Instinto escrita por miojo, popozita


Capítulo 3
Passado manchado


Notas iniciais do capítulo

Meus amores! Estou tão animada com a fic!
Como prometido, o segundo cap! E se tudo der certo, sexta tem o terceiro!

Ai amei os reviews! Muito obrigada!
Queria agradecer a afrodyte, que me mandou a letra da música Ela vem do céu, Jeito moleque. Bem a cara da fic! Então já sabem, a parte que está em Italico no começo do capé um pedacinho da música! Vou fazer isso em todos os caps a partir de agora. Muito obrigada afrodyte !

Agradecer a minha beta perfeita!Que deixa os caps. divinos!

Mais uma coisa, para quem não sabe, Está tendo um ranking de fics aqui no nyah!!!É tipo Oscar..
Muito legal e bem organizado, vocês podem indicar as fics d sua preferência!
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Demorou, mas chegou pra mudar Minha vida de repente

Todo o caminho até a casa do Jake fora percorrido em silêncio. Clarissa encarava ora o chão, ora o céu, como se tentasse se lembrar ou entender algo. Estava a observá-la caminhando, tinha pena de forçá-la a andar tão debilitada, mas Leah havia levado o carro.

-Chegamos! – Disse parando em frente à casa do Jake. Ela me olhou de um modo estranho, como se tentasse ver minha alma ou coisa parecida. Tremi diante de um olhar tão profundo. -Venha! – Tentei disfarçar e a conduzi até a entrada, o cheiro do Carlisle já queimava minhas narinas, acho que o mesmo acontecia com Clarissa, pois coçava o nariz, talvez o cheiro dos frios também a incomodasse.

Assim que o Jake abriu a porta, Clarissa se escondeu a trás de mim. Ele a olhou por cima dos meus ombros, rindo em seguida. Jacob é um cara bobo e ao mesmo tempo serio, cheio de responsabilidades. Um perfeito Alpha.

-É disso que a Leah estava com medo?- Ele perguntou gargalhando. Isso fez com que Clarissa se encolhesse ainda mais. Percebendo que estava assustando-a, ele tentou acalmá-la - Ei, não precisa ter medo. - Jake falou calmamente, deixando que nós passássemos por ele. Clarissa parecia um pequeno rato em meio a gatos, não consegui deixar de sorrir diante de uma criatura tão ingênua e doce.

            Passamos pela a porta, e então tive visão de quem estava a nossa espera. Todos os anciões estavam presentes, menos minha mãe, é claro, com certeza estava na casa do meu mais novo Pai. 

-Seth!- Billy me  cumprimentou do sofá.

-Olá Billy!- Acenei. Clarissa sorriu para ele e se endireitou esticando a coluna. Por que ela não tinha medo dele?

-Que garota linda! - Billy sorriu.

-Jacob. - Carlisle o chamou. - Como está Seth?- Ele era sempre tão prestativo, não existem motivos para não interagir com os Cullens. Eles são vampiros, mas não matam e nem prejudicam ninguém. Têm todo o direito de permanecerem aqui.

- Estou bem Carlisle, obrigado. - Respondi, tomando a frente do Jake. - Essa é Clarissa. - Apresentei-a a todos. Ela encarou Carlisle e se encolhendo em seguida.

-Ele é um sanguessuga, mas é gente boa.- Jake falou se sentando ao lado do pai.

-Posso usar o quarto?- Carlisle olhava com tamanha fascinação para Clarissa, como se ela fosse uma descoberta divina.

-Vai lá. - Jake deu de ombros.

-Vamos criança?- Carlisle veio em nossa direção e estendeu a mão pálida e gélida para Clarissa, que novamente se escondeu atrás de mim.

-Pode ir, ele só vai te examinar. - Olhei nos olhos dela e vi o tamanho da suplica que os tomavam.

-Será que posso entrar? Acho que se eu for ela vai. - Carlisle ponderou e depois permitiu. Começamos a andar em direção ao quarto do Billy, já que o do Jake é pequeno de mais.

-Como você a encontrou?- Carlisle estava visivelmente excitado. Narrei todos os acontecidos, ele ouvia atento, enquanto ajeitava os instrumentos de trabalho. -Você disse que ela estava completamente machucada. - Me encarou e logo em seguida olhou para Clarissa.

-Ela está se curando, assim como nós lobos. Porém, é bem mais devagar. - Os olhos do Doutor brilharam.

-Você é uma descoberta e tanto criança. - Carlisle começou a examinar Clarissa. Procurei mirar a parede para não a constrangê-la. Ele fazia as perguntas, mas ela não respondia. Ficava mergulhada no silêncio.

Passaram-se alguns minutos, eu ainda encarava a parede. Quando Clarissa falou, não consegui evitar, e me virei.

-Eu caí... Eu caí!- Ela começou a chorar. Carlisle me encarou e eu corri até ela, sem pensar abracei-a, ela não se mexeu, apenas chorou. Esperamos até ela se acalmar e  então fomos para a sala, que já estava repleta de lobos e alguns dos anciões.

