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                           Meu pai me chamou até a varanda e me pediu para visitar Rachel, ela tinha coisas a dizer a mim. Minha vontade aquela hora era de dar um pontapé naquele certo lugar que dói muito, eu acho. Bati na porta, ela gritou para eu entrar. Ela estava em uma quarto, todo decorado, em azul bebê. Uma cama de casal no meio do quarto com um criado mudo de cada lado da cama, um armário na parede contrária uma enorme janela e uma cadeira reclinável onde ela estava sentada.

—meu pai disse que você tem uma coisa a dizer a mim.

—sim.

[...]

                      Fiquei preocupada. Tinha que falar com Drew, eu podia chamar mais duas pessoas para essa missão. Eu tenho que sair amanhã de manhã cedo, assim q o sol se levantar. Quem eu vou levar? O Drew com certeza, eu queria levar Clarissa, mas, James tem mais experiência em missões do que ela... e agora eu vou perguntar a ela. Fui andando devagar até chegar ao seu chalé. No caminho todos vinham me abraçando e me cumprimentando, e algumas das filhas de Afrodite cochichavam as minhas costas. Bati em sua porta, ela estava sentada em uma das camas, encostada na parede.

—pode entrar!

—miga me ajuda... - eu disse apreensiva.

—fala amiga!- ela disse quase gritando.

—amiga, eu.. eu recebi uma missão e eu não sei... você quer ir comigo –eu disse com medo.

Alguém abriu a porta. Quer dizer quase arrombou a porta. Era James. Ele estava em uma pose heróica. Eu e Clari tapamos a boca uma da outra para não rimos.

—eu vou com você Victoria.- ele disse meio entediado.

—não, a Clari vai comigo. - eu disse me levantando e batendo o pé.

—James irá com você por pedidos de força maior. - disse Quíron, ele pareceu do nada.

—não tem problema amiga, deixa pra lá.

—mas porque ele, Drew já está comigo, outro filho dos Três Grandes não iria ser muito perigoso?- eu disse inventando uma desculpa.

—ele vai e ponto. - Quíron disse batendo um cajado no chão e indo embora.

—agente se vê na arena. - disse ele para mim.

James fez uma careta de deboche, e saiu rindo pela área dos chalés. Eu bati o pé no chão, e pelo motivo, o qual eu não sei, comecei a chorar com o travesseiro de Clarissa no rosto. Cara o mundo hoje em dia está muito bipolar. (n/a: nossa, você não é nada bipolar né?)

—amiga, porque você começou a chorar de repente?

—sei lá. Mas cara o James me irrita e muito! - eu disse me jogando em sua cama com a cara no travesseiro.

—eu acho que tem alguém apaixonada aqui.- ela disse um tom que eu preferia não ouvir.

—no momento eu só estou apaixonada por uma pessoa.

—Drew- dissemos em uníssono.

—bom, agora eu tenho que ir. O senhor irritante deve estar me esperando na arena.- eu disse em tom de deboche.

—então vai lá.

                                Fui para arena. Tinha aprendido muita coisa com James, mas acho que não o suficiente para enfrentar aquelas coisas horríveis que honestamente, dão arrepios em qualquer um. Chegando lá, James não estava, quem estava era Drew. Cheguei mais perto dele.

—onde está James.-eu disse olhando em volta.

—ele não vai te treinar hoje.

—cara, mas ele prometeu. Odeio gente que descumpre o que fala.- eu disse me sentando.

—por menos que eu goste dele, ele não descumpriu. Eu pedi a ele se eu podia treinar com você hoje.- ele disse sentando ao meu lado.

—Já que é assim vamos começar logo.

                                      Abri o meu grampo e ele se transformou em uma espada dourada com um fio de bronze celestial. A espada de Drew era negra com uma “aura” branca. Ele luta bem, muito bem. Isso me fez pensar, quanto tempo ele está aqui?

—posso te perguntar algumas coisas?

—claro, mas primeiro você tem que me vencer.

Começamos a lutar de verdade, ele me cortou no braço mas quando ele fez isso, ele ficou com um ar apreensivo nos olhos. Por mais que eu me defendesse, e a minha hereditariedade, é muito ruim admitir isso: Ele lutava melhor que eu. Eu cortei seu rosto. Gente o que eu fiz, cortei o rosto do meu namorado... calma, Vick calma, numa luta não importa se é seu namorado. Coloquei minha espada e a dele em seu pescoço.

—vai me responder agora?-eu disse ofegante.

—sim, mas depois você vai cuidar dos meus machucados.

—tá. Você, independente do que acontecer, vai estar sempre ao meu lado né?

—claro meu amor.-ele disse me dando um selinho.

—amanhã eu vou em uma missão.

—claro que eu vou com você, e quem vai mais?

Eu olhei para ele com cara de: eu preciso mesmo falar?

—cara ele não, todo mundo menos ele.

—não foi minha culpa, Quíron praticamente mandou ele ir.

—tudo bem. Se foi assim. - ele disse indiferente.

Eu olhei para o relógio, já estava na hora do jantar. Fomos de mão dadas, até o refeitório. Ele me deu um selinho demorado e romântico.

—agente se vê na fogueira?

—claro. - ele disse com um sorriso Colgate.

                                     Fui para minha mesa. Ele foi para a dele, onde Nico estava sentado. Sentei ao lado do meu pai doida para dar um soco no meio daquela carinha linda dele. Eu não acredito que ele queria fazer isso com a minha amiga. Esse acampamento tá parecendo mais um puteiro só que sem grana pra gastar.( falo que nem um rapper agora manolow)

—depois do jantar eu quero falar com você.- eu disse sem olhar a cara do meu pai.

—ta minha filhinha.- ele disse todo alegrinho. Isso me da nojo. Eu comi um pouco não estava com fome. Joguei um pouco de comida na fogueira, como todas as noites fazíamos. Meus irmãos me desejaram boa sorte na missão de amanhã. Meu pai estava me esperando encostado em uma árvore.

—o que você quer falar comigo, filhinha?- ele disse sorrindo.

—eu não acredito que você teve coragem de fazer isso. - eu disse com os olhos marejados.

—fazer o que?- ele disse com cara de sonso.

—eu não acredito que você tentou transar com a minha amiga.

—er...

—err o caralho, você não respeita nem sua própria filha que um dia, te admirava, um dos deuses preferidos dela. O que a inspirava a compor, musicas, pra um dia... nao quero ver mais você na minha frente- . Eu fui para meu chalé correndo.

—mas fica sabendo que, eu sempre vou te proteger minha filha, você querendo ou não.