O Destino de Cada Coração I escrita por By Mandora


Capítulo 1
De Volta Para Casa


Notas iniciais do capítulo

Disclaimer: Esta fanfic é baseada na obra Inu-Yasha. Todos os direitos e personagens citados nesta fanfic com base na história original são de propriedade da autora Rumiko Takahashi, a exceção dos personagens que eu mesma criei.



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Legenda:

" " Pensamentos dos personagens
– Fala dos personagens
-x-x-x-x-x- Passagem de tempo de um acontecimento para o outro
(x) Termos e nomes com este símbolo ao lado são explicados no final de cada capítulo

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Essa fanfiction tem por base o que acontece no anime até o episódio “42 – A Ferida do Vento refletida”. Naraku estava se tornando mais forte e adquirindo novas habilidades, como a de criar youkais a partir de seu próprio corpo. Isso tudo graças aos fragmentos da Jóia de Quatro Almas que a sacerdotisa Kikyou ressuscitada roubara de Kagome e dera a Naraku. No episódio citado, Inu-Yasha havia sido derrotado por Kanna, uma criação de Naraku, e ficara sabendo que havia sido Kikyou quem tinha dado ao seu inimigo os fragmentos.

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Nada melhor do que o tempo para curar algumas feridas. E depois da última luta que tiveram contra Naraku e a revelação do que Kikyou havia feito, era exatamente disso que Inu-Yasha precisava, curar feridas. “Não acredito que a Kikyou possa me odiar tanto assim, a ponto de fazer o que Naraku disse...” Inu-Yasha suspirou levemente, enquanto admirava o luar de seu lugar preferido, o alto de uma árvore qualquer. Era onde ficava sozinho e se sentia à vontade para pensar. Mas sempre ficava próximo ao acampamento, velando o sono de seus amigos, velando o sono dela. “Kagome...” Olhar aquela jovem adormecida lhe trazia um certo conforto. “Pelo menos, eu ainda tenho você...”

Logo cedo, recomeçaram sua busca pelos fragmentos da Jóia de Quatro Almas. Inu-Yasha ia à frente de todos, passando de uma árvore para a outra. De vez em quando, parava em algum lugar para esperar os outros, com o ar debochado de sempre.

– Como é? Nessa moleza, nós nunca vamos reunir os fragmentos que ainda faltam antes do Naraku! – Exclamou o hanyou (x).

– Se eu pudesse ficar pulando de galho em galho que nem macaco, também ia rápido. – Disse Shippou para Miroku, já que estava em seu ombro.

– O que foi que você disse, seu pirralho? – Perguntou Inu-Yasha.

Tentando contornar a situação, Miroku tenta acalmar os ânimos.

– Shippou, isso não foi nem um pouco educado... – Inu-Yasha ficou desconfiado. – Afinal de contas, o que se pode esperar de um mal-educado que nem sequer reduz o passo, assim como eu, só para estar na companhia de duas belas damas...

– Obrigada, Miroku. – Disse Sango.

– Você é muito gentil, bem diferente de uma certa pessoa... – Kagome olhou de rabo de olho para Inu-Yasha.

– Por acaso isso é comigo, Kagome? Você fica dando bola pra esse monge almofadinha, mas quando a coisa fica preta quem sempre tira você das encrencas sou eu!

– Inu-Yasha... – Ela falou de um jeito tão sutil que deixou Inu-Yasha desconcertado.

– Ah... O que... O que foi, Kagome? – Perguntou ele, meio sem jeito.

– SENTA!

Inu-Yasha caiu da árvore em que estava de cara no chão tão forte, que o impacto levantou um monte de poeira e folhas secas.

– Nossa! É a primeira vez que eu vejo um youkai (x) cair de maduro. – Disse Miroku meio irônico.

– Hanyou, Miroku, só hanyou... – Completou Shippou.

Inu-Yasha levantou o rosto cheio de terra do chão, grasnando para a colegial.

– Mas por que diabos você fez isso, Kagome?

– Foi você quem começou! Além do mais, eu queria te pedir uma coisa.

– Anda, fala logo! O que é? – Sacudindo a poeira da roupa.

– Sabe, Inu-Yasha, semana que vem é o aniversário do meu irmãozinho Souta e eu queria tanto estar com ele nesse dia...

