Fui andando pelos corredores sem nem saber pra onde ia. 

-Justin... Justin! Hello!

-Desculpe, estou meio distraído ultimamente...- Disse, indo para a porta que Scooter apontava.

-Percebe-se... Aqui é o quarto.- Abri a porta e disse:

-Uau...- O lugar era incrível, nem sei como explicar como era... Eu abaixei o tom de voz e disse:- Quem diria que você teria tanto bom gosto assim...

-Eu ouvi isso...- Scooter disse, ao ouvir a minha indireta.

-Desculpe, escapou...

-Ok... Você gostou?

-Ainda pergunta?

 -Que bom que gostou.- Ele saiu e eu coloquei a mochila em cima da cama. Só não taquei por que nela estavam todas as minhas parafernálias tecnológicas. Ipad, Ipod, Notebook, celular, Iphone, etc, etc.

 Depois, me joguei de costas na cama box, já pensando no porvir. Por que dali a dois dias seria o enterro da minha mãe. E uma semana depois, o do meu pai.

Uma frase irônica: Que felicidade... Tapei meu rosto com as mãos e apertei bem os olhos.

Que engraçado, se algo de errado acontece com você, se você for do tipo que fica deprimido mesmo, você vai fazendo uma bola de neve de problemas, decepções e tristezas. 

-Eu matei várias pessoas...- Pensei. Não era totalmente verdade, nem mentira, eu só decidi o horário do voo.

E me senti totalmente culpado por ter escolhido justamente AQUELE horário. E, como um problema gera outro...

-Eu matei o meu pai... Eu matei a minha equipe, meus amigos de palco...- Lágrimas foram escorrendo dos meus olhos a cada frase.

Falei mais algumas frases, e me virei na cama, ainda com lágrimas nos olhos. Alguns segundos depois consegui adormecer e esquecer um pouco o que eu estava passando.