Gota a Gota escrita por Frience


Capítulo 6
Ange


Notas iniciais do capítulo

Nova personagem! Uhuuu!
Waaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah!
Eu morri -.-
Sério, meus olhos lacrimejaram enquanto escrevia.
Acho que porque gosto muito desse integrante do A9...
u-u
Mas... fazer o que...
Bom, espero que gostem o/

PS: Se tiver algum Nao escrito com U me perdoem, pq o Work tava acentuando Nao, ai eu comecei a colocar Nau e mudar depois. Acho que consegui mudar todos.
—acabei de entregar quem é o integrante do A9- *_*



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TROOMPH!

— AAh! – gritou Uruha – Aff, esses raiozinhos não param de me assustar. Aaaaah! Onde será que estão os outros? Será que eles estão bem? Espero que não tenha acontecido nada. O que está acontecendo!!! *-*

Uruha, acordara no banheiro masculino. Como os outros não se sentia muito bem, psicologicamente. Ele acordou com o barulho de uma vidraça se partindo. Ou seja, não devia estar muito longe de Kai, mas não sabia disso.

— Puts, eu devo ter ficado jogado aqui um tempão, já é noite! – disse Uruha, mas, consultando o relógio, viu que não passava de 14:35 da tarde.

A vidraça do banheiro em cacos pelo chão. Uruha estava um pouco arranhado já que se levantara daquele mesmo chão. Não se importou muito, tinha coisas muito mais importantes para colocar em sua mente. A primeira, encontrar seus amigos.

Uruha, não pode deixar de lembrar-se quando os ele e os companheiros assistiam filme de terror juntos. Reita e ele sempre faziam medo em Aoi, Kai e Ruki. Por um momento Uruha sorriu, agora, ele estava vivendo um verdadeiro filme de terror, e, pela primeira vez, estava sozinho. Sentiu um enorme vazio por isso.

TRAAANK

— AAAAAAAAAAh! – gritou Uruha.

Ouviu um barulho oculto, entendem? Mas alto, ou seja, vinha de dentro da gravadora, perto de onde Uru estava.

— Vixiiiiii! – sussurrou.

TRAAAAANK!!

— MELDELS! Tem alguém na cozinha... – pensou alto, Uruha.

Sim, Uru estava perto da lanchonete. Uma lanchonete, infelizmente, gigantesca.

— Ta! Uruha! Presta atenção amigo! Você têm que ir lá! – disse Uruha pra si mesmo – Eu sei que você ta com medo e não quer ir... mas... pelo menos agora você sabe como os outros se sentem quando você os assusta. – Uruha estava seriamente em dúvida, e continuou discutindo com seu subconsciente – Uruha deixa de ser medroso sua biba! Eu não sou biba, eu sou você! Chega! Vai lá e pronto! Ta...

Depois dessa pequena discussão interior, Uruha ia para a lanchonete, bem discretamente. Tinha medo do que podia encontrar lá.

TRAAANFS!

Chegou, espiou pela porta, “Ah droga!” pensou. Nao estava deitado sobre a mesa da cozinha. Acima dele vários itens de ponta, facas de todos os tipos. Sua boca estava entrelaçada por um pano. Ele se revirava na mesa, mas estava amarrado a ela por auxílio de fios de ferro, cobertos por gasolina.

Uruha se aproximou, viu que Nao fez um olhar de alívio. Mas quando Uru foi chegando mais perto ele começou a balançar a cabeça com sinal de “Não”. Uruha parou, olhou para o chão, e para frente, entendeu. Estavam cheios de fios de silicone pela cozinha. Se Uru esbarrasse neles, Nao morreria.

O Guitarrista olhou bem para Nao. O pano na boca dele estava molhado, depois, Uru olhou em volta da cozinha, e viu; na pia do outro lado onde se encontrava um frasco de formicida, vazio. Novamente o loiro entendeu. Nao também não podia engolir.

— Nao! Epa! Ta me vendo aqui né? – dizia Uruha balançando os braços – Vou tirar você daí amigo. Eu prometo. – Uruha agora sorria, apesar de agonizado por dentro.

O baterista balançou a cabeça, como um sim. Talvez confiasse em Uruha o suficiente. Os olhos de Nao se lacrimejaram, lembrara dos amigos – como se Saga, lembram? – Uru achou que aquelas lágrimas fossem porque estava com medo. De certa forma sim, medo que os amigos estivessem mortos.