Clarissa continuava atrás de mim, se escondendo. Todos me olhavam curiosos, tentando ver a pequena garota, mas ela não queria sair das minhas costas.

-Então... - Carlisle começou, prendendo a atenção de todos. - Pelo que posso perceber só de observá-la, ela está com a temperatura dois graus acima do normal, mas não sei dizer se é febre ou se é normal para ela. Segundo Seth, ela está se curando lentamente, mas ainda assim, está se regenerando. Colhi uma amostra de sangue para analisar.

-Ela realmente caiu?- Leah perguntou.

-Ela apresenta alguns hematomas e lesões proveniente de uma queda. – Todos arregalaram os olhos.

-Ela perdeu a memória?- Um dos anciões perguntou.

-Ela possui uma lesão na cabeça, que indica ser conseqüência da queda. O que pode ocasionar perda de memória temporária, além disso, ela está em choque. Estava pensando em pedir para que meu filho, Edward, venha dar uma olhada nela.

-Leitor de mentes. - Jake revirou os olhos.

-Já sabe o que ela é?- Billy parecia calmo com a situação. Eu pelo contrário, já estava tomado pelo o nervosismo, minhas mãos suavam; meu corpo inteiro tremia. Tinha medo do que decidiriam medo do que aconteceria com a pequena garota que se escondia nas minhas costas.

-Não! Em todos os meus anos de vida, nunca ouvi falar de nada como ela. – Cralisle falou desapontado.  Billy olhou para os demais anciões, que nada disseram. Eles também não conheciam.

-Continua sendo uma grande incógnita. - Billy respirou pesadamente.

-O que vamos fazer? Não creio que ela represente algum perigo. - Jake falou serio, me fazendo respirar aliviado com o que disse.

-Não vejo outra solução a não ser mantê-la aqui, pelo menos até recuperar a memória. - Billy esperou os outros anciões concordarem com a cabeça.

-Não podemos deixá-la sozinha. Não sabemos se ela realmente está com  a memória afetada. - Sam olhava fixamente para mim, como se fosse minha culpa.

-Eu poderia levá-la para minha casa. - Carlisle se ofereceu.

-Não.- Me impus sem perceber, com o tom de voz meio exasperado . – Não creio que ela irá. Ela parece temer á todos. – Eles me olharam surpresos.

-Exceto você! - Jared sorriu.

-Acho que sim, eu fico encarregado de cuidar dela. - Não conseguia imaginar outra pessoa cuidando de Clarissa se não eu, ela está tão necessitada de carinho e atenção.

-Nem pensar. - Leah bradou.

-Leah. - Jake olhou para ela, que se encolheu.

-Está assumindo todas as conseqüências?- Sam ainda me culpava.

-Não creio que ela esteja fingindo, Clarissa sofreu muito e está em choque. Vocês só estão assustados porque não a conhecem. Não se pode julgar alguém antes de conhecer. - Falei com a voz baixa, mas decidido.

-Está certo! Amanha o leitor de mentes dará uma vasculhada na cabeça dela. Enquanto isso ela fica na sua casa. - Jake se levantou, já a caminho da porta, ele estava com pressa de voltar para Nessie.

-Esqueceu que você trabalha?- Leah bateu o pé. Eu tinha me esquecido completamente que estava trabalhando com o Quil, na reforma da casa que os pais da Claire compraram. Era meu trabalho de verão.

-Pode levá-la. - Quil deu de ombros.

-Deixa de ser chata Leah!- Embry riu. Todos sabiam que ele era apaixonado por ela, mas ninguém ousava tocar no assunto.

-Leah, acha que poderia levar a Clarissa lá para fora um instante?- Meu corpo inteiro gelou com o pedido do Carlisle. O que ele queria falar? O que estava acontecendo com a Clarissa? Meu coração apertou.

-N... Ok. - Bastou um olhar de Alpha para Leah mudar de idéia e vir buscar Clarissa nas minhas costas. Clarissa me olhou e depois seguiu com Leah.

-Ela não sabe escolher as amigas. - Paul brincou.

-Seth, eu achei melhor que ela não ouvisse, a situação dela ainda é desconhecida, mas ela possui hematomas que não são derivados da queda.

-O que?- Me sentei, estava atordoado. Ela estaria mentindo? - Ela não caiu?

-A queda realmente ocorreu, entretanto, a minha experiência me permite dizer que ela foi agredida antes da queda.

-Ela foi espancada?-Levantei-me, sentindo meu corpo esquentar e tremer levemente. Quem teria coragem de dar uma tapa se quer em uma garota tão frágil e delicada? Não conseguia acreditar que ela tinha sido espancada.

-Seth, calma. - Billy pediu.

-Calma? Alguém espancou aquela garota e depois a deixou perdida no meio da floresta! E ela ainda caiu não sei de onde!- Falei me sentando novamente. Estava completamente desorientado e enfurecido. Como uma completa estranha tinha esse poder sobre mim?

