O Destino de Cada Coração I escrita por By Mandora


Capítulo 7
O Vaga-lumes




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– Kagome, você está muito quieta. Aconteceu alguma coisa?

– Não, Sango. Eu estou bem... Agora eu estou bem...

Kagome levantou os olhos o ficou observando Inu-Yasha, que estava num galho. Ele também a observava. Ela havia pedido que não contasse o que aconteceu. Não queria preocupar todo mundo. Colocou sua mão sobre o peito, onde estava o fragmento da Jóia. “Ele me devolveu o fragmento por vontade própria. Em outra época, teria tentado ficar com ele. Ele foi tão gentil me dando seu casaco. Ele não tem maldade no coração...”. Sorriu para Inu-Yasha, que retribuiu com outro sorriso.

Inu-Yasha então voltou seu olhar para as estrelas. Estava pensando sobre o que o bandido havia dito. “Eles já estavam por ali fazia tempo, só estavam esperando que ela ficasse sozinha. Aposto que foi Naraku quem os mandou... Aquele maldito!” De repente, percebeu que, no céu, algumas estrelas se mexiam. Pequenas luzes cintilantes começaram a cair e a vagar entre as árvores. Pareciam vaga-lumes. Shippou, Sango e Kagome se encantaram com as criaturas, porém Miroku e Inu-Yasha ficaram desconfiados. Inu-Yasha desceu da árvore e se aproximou de Miroku.

– Eu não estou gostando nem um pouquinho disso, Miroku.

– Nem eu, Inu-Yasha. Estou com um pressentindo ruim.

Inu-Yasha ficou de prontidão, com sua mão sobre a Tessaiga. Percebeu que uma daquelas criaturas estava muito interessada em Kagome. Ela estendeu a mão para tocá-la.

– Kagome, se afaste dessa coisa!

– Inu-Yasha, é só um vaga...

Ao tocar a mão de Kagome aquela criatura, que parecia tão inocente, se dissolveu. Kagome não conseguia mais falar. Era como se estivesse sufocando. De repente, caiu no chão completamente inconsciente. Então todas aquelas luzes que cintilavam desapareceram.

– Kagome! – Inu-Yasha correu e a segurou em seus braços. – Miroku, me ajude! Ela está ardendo em febre!

Apesar dos tratamentos de Miroku, a febre não cedia. Ele usou todo o seu conhecimento de cura, mas nada parecia estar funcionando.

– Miroku, eu pensei você tivesse o poder de cura de Buda! Por que ela não acorda?

– Inu-Yasha, ela foi envenenada através da magia. Eu fiz tudo o que podia...

– Você não pode deixá-la morrer, Miroku! – Agarrou o monge pela roupa, sacudindo-o. – Por favor, faça alguma coisa!

– Controle-se, Inu-Yasha! – Livrou-se do hanyou. – Eu também não quero que ela morra, mas, infelizmente, não há mais nada que eu possa fazer! É uma magia muito poderosa. Agora só depende dela. Quem quer que tenha feito isso queria realmente livrar-se dela.
Inu-Yasha mal podia acreditar no que estava acontecendo. Kagome estava morrendo e não havia nada que ele pudesse fazer. Ajoelhou-se ao seu lado e segurou a mão dela. Miroku colocou sua mão sobre o ombro dele.

– Inu-Yasha...

– Miroku, vocês podem ir dormir agora. Eu fico com ela.

– Está certo... Chame se precisar de alguma coisa.

– Miroku...

– O que foi?

– Obrigado por tentar.

Miroku só acenou com a cabeça. Realmente agora só dependia dela. A noite foi passando lentamente. Inu-Yasha ficava trocando o pano úmido sobre a testa de Kagome, tentando refrescá-la da febre que não cedia nem um pouco. Todos estavam deitados, mas ninguém conseguia dormir. Shippou sentou-se em sua cama e ficou observando Inu-Yasha cuidar de Kagome.

– Miroku, você acha que a Kagome vai morrer?

– Eu espero que não, Shippou.

Sango levantou-se e afastou-se deles, mas foi seguida por Miroku.

– O que foi, Sango?

– Isso não é justo, Miroku. Kagome sofrendo daquele jeito e nós aqui de mãos atadas...

– Sango... Ainda não está tudo perdido...