Havia três maneiras de Nao morrer. Primeira: se aqueles auxílios de cozinha caíssem sobre ele. Segundo: Se ele engolisse o veneno do pano que cercava sua boca. Terceiro: Aqueles fios de ferro com gasolina não podiam ser à toa, estava planejando queimar Nao, Uru não entendeu como.

— Relaxa Nao! Vou passar por baixo dos fios de silicone, vou chegar ao outro lado e vou puxar você. Agora sim minha dieta vai fazer toda a diferença.

Nao apenas concordava com a cabeça.

Dito e Feito, Uruha se abaixou para passar por ali, tinha que praticamente se deslizar. O problema: pequenos cacos de vidro estavam no chão. Extremamente pequenos e muito pontudos.

— Filea da Puta, pensou em tudo!! – disse Uruha.

Mas, não podia parar, aquelas pontadas nada confortáveis eram nada em comparação de deixar Nao para a morte. Resistiu, continuou com todo cuidado. Por mais que lhe causassem dor, Uruha não podia nem se quer parar, o mínimo erro e o alice nine precisaria de outro baterista.

Uruha já estava passando por debaixo da mesa onde Nao estava preso. Olhou para cima, viu os fios que o amarravam. Cometeu o erro de tocar em um deles para soltar o amigo. Um dos facões se soltou... Nau... ...Ficou sem um dos braços!

O baterista não podia ao menos gritar da dor, se lembrou do veneno. Começou a contorcer na mesa, a enlouquecer, o sangue saia aos montes.

Uruha só notou o que tinha feito quando o sangue de Nao começou a respingar para baixo da mesa. Uruha se assustou, e deu um grito, muito alto e berrante, quando o braço do baterista foi pra baixo da mesa.

— NÃO! NÃO! NÃO! – gritava Uruha.

O loiro continuou se arrastando por baixo da mesa, precisava muito chegar ao outro lado agora. Seu desespero aumentava ainda mais quando ouvia Nao se agonizando. Uruha começou a chorar, mas não podia parar.

Uruha se levantou do outro lado, precisava fazer alguma coisa, agora Nau poderia morrer também por perda de sangue.
Ele procurava alguma coisa do outro lado, algo que pudesse ajudar, tomou todo cuidado pra ver se não tinha nenhum fio de armadilhas onde estava.

— Huuuuuuuuuuuuuuunnmmmmm! – gemia Nao, preso a mesa. Não estava agüentando mais.

— Calma Nao! Calma! – dizia Uruha em pânico.

Uruha viu um alicate, perfeito para soltar Nao. Mas estava dentro de um pote cheio de aranhas, viúvas negras.

— Ah, droga. O que eu faço? – perguntou Uruha, a si mesmo.

— Unmmmmnmnmnmnmn!!! – gemia alto, Nao, a dor o consumia minuto a minuto.

Uruha hesitou, mas não podia deixá-lo ali, era culpa dele, pelo menos ele achava que era.
Colocou a mão no vidro, que por curiosidade, era preso no balcão. Retirou a mão pela primeira vez sem ao menos tocar na ferramenta.

— DROGA!

A mão de Uruha estava cheia de picadas de aranhas, e como aquilo ardia. Não tinha tempo a perder. Abriu bem os olhos e enfiou sua mão dentro do frasco de novo.
Alcançou o alicate, e, quando o puxou, puxou também uma cordinha de silicone. Era por isso que o pote de vidro estava preso ao balcão.

Aquela cordinha que Uruha havia puxado era um armadilha, que acionou todas as outras. As facas foram caindo sobre Nao, uma a uma, suas pernas foram cortadas, sua cabeça, seu corpo inteiramente mutilado.

De repente uma faísca saiu do ponto onde começava o fio de ferro, por cima do teto algo começava a queimar. Uruha estava muito desesperado. Seu corpo o empurrou para frente, como se fosse um mecanismo de defesa, precisava sair dali. Pulou para o outro lado, esbarrando em todos os fios de silicone, que apenas se soltaram e ficaram em torno de Uruha - ou seja, se o loiro esbarrasse neles diretamente e fosse ajudar Nao sem se preocupar com os mesmos, o teria salvado – o fogo continuava seguindo os fios de ferro graças a gasolina. Chegaram a Nao, agora seu corpo – ou pedaços - queimavam completamente.

