O Destino de Cada Coração I escrita por By Mandora


Capítulo 2
O Passeio




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Kagome entrou em casa com seu irmão Souta, cheia de pacotes, fazendo o maior estardalhaço e espalhando os pacotes pela sala.

– Hei, pessoal! Consegui roupas para todo mundo, assim nós podemos passear hoje à noite!

Inu-Yasha, com ar de esnobe no canto da sala, tenta quebrar o clima da jovem, sem êxito.

– Eu pensei que fosse apenas a festa de aniversário do seu irmão, Kagome. E o que há de errado com as nossas roupas afinal?

– A festa do Souta é só amanhã, Inu-Yasha, e se você pensa que eu vou ficar dentro de casa até a gente voltar está muito enganado! Além do mais, hoje em dia ninguém mais usa quimonos quando sai na rua, só em festivais. E o seu também está fedendo, precisa ser lavado para a festa. Aqui... – E começou a separar os pacotes e a distribuí-los. – Eu trouxe roupa até para o Shippou!

– Oba, oba! Deixa eu ver! – A raposinha ficou saltitando ao redor dos pacotes.

– Eu ajudo o Shippou e a Sango a se vestirem e o Souta ajuda você e o Miroku, depois que todos tiverem tomado banho, Inu-Yasha.

– Quer me explicar como é que a gente vai tomar banho se eu não vi nenhum rio por aqui, Kagome? – Sentou-se debaixo da janela e cruzou os braços.

– Ah é, o rio... Souta mostra pro Miroku e pro Inu-Yasha como funciona o chuveiro. Sango, Shippou, vamos pro meu quarto.

Mais tarde, antes do cair da noite, estavam todos reunidos na sala prontos para sair, com exceção de Inu-Yasha que estava terminando de se vestir com ajuda de Souta. Sango estava com um vestido preto sem mangas e de gola. Miroku seguiu um estilo mais social: calça preta e camisa azul-marinho. O pequeno Shippou vestiu um macacão amarelo e um colete preto, assim disfarçava sua calda enrolando-a na cintura. Quando Inu-Yasha finalmente entrou na sala, Kagome se encantou ao vê-lo. Afinal ela havia escolhido a roupa: uma calça jeans azul-clara e uma camisa pólo branca com uma tarja horizontal vermelha na altura do peito.

– Ah, Inu-Yasha, serviu direitinho! – Correu em sua direção e o puxou pelo braço. – Agora vamos senão vai ficar muito tarde. Miroku, você pode levar aquela cesta pra mim?

– Mas é claro. O que tem na cesta, senhorita Kagome?

– É o nosso lanche, vamos fazer um piquenique no parque aqui da cidade!

– Um o quê, Kagome? – Perguntou o irritado Inu-Yasha. – E além do mais, você se esqueceu de um detalhe bem pequenininho... – Apontou para as orelhas.

– Um piquenique, Inu-Yasha, é quando a gente sai para comer ao ar livre. E eu não me esqueci disso aí não, viu? – Tirou da bolsa um boné e um walkman. – Aqui, Shippou, a gente coloca os fones assim e ninguém vai notar a suas orelhinhas. É esse aqui é só colocar na cabeça, Inu-Yasha. – Entregou o boné para Inu-Yasha.

– Que bom, que bom! Agora ninguém vai me reconhecer! – Exclamou Shippou, feliz da vida, correndo de um lado para o outro. – Kagome, só tem uma coisa que me incomoda... Essa história de ficar enrolando o meu rabinho de raposa dentro dessa roupa esquisita é muito desconfortável...

– Ah, pára de reclamar, Shippou! – Colocou o boné e seguiu em direção da porta. – A gente devia ter te deixado lá com aquela velha...

– Inu-Yasha, espera! Você nem sabe aonde ir...
Kagome foi atrás de Inu-Yasha seguida por Shippou e Souta.

– Ela nem falou de como eu estou, Sango...

– Para mim você está muito bonito. – E sorriu deixando o monge encabulado.

– Ah, obrigado, Sango. Sabe, você também está muito bonita... Como um lindo sonho...

Miroku ofereceu seu braço, Sango o segurou e ambos saíram porta afora pela noite.

-x-x-x-x-x-

A lua estava cheia e havia uma brisa fresca no ar. Era um lindo parque verdejante com árvores ao redor de um lago. Kagome forrou o gramado com uma toalha e com a ajuda de Sango arrumaram os petiscos. Todos estavam se divertindo muito, conversando, rindo. Inu-Yasha achou muito bom fazer parte daquilo, era como se tivesse uma família. Sem perceber, estava olhando fixamente para Kagome. “Ela tem um sorriso muito bonito. Kikyou não costumava sorrir”. Desviou o olhar quando ela o encarou.