– Mas... E se ela morrer?

– Kagome é uma pessoa muito boa e também muito forte. Deus não permitiria que ela morresse. – Percebeu que Sango recostou a cabeça em seu peito, deixando-o sem ação.

– Às vezes não há nada que Deus possa fazer... – Seu corpo tremia. Queria chorar, mas não conseguia. Miroku largou seu bastão e a abraçou.

– Dessa vez, Sango, vai ser diferente... Tem que ser...

-x-x-x-x-x-

– Inu-Yasha... – A voz de Kagome era fraca.

– Kagome, finalmente você acordou.

– O que... Que aconteceu?

– Um daqueles insetos te envenenou. Já está quase amanhecendo, é melhor descansar um pouco, ainda está com febre.

– Você ficou aqui comigo esse tempo todo?

– Nem mesmo um terremoto me tiraria daqui.

– Será que você poderia... Se deitar aqui comigo... Só até eu pegar no sono...

– Kagome...

Inu-Yasha tinha lágrimas nos olhos. Na verdade não sabia se ela estava melhorando ou piorando. Ele deitou-se ao lado dela e a abraçou forte.

– Isso me lembra aquela noite no templo, Inu-Yasha.

– Só que você não tinha febre...

– Mas eu ainda sinto o mesmo calor... Do seu coração... – Se aninhou no peito dele.

– Kagome, por favor, não morra...

– Eu... Não vou...

Inu-Yasha percebeu um brilho verde na mão de Kagome. De repente alguma coisa lhe deu um solavanco, atirando-o para longe dela.

– Kagome! O que...

Antes que pudesse se aproximar, o brilho ficou tão intenso que praticamente o cegou por alguns instantes. Quando conseguiu enxergar novamente, Kagome estava deitada no ar, flutuando, envolta por aquele estranho brilho. Shippou se aproximou, seguido de Sango e Miroku.

– Inu-Yasha, faz alguma coisa!

– E o que é que você quer que eu faça, Shippou?

– Ah, eu sei lá! Miroku! Você não pode usar o seu poder de Buda?

– Não vai ser preciso, Shippou. Veja, a força que está agindo sobre Kagome está diminuindo.

O brilho foi diminuindo e o corpo de Kagome foi baixando lentamente até chegar ao chão. Então ela abriu os olhos e sentou-se. Ela parecia bem e estranhou as expressões assustadas dos amigos.

– O que foi, pessoal? Que caras são essas?

– Kagome! – Shippou correu e pulou no colo dela. – Você não morreu!

– Shippou... Que história é essa?

– Mas você não se lembra que um inseto te mordeu e você ficou doente? – Explicou o pequenino em seu colo.

– Eu me lembro dos insetos, mas depois tudo fica meio confuso...
Inu-Yasha se aproximou e colocou a mão sobre a testa de Kagome. Como percebeu que a febre havia ido embora, a abraçou aliviado.

– Inu-Yasha... O que foi?

Kagome ainda não entendia o perigo pelo qual passara, mas isso pouco importava para o hanyou naquele momento.

– Não importa mais. O que importa agora é que você está bem. – Então a soltou e a encarou. – Eu acho que foi o fragmento da Jóia de Quatro Almas que te curou, Kagome.

– O fragmento... Mas como? – Segurou o fragmento.

– Eu tenho outra teoria. – Interrompeu Sango. – A Kikyou possuía um poder especial que podia curar, não é, Inu-Yasha?

– Eu ouvi falar disso, mas nunca a vi utilizar tal poder.

– A Jóia de Quatro Almas teve origem no meu vilarejo e foi o nosso povo que a entregou a Kikyou, para que a mantivesse pura. Meu pai me disse que a sacerdotisa que protegia a Jóia também tinha o poder de curar. Se a Kagome é a reencarnação da Kikyou, faz sentido que ela também o tenha. E talvez o fragmento tenha sido somente um canalizador, visto que Kagome ainda desconhece todo o poder que tem e estava muito fraca.

Inu-Yasha levantou-se de repente e ficou observando a escuridão da floresta. Encarou Miroku.

– Você também percebeu essa presença nos observando? – Perguntou o monge.

– Sim... É ela, Miroku. Eu sei que é ela. A Kikyou está aqui!



-x- Continua no próximo cap -x-


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