Acordei na outra manha em seus braços. Me senti aconchegada e naquele momento, eu senti que aquele era o homem que iria estar do meu lado pro resto da minha vida.

Levantei com muito cuidado o braço dele e me direcionei para o banheiro. Tomei um banho gelado e vesti uma blusinha fofa roxa com a saia bege e uns acessórios. Íamos acabar almoçando fora em vista do horário. (http://bymk.s3.amazonaws.com/Sets/Set-276654-500.jpg)

- Acorda dorminhoco. Já são 11 da manha.

            - Já? Nossa como eu dormi.

            Eu sorri.

            - Se quiser, pode tomar um banho. Tem toalhas na terceira porta do guarda-roupa. Se você se apresar achamos um restaurante vazio.        

            - Ah! Tudo bem doutora Natália.

            Ele levantou e pegou uma toalha no guarda roupa.

            - Bom dia gata! – ele me deu um leve beijo nos lábios – obrigado pela maravilhosa noite.

            - As ordens amor.

            Ele me deu mais um beijo e saiu cantarolando “You... Your Sex is on fire”. Eu tive que rir da letra que ele estava cantando logo cedo. Depois era eu que tava com fogo.

            - Vê se não agarra viu?

            - Pode deixar patroa!

            Ele acabou vestindo a mesma roupa da noite anterior, mas combinamos de passar na casa dele antes de irmos para o restaurante.

            Andamos ate a casa dele, e sua mãe veio abrir o portão.

            - Vou só levar ela em casa ne? Sei... A casa dela agora é na china ne?

           - Mãe...

            - Me desculpe senhora Alison, a culpa foi minha. Eu estava tendo problemas para dormir e ele me ajudou. Acabou pegando no sono também.

            - Tudo bem Natalia. Eu só estou brincando. Então vieram para o almoço?

            - Na verdade não mãe. Nós vamos almoçar fora. Eu vim para trocar de roupa.         

            - Banho talvez?

            - Já tomei mamãe!

            - Aham... Sei... Vocês dois andam muito cheios de segredinhos ta? Não to gostando disso. – eu senti minhas bochechas corarem. – o Naty e só uma brincadeira ok? Não me leve a mal.

            - Tudo bem senhora Alison.

            - Já esta na hora de você parar de me chamar assim. É Bárbara ta?

            - Sim. Bárbara.

            - Vamos entrar. Sente-se na sala enquanto o Arthur se troca.

            - Sim, por que não?

            Nós entramos, e nos sentamos na sala, enquanto esperávamos ele voltar. Ele voltou e estava realmente um gato. Vestia uma calça jeans, com uma blusa branca de manga e uma social azul aberta por cima. Meu deus esse homem quer me matar.

            - Pronto?

            - Claro. Mãe nós vamos indo. Eu volto pra dormir hoje ta?

            - Não se preocupe comigo. Eu ficarei bem.    

            - Tchau senho... Bárbara.

            Pegamos o táxi e fomos a um dos melhores restaurantes da cidade: Gourmet.

            Pedimos nossa barca de sushi e sentamos na mesinha esperando o prato.

            - Preciso confessar que você realmente me surpreendeu ontem à noite. Eu sabia que você tinha algo de muito especial, mas não imaginava tudo isso.

            - Te surpreendi ne? Pra uma garota de 13 anos eu até que sou bem prendada.

            Acabamos rindo juntos e nos beijando. Aqueles com certeza  seriam os melhores dois dias da minha vida.

            A barca chegou e o Arthur logo atacou um par de hashis e abocanhou um sushi de salmão. Peguei o meu par de hashis tentando imaginar como se usava aquilo. Fiz algumas tentativas inúteis e acabei pegando um palito e fincando num sushi de salmão antes que ele comesse todos.

            - Apelei agora. – eu disse depois de comer o ultimo sushi de salmão.

            - To vendo desesperada.

            - Você tava comendo que nem um boi. E eu nem sei usar esse troço. 

            Ele riu, o que me fez corar.     

            - Bobinha.       

            Acabamos de comer, pagamos e saímos. Atravessamos a rua, mas meu brinco acabou caindo. Eu voltei que nem uma sonsa pra pegar, quando alguém me empurrou com toda a força pra frente.

            - Quem foi o FDP que fez isso?

            Eu não pude acreditar no que vi. Ali, estirado no chão, sangrando, estava o Arthur. Ele tinha acabo de ser atropelado. POR MINHA CAUSA.  

            - Arthur! Nããão! Não pode ser! Arthur você ta bem? Fala comigo! Alguém chama uma ambulância logo! – eu não sabia se gritava, chorava ou tentava reanimá-lo.

            - Na-talia?

            - Arthur meu amor... você esta bem? Fala comigo... não me deixa...

            - Eu... eu não sei. Me deixe fazer uma coisa?  

            - Claro meu bem. O que quiser... – eu soluçava e chorava muito.

            Ele começou a cantar uma das mais belas musicas que eu já ouvira na vida:

“I don't want this moment to ever end

Where everything's nothing without you

I'll wait here forever just to, to see you smile

'Cause it's true: I am nothing without you

Through it all, I made my mistakes

I stumble and fall, but I mean these words

I want you to know: with everything, I won't let this go

These words are my heart and soul

I'll hold on to this moment, you know

'Cause I'd bleed my heart out to show that I won't let go”

            Depois disso, tudo que eu vi foi seus olhos se fecharem, e eu soube que ele havia morrido. Que ele havia morrido nos meus braços.