-Seth, temo que ela tenha motivos suficientes para temer tanto. - Carlisle falou serio.

-Já está tudo acertado, a garota fica na sua casa! - Billy encerrou a conversa. Ainda estava com o coração apertado, mas não tinha como discutir. Ninguém conhecia o passado manchado de Clarissa.

Cada lobo foi saindo, me despedi de todos, agradecendo ao Carlisle por último. Assim que sai da casa, avistei Leah dentro do carro, Clarissa estava no banco de trás olhando para o céu pela janela.

-Seth!- Quil me chamou.

-Oi?- Me virei na direção da voz do Quil.

-Se precisar de ajuda. - Quil deu os ombros. Sempre tão compreensivo.

-Claro. - Sorri voltando a andar em direção ao carro.

-Anda, ainda vou passar na mamãe. - Leah falou.

Diferentemente da Leah, eu sinto a falta da mamãe morando conosco. Sei que ela está feliz com o Charlie, mas ainda assim, sinto falta dela. É divertido pensar que eu e a Bella somos meio que irmãos agora.

 Sentei-me no banco de trás, na ponta oposta a de Clarissa. Leah ligou o rádio e acelerou. Fiquei observando os dedos finos e ossudos de Clarissa entrelaçados com a camisa, os arranhões já estavam quase invisíveis, e ela parecia ter ganhado mais vida. O cabelo que estava seco possuía leves ondulações. Como ela é bonita! Quando dei por mim o carro já estava parado.

-Você vai à mamãe?- Leah perguntou enquanto eu descia do carro e abria a porta para que Clarissa também descesse.

-Não, explica a ela o que aconteceu e diga que estou com saudades. - Leah concordou e fez uma manobra brusca, levantando alguns pedregulhos.

Clarissa continuava andando nas minhas costas, como se eu fosse o único em quem ela confiava, e não posso negar que essa realidade absurda me deixava feliz. Fui até a cozinha e ela me seguiu. Estava com fome, mas sem vontade de preparar alguma coisa para comer. Então liguei, pedindo duas pizzas.

Clarissa me seguiu até meu quarto. Peguei um travesseiro e um lençol. Ela me olhava sem dizer uma palavra. Não consegui prender o sorriso que se formava em minha face, era tão simples e tão exuberante a presença daquela menina ali, no canto do meu quarto.

-Vamos, vou ajeitar minha cama na sala. - Eu não iria deixar que ela dormisse no sofá, ficaria em minha cama. Não me importaria em dormir no pequeno e duro sofá.

Não demorou muito e a pizza chegou. Comemos na caixa mesmo, o apetite dela é igual ao da Leah. Assim que terminamos, fui para o quarto de Leah e revirei as coisas dela, até que achei uma escova de dente sem uso, a ofereci, para que ela usasse o banheiro. Enquanto Clarissa usava o banheiro, ajeitei o sofá. Assim que saiu do banheiro, parou diante de mim.

-Venha, vou te mostrar onde vai dormir. - A conduzi até meu quarto. A princípio ela se negou com a cabeça.

-Eu vou dormir na sala, pode dormir aqui. - Apontei para a cama, ela me olhava ainda sem aceitar.

-Por favor? - Pedi.

-Não quero atrapalhar. - Ela mordia o lábio inferior.

-Não vai! Agora durma, deve está cansada. - Me despedi fechando a porta. Assim que guardei o resto da pizza e usei o banheiro me joguei sobre o sofá, que rangeu.

Pensei que não conseguiria dormir, mas logo meus olhos pesaram a última coisa de que me lembro, foi da imagem dos olhos de Clarissa quando a encontrei, depois mergulhei na escuridão da inconsciência.

Não me lembro se estava ou não sonhando quando senti o tão desconhecido e atrativo cheiro de Clarissa. Já não estava mais no sofá, devia ter caído enquanto dormia. Tateei o chão, o lençol e o travesseiro antes de abrir meus olhos  e encontrar o par de olhos liquefeitos me encarando. A iluminação proporcionada pela luz da lua, que entrava pela janela, deixa seus olhos com um brilho surreal, isso fora suficiente para me prender, novamente, em pupilas tão envolventes.

-O que está acontecendo?- Perguntei enquanto esfregava um dos olhos, devido ao sono.

Ela não respondeu apenas se encaixou no meu lado, se espremendo entre meu peito e o sofá. Pensei em tirá-la de lá, mas não tive coragem, seu corpo estava tão encolhido e aconchegado que só me restou deitar novamente, passando um braço por cima de seus ombros. Ela começou a chorar baixinho, não me mexi, e logo ela se acalmou e dormiu. O cheiro curioso me induziu ao sono um pouco depois dela sussurrar meu nome.

- Seth ...


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Notas finais do capítulo

E ai gente? Estão gostando?
Bastante mistério não é? UAHUAHUAHAU
O próximo cap se chama Lembranças, já é uma dica!

Espero que deixem reviews lindinhos como da outra vez!

beijos :*