

 

—Estranho, como?-Leah voltou a ter o olhar serio.

 

—Ele sabia sobre nós, digo, o bando, e me mandou proteger a Clarissa.

 

—Como ele estava?

 

—Sei lá, em transe talvez. - Leah arregalou os olhos.

 

—O papai falava alguma coisa sobre a magia dos sonhos, mas eu não lembro. Converse com o Billy, ele vai te explicar. - Leah se calou, pegando a xícara de café e olhando fixamente por cima de meus ombros. Olhei para trás e vi que Clarissa adentrava na cozinha.

 

—Por que não fez o café?- Leah perguntou.

 

—Ela não é sua empregada, Leah! - A própria revirou os olhos.

 

—Ela está morando aqui e comendo aqui. O que custa fazer o café?- Revirei os olhos e começamos a comer.

 

Precisava falar com o Billy, mas sem a Clarissa, isso tudo podia assustá-la. Ainda estávamos arrumando a cozinha quando a buzina do carro do Jake soou. Fui atender ainda surpreso. O que ele queria?

 

—Jake?- Acenei para ele. Dentro do carro, no banco do carona estava a Nessie.

 

—Seth, têm alguém com saudades. - Jake riu e Nessie acenou para mim, enquanto me aproximava do carro.

 

—Oi Nessie!- Debrucei-me na janela do veículo. -Sabe o que é, estou precisando resolver umas coisas hoje, e não posso deixar a Clarissa sozinha. - Jake me olhou serio por algum tempo, até Nessie tocar no braço dele.

 

—Estamos indo a Forks tomar sorvete, veja se ela quer ir. - Jake deu os ombros.

 

—Você quer conhecer minha amiga, Nessie?- Falei rindo e Nessie acenou positivamente com a cabeça.

 

—Já volto. - Avisei entrando em casa. Procurei por Clarissa e vi que estava na janela, encarando o carro.

 

—Quem é ela?- Clarissa sorriu, gostava de crianças. - É filha do frio?- Ela sabia sobre os Cullens?

 

—Frio?- Perguntei surpreso.

 

—Vampiro tanto faz. - Deu de ombros - Aquele médico e o outro, o ruivo, eles são frios. Não são? - Ela me olhou, esperando a confirmação.

 

—Como você sabe?

 

—Eu já ouvi sobre eles... - Ela se esforçou para lembrar-se de mais alguma coisa, e por fim desistiu.

 

—Eles são bons, não matam humanos, apenas animais. Não precisa ter medo. - Falei receoso.

 

—Não tenho. Você confia neles. – Disse me abraçando.

 

—A Nessie quer te conhecer, te chamou para tomar sorvete. - Clarissa sorriu.

 

—Você vem?- Ela me perguntou, enquanto olhava novamente pela janela.

 

—Não, mas você pode ir. - Ela sorriu ingenuamente. Saímos juntos até o carro. Ela parou e encarou Nessie.

 

—Você é linda. - Nessie corou com o elogio.

 

—Você é namorada do Seth?- Encarei Clarissa, sentindo minhas bochechas esquentarem.

 

—Eu gosto dele. - Clarissa falou baixo, enquanto entrava no carro. Meu coração parou de bater. Jake me olhou, lançando aquele olhar “Eu te avisei” e deu partida. Fiquei paralisado, ainda em choque vendo o carro se afastar. Ela gostava de mim. Ouvir isso dos lábios dela, me fez encher de esperanças.

 

Fui para casa do Jake na dúvida se Billy, estava ou não em casa, mas o cheiro de peixe frito, denunciou sua presença. Bati na porta, e esperei ele me mandar entrar. Billy estava na cozinha, fritando os peixes, que com certeza ele mesmo havia pescado.

 

—Seth, o que te trás aqui?- Perguntou-me acenando para que eu sentasse.

 

—Eu tive um sonho estranho, a Leah disse que você poderia me ajudar. - Dei os ombros, ele pareceu não prestar atenção, mas respondeu.

 

—Conte-me. - Narrei todo o sonho e quando terminei, Billy virou a cadeira, ficando de frente para mim.

 

—Há lendas muito antigas, que pouco se conhecem sobre elas. Elas falam sobre a magia do sonho, uma mágica antiga e muito poderosa, que nos permite entrar nos sonhos das pessoas. Mas para isso acontecer, é preciso dominar a língua e os feitiços antigos, a muito perdidos no tempo.

 

—Mas então como ele falou comigo?- Não estava entendendo muito bem.

 

—Não sei, e o que mais me intriga, é que na lenda, fala que é preciso ter algo de muita importância para o espírito que deseja chamar. No seu caso, você disse que ele tinha uma mecha de cabelo?

 

—Da Clarissa. - Concordei  e Billy pareceu pensar por um tempo.

 

—Você a ama?- Meu silêncio serviu de resposta. - A parte do casal, eu não posso ajudar. Não conheço lenda alguma que fale sobre isso. - Billy deu os ombros. -Mas uma coisa é certa, você e essa menina têm algo muito além de uma simples paixão.

 

—Eu devo protegê-la! – Falei, sentindo-me completamente em apuros. Billy consentiu.

Era como um labirinto, não sabia para onde ir ou o que fazer, só sabia que tinha que continuar persistindo.


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Notas finais do capítulo

Gente, o que acharam?/
Muito linda a minha Clarissa não é?

Espero que tenham me perdoado, e deixem reviews lindos para mim!
e para a popozita também néh, afinal, ela é essencial nessa fic!

beiijos amores :*