– Lá vem você com essa desculpa esfarrapada só para voltar para aquele seu mundo maluco. Assim a gente nunca vai terminar de juntar os fragmentos da... – Percebeu lágrimas nos olhos de Kagome. – Ah, não... Não chore Kagome, eu não quis...

– Jóia de Quatro Almas, Naraku, Kikyou, é só isso que importa? E eu? E os meus sentimentos, Inu-Yasha? – Colocou o rosto entre as mãos e começou a soluçar. – Seu insensível!

– Ah... O quê? Kagome desculpe, eu não queria fazer você chorar... Eu... Ah... Está bem, a gente volta, mas no dia seguinte você tem que retornar. – E saiu caminhando em direção ao vilarejo.

Sango se aproximou de Kagome preocupada.

– Você está bem, Kagome?

Kagome tirou as mãos do rosto, enxugou as lágrimas e com um sorriso confessou a Sango:

– Isso sempre funciona!

E lá foram eles pela floresta de volta ao vilarejo. Miroku se aproximou de Inu-Yasha, meio que fazendo segredo.

– Ela é muito convincente, Inu-Yasha. No seu lugar, eu também teria feito a mesma coisa.

– É, ela finge que está triste e eu finjo que acredito.

– Você é mais inteligente do que eu pensava, meu caro Inu-Yasha.

– Vindo de você, Miroku, vou considerar como elogio.

A caminhada de volta durou dias e, ao chegarem ao vilarejo, Kaede se surpreendeu ao vê-los.

– Aconteceu alguma coisa? Vocês voltaram tão rápido.

– É que depois de amanhã é aniversário do meu irmãozinho. – Respondeu Kagome animadamente. – A minha mãe vai fazer uma grande festa e eu vou ajudar... Eu tive uma idéia! Por que a senhora não vem comigo? O meu vovô e a senhora iam se dar super bem.

– Ah, não, minha criança. Eu não tenho mais idade para essas coisas. Mas por que você não leva os seus amigos?

– Boa idéia, vovó Kaede. E aí, o que vocês acham? Até que seria uma boa.

– Ah, essa não! De jeito nenhum! – Respondeu um aborrecido Inu-Yasha, cruzando os
braços.

– Qual é o problema, Inu-Yasha? Seria bom relaxar um pouco após tantas batalhas. – Retrucou Miroku.
Sango começou a divagar.

– Eu queria tanto conhecer o mundo da Kagome...

– Kagome, vai ter festa?

– Claro que vai, Shippou. E também bolo, sorvete...

Sorvete era algo que os amigos de Kagome ainda não haviam visto ou provado. Sango
perguntou do que se tratava e a colegial tratou de pensar em uma forma clara de explicar.

– Como é que eu vou explicar, Sango... Já sei! É como neve com gosto de frutas para você
poder comer.

– Nossa! Deve ser maravilhoso! – Sango uniu as mãos na altura do peito, alegre, mas logo
notou o ainda emburrado hanyou ao lado. – Ah... Vamos Inu-Yasha, não seja bobo.

– Bobo, eu! Você sabe o que pode acontecer se as pessoas do mundo da Kagome virem a
mim e ao Shippou? Elas vão sair correndo de medo, isso sim!

– Nesse ponto eu tenho que concordar com você... – Respondeu Kagome, mas após alguns segundos pensativa, resolveu a questão com ar de triunfante. – Vamos fazer uma festa à fantasia, assim ninguém vai estranhar nenhum de vocês. Todos vão estar disfarçados mesmo. Nós também podemos comprar umas roupas só pra dar uma saidinha. Vamos Inu-Yasha!

Então Inu-Yasha deu de ombros e seguiu em direção ao poço Come-ossos.

– Será que eu nunca vou ganhar uma discussão de você, Kagome?

– Não mesmo...

E assim, após Kagome dar a cada um de seus amigos um fragmento da jóia para que pudessem atravessar o poço, todos pularam dentro dele para irem ao mundo moderno da colegial...





(x) Youkai – ser fantástico da cultura japonesa dotado de poderes extraordinários; fantasma; demônio.
(x) Hanyou – meio-youkai (metade youkai, metade humano). Por ser um cruzamento dentre as duas espécies, um hanyou pode, em um dia aleatório do mês, perder todos os seus poderes de youkai e tornar-se totalmente humano. Nesse período, eles procuram abrigo seguro, uma vez que se sentem enfraquecidos pela falta de sua força demoníaca.


-x- Continua no próximo cap -x-



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