– O que foi, Inu-Yasha? Alguma coisa errada?

– Não, não é nada... Este lugar é muito bonito, Kagome. É difícil de acreditar que as pessoas desse mundo consigam manter um pedaço da floresta tão verde no meio de tanta fumaça, barulho e confusão.

– É mesmo, não é?

E sem perceber os dois estavam sentados lado a lado olhando para o reflexo da lua sobre as águas cálidas do pequeno lago. Kagome repousou a cabeça sobre o ombro de Inu-Yasha. Foi como se algo explodisse dentro de seu coração. Ele batia tão rápido que mal podia respirar. Não podia evitar. O perfume dela era tão doce. Então ele colocou seu braço ao redor da cintura dela. Ao perceber o gesto dele Kagome se perguntou: “Será que ele também sente o mesmo?”. Mas não tinha coragem de encará-lo.

De repente, do meio dos arbustos, surgiu uma figura sombria. Era um ladrão que correu rapidamente, pegou a bolsa de Kagome e se embrenhou pelas árvores.

– Minha bolsa! – Gritou Kagome.

– Seu maldito, volte aqui! – Inu-Yasha se levantou e foi atrás do ladrão, seguido por Kagome.

– Miroku, você não vai ajudar? – Perguntou Sango.

– Vocês não acham que o Inu-Yasha pode dar conta daquele bandido sozinho? Eles vão ficar bem, Sango.

– É, acho que você tem razão. – Ficou olhando na direção que Kagome e Inu-Yasha seguiram.

O ladrão estava na dianteira, mas não tinha a velocidade de Inu-Yasha. E num salto Inu-
Yasha pulou bem na frente do bandido.

– Seu ladrão de araque! Devolva a bolsa da Kagome agora ou eu vou te dar uma lição que você nunca mais vai esquecer!

Então o bandido sacou uma arma e apontou para Inu-Yasha.

– Você pode ser rápido, mas não tão rápido quanto uma bala.

Quando Kagome chegou e se deparou com a cena ficou com o coração apertado, pois Inu-Yasha não tinha a menor noção do perigo que corria.

– Inu-Yasha! Cuidado, é uma arma de fogo!

Seus avisos assustaram o bandido. Ele se virou bruscamente e disparou a arma na direção de Kagome, que caiu inconsciente, causando desespero ao hanyou.

– Kagome! NÃÃOOO!

Inu-Yasha avançou sobre o bandido e o derrubou de um só golpe. Então viu Kagome caída no chão e correu em sua direção, com os olhos cheios de lágrimas. “Por favor, não, meu Deus, não a deixe morrer...” Ele sentou-se ao seu lado e acariciou seu rosto. Havia sangue, mas ele não sabia de onde vinha. Ele a envolveu em seus braços e sussurrou seu nome na esperança de que ela acordasse. Percebeu então que o coração de Kagome ainda batia e que havia um ferimento em seu ombro. “Graças a Deus, ela está viva!”. Rasgou a manga de sua camisa e colocou sobre o ferimento, pressionando para estancar o sangramento. Foi quando ela acordou.

– Inu-... Yasha... O que...

– É melhor descansar, Kagome. Você me deu um susto e tanto. Pensei que tinha te perdido...

E, com lágrimas nos olhos, ela o abraçou fortemente.

– Fiquei com medo que aquele bandido te matasse!

Então seus olhares se encontraram. Kagome acariciou o rosto de Inu-Yasha, afastando as lágrimas que ele derramara. O tempo parecia haver parado e tudo no mundo desaparecido, a não ser eles dois. Seus rostos cada vez mais próximos anunciavam o prelúdio do primeiro beijo.

– Mana! Mana! – Souta surgiu subitamente, seguido de Miroku, Sango e Shippou, interrompendo-os e deixando-os ruborizados. – Mana, você está bem? Eu escutei um tiro! Que sangue todo é este?

– Eu estou bem, Souta. Pegou só de raspão.

– A gente devia te levar pro hospital...

– Souta, não se preocupe. Eu estou bem, é sério. É melhor sairmos daqui antes que alguém nos veja.

– Esse aí não teve a menor chance... – Disse, Miroku, observando o corpo retalhado do bandido. – Inu-Yasha, você exagerou dessa vez.

– Humpf, bem feito para ele, Miroku. Vamos, Kagome. Eu levo você.

– Inu-Yasha, eu posso andar...

– E você acha que eu vou deixar você sozinha? Veja o que aconteceu quando eu dei as costas.

– E por acaso você acha que eu queria tomar um tiro!

Inu-Yasha seguiu carregando Kagome no colo e ambos discutindo. Shippou cruzou os braços e balançou a cabeça.

– Ai, ai, esses dois... – Suspirou o filhote de raposa.


-x- Continua no próximo cap -x-

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