Os olhos do guitarrista se abriram, lágrimas pularam de seus olhos. O sangue de Nao em suas roupas, o fracasso em seus pensamentos.
Olhava, olhava o amigo de gravadora pegar fogo, não haveria mais Nao. Mesmo se não estivesse queimando não haveria.

Uruha ainda olhava aquilo, sentindo a pior dor que já sentira na vida, dentro de seu peito, pareciam apertar seu coração. Se sentia frio, incapaz.
Pensou em Nao, no desespero nos olhos dele. Não podia gritar por socorro, nem imaginara a última vez que viu seus companheiros do A9, a dor que sentiu amplamente quando seu braço foi tirado, por um erro que foi seu.

Teve raiva, muita raiva, aqueles fios de silicone não eram nada, não fariam nada. Mas os fios debaixo da mesa fariam.

Ajoelhou-se, em frente às chamas, teve o breve desejo de morte. Mas não faria isso. Encararia os outros membros do A9 de frente, a vergonha perto de seus amigos. Uruha se sentia culpado, um ódio inexplicável de si mesmo.
Olhava o fogo, tudo queimar, os restos de Nao já deviam estar carbonizados, ou já não era nada.

Em algum momento, colocaram a mão em seu ombro, e uma voz doce disse:
— Não foi culpa sua, você sabe.

Uruha olhou assustado, levantou-se e deu vários passos pra trás.

— QUEM É VOCÊ? – perguntou Uruha, assustado.

— Estou aqui para impedir aquela maluca. Eu sou Ange e você?

Ange tinha os cabelos escuros, os olhos muito azuis. Usava um vestido branco e curto – não passava dos joelhos – Tinha um olhar meigo – apesar da eye-make negra - e um sorriso maravilhoso.

— Quem... como você entrou aqui? Como sabe o que aconteceu? Quem... como você a conhece... quem ela é? O-

— Hey! Calma. Ela me aprisionou aqui antes de vocês, o nome dela é Fleur. Ela pretende matar todos vocês, mas quer que vocês sofram a dor da perda, eu não sei por que, como aconteceu agora. Eu não sei de mais nada, além disso, e agora me diga o seu nome. ^^

— Mas... – Uruha, parou de falar, deu três passos para trás, ajoelhou-se no chão – Meu nome é Uru... Takashima Kouyou; me chamam de Uruha, sempre... – terminou, com uma voz trêmula graças as lágrimas.

Ange se ajoelhou de frente ao Uruha, colocou a mão em seu rosto e disse:

— O que aconteceu aqui não foi culpa sua. Eu estava vendo. Não fiz nada por que iria te atrapalhar, eu estava com muito medo. Fez tudo o que podia...

— Para fracassar?

— Para ajudar, sabe disso. Vamos! Vamos encontrar seus amigos, vou ajudá-los. Mas promete que vai me ajudar a sair daqui também? ^^

— É claro, Ange. – disse Uruha, chorando, mas sorria, era impossível não sorrir na presença dela.

Ange ajudou Uruha a se levantar. Uruha olhou para as chamas, não acreditava que nunca mais veria Nao... nunca mais... Continuou encarando as chamas, Ange mudou seu rosto de direção, agora, Uru a olhava nos olhos.

— Pare com isso! Não há mais nada a fazer. Pense apenas em seus amigos, certo? – disse Ange – Eles ainda estão por ai. Vamos!

— Você... tem razão... – suspirou Uruha.

A chuva ainda caía. Fria.

Kai reentrou para PSC – estava na varandinha, lembram? -, agora, cambaleava encostando-se às paredes. Olhou para o buraco que tinha prendido seu pé. Perguntava-se por que... aquele porquê triste e duvidoso. Agora, ele iria procurar os amigos.

As gotas de chuva já tinham completado de inundar o terraço, agora, toda a água acumulada em cima, descia pelas paredes.

Reita carregava Saga pelos corredores, eles iam devagar. Reita estava tentando encontrar a sala de designer visual, assim poderia pegar roupas para Saga, que já estava usando o agasalho dele.




Você não pode enganá-los...

< Ange ;D


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Notas finais do capítulo

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Waaaaaaah!
Gostaram da nova personagem?
Vai por mim ela é importante -e nem só para o Uruha- :X
xD
Comente minha fic, x)~
Obrigada o/



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